A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) de Goiânia não tem previsão do término do trabalho de retirada das 600 placas do viaduto João Alves de Queiroz, na confluência das avenidas 85, T-63 e S-1, no Setor Bueno. Equipes da pasta começaram no sábado (16) a remover, inicialmente, as 60 peças atingidas por um incêndio acidental provocado por um homem, dependente químico, na madrugada de sexta-feira (15). Enquanto o trabalho continuar, o viaduto na continuidade da Av. T-63 e a trincheira permanecem interditados. No nível inferior, está liberado para o tráfego nos dois sentidos.A remoção de placas que revestem complexo viários de Goiânia vinha sendo solicitada à administração municipal desde 2019 pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO). Após as chamas danificarem parte delas no viaduto da T-63, o coordenador da Câmara de Engenharia Civil da instituição, Ricardo Barbosa Ferreira, explicou que as placas, feitas de alumínio composto (ACM), não contribuem para a segurança, a durabilidade e a funcionalidade da estrutura. Trepidação e vento ajudam a desprendê-las aumentando o risco de acidentes.De acordo com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Goiânia, o Crea trabalha em sistema colaborativo com a gestão municipal, ao lado da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), e do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape). Cerca de 50 engenheiros, conforme a informação, avaliam periodicamente 121 estruturas da capital e enviam relatórios ao Município com orientações sobre prioridades de manutenção.Depois que as chamas invadiram o viaduto, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) anunciou que placas similares serão retiradas de todos os locais da capital onde foram instaladas como revestimento. A exemplo do que ocorreu no complexo viário Luiz José Costa, no encontro da Marginal Botafogo com a Avenida Jamel Cecílio, e no viaduto Iris Rezende Machado, na Avenida Perimetral, recém-inaugurados, as placas de ACM serão substituídas por arte urbana.Leia também:- Suspeito de incêndio no viaduto da T-63 é liberado da prisão- Prefeitura retira placas do Viaduto da T-63 depois de incêndio - Suspeito diz que incêndio em viaduto da T-63 não foi propositalAcidente No sábado (16), Baltazar Campos David, de 41 anos, o homem preso por atear fogo no viaduto, foi solto após audiência de custódia. O homem, que foi identificado por câmeras de videomonitoramento, recebeu a atenção da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) que pediu o relaxamento da prisão. Ele repetiu durante a audiência o que falou ao chegar à delegacia da Polícia Civil.Ou seja, o que ocorreu foi um acidente, ao atear fogo em um pedaço de papelão para tentar encontrar a droga que tinha escondido.Em sua decisão, a juíza Patrícia Machado Carrijo explicou que, como o Ministério Público (MP) não protocolou pedido de prisão do suspeito, ele não poderia ficar detido preventivamente. Baltazar terá de usar tornozeleira eletrônica e comparecer em Juízo até o dia 10 de cada mês para informar suas atividades. Se descumprir, poderá ser preso preventivamente.