Três dos seis policiais militares acusados de matar duas pessoas em uma emboscada no Setor Jaó, em Goiânia, em abril do ano passado, ficaram em silêncio durante audiência de instrução e julgamento realizada em 27 de fevereiro deste ano na 4ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida. Os outros três que depuseram responderam apenas às perguntas feitas pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira e pelas defesas dos réus, se recusando a atender aos questionamentos do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Os três que ficaram em silêncio são justamente os que efetuaram os disparos que mataram o autônomo Junio José de Aquino, de 40 anos, e o corretor Marines Pereira Gonçalves, de 42. Junio teria sido morto pelos tiros dados pelo tenente Wandson Reis dos Santos, enquanto Marines, por disparos feitos pelos sargentos Wellington Soares Monteiro e Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira. O tenente Allan Kardec Emanuel Franco e os soldados Pablo Henrique Siqueira e Silva e Diogo Eleuterio Ferreira afirmam não ter presenciado o momento dos disparos.