Em meio à discussão sobre quem deve comandar a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), o prefeito Sandro Mabel (UB) esteve na redação para conceder entrevista ao POPULAR. O tema gerou tensão nesta semana, em que o Paço perdeu a gestão da companhia para o governo de Goiás. Para defender que a Prefeitura de Goiânia continue com a CMTC, ele diz circular diariamente pela cidade e conhecer melhor os gargalos do transporte coletivo e as soluções necessárias: “Quem anda na cidade sou eu. O governador (Ronaldo Caiado) não anda, o Adriano da Rocha Lima não anda, esse pessoal têm um contexto do Estado.”

Mabel voltou a defender que não pediu mudanças na porcentagem dos repasses para o subsídio do transporte coletivo – apenas ressaltou que o Estado precisa assumir os valores do Passe Livre Estudantil e de outros benefícios de gratuidade no transporte.

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Na entrevista, o prefeito ainda afirmou que vai renovar o contrato, por mais seis meses, com as organizações sociais civis (OSCs) que administram as três maternidades municipais. As maternidades foram repassadas para OSCs em agosto com a promessa de que um novo chamamento público seria aberto para convocar entidades definitivas para a gestão das unidades.

O Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas) deve passar por reestruturação para continuar funcionando. Para ele, “o Imas é uma entidade que não deveria existir”. “Plano de saúde municipal, pra quê?”, questiona. Para o próximo ano, o instituto vai ter nova tabela: “Uma pessoa que colabora com R$ 80 por mês e tem 8 dependentes que não pagam nada. Não tem como isso andar.” O prefeito destaca que vai enviar projeto para a Câmara de Goiânia: “Se a Câmara não votar isso, acabou, o Imas fecha as portas.”

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Confira abaixo os principais trechos da entrevista.

Por que o sr. se colocou nessa situação com o governo do Estado para manter a gestão da CMTC com a Prefeitura?

Primeiro, eu não quero brigar. Estou defendendo o cidadão goianiense. O risco do transporte coletivo quem vive na cidade sou eu. Quem anda na cidade sou eu. O governador (Ronaldo Caiado) não anda, o Adriano Rocha Lima não anda, esse pessoal, eles têm um contexto do Estado. Mas o andar na cidade, é a gente que anda, que sabe o que faz.

Eu tenho feito tudo pelo transporte coletivo. Vou te dar alguns exemplos. Essa abertura que nós estamos fazendo para desobstrução das vias, para quem que é? A cidade tem que andar no ritmo do transporte coletivo. A metronização, que é a coisa mais fantástica que tem. Da Praça Cívica até o Terminal Isidória são 12 cruzamentos, o ônibus parava em sete, hoje para menos de dois. Isso tudo representa 30%, 40% a menos de tempo. Então a viagem é muito mais rápida.

-Web: Plano para o Imas inclui aportes da Prefeitura (1.3338360)

Se a CMTC passa pro Estado, o sr. não consegue fazer isso?

Porque aí eu perco a igualdade que eu tenho com o Estado. Eu coloco o mesmo dinheiro que o Estado coloca. O Estado veio com essa conversinha de que ele vai colocar mais, que ele vai bancar o Passe Livre Estudantil.

O secretário Adriano da Rocha Lima disse que foi um pedido do sr. o aumento do subsídio para o pagamento da passagem do transporte coletivo?

Negativo. Isso é conversa do Adriano da Rocha Lima. O que eu falei foi “vocês têm que tirar o Passe Livre Estudantil (PLE), os idosos e deficientes, vocês têm que tirar de dentro do rateio”. Sempre o Estado pagou. Em 2022, o governo Caiado, numa mexida, enfiou isso para o município de Goiânia pagar, para Aparecida pagar. Nunca falei em mudar a proporção. Eu tenho que defender a população de Goiânia para não correr o risco.

Para não correr o risco exatamente de quê?

Risco de o município retroceder. Podemos pegar um governo em que o governador não seja alinhado com o prefeito. Governos passam, eu vou passar. Estou defendendo porque eu defendo as coisas constitucionais. O artigo terceiro (da Lei Complementar 169, que foi alterada da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás) diz o seguinte: “Fica transferida do município de Goiânia para o Estado de Goiás a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos”. Como? É que o município vai transferir para o Estado. Não pode.

O sr. mostrou assim para o Caiado também?

Ele falou que vai revogar isso.

Ele falou que vai revogar?

Claro que vai. Aparecida tem metade da população de Goiânia. Somando Aparecida e Goiânia, um terço deve ficar com Aparecida e dois terços com Goiânia, ok? Se for considerar assim, Goiânia está pagando 37% e Aparecida 9%. Isso vai fazer o quê? 45% vai ser pago entre essas duas cidades. Como é que tem que dividir? Um terço para Aparecida, dois terços pra Goiânia. Então Aparecida não pode pagar 8%,9%.

E o Leandro Vilela vai topar pagar mais?

Ele não está topando as proporcionalidades que o governador colocou? Ele não foi a favor? Então ele tem que ser a favor de tudo. O problema é que isso tudo é inconstitucional. Eu não posso prevaricar com a cidade e deixar passar uma inconstitucionalidade dessas. Eu me dou super bem com o Caiado. Só estou na Prefeitura porque ele me pôs na Prefeitura, me impôs que eu viesse. Eu não tinha nenhuma pretensão de ser prefeito. Agora, eu sou gestor. E já falei para ele, “ó, aqueles prefeitos aí que você conversava com eles e eles aceitaram, eu sei fazer conta. Entende? E essa conta não bate”. Então, o PLE é seu, tira fora.

O sr. é contra a tarifa zero no transporte coletivo?

Eu acho que a tarifa não pode ser zero. Alguém tem que pagar. E o governo federal, num momento eleitoral, vem falando desse negócio da tarifa zero. Sabe o que vai acontecer? Sobra só para o município pagar. O município não aguenta pagar sozinho. Não consegue voltar a tarifa. Vai destruir o transporte coletivo.

Atualmente há 14 parques que estão em estudo de viabilidade para concessão, além dos cemitérios e os mercados municipais, o que gera comentários afirmando que sr. seria “um gestor que não quer gerir”, por estar concedendo muitas coisas. Como responde a essa crítica?

Eu sou um gestor que quero gerir. Gerir o resto da cidade, que está largada, que ninguém cuidou dela. Você tem parques lá na região noroeste, você tem na sudoeste, você tem o Vaca Brava, o Macambira, uns que não andam. Tudo isso vai ser feito. Eu vou fazer com que dinheiro? É com o dinheiro que eu vou economizar.

O sr. teve alguns problemas com redes sociais no começo da gestão. Até com a resposta de alguns comentários. Como está lidando com essas questões de redes sociais?

Eu fiquei meio proibido de responder comentários.

Está proibido de responder comentários?

Não, não, brincadeira! Eu lido bem com isso. Têm uns bezerros que eu desmamei, que bota a turma deles para fazer, né? Os bezerros que estão chorando até hoje de ter desmamado. Então, esses aí eu não considero. Mas tem muita ideia boa. Às vezes o cara critica, dando uma ideia boa. Se você for pegar aqui no meu celular, você vai ver que eu fotografo o comentário, risco, mando para o secretário que é da pasta e faço o comentário do que eu quero que faça. Então, eu gosto de ver comentários, entende? Não tem problema, não.

Sobre a terceirização dos centros municipais de educação infantil (Cmeis), sr. pretende passar a gestão de alguns Cmeis para organização da sociedade civil (OSCs)? Por que vocês estão buscando esse caminho?

Nós temos que testar algumas coisas. Essa história da OSCs em Cmei, eu não acho que funciona muito bem nem deixa de funcionar. É uma coisa que tem que ser bem regulada, bem controlada. Porque o professor tem que gostar do aluno. Criar amor no aluno. Eu não sei se uma organização de fora teria isso. Não acredito muito nisso. Porém, a gente tem que fazer o teste.

E sobre a ampliação da rede?

Nós temos que ampliar algumas coisas na rede. E essas ampliações, elas vão transformar muitos Cmeis em maiores. Construí 55 salas novas em 47 Cmeis. Eu não tenho gasto com diretor, eu não tenho gasto com porteiro, merendeiro, porque já está tudo lá. Então, em vez de eu gastar, eu coloco mais dois professores lá dentro. Têm muitas escolas com muita área, que eu posso aumentar. Uma que tem cinco salas, seis salas, eu vou colocar com oito salas, nove salas de aula.

Há um projeto específico para o Centro? Como será esse projeto?

O problema do Centro é que não tem gente. Tem 9 mil pessoas, precisa ter 25 mil pessoas lá. Não tem população, não tem comércio. Não tem comércio, não tem vida. Fica tudo abandonado. A partir de fevereiro, eu vou lançar um programa chamado Morar no Centro. É um programa que vai alugar 3 mil imóveis. A pessoa vai procurar um imóvel que está fechado há mais de dois anos, falar para o dono do imóvel que ele precisa dar uma reformadinha e eu subsídio R$ 700 de aluguel. Qualquer pessoa pode fazer a inscrição. Quer morar no Centro, vai morar no Centro.

Vai retirar ambulantes?

Estamos tomando providências em relação a isso. A partir de 30 de janeiro, não tem mais ambulantes no Centro. Será o mesmo processo da Rua 44. Vou dar espaço nas galerias, na 44, ou na Feira Hippie, uma banca pra cada um. Esse pessoal que está lá no Centro é cadastrado nosso. A partir de 30 de janeiro quem não sair nós levamos embora a mercadoria dele. Até lá nós vamos disciplinar.

As estruturas do Centro também vão passar por alguma melhoria?

O Centro está sendo preparado para receber as pessoas. Nós vamos fazer o aluguel, mas antes nós vamos tirar os ambulantes, vamos tirar os moradores de rua. Nós vamos começar a tirar todas as fachadas das lojas para mostrar o art déco, vamos fazer aquele centro ficar limpo, pintado. Vamos fazer uma revitalização boa na Avenida Anhanguera, na Goiás.

Como será utilizada a área de sede social do Jóquei?

Ela vai ser um hub de tecnologia. Nós vamos colocar startups lá, deveremos colocar a parte de games, de desenvolvimento de games, deveremos colocar uma série de tecnologias, vai ter uma parte cultural também. O Jóquei vai ser o princípio da revitalização do Centro. É o marco da revitalização.

Os joqueanos falam em negociar para ter um espaço lá pra manter a história. É possível fazer isso?

Sim, claro. Vamos fazer uma sala bonita pra ter esse espaço da história.

Para quando?

Nós estamos acabando de acertar na Justiça. Nós fizemos um acordo, estamos concluindo um acordo na Justiça, para poder fazer a compensação do dinheiro que o Jóquei deve com para a gente. A autorização para tomar posse está saindo. Tendo essa autorização, então vamos tomar posse e vamos começar. Já mandei encomendar o projeto para fazer o que queremos. O Estado vai ocupar o estacionamento que tem lá atrás, porque ele vai juntar naquela torre que ele comprou da Caixa Econômica, ele vai fazer duas torres, o que vai ajudar na ocupação do centro. Serão quase 5 mil pessoas que vão trabalhar lá.

As maternidades passaram para OSCs em regime de urgência, por seis meses. O que você está pensando para as maternidades, para o novo processo para contratação?

O chamamento público já foi colocado lá atrás. Escolhemos essas três na fase classificatória. Nós devemos renovar esse contrato emergencial por mais seis meses ou o que for possível. E vamos abrir uma licitação.

O sr. já falou que não precisava de três maternidades. Há projeto de diminuir?

Nós estamos fazendo uma repactuação com os municípios. Porque 58% dos meninos que nascem nas maternidades são de fora. Apenas 42% são de Goiânia. Precisaria de uma maternidade apenas. Só que, como eu estou atendendo os outros 58%, estou pagando a conta, porque o Estado não está repassando dinheiro pra mim para isso daí. Ele repassa apenas R$ 450 mil por mês, é um incremento muito baixo. O Estado tem que melhorar isso, e nós estamos repactuando com os municípios para eles mandarem os partos para cá com o dinheiro junto do parto, certo? Com essa repactuação nós vamos, ao invés disso, crescer a maternidade, inclusive.

Como será essa repactuação? Quanto cada município vai mandar?

Não sei. Mas só para você ter ideia, Goiânia tem 1,4 milhão de habitantes e tem 2,6 milhões de cartões Sistema Único de Saúde (SUS). Então, quer dizer que a cidade deve ter 1 milhão de usuários do SUS e tem mais que o dobro de cartões. Por quê? O povo do interior vem com o cartãozinho SUS, faz um cartãozinho aqui em Goiânia, as ambulâncias trazem esse pessoal. Isso a gente precisa entender. Essa repactuação vai fazer com que a gente possa atendê-los melhor.

Quando o sr. pediu para renovar o estado de calamidade na Saúde, foi divulgado uma série de números de filas de atendimento especializado e para cirurgias. O que tem sido feito para diminuir essas filas?

Um dos problemas principais para renovar a cirurgia é que o SUS cobrou uma conta de perto de R$ 200 milhões, que foram repassados para Goiânia no governo do Rogério (Cruz) e não foram pagas às instituições. O SUS quer que a gente faça um plano para pagar as instituições ou devolver o dinheiro pro SUS. O nosso plano era sair das duas calamidades, financeira que nós saímos e de saúde. Só que a saúde, por essa paulada aqui que nós tomamos agora, voltou lá pro passado outra vez, entende? Nós estamos trabalhando em cima de melhor atendimento, racionalização das coisas, tal. E certamente nós vamos sair. Como saímos com as maternidades, nós vamos nos sair bem com outras áreas de saúde também.

O que o sr. vai fazer em relação aos centros de atenção integrada à saúde (Cais)?

O Cais de Campinas vai ser transformado. Eu vou tirar o Cais de onde ele está. A emergência vou tirar de lá, e a parte ambulatorial. Nós faremos um prédio novo ou uma grande reforma para policlínica. E assim são os outros. Hoje o Cais do Novo Horizonte atende 800 consultas por mês. A mesma coisa que estava atendendo o Amendoeiras. O Cais Amendoeiras atende 800 pessoas num mês. Sabe quanto custa cada consulta? R$ 1.800. Porque é baixo o número que atende. Também vamos transformar numa policlínica. Moderníssima, com muitos equipamentos, para que o paciente não precise sair para fazer o exame. Têm várias UBSs nossas que são lixo. Então, eu vou reforçar essas unidades. Onde que não tem um serviço de emergência próximo, nós vamos pegar e reforçar a UBS para ela fazer como se fosse um mini-Cais. Nós vamos colocar em muitos desses lugares um programa de saúde da família.

A reforma no Imas acontecerá em 2026? E de que forma?

O Imas é uma entidade que não deveria existir. Plano de saúde municipal, pra quê? Nós não temos competência para tocar. Foi um ato de corrupção sem tamanho. Um negócio doido. Nós entramos lá, você vê o tanto de bagunça que tem dentro daquele negócio. Nós arrumamos as bagunças. Mas nós não temos competência para tocar. Nós vamos fazer a última tentativa com o Imas, reestruturar o plano todo. Lá tem, por exemplo, uma pessoa que colabora com 80 reais por mês e tem 8 dependentes que não pagam nada. Não tem como isso andar. Por uma tabela justa. Têm outras pessoas que pagam mais e que não deveriam pagar, tinham que pagar menos, nós vamos ajustar isso. Com uma tabela justa, ela vai ser aprovada na Câmara que é o início para o Imas não acabar, porque se a Câmara não vota isso, acabou o Imas fecha as portas, acabou o Imas.

No Portal da Transparência ainda faltam muitas informações importantes para a população e para o trabalho jornalístico. Falta, por exemplo, o plano de trabalho das emendas impositivas, acesso a contratos, licitações, folha de pagamento. Quando essas informações vão estar disponíveis?

Nós ganhamos o prêmio Diamante de Transparência. Primeira vez que Goiânia recebeu e a única prefeitura que recebeu no Estado inteiro. Nós tivemos 96,4% de transparência. A nossa transparência só tende a melhorar. Eu não posso deixar voltar. A gente está melhorando. Nós temos sistemas de computação horríveis. Nós estamos melhorando esses sistemas. Cada vez vai dar mais transparência. Lá nós não teremos problema nenhum. Eu vou colocar todos os planos de trabalho, vou colocar tudo na transparência. Tudo, tudo, tudo.

O Plano Diretor, aprovado em 2023 deveria ter sido revisado em 2025, o que não ocorreu. O sr. pretende fazer alguma revisão no Plano Diretor para o próximo ano?

O Plano Diretor é revisado com constância e muitas atitudes são tomadas dentro dele. A cidade tem uma comissão permanente de Plano Diretor. Inclusive remunerada. E essa comissão faz adequações do Plano Diretor dentro do que existe na legislação. Eu quero fazer o Plano Diretor ser mais dinâmico, porque a cidade vai ser mais dinâmica. Eu vou precisar fazer muitas coisas que precisam ser atualizadas. Eu não posso ficar fazendo revisão de Plano Diretor inteiro. O plano precisa ter um dinamismo. Nós estamos elaborando uma lei nesse sentido e enviar para a Câmara.

Sobre as cancelas que serão instaladas em pontos da Marginal Botafogo, já existe um valor e prazo para entrega? Elas vão funcionar também ao longo do ano em períodos de estiagem?

Custaram R$ 600 mil. São cerca de 30 cancelas que vão ser instaladas em toda a extensão da Marginal Botafogo e na Rua 87. A marginal a gente já não está mais fechando como fechávamos antes, fechar toda. Nós vamos fechando por pedaço, conforme ela tá enchendo. Sempre a gente fecha o complexo da Jamel Cecílio, sempre. Esse é o primeiro a ser fechado.
Com as cancelas o trabalho acontecerá de forma automática. Ela tem sinais, tem painel de LED que dá a informação do que você tem que fazer, tem uma série de mecanismos. Ela tem também um medidor de altura dos caminhões para não entrar veículo fora da altura correta. Vão começar a ser instaladas até o final de fevereiro

Está satisfeito com o trabalho dos secretários? Tem alguma pasta que o sr. acha que está precisando de uma orientação?
Todas. Todo mundo precisa de uma chacoalhada todo dia. O secretário toma uma chacoalhada todo dia. Mas, no geral, eu estou satisfeito. Vai existir algumas modificações durante 2026, até por questões estratégicas mesmo. As secretarias municipais estão andando bem.

Mas não tem nenhuma que o sr. acha que está precisando de mais atenção?

Por exemplo, eu preciso de uma velocidade maior em Habitação. Preciso também de uma velocidade maior em Turismo e Esporte. Entende? Agora, nós vamos botar um dinheiro grosso no Esporte nesses próximos dois anos, dentro dos 121 projetos que nós vamos lançar em Goiânia, que nós estamos fazendo inclusive, o esporte está contemplado e essa parte de habitação também.

Taxa do lixo ano que vem vai manter o subsídio em 75%?

Vai continuar do mesmo jeito. Já está estabelecido o preço mínimo. E vamos escalonando, o comércio vai pagar mais que isso. As casas maiores vão pagar mais que isso.

Relacionado aos casos que repercutem no jornal sobre destinação de emendas impositivas, não tem nada que o sr. possa fazer sobre isso? Não se incomoda com essa destinação?

Me incomodo pelo pessoal fazer a coisa errada. A emenda é impositiva. Eu tenho que obedecer ela. O vereador que põe já diz quem é que vai fazer e o que que vai fazer. O que eu tenho, qual que é a minha ação nisso? É conferir documento. Se a entidade que ele está indicando tem documento certo, se tem, só isso.Eu não tenho a ver com o plano de trabalho, não tenho nada a ver com isso. Isso está dentro da visão do impositivo. Agora, eu pedi que o Tribunal de Contas analisasse as determinações que o (Flávio) Dino está fazendo nas emendas impositivas nacionais, para que ela tivesse uma lógica, né? Porque o Tribunal de Contas quer que eu faça um monte de modificação na área de Saúde. Nós não temos dinheiro. As modificações que eles querem que faça custa R$ 120 milhões. Querem que conserte isso, consertar aquilo. O Ministério Público também. Eu falei pra eles “olha, a emenda impositiva, vocês deixaram desvirtuar”. Por quê? Porque a emenda impositiva não está sendo colocada dentro da nossa rede do SUS. Está sendo colocada em tudo quanto é coisa. E aí não tem dinheiro. A Saúde não tem dinheiro para fazer esses investimentos. Falei: “Vocês têm que disciplinar isso daqui, o pessoal tem que colocar dinheiro nessa área.”