Em Goiás, o mês de novembro – que tem no seu transcorrer o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25), ficou manchado de sangue feminino. Menos de 30 dias após a sanção da Lei 14.994, que endureceu as penas para quem pratica o feminicídio, teve início no Estado uma nova escalada dessa modalidade de crime, reforçando que as mulheres continuam sendo vítimas em uma sociedade marcada pela desigualdade entre gêneros. Goiânia não fugiu dessa realidade. Essa violência, na visão da tenente-coronel PM Cláudia da Silva Lira (Avante), vice-prefeita eleita de Goiânia, é o ápice de uma situação que precisa ser trabalhada de forma preventiva, em políticas públicas primárias, para que os frutos sejam colhidos no futuro. A oficial é uma das precursoras da Patrulha Maria da Penha, hoje organizada em Batalhão, que nasceu em Goiânia no ano de 2015. A ideia surgiu para levar segurança às mulheres da região noroeste da capital, então com alto índice de violência doméstica.