Nenhuma câmera de monitoramento estava em funcionamento dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Morrinhos (HMM) quando, no dia 18 deste mês, o tratorista aposentado Luiz Claudio Dias, 59 anos, que estava internado na unidade, rendeu uma técnica de enfermagem com um caco de vidro em seu pescoço. O paciente em surto acabou baleado e morto por um sargento da Polícia Militar, chamado para gerenciar a crise. O desfecho do caso repercutiu muito e deixou inconformada a família de Luiz Cláudio, que prepara ações judiciais contra a prefeitura local, o Estado de Goiás e a empresa gestora da UTI. A falha do monitoramento foi mencionada pela diretora da unidade hospitalar, Rhalsia Fernandes de Paula, ao responder ofício do delegado da Polícia Civil de Morrinhos, Fabiano Henrique Jacomelis, à frente das investigações. Ele requisitou as imagens dois dias após o fato. Na resposta, a diretora explica que, “em que pese tenham câmeras instaladas e em funcionamento, elas não estão gravando as imagens (sic).” A diretora do HMM diz ainda que buscou informações com funcionários do hospital e que eles disseram que “tal situação se perpetua há meses e, por óbvio, desde a gestão passada”. O problema, conforme a diretora do HMM, já tinha sido constatado, porém os reparos demandam a aquisição de novos equipamentos e procedimento licitatório, o que já teria sido solicitado.