O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), desembargador Leandro Crispim, manteve o desembargador Maurício Porfírio Rosa, da 5ª Câmara Cível, no processo que pode levar o aterro sanitário municipal de Goiânia a ser fechado por falta de licenciamento ambiental e outras irregularidades. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) questiona a imparcialidade do magistrado no processo após Maurício visitar o aterro junto ao prefeito Sandro Mabel (UB) e vereadores e dar declarações consideradas pelo órgão de controle favoráveis à prefeitura. Leandro afirma que as declarações atribuídas ao desembargador durante a visita realizada em 11 de agosto “não evidenciam prejulgamento do objeto do recurso sob sua relatoria”. “A fala de que se trata de ‘aterro sanitário’ e não ‘lixão’ revela, em verdade, impressão colhida em visita institucional, e não se confunde com manifestação sobre o mérito da causa, que demanda análise técnica, probatória e contraditória nos autos”, escreveu o presidente do TJ-GO em sua decisão. Por não ter licença desde 2011, algumas autoridades questionam se o aterro pode ser chamado assim.