Corrigida e atualizada às 13h44 de 25/8/23

A chacina ocorrida na última quarta-feira (23), em Itapaci, cidade a cerca de 220 quilômetros de Goiânia, pode ter o tráfico de drogas como principal motivação. Uma confusão iniciada em uma festa pode ter sido o estopim do crime. É o que aponta a Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). A chacina causou a morte de quatro pessoas. Uma garota de 14 anos está hospitalizada.

De acordo com o coronel Lusdenes Rodrigues Alencar, dois homens encapuzados entraram em uma casa localizada no bairro Jardim Tropical I, em Itapaci, e atiraram contra seis pessoas que estavam na residência no início da noite desta quarta-feira. Uma das pessoas era um rapaz, de 22 anos, que foi ferido, mas conseguiu fugir.

Os alvos

Segundo a PM-GO, o jovem de 22 anos e outro, de 18, seriam os alvos iniciais dos autores do crime. Eles teriam se envolvido em uma briga durante uma festa que ocorreu no início deste mês em Itapaci. “Eles estava em ‘guerra’. Lá (na festa), foram avisados de que algo poderia acontecer com eles”, conta Alencar.

O rapaz de 22 anos tem passagens criminais por envolvimento com o tráfico de drogas e era namorado de uma adolescente que morreu na chacina. O outro, de 18 anos, era filho de uma das vítimas e irmão da garota que foi hospitalizada.

No local do crime, foram encontradas diversas cápsulas de balas 9 milímetros (mm). A equipe de Inteligência do 10º Comando Regional da Polícia Militar (CRPM) e a equipe do 28º batalhão da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) foram acionadas. O Instituto Médico Legal (IML) fez o recolhimento dos quatro corpos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/chacina-em-itapaci-quatro-pessoas-s-o-mortas-dentro-de-casa-por-homens-encapuzados-diz-policia-1.3059856" target="_blank">Chacina em Itapaci: Quatro pessoas são mortas dentro de casa por homens encapuzados, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-e-assassinada-pelo-ex-padrasto-enquanto-tentava-separar-briga-dele-com-a-m-e-diz-policia-1.3058703" target="_blank">Mulher é assassinada pelo ex-padrasto enquanto tentava separar briga dele com a mãe, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-recorre-de-soltura-de-7-pms-acusados-de-chacina-em-cavalcante-1.3058386" target="_blank">MP recorre de soltura de 7 PMs acusados de chacina em Cavalcante</a></div>

O caso está sendo investigado pela Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). Em nota, a&nbsp; Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) informou que o delegado responsável "repassará detalhes quando for oportuno para as investigações".&nbsp;

Entenda o caso

A PM-GO foi chamada no local da ocorrência no início da noite desta quarta. Chegando lá, constataram que cinco pessoas tinham sido alvejadas. Três estavam mortas: Cleide Neres Portes, de 35 anos, Elionai Luiz Valentin, de 40, e Jean de Jesus dos Santos, de 28. Os dois primeiros eram um casal, sendo que Cleide era a mãe do rapaz, de 18 anos, que não estava no local. Jean era amigo da família.

Outras duas vítimas feridas foram levadas para unidades de saúde: Iasmin Vitoria Alves dos Santos e G.P.V., ambas de 14 anos. Algum tempo depois, a morte de Iasmin foi confirmada. Ela era namorada do rapaz, de 22 anos, que conseguiu escapar da chacina. Cleide também era mãe de G.P.V. “Pela dinâmica do crime que encontramos, ela (Cleide) entrou na frente da filha para salvá-la”, destaca Alencar.

Sobrevivente 

G.P.V. que está grávida, foi levada para o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu. De acordo com nota enviada pela unidade de saúde, no momento, ela está consciente, em estado estável e segue em acompanhamento com as equipes cirúrgicas, de emergência e da equipe multiprofissional.

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Tráfico de drogas pode ter motivado chacina em Itapaci, diz PM

Cidades

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Matéria - Cidades

Violência

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Sávio Barbosa Ferreira e a mulher dele Ingrid Stefane Correia da Silva foram presos suspeitos de integrar grupo criminoso (Reprodução/TV Anhanguera)

A servidora da Câmara de Vereadores de Goiânia, Ingrid Stefane Correia da Silva, de 31 anos, foi presa suspeita de integrar uma organização criminosa <a href="https://opopular.com.br/cidades/grupo-suspeito-de-trafico-interestadual-de-drogas-que-ostentava-vida-de-luxo-e-alvo-de-operac-o-1.3246198" target="_blank">especializada em tráfico interestadual de drogas</a> e lavagem de dinheiro. Ela é madrasta do assessor da Câmara, Victor Hugo Barbosa da Silva, de 20 anos, <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-assessor-da-camara-de-goiania-e-um-dos-alvos-de-operac-o-contra-suspeitos-de-trafico-que-ostentavam-vida-de-luxo-1.3246713" target="_blank">que está foragido</a>. O pai dele, Sávio Barbosa Ferreira, de 43, também foi preso na mesma operação. Todos são suspeitos de movimentar cerca de R$ 300 milhões em três meses, de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (DF).&nbsp;

Ao POPULAR, a defesa do casal, os advogados Welder de Assis e Antônio Lucas do Carmo, afirmou que os dois estão presos injustamente, pois não praticaram nenhuma “conduta ilícitas” e não fazem parte de organização criminosa: “Os investigados são pessoas íntegras, que trabalham honestamente e não tem nenhuma relação com os crimes”, acrescentou (veja as notas no final da matéria). A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Victor.

Em nota, a Câmara de Goiânia afirmou que Victor foi nomeado em comissão após ter a comprovação de que era regular para sua função. Contudo, apesar de não ter sido notificada oficialmente pelas autoridades competentes, determinou a demissão dele. O mesmo ocorreu com Ingrid, e ambos foram exonerados na última sexta-feira (28), dia do cumprimento da operação (veja as notas no final da matéria).&nbsp;

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Ingrid e Sávio foram presos na sexta-feira na casa deles, uma residência luxuosa, no Jardim Goiás, na capital, conforme a PC. O casal e Victor, filho de Sávio, faziam parte de um núcleo familiar (chamado na investigação de Núcleo Goiás) e administravam duas empresas de fachada, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia.

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Assessor da Câmara, Victor Hugo Barbosa da Silva, de 20 anos, está foragido (Reprodução/TV Anhanguera)

Por meio dessas duas empresas, sendo a primeira registrada no ramo de transporte de cargas e a segunda no comércio de peças automotivas, o grupo foi capaz de circular valores milionários vinculados ao tráfico, segundo o delegado responsável pelo caso, Paulo Pereira.&nbsp;

<cite>Identificamos a existência de um núcleo financeiro, sediado em Anápolis e Goiânia. Essas pessoas criaram essas empresas. Só de valores de traficantes e de pessoas com vínculo com tráfico de drogas e outros crimes em Brasília, foram mais de R$ 8 milhões recebidos pelas empresas. Essas empresas, por sua vez, direcionavam os valores para áreas de região de fronteiras [...] para aquisição de drogas”, explicou o delegado.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/grupo-suspeito-de-trafico-interestadual-de-drogas-que-ostentava-vida-de-luxo-e-alvo-de-operac-o-1.3246198" target="_blank">Grupo suspeito de tráfico interestadual de drogas que ostentava vida de luxo é alvo de operação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-assessor-da-camara-de-goiania-e-um-dos-alvos-de-operac-o-contra-suspeitos-de-trafico-que-ostentavam-vida-de-luxo-1.3246713" target="_blank">Ex-assessor da Câmara de Goiânia é um dos alvos de operação contra suspeitos de tráfico que ostentavam vida de luxo</a></div>

<h2>Operação</h2>

As investigações que originaram a Operação Chiusura duraram cerca de um ano e meio. A polícia apurou que traficantes de Goiás, atualmente radicados em Maceió (AL), mantêm associação criminosa com um traficante internacional natural de Campo Grande (MS), identificado como líder local de uma facção criminosa paulista. Ele está preso na Bolívia desde o ano de 2023.

<img attr-cid="policy:1.3247379" attr-version="policy:1.3247379:1743452497" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3247379/WhatsApp Image 2025-03-31 at 17.12.52.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
A polícia cumpriu 19 mandados de prisão temporária e 80 de busca e apreensão em Goiás e mais cinco estados (Divulgação/PCDF)

Até o último boletim informado pela polícia, foram cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 80 mandados de busca e apreensão, sendo aproximadamente 50 deles no Distrito Federal.&nbsp;

Outros mandados são cumpridos em Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Luziânia, Formosa e Águas Lindas, além de outros estados como Campo Grande (MS), São José (SC), Várzea Grande (MT), Parnamirim e Tibau do Sul (RN) e Maceió (AL).&nbsp;&nbsp;

Também foram determinados a apreensão de 17 veículos e sete imóveis, incluindo uma residência luxuosa em condomínio fechado em Goiás. Dezenas de contas bancárias foram bloqueadas.&nbsp;

<h2>Notas da defesa do casal</h2>

O advogado Welder de Assis Miranda, que representa os investigados Sávio, Ingrid e Aluísio, ambos estão presos injustamente, pois não praticaram nenhuma conduta ilícitas, não fazem parte de organização criminosa.&nbsp;

Durante à instrução processual, será demonstrado inocência de ambos, pois estão presos injustamente.&nbsp;

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A defesa da familia investigada, representada pelo Dr. Antônio Lucas do Carmo Araújo, informa que ainda não teve acesso a integra das investigações, porém, desde ja nega a participação nos crimes que estão sendo investigados.&nbsp;

Os investigados são pessoas integras, que trabalham honestamente e não tem nenhuma relação com crimes.&nbsp;

Por último, informa que provará a inocência de todos durante as investigações da policia civil.&nbsp;

Goiânia/GO, 31 de março de 2025.&nbsp;

Antônio Lucas do Carmo Araújo - OAB/GO 56.580&nbsp;

<h2>Notas da Câmara de Goiânia</h2>

O servidor foi nomeado no cargo em comissão após comprovada a regularidade das certidões e demais documentos estabelecidos em lei para ingresso na função.

A Câmara de Goiânia é cumpridora de todas as decisões judiciais e ainda não foi notificada oficialmente pelas autoridades competentes. A Mesa Diretora do Poder Legislativo já determinou a demissão do funcionário.

Goiânia, 28 de março de 2025.

Assessoria de Imprensa 
Mesa Diretora 
Câmara Municipal de Goiânia

__

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia determinou a exoneração da servidora Ingrid Stefane Correia da Silva na última sexta-feira, 28 de março de 2025.

Goiânia, 31 de março de 2025.

Assessoria de Imprensa 
Mesa Diretora 
Câmara Municipal de Goiânia

web servidora tráfico

Servidora da Câmara de Goiânia e madrasta de assessor foragido é presa suspeita por tráfico de drogas

OPERAÇÃO

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<img attr-cid="policy:1.3243221" attr-version="policy:1.3243221:1742479973" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3243221/Proporção para foto do site (68).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Carros da fiscalização e Polícia Civl durante operação contra grupo empresarial suspeito de sonegar impostos (Divulgação/Polícia Civil)

Um grupo empresarial do ramo de materiais elétricos foi alvo de uma operação conjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) e Secretaria de Estado da Economia por suspeita de sonegar&nbsp;mais de R$ 7 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Segundo a Polícia Civil, o grupo com sede&nbsp;em&nbsp;Goiânia falsificava documentos para registro de empresas em nome de empregados e “laranjas” e usavam empresas de fachada para cometer o crime.&nbsp;&nbsp;

<cite>Falsificavam documentos para criar ou utilizar CNPJs antigos, registrando empresas em nome de empregados e familiares. Os reais administradores é um casal de empresários, que também são contadores. E que pelo menos quatro ex-empregados tiveram os nomes usados para falsificar os documentos. Além disso, uma das empresas situada em Itapaci é de fachada, não existe de fato e somente emite notas fiscais”, explicou o delegado-adjunto da DOT, Bruno Costa e Silva, em entrevista ao POPULAR.&nbsp;</cite>

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Por não terem os nomes divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar as defesas do grupo investigado e do casal para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/grupo-dono-de-restaurantes-de-alto-padr-o-de-goiania-alvo-de-investigac-o-sonegou-r-3-milh-es-diz-policia-1.3235148" target="_blank">Grupo dono de restaurantes de alto padrão de Goiânia alvo de investigação sonegou R$ 3 milhões, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/grupo-que-vendia-notas-fiscais-falsas-usou-dados-de-pessoas-em-situac-o-de-rua-para-criar-empresas-fantasmas-diz-pc-1.3179099" target="_blank">Grupo que vendia notas fiscais falsas usou dados de pessoas em situação de rua para criar 'empresas fantasmas', diz PC</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-e-preso-suspeito-de-sonegar-valores-milionarios-e-registrar-empresas-em-nome-de-laranjas-em-goiania-e-itaucu-1.3120693" target="_blank">Empresário é preso suspeito de sonegar valores milionários e registrar empresas em nome de laranjas em Goiânia e Itauçu</a></div>

<h2>Operação</h2>

A operação aconteceu na quarta-feira (19) e cumpriu mandados de busca e apreensão na sede e escritório, galpão e depósito do grupo em Goiânia. “Foram apreendidos documentos e outros materiais. Identificada inclusive mais uma empresa que era utilizada pelo grupo. O material deve ser analisado para individualizar a responsabilidade criminal de cada envolvido e também serão realizadas auditorias para apurar o valor sonegado”, informou o delegado. &nbsp;

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Policiais civis durante operação contra grupo empresarial suspeito de sonegar impostos (Divulgação/Polícia Civil)

Invetigação

Conforme Bruno, a investigação começou há um ano e meio após uma denúncia. “Os auditores da Gerência de Inteligência Fiscal e Delegacia Fiscal de Goiânia constataram que essa empresa fracionava artificialmente o faturamento milionário (mais de R$ 70 milhões nos últimos anos) em vários CNPJs, como se fossem pequenas empresas. Assim, se beneficiavam indevidamente de alíquotas menores e sonegavam impostos”,&nbsp;

<h2>Crimes</h2>

A polícia estima que a sonegação de impostos acontece desde 2020. De acordo com a DOT, são investigados crimes contra a ordem tributária, falsidades ideológicas e associação criminosa.&nbsp;Os investigados devem responder por associação criminosa, falsificação de documentos e crime contra a ordem tributária. Somadas as penas podem chegar a 13 anos de prisão.

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Policiais civis analisando documentos de grupo empresarial suspeito de sonegar impostos (Divulgação/Polícia Civil)

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Grupo empresarial é alvo de buscas por suspeita de sonegar mais de R$ 7 milhões em impostos

GOIÂNIA E ITAPACI

O júri popular dos <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-solta-7-pms-acusados-de-chacina-em-cavalcante-1.3057898" target="_blank">sete policiais militares acusados de causarem uma chacina</a> em uma propriedade rural de Cavalcante, em janeiro de 2022, será na comarca de Goiânia. A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) decidiu pela transferência do julgamento da comarca de Cavalcante para a da capital após pedido da assistência de acusação, que vê riscos na imparcialidade do corpo de jurados devido à forte comoção que o caso provocou na cidade, localizada no nordeste goiano. Nos bastidores, fala-se também de risco para a segurança dos representantes locais do Judiciário e do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Os sargentos Aguimar Prado de Morais e Mivaldo José Toledo, o cabo Jean Roberto Carneiro dos Santos e os soldados Luís César Mascarenhas Rodrigues, Ítallo Vinícius Rodrigues de Almeida, Welborney Kristiano Lopes dos Santos e Eustáquio Henrique do Nascimento são acusados de armar uma emboscada para matar Saviano Souza Conceição, de 63 anos, Ozanir Batista da Silva, o Jacaré, de 46, Alan Pereira Soares, de 28, e Antônio Fernandes da Cunha, o Chico Calunga, de 35. Os policiais respondem também por fraude processual. A chacina foi cometida na chácara de Saviano.

Em sua decisão, acatada por todos os membros presentes na sessão da 1ª Câmara Criminal, a juíza substituta em 2º grau Liliana Bittencourt, relatora do pedido feito pelo assistente de acusação, afirma que Cavalcante é uma cidade muito pequena, com menos de 10 mil habitantes, que o judiciário local não possui estrutura necessária para garantir a segurança durante o julgamento e que os testemunhos comprovam que a chacina causou uma “grande repercussão, não apenas na cidade onde foram praticados, mas também nas comunidades vizinhas”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/acusados-de-chacina-pms-n-o-podem-atuar-fora-de-goiania-1.3063393" target="_blank">Acusados de chacina, PMs não podem atuar fora de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mp-recorre-de-soltura-de-7-pms-acusados-de-chacina-em-cavalcante-1.3058386" target="_blank">MP recorre de soltura de 7 PMs acusados de chacina em Cavalcante</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-solta-7-pms-acusados-de-chacina-em-cavalcante-1.3057898" target="_blank">Justiça solta 7 PMs acusados de chacina em Cavalcante</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pms-acusados-de-chacina-em-cavalcante-v-o-a-juri-popular-1.2559391" target="_blank">PMs acusados de chacina em Cavalcante vão a júri popular</a></div>

Ainda segundo a magistrada, a comoção foi tanta que “considerável parcela da população local emitiu juízo de valor e tem uma opinião pessoal formada com relação aos fatos, com força o bastante para abalar a credibilidade dos membros que venham a compor o conselho dos sete”. No caso, o conselho ao qual ela se refere é o corpo de jurados. “Vale frisar que, em juízo, várias pessoas manifestaram apoio aos acusados ao passo em que muitas outras externaram o seu repúdio, evidenciando a comoção social gerada em torno dos acontecimentos”, escreveu na decisão.

A Justiça havia definido, ainda em novembro de 2022, pela realização de um <a href="https://opopular.com.br/cidades/pms-acusados-de-chacina-em-cavalcante-v-o-a-juri-popular-1.2559391" target="_blank">júri </a>para julgar os policiais militares pela chacina, mas desde então o processo tem andado devagar. Os acusados chegaram a ficar quase um ano e meio presos, mas foram soltos em agosto do ano passado. Na ocasião, a Justiça afirmou que as definições que faltam para eles irem a julgamento não ocorreriam “em prazo próximo” por causa de uma série de recursos peticionados pelas defesas. O pedido de transferência de comarca - chamado juridicamente de desaforamento - foi feito em maio de 2024.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) se manifestou favorável ao pedido de desaforamento, afirmando que a imparcialidade dos jurados estaria comprometida caso o julgamento fosse em Cavalcante, devido a diversos fatores, como “o reduzido número de habitantes do município” “aliado à ampla divulgação midiática sobre o caso”. O processo será transferido para uma das varas criminais de <a href="https://opopular.com.br/cidades/acusados-de-chacina-pms-n-o-podem-atuar-fora-de-goiania-1.3063393" target="_blank">Goiânia </a>e a data do júri será definida.

Desde que foram soltos, os policiais foram colocados em funções administrativas em Goiânia por determinação judicial. Três deles tentaram voltar para a região original de atuação, porém sem sucesso. Eles integravam o batalhão da PM em Niquelândia. O motivo do crime nunca foi esclarecido pela Polícia Civil. Os acusados afirmam que estavam apurando uma denúncia de plantação de maconha na região quando foram recebidos a tiros pelas vítimas, mas o inquérito encaminhado à Justiça apontou que esta versão não se sustentava.

Apesar de terem conquistado a liberdade, os policiais têm uma série de restrições impostas, como a proibição de exercer qualquer atividade operacional ou ostensiva, de saírem de casa à noite, nos feriados e fins de semana e de entrar no perímetro urbano de Cavalcante, Alto Paraíso de Goiás e Colinas do Sul.

<h2>Execução</h2>

A chacina só começou a ser investigada após forte pressão popular e à repercussão que o caso teve na imprensa regional, incluindo a participação do MP-GO na fase de investigação. A prisão um mês após o crime se deu após uma testemunha que presenciou as execuções ter denunciado que policiais estariam assediando seus familiares.

Em depoimento, os policiais chegaram a afirmar que encontraram de 500 a 600 pés de maconha na fazenda, mas que queimaram tudo porque precisavam socorrer as vítimas e não poderiam deixar a droga no local. Entretanto, a perícia feita pela Polícia Científica apontou a existência de no máximo 10.

O inquérito também apontou um intervalo de 40 minutos entre a abordagem e os tiros disparados pelos policiais. Uma testemunha disse ter visto as vítimas serem rendidas em uma chácara e levada para outra. Os laudos cadavéricos também destoam da versão dada pelos policiais. Uma das vítimas estaria deitada quando foi baleada.

Justiça transfere para Goiânia júri de PMs acusados de chacina em Cavalcante

Três pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga o tráfico de armas e drogas no Entorno do Distrito Federal (DF). Além das prisões, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Luziânia, cidade de onde, segundo a PF, os investigados abasteciam o mercado criminoso da região.

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Como os nomes dos investigados não foram revelados, a reportagem não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização deste texto.&nbsp;

<h2>Investigação</h2>

De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram após a prisão em flagrante de um homem que tentou usar uma nota falsa de R$ 200 durante uma festa no Estádio Mané Garricha, em Brasília.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-apreende-quase-500-veiculos-avi-es-e-imoveis-de-suspeitos-de-golpes-e-sonegac-o-fiscal-1.3205734" target="_blank">Polícia apreende quase 500 veículos, aviões e imóveis de suspeitos de golpes e sonegação fiscal</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/entenda-como-agiam-influenciadores-suspeitos-de-ensinar-a-contrabandear-eletronicos-e-causar-prejuizo-de-r-80-milh-es-1.3204900" target="_blank">Entenda como agiam influenciadores suspeitos de ensinar a contrabandear eletrônicos e causar prejuízo de R$ 80 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/grupo-e-preso-suspeito-de-alugar-carros-em-goiania-e-os-revender-no-interior-1.3204510" target="_blank">Grupo é preso suspeito de alugar carros em Goiânia e os revender no interior</a></div>

Com o aprofundamento das apurações, surgiram indícios de que o suspeito também atuava no tráfico de armas e drogas, abastecendo o mercado criminoso da região do Entorno com munições e armamentos, incluindo itens de uso restrito.

De acordo com a PF, um dos suspeitos estaria no centro de uma associação criminosa que contava com, pelo menos, seis integrantes, todos morando em Luziânia e com passagens por diversos crimes.&nbsp;

O grupo teria se especializado em atender demandas específicas do mercado criminoso, com clientes que exigiam, por exemplo, armamentos com suporte para lanternas e miras a laser. O não cumprimento das exigências resultava no cancelamento da compra, segundo a polícia.

Além disso, a PF informou que em conversas interceptadas durante a investigação, compradores reclamavam de problemas técnicos, como armas que falharam durante crimes.

Dos sete investigados, apenas três foram identificados. Segundo a PF, eles devem responder pelos crimes de tráfico de armas, tráfico de drogas e associação criminosa. Se condenados, podem enfrentar penas que ultrapassam 34 anos de prisão.&nbsp;