A Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) e o campus Goiás da instituição farão, nos próximos dias 10 e 11 de agosto, atos de coleta de assinaturas para a ‘Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito’.De acordo com a universidade, a iniciativa objetiva “a união das lideranças da sociedade goiana e de suas instituições para o reforço ao chamamento à democracia”, em apoio ao documento criado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).“A Faculdade de Direito UFG sempre teve papel histórico nas jornadas em prol das liberdades, contra todas as formas de opressão, e em defesa irrestrita do estado democrático de direito”, declarou a instituição, ao anunciar a iniciativa.Os atos vão acontecer no dia 10, quarta-feira, às 19h30 no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFG, em Goiânia; e no dia 11, quinta-feira, às 20h30 no Teatro São Joaquim, na Cidade de Goiás.Na última sexta-feira (5), já havia ocorrido uma mobilização na Faculdade de Direito para colher assinaturas à carta, após reunião com entidades e autoridades ligadas ao movimento atual em apoio ao documento.Carta em defesa da democraciaOrganizada pela Faculdade de Direito da USP, a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito tem, até o momento, quase 798 mil assinaturas.Assinam o documento vários banqueiros e empresários, como Pedro Moreira Salles, Candido Bracher e Roberto Setubal, do Itaú, Walter Schalka, da Suzano, Eduardo Vassimon, da Votorantim, Fabio Barbosa, Guilherme Leal e Pedro Passos, da Natura, Blairo Maggi, do Grupo Amaggi, e o pecuarista Pedro Camargo Neto, além de juristas, economistas e acadêmicos.O documento também leva a assinatura de políticos e artistas como Chico Buarque, Casagrande, Lula, Simone Tebet, Ciro Gomes, Fernando Henrique Cardoso e outros.De acordo com a Faculdade de Direito da USP, “neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país”, mas ao invés de uma festa cívica, “estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.”O documento, por sua vez, gerou incômodo ao presidente Jair Bolsonaro, que se referiu a ele como “cartinha” e chamou os signatários de “cara de pau” e “sem caráter”.Leia também:Entidades goianas não confirmam adesão a carta por democraciaPresidente da Asmego reafirma segurança das urnas e refuta ataques à democracia