-Imagem (1.2430020)Um guarda civil agrediu uma professora com um soco no rosto durante manifestação de servidores municipais da Educação de Goiânia, na manhã desta quinta-feira (31), em frente ao Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Vila Areião. No vídeo, é possível ver o momento em que a professora Juliana Rosa, de 37 anos, leva um soco ao se aproximar dos agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) que imobilizam um professor. AO POPULAR, Juliana contou que precisou de atendimento médico e foi constatada uma lesão no maxilar. “Estou sentindo uma dor muito forte na minha região do maxilar, não estou conseguindo comer, não estou conseguindo mastigar, estou me sentindo agredida gratuitamente”, relata. A professora passou por exame de corpo de delito no Instituo Médico Legal (IML) e foi orientada pelo médico legista a realizar uma ressonância magnética no osso maxilar.Juliana relatou como foi o momento da agressão. “Começou uma confusão com uma bomba que soltaram, começou um tumulto e eu fiquei um pouco longe. Aí eu vi os dois professores no chão e comecei a falar ‘respeita o professor, respeita a educação, para de agredir o professor’. Nesse momento que eu comecei a falar isso o guarda me deu um soco”, relatou a professora.Por meio de nota, a Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia disse que não compactua com atos de violência e afirmou que guardas civis foram agredidos (veja a nota na íntegra ao final deste texto).Leia também:- Prefeitura de Goiânia oferece plano de carreira no lugar da data-base para servidoresEntenda o casoO agressão ocorreu quando o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) deixava o Cmei Vila Areião, no setor Pedro Ludovico. Dois professores, Renato Regis e Hugo Rincon, foram presos durante a manifestação. O grupo, que está em greve e é vinculado ao Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), aguardava a saída de Cruz do local para cobrar um uma negociação sobre a proposta de reajuste salarial.Vídeos enviados ao POPULAR registraram o momento em que o carro utilizado por Rogério Cruz e pela primeira-dama Thelma Cruz é cercado pelos manifestantes. O casal está próximo do veículo quando um manifestante joga água no carro e outro sobe no capô e anda sobre ele. Em seguida, esse manifestante é rendido por agentes da GCM, jogado no chão, e então começa uma confusão generalizada.Nesse momento, a professora Juliana se aproxima da aglomeração e começa falar em direção aos guardas que imobilizam o professor, quando é agredida com um soco no rosto por um guarda da Ronda Ostensiva Municipal (Romu).Os dois professores foram encaminhados à Central de Flagrantes, no Setor Cidade Jardim e um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado contra eles. GreveOs servidores municipais da Educação de Goiânia decretaram greve no dia 15 de março. A categoria reivindica o pagamento imediato da data-base referente a 2020 e 2021, cujo porcentual anunciado pela Prefeitura é de 9,32%.Os servidores também reivindicam um plano de carreira para os administrativos, a inclusão da data-base de 2022 no projeto de lei que será enviado à Câmara Municipal de Goiânia e o pagamento do piso dos professores no porcentual de 33,24%, de acordo com o que foi anunciado pelo governo federal.Nota da Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia-A Guarda Civil Metropolitana de Goiânia ressalta que não compactua com atos de violência, e que qualquer cidadão pode realizar denúncias por meio da ouvidoria e corregedoria do órgão, responsável pelas devidas providências. -Durante evento de entrega do Cmei Vila Areião, na manhã desta quinta-feira (31/03), a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia presenciou manifestação de grupo de cidadãos. -A manifestação ocorria livremente, sem qualquer intervenção por parte da guarda, em respeito ao direito dos cidadãos de se manifestar. -Em dado momento, porém, manifestante atirou objetos no prefeito e na primeira-dama, e outro subiu no capô de um dos carros oficiais da prefeitura. -A fim de garantir segurança das autoridades e demais cidadãos presentes, a Guarda Civil Metropolitana precisou conter os agressores, por meio de uso progressivo da força, como determina o Procedimento Operacional Padrão (POP). -Parte do grupo tentou resgatar os contidos e, por medidas de segurança, foi feito um cordão de isolamento, para garantir a integridade tanto dos detidos como dos manifestantes.-Detidos foram encaminhados às autoridades judiciais, e foi constatado registro de passagens policiais por pertubação de sossego e ameaças, dentre outras. -Alguns guardas civis foram agredidos e passam, neste momento, por exame de corpo delito. Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia