WebStories: Tráfico de remédios controlados

Uma investigação da Polícia Civil descobriu um <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-funcionarios-de-hospital-s-o-suspeitos-de-trafico-de-medicamentos-controlados-apos-morte-de-mulher-em-trindade-1.3187743">esquema de tráfico de medicamentos controlados, que eram desviados de hospital</a>. Os suspeitos são cinco ex-funcionários do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin). Esta situação causou a morte de uma técnica de enfermagem que trabalhava na unidade, segundo a polícia. Entenda como os suspeitos agiam.

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De acordo com o delegado do caso, Thiago Escandolhero Martinho, os investigados também são técnicos em enfermagem. Eles mentiam que determinados pacientes estavam com dores intensas e precisariam de medicamentos mais fortes, que então eram receitados pelo médico. Esses remédios saíam da farmácia do hospital, mas eram desviados e nunca chegavam até o paciente.&nbsp;

<cite>Uma das mensagens que pegamos no celular da vítima tem uma das investigadas falando que ia convencer o médico de que o paciente estava com muita dor”, disse Thiago.</cite>

Nesta quarta-feira (16), <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-funcionarios-de-hospital-s-o-suspeitos-de-trafico-de-medicamentos-controlados-apos-morte-de-mulher-em-trindade-1.3187743">uma técnica em enfermagem foi presa em flagrante por tráfico de drogas</a> e outra está sendo procurada pela polícia. Isso porque, enquanto cumpriam mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos, foram encontrados nas residências das mulheres medicamentos desviados, incluindo os contidos na Portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como entorpecentes.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-funcionarios-de-hospital-s-o-suspeitos-de-trafico-de-medicamentos-controlados-apos-morte-de-mulher-em-trindade-1.3187743">Ex-funcionários de hospital são suspeitos de tráfico de medicamentos controlados após morte de mulher, em Trindade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/lavagem-de-dinheiro-e-uso-de-contas-das-filhas-veja-como-agia-mulher-que-levava-vida-de-luxo-e-foi-alvo-da-operac-o-1.3187021">Lavagem de dinheiro e uso de contas das filhas: veja como agia mulher que levava vida de luxo e foi alvo da operação</a></div>

Os suspeitos podem responder por peculato (praticado por funcionário público que tem acesso a bem público e o desvia em benefício próprio), associação criminosa e tráfico de drogas e homicídio, segundo o delegado. Segundo o delegado, não há investigação contra o hospital ou médicos. Ele afirmou que o hospital e os médicos não sabiam do esquema e que, ao tomar conhecimento, o Hetrin demitiu os cinco funcionários investigados.

<div attr-cid="policy:1.3187991" attr-version="policy:1.3187991:1729118805" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3187991" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3187991', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3187991">WebStories: Tráfico de remédios controlados (1.3187991)</a></div>

Ao POPULAR, o Hetrin confirmou a demissão dos suspeitos e informou que a equipe do hospital prestou colaboração durante o mandado de busca e apreensão ocorrido nesta quarta e que segue colaborando com a investigação (veja nota na íntegra ao final do texto).

Como os nomes dos suspeitos não foram revelados, a reportagem não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização deste texto. O POPULAR procurou a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por e-mail, para um posicionamento, mas até a última atualização deste texto não obteve resposta.

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Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão no Hetrin (Reprodução/Polícia Civil)

<h2>Morte</h2>

De acordo com o delegado, as investigações começaram após a <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-funcionarios-de-hospital-s-o-suspeitos-de-trafico-de-medicamentos-controlados-apos-morte-de-mulher-em-trindade-1.3187743">técnica de enfermagem morrer por overdose de morfina</a> e familiares dela informarem a polícia de que a mulher conseguia os medicamentos com funcionários do hospital. Durante a apuração, os policiais chegaram à conclusão de que técnicos de enfermagem e enfermeiros investigados do Hetrin negociam morfina para terceiros. O delegado informou que além de morfina, os suspeitos desviavam medicamentos controlados como tramal e tramadol.

<cite>Mês passado fomos procurados pela irmã da pessoa que faleceu, porque inicialmente foi tratado como suicídio, mas analisando o celular da irmã ela detectou que, na verdade, havia fornecimento dos funcionários do Hetrin de morfina, então tudo indica que foi overdose mesmo", afirma o delegado.</cite>

À TV Anhanguera, a irmã da vítima, Jhessica Fernandes da Silva, disse que a irmã tinha depressão e aplicava morfina na própria veia. Jhessica disse que a irmã se viciou no remédio, que ela comprava ou ganhava dos investigados.

<cite>Elas começaram a vender, quando não vendiam, davam. Porque que elas não chegaram em nós e falaram: 'interna ela, ela tá dependente da morfina'? Não, elas começaram a roubar dentro do hospital e vender para minha irmã”, disse.</cite>

<h2>Nota Hetrin</h2>

"O Hospital Estadual de Trindade informa que na manhã desta quarta-feira, 16, a Polícia Civil realizou uma diligência em computadores na farmácia da unidade. A equipe prontamente prestou total colaboração durante o procedimento e segue colaborando com a investigação.

Ressaltamos que o caso está sendo conduzido pelas autoridades policiais e a unidade está prestando todas as informações requeridas.Esclarecemos que assim que teve ciência de fatos suspeitos, a diretoria demitiu os funcionários envolvidos.

Assessoria de Comunicação do Hetrin"

Tráfico de medicamentos controlados: Entenda como funcionários desviavam remédios de hospital

Cidades

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Matéria - Cidades

PRISÃO E MORTE

A médica que <a href="https://opopular.com.br/cidades/medica-denuncia-que-foi-detida-apos-policiais-exigirem-atendimento-com-prioridade-em-unidade-de-saude-de-trindade-1.3201674" target="_blank">denunciou ter sido detida por policiais civis</a> enquanto trabalhava no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), na Região Metropolitana de Goiânia, chamou um dos agentes de “doido” e não sofreu abuso de autoridade por parte deles, concluiu a Polícia Civil (PC). O caso aconteceu no último dia 18.&nbsp;

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Em nota, a defesa da médica afirmou que os fatos narrados na investigação policial “divergem da realidade dos acontecimentos” e serão devidamente contestados no âmbito judicial. Reafirmou ainda que a médica, no exercício de sua função, agiu de maneira ética e profissional e em nenhum momento desacatou os policiais (leia íntegra ao final da reportagem).&nbsp;

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) afirmou que não recebeu qualquer documento formal sobre a conclusão do inquérito e que por isso, não irá se posicionar sobre o caso (leia íntegra ao final deste texto).&nbsp;

O POPULAR também solicitou um posicionamento para a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/medica-denuncia-que-foi-detida-apos-policiais-exigirem-atendimento-com-prioridade-em-unidade-de-saude-de-trindade-1.3201674" target="_blank">Médica denuncia que foi detida após policiais exigirem atendimento com prioridade em unidade de saúde de Trindade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/medica-que-disse-ter-sido-detida-por-policiais-que-exigiram-atendimento-foi-escoltada-na-frente-de-pacientes-e-colegas-1.3202160" target="_blank">Médica que disse ter sido detida por policiais que exigiram atendimento foi escoltada na frente de pacientes e colegas</a></div>

Após a conclusão das investigações, a PC divulgou que foi provado que os policiais que estiveram no Hetrin acompanhando um preso agiram conforme os protocolos do próprio hospital. Segundo a polícia, após os policiais terem adentrado no consultório que estava sem atendimento, a médica estranhou a presença dos agentes e gritou com um deles para que o mesmo saísse, proferindo xingamentos e mandando que o policial deixasse o preso apenas com a outra agente que o acompanhava.&nbsp;

De acordo com as investigações, o policial respondeu que não sairia do lado do preso e a médica continuou destratando o homem, xingando-o e chamando-o de “doido”.

A Polícia Civil ressaltou ainda que não houve, à ocasião da condução da médica à delegacia, qualquer abuso de autoridade na ação. Segundo a PC, a médica foi conduzida de forma pacífica até a delegacia e, após prestar seu depoimento, no qual confessou o xingamento ao policial, foi liberada.&nbsp;

A PC informou ainda que concluiu pela legitimidade da ação dos policiais, logo após a prática de crime de desacato praticado pela profissional de saúde.&nbsp;

<h2>Entenda o caso&nbsp;</h2>

Em entrevista ao POPULAR, a médica contou que, depois da triagem, por volta das 20h30, dois policiais entraram no consultório sem serem chamados e durante a consulta de um outro paciente.&nbsp;

“Sentaram o detento na cadeira e ficaram em pé à direita dele e, sem nem ao menos me dar boa noite, exigiram que eu fizesse o exame de corpo delito do preso. Ao achar a situação um pouco desconfortável [...] disse a eles que precisariam esperar serem chamados e não já chegar entrando. O policial civil já se alterou e começou a gritar comigo”, disse.

Ainda conforme a médica, o policial teria argumentado, aos gritos, que outra pessoa tinha autorizado a entrada deles no consultório. No entanto, ela solicitou que o homem que estaria gritando esperasse do lado de fora, já que a dupla que estava com ele - uma policial mulher - poderia acompanhar o exame e escoltar o preso. “Colocando a mão no coldre e me intimidando, gritou que não iria sair”, relatou ela.

A médica contou que realizou o atendimento ao detento e o deu alta médica, então ele foi levado pelos policiais. Disse ainda que relatou no prontuário a situação que viveu com os policiais. No entanto, minutos depois, os agentes retornaram ao hospital e pararam na porta do consultório dela com uma algema na mão, disse.&nbsp;

“Pararam na porta do consultório com uma algema na mão, abrindo e fechando ela, me olhando e me intimidando, o que prejudicou a minha consulta pelo terror psicológico. Ao terminar o atendimento do outro paciente, eles entram no consultório e começam a me gravar, dizem que estão me dando voz de prisão em flagrante por desacato e que ou eu iria com eles por bem ou por mal. Levantei e fui sem questionar nada”, disse ela.

Após a voz de prisão, a médica perguntou se iriam deixar o hospital sem médico, pois havia cerca de 40 pessoas esperando atendimento, segundo ela, eles teriam concordado e a levaram à delegacia.

&nbsp;

<h2>Nota de defesa da médica</h2>

"A defesa da médica citada esclarece que os fatos narrados na investigação policial divergem da realidade dos acontecimentos e serão devidamente contestados no âmbito judicial, onde ficará evidente a verdade dos fatos.

A investigação divergiu totalmente do ponto essencial da denúncia: a inexistência de desacato e a condução ilegal para a delegacia sem a ocorrência de qualquer conduta da médica desacatar os policiais que estavam no hospital, que agiram violando as normas protocolares de atendimento hospitalar.&nbsp;

Reafirmamos que a médica, no exercício de sua função, agiu de maneira ética e profissional e em nenhum momento desacatou os policiais.&nbsp;

Quanto às alegações de que não houve abuso de autoridade, a defesa reforça que o episódio resultou na prisão arbitrária da profissional, gerando impactos significativos ao seu exercício profissional e à prestação de atendimento médico no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin).

Por fim, confiamos que o Poder Judiciário avaliará os fatos de maneira imparcial, garantindo justiça à médica e reafirmando os princípios que regem o Estado de Direito."

<h2> 
Nota Cremego&nbsp;</h2>

"O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) não recebeu qualquer documento formal sobre a conclusão deste inquérito, portanto, não vai se posicionar sobre o assunto."

&nbsp;

Médica chamou policial de 'doido' e não sofreu abuso de autoridade por parte de policiais, conclui polícia

Trindade

Uma médica, que preferiu não ser identificada, denuncia que foi detida por policiais civis enquanto trabalhava em um hospital estadual em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Ela relata que os policiais entraram no consultório dela enquanto ela atendia outro paciente e exigiram que ela fizesse um exame de corpo de delito em um detento. Quando contestou a situação, disse que os policiais gritaram com ela. Após o exame, ela foi levada à delegacia por desacato à autoridade. O caso será investigado.

<cite>Foi uma situação humilhante. Ser levada igual bandida por três policiais na frente dos meus pacientes e dos meus colegas de trabalho. Sinto vergonha do que aconteceu e estou com medo e tendo ansiedade quando tenho que ir trabalhar”, disse a médica.</cite>

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A situação aconteceu na segunda-feira (18), por volta de 20h30, no Hospital Estadual de Trindade. Em nota, o hospital lamentou o ocorrido e informou que está colaborando com a apuração dos fatos. “A unidade segue empenhada em oferecer o melhor atendimento à população, prestando apoio a todos os profissionais que com ela se relacionam, incluindo servidores da saúde e autoridades policiais”, afirmou&nbsp;(confira nota na íntegra abaixo).

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) disse, em nota pública, que repudia a situação e cobra a apuração da atuação de policiais. A presidente do Conselho, Sheila Soares, disse em vídeo divulgado nas redes sociais, que deve apurar com urgência a conduta ética da profissional, mas que repudia a conduta dos policiais “desrespeitando e coagindo a médica em seu ambiente de trabalho, desrespeitando o paciente cujo atendimento estava sendo finalizado”.

<cite>Os médicos já estão sendo muito penalizados pelas más condições de trabalho na rede pública e não podem mais ficar expostos a mais essa forma de agressão e desrespeito”, disse Sheila Soares.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-anula-promoc-o-de-pm-que-agrediu-manifestante-em-goiania-e-condena-governo-em-r-150-mil-1.3154896">Justiça anula promoção de PM que agrediu manifestante em Goiânia e condena governo em R$ 150 mil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/no-aeroporto-de-londres-goiana-e-presa-por-engano-diante-dos-filhos-1.3154387">No aeroporto de Londres, goiana é presa por engano diante dos filhos</a></div>

A advogada Luísa Siqueira, responsável pela defesa da médica, considerou a situação uma “prisão arbitrária” e informou em nota pública que serão adotadas medidas “para responsabilizar os agentes que praticaram abuso de autoridade e para restabelecer a honra e a reputação” da médica. 

Já a Polícia Civil (PC) informou, em nota, que o ocorrido é objeto de apuração pela Corregedoria da instituição&nbsp;(confira as notas na íntegra abaixo).&nbsp;

<h2>Atendimento e voz de prisão</h2>

Em entrevista ao POPULAR, a médica relatou que, depois da triagem, dois policiais entraram no consultório sem serem chamados e durante a consulta de um outro paciente. “Sentaram o detento na cadeira e ficaram em pé à direita dele e, sem nem ao menos me dar boa noite, exigiram que eu fizesse o exame de corpo delito do preso. Ao achar a situação um pouco desconfortável [...] disse a eles que precisariam esperar serem chamados e não já chegar entrando. O policial civil já se alterou e começou a gritar comigo”, disse.

Esse exame de corpo de delito é normalmente realizado no Instituto Médico Legal (IML). A médica afirmou que o policial argumentou, aos gritos, que outra pessoa tinha autorizado a entrada deles no consultório. No entanto, ela&nbsp; solicitou que o homem que estaria gritando esperasse do lado de fora, já que a dupla que estava com ele - uma policial mulher - poderia acompanhar o exame e escoltar o preso. “Colocando a mão no coldre e me intimidando, gritou que não iria sair”, relatou ela.

Ela realizou o atendimento ao detento e o deu alta médica, então ele foi levado pelos policiais. Disse ainda que relatou no prontuário a situação que viveu com os policiais. No entanto, minutos depois, os policiais retornaram ao hospital e pararam na porta do consultório dela com uma algema na mão, relatou. Voltaram os dois policiais já mencionados, acompanhados de outra policial mulher, segundo a médica.

“Pararam na porta do consultório com uma algema na mão, abrindo e fechando ela, me olhando e me intimidando, o que prejudicou a minha consulta pelo terror psicológico. Ao terminar o atendimento do outro paciente, eles entram no consultório e começam a me gravar, dizem que estão me dando voz de prisão em flagrante por desacato e que ou eu iria com eles por bem ou por mal. Levantei e fui sem questionar nada”, disse ela.

Após a voz de prisão, a médica questionou se iriam deixar o hospital sem médico, pois havia cerca de 40 pessoas esperando atendimento, segundo ela, eles teriam concordado e a levaram à delegacia. “Chegando na delegacia, recolheram meu celular e falaram que eu estava presa”, relatou. No entanto, prestou depoimento ao delegado e foi liberada.

<h2>Ataques na delegacia</h2>

Depois de comunicar aos policiais que tinha sido liberada, ainda na delegacia, a médica relata que foi intimidada e ameaçada por uma das policiais que a detiveram. “Me acusou de tirar fotos dela escondido, coisa que não fiz. Disse que lá todo mundo é advogado e conhece de leis, mas pessoas como eu não dão valor”, relatou.

Então, contatou a advogada na intenção de denunciar abuso de autoridade. A policial escutou a conversa e teria a ameaçado dizendo que a médica até poderia processar, mas que não tinha como provar o ocorrido e que a pena para falso testemunho é alta. “Fui detida por desacato, porém quem foi desacatada, ameaçada, coagida e amedrontada fui eu”, relatou a médica.

Ela continuava na delegacia, pois estava esperando um carro de aplicativo para retornar ao hospital, e explica que demorou por conta já ser quase meia noite e estar chovendo. “Enquanto eu aguardava ficava sofrendo abuso psicológico e de poder”, disse. Depois do ocorrido, voltou para o hospital mas disse que não conseguiu terminar o plantão por estar emocionalmente abalada e ansiosa.&nbsp;

<h2>Notas na íntegra</h2>

<h3>Nota de defesa:</h3>

“A médica (que prefere não se identificar) plantonista no hospital do HETRIN, por meio de sua assessoria jurídica, vêm a público, esclarecer os fatos que culminaram em sua prisão arbitrária, sob acusação de crime de desacato, enquanto exercia sua função profissional.

Na noite do dia 18 de Novembro de 2024, por volta das 20:30 h, a médica plantonista, foi surpreendida por dois policiais civis, que de forma desrespeitosa e agressiva adentraram no consultório em que a mesma realizava atendimento de um paciente, e a coagiram a realizar exame de corpo de delito em um detento.

Esclarece, ainda, que em nenhum momento desacatou os agentes, limitando-se a agir em conformidade com os preceitos éticos e legais de sua profissão.

Todas as medidas cabíveis serão adotadas para responsabilizar os agentes que praticaram abuso de autoridade e para restabelecer a honra e a reputação da Dra. 

Confiamos que as autoridades competentes agirão com imparcialidade e rigor na apuração dos fatos, assegurando que a verdade prevaleça.”

<h3>Nota do hospital:</h3>

“O Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) lamenta o ocorrido e informa que está colaborando com a apuração dos fatos. A unidade segue empenhada em oferecer o melhor atendimento à população, prestando apoio a todos os profissionais que com ela se relacionam, incluindo servidores da saúde e autoridades policiais.&nbsp;

Hospital Estadual de Trindade - Walda Ferreira dos Santos”

<h3>Nota da Polícia Civil:</h3>

“A Polícia Civil de Goiás informa que os fatos noticiados são objeto de apuração pela Corregedoria da instituição, devendo ser adotadas todas as providências necessárias para a elucidação do caso.&nbsp;

Goiânia-GO, 20 de novembro de 2024.

Gerência de Comunicação da Polícia Civil de Goiás/PCGO”

<h3>Nota do Cremego:</h3>

“O Cremego repudia e cobra a apuração da atuação de policiais na prisão arbitrária de uma médica na noite de segunda-feira (18), no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin).

O Conselho vai apurar em caráter de urgência se houve falha na conduta ética da profissional e espera que o governo de Goiás e as autoridades de segurança também apurem a ação dos policiais.”

Médica denuncia que foi detida após policiais exigirem atendimento com prioridade em unidade de saúde de Trindade

AMEAÇAS

Uma mãe foi presa após a bebê de dois meses, filha dela, ser internada com intoxicação em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, segundo a Polícia Civil (PC). As investigações apontaram que a mulher ministrou um medicamento de uso controlado na bebê por não aguentar a criança chorando. Ela foi presa na terça-feira (12), suspeita do crime de maus-tratos.&nbsp;

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Como o nome da suspeita não foi divulgado, o POPULAR não conseguiu localizar a defesa dela até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

O delegado Thiago Martinho afirmou que a polícia teve conhecimento do caso por meio da equipe médica do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), para onde a bebê foi levada pela babá.&nbsp;

“Quem procurou o hospital foi a babá, e ela indicou que chegou na casa da mãe da bebê e a criança estava com comportamentos incomuns, por isso foi levada ao Hetrin. Foi detectado que a mãe não queria levar a filha para o hospital com receio de ser descoberta”, destacou o delegado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/suspeito-de-esfaquear-filha-bebe-ao-tentar-matar-a-m-e-da-menina-e-preso-1.3198225" target="_blank">Suspeito de esfaquear filha bebê ao tentar matar a mãe da menina é preso</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/medico-e-investigado-por-provocar-aborto-da-ex-ao-fingir-que-queria-constituir-familia-denuncia-jovem-1.3194420" target="_blank">Médico é investigado por provocar aborto da ex ao fingir que queria 'constituir família', denuncia jovem</a></div>

Segundo o investigador, a mãe ministrou na criança a mesma dosagem do medicamento que ela fazia uso. “A babá mostrou um áudio em que a mãe diz essa informação e afirma que estava muito preocupada. No hospital, ela só confessou que deu o remédio à bebê pois a equipe médica disse que pediria exames de sangue”, afirmou Thiago Martinho.&nbsp;

A Polícia Civil informou que não tem informações sobre o quadro de saúde da mulher e o motivo pelo qual ela faz uso do respectivo medicamento. Sobre o pai da criança, o delegado ressaltou que ele não mora com a mãe da bebê e que não tem condições de cuidar da criança. Por esse motivo, o investigador detalhou que, segundo o Conselho Tutelar, a guarda provisória da bebê, que teve alta médica no final da tarde de terça-feira, ficará com a babá.&nbsp;

De acordo com o delegado, as investigações seguem para verificar se o fato foi isolado ou se a bebê sofria maus-tratos desde o nascimento. A questão psicológica da mãe também vai ser apurada.&nbsp;

A mulher segue presa e deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (13).&nbsp;

Mãe é presa após bebê ser internada com intoxicação por dar alta dosagem de remédio para menina parar de chorar, diz PC

Maus-tratos

A Justiça soltou a técnica de enfermagem Márcia Sales do Nascimento, presa suspeita de desviar medicamentos do Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-funcionarios-de-hospital-s-o-suspeitos-de-trafico-de-medicamentos-controlados-apos-morte-de-mulher-em-trindade-1.3187743" target="_blank">após uma operação da Polícia Civil (PC)</a>. A mulher passou por audiência de custódia na quinta-feira (17) e teve a liberdade provisória concedida, entretanto, deverá cumprir algumas medidas cautelares determinadas pelo juiz.&nbsp;

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Em nota, a defesa de Márcia Sales afirmou que ela nunca esteve envolvida em qualquer esquema de desvio de remédios e que, de todos os anos que trabalhou no hospital, jamais foi até a farmácia ou depósito do local e pegou remédios sem autorização do supervisor. “A investigada é inocente e vai provar sua inocência no decorrer das investigações”, diz um trecho do posicionamento (leia íntegra ao final da reportagem).&nbsp;

Na audiência de custódia, o juiz Pedro Ricardo Morello Brendolan ressaltou que Márcia foi presa, em tese, pela prática do crime de tráfico de drogas. O magistrado concedeu a ela liberdade provisória e determinou que Márcia compareça em juízo mensalmente até o dia 10 de cada mês, não mude de endereço sem comunicar à Justiça, não se ausente da cidade por prazo superior a 30 dias sem autorização judicial e que comprove o atual endereço no prazo de cinco dias.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-funcionarios-de-hospital-s-o-suspeitos-de-trafico-de-medicamentos-controlados-apos-morte-de-mulher-em-trindade-1.3187743" target="_blank">Ex-funcionários de hospital são suspeitos de tráfico de medicamentos controlados após morte de mulher, em Trindade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/trafico-de-medicamentos-controlados-entenda-como-funcionarios-desviavam-remedios-de-hospital-1.3187900" target="_blank">Tráfico de medicamentos controlados: Entenda como funcionários desviavam remédios de hospital</a></div>

<h2>Entenda o caso&nbsp;</h2>

Ex-funcionários do Hetrin são investigados por tráfico de medicamentos controlados que causaram a morte de uma técnica de enfermagem da unidade. De acordo com o delegado Thiago Escandolhero Martinho, uma operação da Polícia Civil (PC), realizada na quarta-feira (16), cumpriu seis mandados de busca e prisão e prendeu Márcia Sales do Nascimento.&nbsp;

<cite>“Tem duas pessoas conduzidas. Foram achados medicamentos desviados (do hospital) nas residências delas. Hoje nós cumprimos uma busca aqui no Hetrin para verificar a entrada e saída desses medicamentos. E a investigação é de peculato, associação criminosa, tráfico de drogas e homicídio”, informou o delegado.&nbsp;</cite>

De acordo com a polícia, nas casas dos suspeitos foram apreendidos diversos medicamentos desviados, incluindo os contidos na Portaria da Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa) como entorpecente.&nbsp;

Conforme o delegado, o hospital e os médicos não tinham conhecimento dos fatos e que ao tomar ciência dos acontecimentos, o Hetrin demitiu os cinco funcionários investigados. "Falavam para o médico que algum paciente estava com muita dor e o medicamento saia da farmácia, mas não ia para o paciente. Uma das mensagens que pegamos no celular da vítima tem uma das investigadas falando que ia convencer o médico de que o paciente estava com muita dor. Então, até o presente momento, não há investigação contra o medido e nem contra o Hetrin', explicou o investigador.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3187991" attr-version="policy:1.3187991:1729118805" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3187991" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3187991', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3187991">WebStories: Tráfico de remédios controlados (1.3187991)</a></div>

<h2>Investigação&nbsp;</h2>

De acordo com o delegado, as investigações começaram após uma técnica em enfermagem morrer por overdose de morfina e familiares dela informarem a polícia de que a mulher conseguia os medicamentos com funcionários do hospital. Durante a apuração, os policiais chegaram à conclusão de que técnicos em enfermagem e enfermeiros investigados do Hetrin negociam morfina para terceiros, além de se auto medicarem. O delegado informou que além de morfina, os suspeitos desviavam medicamentos controlados como tramal e tramadol.&nbsp;

“Mês passado fomos procurados pela irmã da pessoa que faleceu, porque inicialmente foi tratado como suicídio, mas analisando o celular da irmã ela detectou que, na verdade, havia fornecimento dos funcionários do Hetrin de morfina, então tudo indica que foi overdose mesmo", afirma o delegado.

Duas funcionárias também prestavam plantão em hospitais de Goiânia. A polícia vai investigar se medicamentos de outros hospitais também foram desviados.

Ao O POPULAR, o Hetrin confirmou a demissão dos suspeitos e informou que a equipe do hospital colaborou durante o mandado de busca e apreensão ocorrido nesta quarta e que segue colaborando com a investigação (veja nota na íntegra ao final do texto).&nbsp;

Como os nomes dos demais suspeitos não foram revelados, a reportagem não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização deste texto.&nbsp;

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<h2>Nota Hetrin</h2>

"O Hospital Estadual de Trindade informa que na manhã desta quarta-feira, 16, a Polícia Civil realizou uma diligência em computadores na farmácia da unidade. A equipe prontamente prestou total colaboração durante o procedimento e segue colaborando com a investigação.

Ressaltamos que o caso está sendo conduzido pelas autoridades policiais e a unidade está prestando todas as informações requeridas.

Esclarecemos que assim que teve ciência de fatos suspeitos, a diretoria demitiu os funcionários envolvidos.

Assessoria de Comunicação do Hetrin"

<h2> 
Nota de defesa de Márcia Sales do Nascimento&nbsp;</h2>

"A investigada Márcia Sales nunca esteve envolvida em qualquer esquema de desvio de remédios e de todos os anos que trabalhou no hospital, jamais foi até a farmácia ou depósito do hospital e pegou remédios sem autorização do supervisor. Os remédios encontrado em sua residência a maioria eram de uso sem prescrição médica e já estavam vencidos. Sobre a morte da enfermeira, a investigada não tem qualquer participação uma vez que nunca forneceu ou vendeu remédios para ela. A investigada é inocente e vai provar sua inocência no decorrer das investigações

Sobre a liberdade para responder ao processo, como não existe causa justificante para sua prisão preventiva, a Liberdade é a regra. Este Advogado requereu ao Juiz para que concedesse a liberdade provisória por ser medida de justiça pois era direito dela e de todos aqueles que não apresentam qualquer risco para as investigações, ordem pública, econômica ou para a Justiça. A nossa Constituição Federal estabelece a presunção de inocência até que haja uma sentença penal condenatória com o trânsito em julgado. Após o requerimento o Juiz entendeu que correta estava as argumentações da defesa e concedeu a liberdade a investigada.

Victor Diego Monteiro Santos 
Advogado"