Os vereadores de Goiânia Mauro Rubem (PT) e Santana Gomes (PRTB) ingressaram com uma ação popular com pedido de liminar para cancelar o pregão eletrônico movido pela Prefeitura para terceirizar parte da campanha de imunização contra a Covid-19 na capital.A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) pretendia contratar uma empresa para ministrar 1 milhão de vacinas, mas decidiu adiar o processo nesta sexta-feira (21), na data em que seria divulgado o resultado da concorrência pública. A medida foi tomada após o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e a Câmara de Vereadores solicitarem esclarecimentos sobre a concorrência pública.Na ação, os vereadores afirmaram que o edital fere os princípios da administração pública, como publicidade, transparência, economicidade, legalidade, impessoalidade e moralidade. “O sigilo do valor estimado, a falta de publicidade do valor ao órgão de controle externo que é a Câmara Municipal, as exigências e objeto desarrazoados e desproporcionais, além da suspeita de criação de uma ata de registro de preços para obter ganhos perante outras administrações é objeto de nulidade.” O questionamento deve ser julgado nos próximos dias.Como mostrou O POPULAR, uma das empresas interessadas no pleito acionou o TCM, alegando que os termos do edital eram muito restritivos, prejudicando a concorrência. O edital também não informava o valor do contrato.A empresa vencedora teria de disponibilizar estrutura, pessoal para aplicação da vacina e informação na plataforma do Ministério da Saúde que monitora as doses administradas nos municípios. A Prefeitura de Goiânia informou que o pregão eletrônico foi adiado “para fins de esclarecimento junto ao Tribunal de Contas do Município”.