A variante XFG da Covid-19, classificada como “sob monitoramento” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido à sua maior transmissibilidade, já é predominante em Goiás. Em setembro, essa variante foi identificada em 97% das amostras analisadas pelo Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). A primeira detecção ocorreu em Inhumas, em junho. A partir do segundo semestre, a linhagem passou a ser registrada em diversos municípios goianos. Em 25 de junho, a OMS adicionou a XFG à lista de variantes sob monitoramento. Apesar do aumento de casos em países onde essa variante está circulando, como a França, não há evidências de que ela cause formas mais graves da doença em comparação a outras variantes em circulação. Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda explica que se trata de uma variante com potencial de se espalhar por diversos países. “E causar novas ondas epidêmicas”, afirma.