Quem transita desatento à noite pela ponte da Rua 10, que passa sobre a Marginal Botafogo, no Setor Leste Universitário, pode se encantar com a mudança na paisagem. Antes ocupado por pessoas em situação de rua, repleto de lixo e pichações, o local agora está limpo, vazio e ganhou uma nova pintura. Entretanto, cobertores, restos de comida e garrafas de bebida alcoólica, acomodados em cantos estratégicos da via, denunciam aos olhares mais atentos que a população em situação de rua ainda permanece nas redondezas, à mercê da fome, do frio, de doenças, do tráfico de drogas e da violência. No final de julho, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), postou vídeos em suas redes sociais informando que a Prefeitura havia aproveitado uma obra da Companhia Saneamento de Goiás (Saneago) na adutora que fica na Rua 10 para realizar uma ação de acolhimento às pessoas em situação de rua que estavam no local. Ao lado da secretária municipal de Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos, Erizania Freitas, e do comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Gustavo Toledo, ele disse que cada caso estava sendo tratado com “responsabilidade e respeito” e que iria ocorrer uma “fiscalização rigorosa” para que o tráfico de drogas não retornasse ao local. Situação semelhante aconteceu na Praça Joaquim Lúcio e no Ginásio de Esportes, em Campinas, no primeiro semestre deste ano.