Uma vistoria do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) no Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) na segunda-feira (6) apurou denúncias de superlotação na unidade, com pacientes sem leitos em salas e tratados em macas pelos corredores. A partir disso, haverá um relatório do conselheiro Sebastião Tejota, responsável pelo caso, ainda sem prazo para conclusão. A primeira verificação já identificou discrepância entre a taxa de ocupação instalada, que é do Complexo Regulador Estadual, órgão da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), e a taxa de ocupação operacional, essa do hospital, o que pode explicar ao menos uma das causas para a superlotação da última semana. Isso teria ocorrido porque o Hugo funciona atendendo a demanda enviada pelo Complexo Regulador, de modo que, para o órgão da SES, ainda constariam vagas. Assim, seguiam pacientes, embora já não houvesse espaço nos leitos regulares. Com isso, enquanto a taxa estava baixa para o Complexo, era alta para o Hugo. “Os detalhes da visita técnica e a proposta de encaminhamentos para solucionar e mitigar os problemas identificados constarão no relatório final do TCE-GO”, destaca o tribunal. A vistoria foi realizada por equipe técnica do TCE, que verificou as alas médicas, reuniu informações sobre o fluxo de atendimento dos pacientes e solicitou documentos complementares.