Dezenove países aderiram ao Consenso de Belém, que busca quadruplicar a produção de combustíveis sustentáveis no mundo até 2035, incluindo biocombustíveis. O acordo foi apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (7), durante a cúpula de líderes, evento em Belém que precede a COP30. Até o início desta sexta, negociadores brasileiros consideravam a assinatura de 12 países como certas, incluindo Japão, Itália, Armênia e Holanda. Durante a sessão da cúpula que discutiu os desafios da transição energética, outros líderes manifestaram seu apoio à medida. Como já era esperado, no entanto, a União Europeia ficou de fora, o que pode ter influenciado também outros países na decisão. A presença do bloco é vista por negociadores brasileiros como estratégica nesse pleito, uma vez que a UE tem as regulamentações ambientais mais avançadas do mundo e já estipulou limites de emissões para alguns setores entre eles, o de transporte rodoviário, que precisa zerar suas emissões até 2035.