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Geovana Alves de Jesus e sua mãe, Lídia Luciano (Arquivo pessoal / Lídia Luciano)

A jovem Geovana Alves de Jesus, de 22 anos, <a href="https://opopular.com.br/cidades/morte-de-jovem-causa-comoc-o-em-novo-brasil-1.3347406" target="_self">que faleceu na última segunda-feira (8) em Novo Brasil</a>, região oeste do estado, sofria de hipertensão arterial pulmonar, uma doença rara e grave que provoca pressão alta nas artérias pulmonares, o que dificulta o fluxo sanguíneo e leva à sobrecarga do lado direito do coração. Geovana era filha de Lídia Luciano, missionária evangélica de 43 anos. Segundo a mãe, ambas receberam o diagnóstico há cerca de dois anos e estavam em tratamento em Goiânia.&nbsp;

Ao POPULAR, Lídia contou que Geovana precisava realizar o transplante de pulmão e coração, mas não resistiu à espera e morreu na última segunda-feira (8).&nbsp;

<cite>O&nbsp;coração dela teve insuficiência cardíaca, aí ela ficou entubada. Saiu da entubação só para a gente poder se despedir, porque ela não aguentaria se&nbsp;levantar. O coração não resistia a esse movimento”.</cite> &nbsp;

Geovana cursava o sétimo período de direito, em uma faculdade em São Luís de Montes Belos. Segundo contou sua mãe, ela passou mal na faculdade, foi socorrida e encaminhada ao Hospital Estadual de São Luís de Montes Belos – Dr. Geraldo Landó, onde recebeu o diagnóstico de um sangramento e teve alta em seguida. &nbsp;

<cite>Eles deram alta. Falaram que tinha sido apenas um sangramento. Eu falei para a doutora: estou indo embora com a minha filha, qualquer coisa que acontecer com ela, a senhora é a culpada. Ela respondeu: ‘só se a gente fizer uma tomografia, daqui umas duas horas’. Informei a ela que minha filha não suportaria duas horas”. &nbsp;&nbsp;</cite>

A universitária voltou para casa e lá, procurou um hospital local, que já a conhecia e sabia de seu diagnóstico. Lá, foi encaminhada para Goiânia, onde ficou na unidade de terapia intensiva, até o dia em que morreu.&nbsp;

Segundo a família, a estudante tinha profunda fé e era amada por todos. &nbsp;

<cite>Geovana era uma menina meiga, de um coração gigantesco. Ela se preocupava muito mais com as pessoas à sua volta que com ela mesma. Se desdobrava para ajudar qualquer pessoa. Ela daria a vida por mim”, contou.&nbsp;</cite>

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Transplante&nbsp;

Lídia contou que também foi diagnosticada com hipertensão arterial pulmonar e, assim como a filha, necessita de transplante de pulmão e coração.&nbsp;&nbsp;

<cite>A gente desmaiava, passava muito mal. Sentíamos uma fraqueza anormal, sabe? Foi aí que procuramos um médico.&nbsp;Fizemos o exame e descobrimos no mesmo dia. Conversei com a médica e contei que desde muito nova tinha esses sintomas e que minha filha também passou a ter. Nesse dia, ela tinha tido&nbsp;três desmaios, dentro de cinco minutos”. &nbsp;</cite>

As duas realizavam o tratamento no Hospital das Clínicas, em Goiânia. De 15 em 15 dias se deslocavam à capital. “A gente fez cateterismo e tomávamos uma medicação de alto custo. Como a família não consegue comprar, porque é muito cara, pegávamos no [hospital] Juarez Barbosa”. &nbsp;

Espera&nbsp;

Lídia conta que já está, na fila de transplantes há cerca de dois anos, mas desconhece a sua posição. &nbsp;

<cite>É uma doença muito grave. Eu já perdi mais da metade da função do meu coração, ele funciona só um pouco do lado direito, porque o esquerdo eu já perdi. E a gente acredita no milagre, na providência de Deus. Até o último dia, vou continuar lutando e acreditando. Porque esse era o desejo dela. Ela dizia: mãe, você não pode parar, você não pode desistir”.&nbsp;</cite>

Segundo a mãe, Geovana era a filha do meio que cuidava de todos. E era uma pessoa extraordinária. Sua partida causou uma grande comoção na comunidade de Novo Brasil. A estudante, sonhava em ser uma grande juíza, se casar e ser mãe. Ela e o namorado planejavam se casar no próximo ano.&nbsp;

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Filha de missionária que morreu em Novo Brasil aguardava transplante de coração e pulmão, diz mãe

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