Em 2018, o Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, unidade que integra a Rede de Atenção Psicossocial de Goiânia, ganhou nova sede, no Setor Jardim América. A mudança foi justificada pela pasta como a necessidade de garantir melhor estrutura para o atendimento dos pacientes e de trabalho para os servidores. A solução, entretanto, não se mostrou eficaz. Os problemas denunciados pela população nas antigas sedes voltaram a se tornar evidentes.

Esta semana um parente de um homem jovem que foi atendido no pronto-socorro psiquiátrico encaminhou vídeos à TV Anhanguera mostrando mofos e infiltrações nas paredes. Relatos como esses não são novos. Cerca de dois anos após a transferência para o prédio, a vereadora Gabriela Rodart esteve na unidade e denunciou a precariedade no local, com vasos quebrados e banheiros entupidos. Em 2021, o deputado Gustavo Sebba (PSDB), que já presidia a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), também ficou estarrecido ao visitar o local. “Para trabalhar em uma unidade como essa, tem que amar a causa”, disse ele na época.

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O Pronto Socorro Wassily Chuc é uma unidade que funciona 24h. Quando uma pessoa está em surto, seja por problemas mentais, quanto por dependência química, ali é a porta de entrada para o atendimento. Após análise da equipe médica, o paciente é encaminhado para um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) ou, em casos mais graves, que exijam internação, é regulado para leitos conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS), em três hospitais psiquiátricos da capital.

Nesta terça-feira (6), uma mulher de Trindade, na região metropolitana da capital, precisou de atendimento para o marido. Sem conseguir ajuda em seu município, correu para o Wassily Chuc. “Meu marido estava tendo convulsões, mas não chegaram a atendê-lo. Ele já foi encaminhado para um Cais”, afirmou, sem querer se identificar.

A diarista Lisamara Santos há alguns dias precisou de atendimento para o irmão que tem esquizofrenia. “Ele teve um surto e não consegui controlar. Precisei ficar um tempo no pronto-socorro até surgir uma vaga. A situação lá é muito ruim, tem mofo e infiltrações. As paredes estão descascando.”

Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia, Celidalva Bittencourt disse ao POPULAR que pretende tratar do assunto com o titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Durval Pedroso, na reunião quinzenal desta quarta-feira (7). “A estrutura realmente não é das melhores e precisa mudar, mas é importante lembrar que o Wassily Chuc é apenas a porta de entrada para o atendimento”, afirmou. Para Celidalva é preciso analisar a questão do atendimento à saúde mental como um todo.

“Dentro de 15 dias o Conselho Municipal de Saúde vai realizar uma reunião extraordinária para tratar da saúde mental. Depois da pandemia da Covid-19 as pessoas ficaram mais adoecidas. É necessária uma reestruturação, melhorar as estruturas físicas não somente do Wassily Chuc, mas também dos Caps e do Ambulatório Municipal de Psiquiatria. Concursados precisam ser chamados”, afirmou Celidalva Bittencourt.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclareceu por meio de nota que o prédio onde funciona o Pronto Atendimento Psiquiátrico Wassily Chuc é locado, o que limitaria reformas mais amplas que seriam de responsabilidade do proprietário.

A SMS informa que, em parceria com o Ministério Público, está viabilizando uma forma legal para que o município possa fazer intervenções mais profundas na estrutura da unidade. Enquanto isso, diz que tem realizado manutenções pontuais.

“Todo o serviço necessário para a solução definitiva de infiltração no prédio, já foram executados. Foram realizados reparos no telhado com troca de telhas e impermeabilização (fotos abaixo), faltando agora somente a pintura”, afirma a pasta.

De acordo com a secretaria, as manutenções da rede elétrica, hidráulica, hidrosanitária, banheiros, entre diversos outros reparos, foram concluídas. Mas como as intervenções ainda estão em andamento, alguns serviços, como a pintura, ainda serão feitos.

Dificuldades na lida com os pacientes&nbsp;

O POPULAR conversou com uma profissional de saúde que atua no Pronto Socorro Wassily Chuc sob a condição de anonimato. Ela confirmou que o prédio onde está instalada a unidade realmente tem muitos problemas de infiltração que ficam mais evidentes no período chuvoso. “Mesmo que pintem, como fizeram há pouco, se der uma bolha, os pacientes começam a retirar o restante da pintura, deixando aquele aspecto ruim”, salientou.&nbsp;

A servidora lembrou que o perfil do paciente da unidade é diferenciado. “Em delírio ou em surto, ele danifica colchões, entope vasos ou arranca chuveiros. Um dos maiores problemas que nós temos é a falta de colchões que são frequentemente danificados e, por uma questão burocrática, a secretaria não consegue fazer a substituição imediata. Tínhamos dois bebedouros novos, os dois foram quebrados. Para conseguir dar um mínimo de dignidade, sempre fazemos vaquinha.” Esta semana foram instaladas novas luminárias.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

Até que sigam para um hospital psiquiátrico, pacientes em surto precisam ficar no Wassily Chuc. “Nosso paciente é de difícil manejo. Colocamos plantas no pátio para humanizar o ambiente, mas todos os vasos foram danificados. Ganhamos de uma servidora um aparelho de TV que foi instalado no refeitório e não durou dois meses. Perdemos também a equipe multiprofissional que oferecia arteterapia e atividades ocupacionais e de lazer. Como todos eram comissionados, foram exonerados e a equipe não foi substituída. Uma perda muito grande para a unidade.”

Embora dentro da Rede de Atenção Psicossocial o pronto-socorro seja direcionado para o atendimento emergencial, muitas vezes, conforme a servidora, o paciente fica semanas na unidade. “Ou porque não há vaga nos hospitais conveniados com o SUS ou porque algum deles devolve o paciente sob a alegação de que ele não tem o perfil para atendimento. E a secretaria exige que ele volte para o hospital para que o estabelecimento preencha um papel explicando os motivos da recusa. É um estresse muito grande.” &nbsp; &nbsp; 
 
Por meio de nota, a SMS diz não proceder a denúncia de desmantelamento da equipe multidisciplinar. “Pelo contrario ela acaba de ser reforçada com a contratação de um médico responsável técnico (RT)”, informa a pasta.&nbsp; &nbsp;

Wassily Chuc volta a ser alvo de queixas

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Saúde mental

Pintor cai de telhado

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O pintor Desdinei Sousa Campos, de 51 anos, caiu de aproximadamente seis metros de altura enquanto pintava um prédio em Anápolis, no centro goiano, segundo o Corpo de Bombeiros. O caso aconteceu na Avenida Brasil Sul, na Vila Jussara, na tarde dessa terça-feira (18). Uma câmera de segurança registrou o momento da queda (assista acima).&nbsp;&nbsp;

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Segundo apurado pelo POPULAR, Desdinei estava pintando um prédio ao lado de uma loja de automóveis. Em certo momento, quando o trabalhador estava em cima do telhado dessa loja, a telha quebrou. O vídeo mostra quando Desdinei cai, atinge o capô de um veículo e, em seguida, vai ao chão. Depois, alguns homens que estavam na empresa se aproximam para ajudar.&nbsp;

Os bombeiros foram acionados e realizaram os primeiros atendimentos à Desdinei. Conforme o relato dos militares, o pintor estava consciente, com dores nas costas e uma lesão grave na lombar. Ele foi levado para o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana). O POPULAR solicitou o estado de saúde de Desdinei na manhã desta quarta-feira (19), por e-mail, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. &nbsp;

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Ao POPULAR, a esposa de Desdinei, a artesã Luzivania Silva Azevedo, de 29 anos, explicou que o marido segue internado e está com dores nas costas. Além disso, o trabalhador será transferido para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, para realizar exames. Até o momento, Desdinei não tem previsão de alta.

Ainda segundo Luzivania, ela e o marido moram em Goiânia. Desdinei tinha ido a Anápolis com um amigo para&nbsp;pintar o prédio na Vila Jussara. “Eles dois trabalham juntos de vez em quando”, revelou Luzivania. Até a manhã desta quarta-feira (19), o caso não havia sido registrado na Polícia Civil (PC).&nbsp;

Colaborou Vinicius Moraes

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Momento em que o pintor Desdinei Sousa Campos, de 51 anos, cai de cerca de seis metros de altura. Ele estava pintando um prédio em Anápolis, no centro goiano. (Arquivo pessoal/Jonatha Felix)

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Trabalhador fica ferido após cair de seis metros de altura enquanto pintava prédio em Anápolis; vídeo

ACIDENTE

PINTOR_PREDIO_CHUVA_GOIANIA

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O pintor Jeckson Oliveira de Magalhães,&nbsp;de 49 anos, passou por apuros após descer do 29º andar de prédio residencial durante a forte chuva, em Goiânia. Um vídeo gravado por um morador em uma janela próximo ao edifício mostra o momento em que o profissional desce por meio de uma corda durante a tempestade (veja acima).&nbsp;

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O susto aconteceu na última terça-feira (12), no Parque Amazônia, região sul da capital. Pessoas que passavam pelo local comentaram nas redes sociais que ficaram assustadas com a situação.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-susto-com-queda-de-telhado-em-escola-preocupac-o-e-com-lado-psicologico-1.3199132" target="_blank">Após susto com queda de telhado em escola, preocupação é com lado psicológico</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/inmet-lanca-alerta-de-chuvas-intensas-com-ventos-de-ate-100-km-h-para-goias-1.3199181" target="_blank">Inmet lança alerta de chuvas intensas com ventos de até 100 km/h para Goiás</a></div>

Filha do pintor, Jhessyka Karolyne contou ao POPULAR que apesar das cenas fortes, o pai dela desceu em segurança e usava todos os equipamentos adequados.&nbsp;

<cite>Ele está bem, estava trabalhando quando a chuva veio de uma vez, a corda molhada fica bem escorregadia, ele só travou no cinto de segurança e foi descendo bem mais lento para não correr o risco de escorregar de uma vez. Ele não chegou a ficar preso. Só desceu bem mais lento que o normal", disse.&nbsp;</cite>

Ao POPULAR, a administração do condomínio Park Privilége informou que o edifício passa por uma obra e que contratou uma empresa especializada em pinturas prediais e serviço em altura, a qual o pintor presta serviço.

Explicou que o colaborador desceu dentro da técnica que eles foram capacitados, utilizando todos os equipamentos necessários. Segundo a administração, o pintor não desceu somente por uma corda, mas utilizava uma espécie de cadeirinha, própria para esse tipo de serviço.

Pintor passa por apuros após descer do 29º andar de prédio durante forte chuva em Goiânia; vídeo

SUSTO

A influencer turca Kubra Aykut morreu, aos 26 anos, após cair de seu apartamento em Istambul.

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O jornal britânico Daily Mail informou que a morte da youtuber aconteceu na última segunda-feira (23). As causas do ocorrido ainda estão sendo investigadas.

Aykut somava mais de um milhão de seguidores no TikTok, mais de 220 mil no Instagram e um canal no YouTube com mais de 23 mil assinantes. De acordo com a imprensa internacional, as autoridades turcas estão trabalhando em outras linhas de investigação além do suicídio e assassinato.

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Kubra ficou famosa após compartilhar um vídeo de casamento. Na gravação, tem um vestido de noiva de luxo, sem um noivo, mostrando empoderamento e independência.

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YouTuber morre aos 26 anos após cair de seu apartamento na Turquia

Mundo

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MORTE

Dois trabalhadores caíram de uma plataforma de segurança de um prédio em obras a uma altura de aproximadamente seis metros, na manhã desta sexta-feira (13), no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os operários foram resgatados e encaminhados ainda conscientes para o Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo).&nbsp;

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O acidente aconteceu no setor Pedro Ludovico, próximo ao Parque Areião. Em nota ao POPULAR, a CMO Construtora lamentou o ocorrido e informou que os dois trabalhadores eram terceirizados e portavam os equipamentos de segurança. Contudo, os operários caíram por não terem conectado o cinto de segurança à linha do sistema de ancoragem, segundo a construtora&nbsp;(Veja a nota completa no final da matéria).&nbsp;

Segundo o Corpo de Bombeiros, os dois trabalhadores tiveram lesões na cabeça, dores nos braços e costas, mas estavam conscientes. Um deles ainda teve escoriações na perna esquerda e reclamava de dor na lombar. Ao&nbsp;POPULAR, o Hugo informou que&nbsp;o quadro de saúde dos pacientes será compartilhado apenas aos pacientes e seus familiares ou responsáveis legais.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-morre-depois-de-cair-em-fosso-de-elevador-em-goiania-1.3122467" target="_blank">Homem morre depois de cair em fosso de elevador em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/trabalhador-cai-em-fosso-de-elevador-e-e-resgatado-pelos-bombeiros-em-goiania-1.2521867" target="_blank">Trabalhador cai em fosso de elevador e é resgatado pelos Bombeiros, em Goiânia</a></div>

Segundo a construtora, os operários estavam fazendo a desmontagem e realocação do andaime suspenso quando sofreram a queda: “Ambos passam bem e estão longe de qualquer risco maior”.&nbsp;

<h2>Veja nota completa da CMO&nbsp;</h2>

Sobre o incidente ocorrido na manhã desta sexta-feira, 13/09, a empresa informa que os dois trabalhadores terceirizados estavam fazendo a desmontagem e realocação do andaime suspenso quando sofreram uma queda. Os profissionais, especialistas na função, tinham todo o treinamento e portavam os equipamentos de segurança necessários. Ambos caíram por não terem conectado o cinto de segurança à linha de vida, um sistema de ancoragem e cabos de aços que protege o trabalhador. A construtora lamenta o ocorrido e informa ainda que acionou o Corpo de Bombeiros imediatamente, assim como está acompanhando de perto o estado de saúde dos envolvidos. Ambos passam bem e estão longe de qualquer risco maior.&nbsp;