VIDEO CHUVA SÃO LUIZ DO NORTE

<div attr-cid="policy:1.3335345" attr-version="policy:1.3335345:1762865720" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3335345" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3335345', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3335345">VIDEO CHUVA SÃO LUIZ DO NORTE (1.3335345)</a></div>

Um vendaval destruiu o teto de uma sala de aula do Centro de Ensino em Período Integral Meira Matos e causou diversos estragos na cidade de São Luiz do Norte, na região central do estado, na noite desta segunda-feira (10).&nbsp;De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), choveu 32.4 milímetros e os ventos passaram dos 60 km/h.&nbsp;

Nas imagens obtidas pela TV Anhanguera é possível ver a força do vento arrancando o forro do teto de um posto de combustível e uma sala de aula do CEPI Meira Matos com o gesso do teto no chão (assista ao vídeo acima).&nbsp;

Em nota enviada ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;a Prefeitura de São Luiz do Norte informou que apesar da tempestade, nenhum serviço público foi afetado, e a Defesa Civil está em alerta, embora não haja registro de situações de risco. Além disso, as equipes municipais seguem realizando a limpeza e a retirada de galhos e resíduos nas vias (confira a nota na íntegra abaixo).

Ao POPULAR, o gerente do Cimehgo, André Amorim, contou que a estação meteorológica mais próxima, em Itapaci, registrou ventos de 62 km/h. Segundo Amorim, a tempestade registrada em São Luiz do Norte foi fruto da combinação de calor e umidade.&nbsp;

<cite>Ontem ainda tínhamos alerta (de tempestade) para essa região centro-norte do estado. Então, tivemos a combinação de calor e umidade, um pouco de resquício da passagem da frente fria e nebulosidade, favorecendo as pancadas de chuva”, explicou.</cite>&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/clima/mudanca-climatica-pode-aumentar-frequencia-e-intensidade-de-tornados-1.3334460" target="_self">Mudança climática pode aumentar frequência e intensidade de tornados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/clima/veja-em-que-situac-es-a-defesa-civil-enviara-alertas-sonoros-para-celulares-em-goiania-1.3332644" target="_self">Veja em que situações a Defesa Civil enviará alertas sonoros para celulares em Goiânia</a></div>

De acordo com Amorim, para esta terça-feira (11) há previsão de possibilidade de chuva com rajadas de vento e tempestade para a região.&nbsp;

Nas redes sociais, o CEPI Meira Matos postou uma nota informando à comunidade escolar que não haverá aula nesta terça (11) por conta dos danos causados pela chuva na unidade e as atividades serão retomadas na quarta-feira (12). &nbsp;

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Nota da Prefeitura de São Luiz do Norte 
 
"A Prefeitura de São Luiz do Norte informa que as chuvas registradas nas últimas horas causaram pequenos transtornos e danos leves em algumas residências e fachadas de estabelecimentos comerciais.

Nenhum serviço público foi afetado, e a Defesa Civil está em alerta,&nbsp;embora não haja registro de situações de risco. As equipes municipais&nbsp;seguem realizando a limpeza e a retirada de galhos e resíduos nas vias."

Prefeitura de São Luiz do Norte

<img attr-cid="policy:1.3335347" attr-version="policy:1.3335347:1762865877" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3335347/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ventos que ultrapassaram os 60 km/h também danificaram um posto de combustível; aulas no CEPI Meira Matos foram suspensas (Reprodução/TV Anhanguera)

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Vendaval destrói teto de sala e aulas em escola são suspensas em São Luiz do Norte

Clima

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Matéria - Clima

ESTRAGOS

Webstories - Goiás apresenta estudo com saldo positivo em emissões

Goiás marca presença no primeiro dia oficial da <a href="https://opopular.com.br/cidades/brasil-tem-potencial-para-zerar-emiss-es-de-gases-estufa-ate-2040-diz-estudo-1.3334720" target="_self">30ª edição da Conferência da ONU para Mudanças Climáticas</a>, também chamada de Conferência das Partes (COP30), em Belém. O Estado apresentou, nesta segunda-feira (10), estudo inédito que aponta um balanço líquido de 513 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) equivalente até 2024, consolidando sua posição de carbono positivo. Isso significa que, desde 2006, a vegetação em território goiano remove mais gás carbônico – ou sequestra, na linguagem técnica – da atmosfera do que emite.

“No que diz respeito ao fator mudança do uso da terra, nós já somos carbono positivo”, disse a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, durante o painel “Governança Climática: a importância da atuação vertical para o alcance das NDCs”. A métrica do carbono no uso da terra se refere especificamente às emissões resultantes do desmatamento e das queimadas. “Esse é um dado muito relevante que conseguimos conquistar com a redução do desmatamento. Temos mais biomassa florestal do que perda de cobertura vegetal. Fazemos um enfrentamento muito sério no combate ao desmatamento e também aos incêndios”, discursou Vulcanis.

Ao POPULAR, Vulcanis explicou que se trata de uma nomenclatura mundial desse tipo de emissão de gás carbônico. “A gente tem emissão que vem da bovinocultura, tem emissão que vem da queima de combustível fóssil, do transporte, do metano dos aterros sanitários e têm as emissões que dizem respeito ao desmatamento e às queimadas, que se chamam, em nível mundial, de mudanças do uso do solo, ou seja, aquela terra que era coberta com a vegetação nativa originária e está sendo alterada.”

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/brasil-tem-potencial-para-zerar-emiss-es-de-gases-estufa-ate-2040-diz-estudo-1.3334720" target="_self">Brasil tem potencial para zerar emissões de gases estufa até 2040, diz estudo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/uni-o-europeia-fica-fora-de-acordo-por-combustiveis-sustentaveis-1.3334253" target="_self">União Europeia fica fora de acordo por combustíveis sustentáveis</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/que-a-gente-possa-discutir-mais-desenvolvimento-e-menos-imposic-es-diz-daniel-vilela-sobre-cop30-1.3300273" target="_self">"Que a gente possa discutir mais desenvolvimento e menos imposições", diz Daniel Vilela sobre COP30</a></div>

De acordo com o estudo, o <a href="https://opopular.com.br/cidades/que-a-gente-possa-discutir-mais-desenvolvimento-e-menos-imposic-es-diz-daniel-vilela-sobre-cop30-1.3300273" target="_self">saldo de biomassa em Goiás era negativo até 2005</a>. Passou a ser positivo em 2006, mas seguiu de forma tímida em 2007. O crescimento de forma mais consistente ocorre a partir de 2008. A análise aponta que a mudança foi impulsionada pela recuperação de vegetação secundária (áreas que se regeneram naturalmente ou por meio de plantio após a remoção da cobertura original).

As estimativas são do Earth Innovation Institute (EII), organização internacional de pesquisa sediada em Berkeley, contratada pelo governo de Goiás. A análise utilizou dados da empresa Chloris Geospatial Inc., especializada em sensoriamento remoto de alta resolução, a partir de medições diretas da biomassa acima do solo, obtidas por satélite e tecnologia capaz de gerar mapas anuais de estoques e variações de carbono desde o ano 2000, com precisão de até 10 metros.

O estudo apresenta um mapa que mostra a diferença de biomassa acima do solo (vegetação) entre os anos de 2000 e 2024. O Sudoeste goiano aparece com maior quantidade de pontos verdes, mostrando que houve aumento de biomassa. “Isso quer dizer que houve um aumento na quantidade de vegetação ou essa vegetação ganhou corpo, se expandiu. As áreas onde o verdinho está mais escuro são onde teve mais regeneração, mais recuperação ambiental”, explica o coordenador de Programa em Goiás, João Pedro Gurgel e Silvas.

Quase todo o mapa de Goiás aparece em verde, exceto a ponta do Nordeste goiano, nas proximidades da Serra Geral. “As áreas onde tem vermelho mais escuro são onde se perdeu mais vegetação. Então, possivelmente, era uma área nativa, muito bem preservada, com muito estoque de carbono, com uma biomassa forte acima do solo, que foi totalmente removida, desmatada. Quanto mais vermelho, maior foi a perda”, explicou o coordenador.

No entanto, Silvas destaca: “Isso não quer dizer que é uma recuperação ambiental, no sentido de que a área foi restabelecida, voltou à sua condição natural. Apenas está dizendo que ganhou biomassa. Em termos de carbono. Não quer dizer que ela se tornou uma área que, à luz do licenciamento ambiental, está recuperada e resolveria qualquer passivo ou questão. Apenas que ali a vegetação está se recuperando”.

Sobre o impacto em escala global, Andrea explicou que Goiás não é um grande emissor de carbono. “De tudo que se emite de gases de efeito estufa, o Brasil inteiro é responsável por 5%. Goiás representa de 2% a 3% do que o Brasil emite. Então é muito pouco em termos de emissão de gases. Cerca de 50% do que Goiás emite são os gases oriundos da pecuária, gás metano que vem da criação do bovino. E em torno de 10% a 11% são os gases que a gente fala de emissões em razão da mudança do uso da terra.”

Mas por que, mesmo sendo uma porcentagem pequena, o dado é tão comemorado? “A gente não está mais emitindo gases de efeito estufa, a gente está sequestrando carbono. E como é que a gente sabe que sequestra? É que todos os estudos científicos feitos com as imagens e tudo o mais mostram que a nossa vegetação nativa do Cerrado está mais absorvendo carbono do que o desmatamento e as queimadas estão liberando do componente na atmosfera”, celebra a secretária.

<div attr-cid="policy:1.3335271" attr-version="policy:1.3335271:1762855324" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3335271" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3335271', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3335271">Webstories - Goiás apresenta estudo com saldo positivo em emissões (1.3335271)</a></div>

<h2>Desmatamento</h2>

Goiás vem mostrando que o Cerrado tem um papel importante na agenda climática, tanto no estudo apresentado quanto nas falas da secretária ao longo de três participações em discussões na COP nesta segunda. “Somos o Estado que mais reduziu, nós estamos falando aí de 72% de redução. E ao mesmo tempo nós temos feito uma ação de prevenção aos incêndios, o que tem evitado as emissões vindas das queimadas.”

A redução citada foi divulgada recentemente pela Semad e agora é apresentada na COP. De acordo com levantamento produzido pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada em Goiás é a menor da história. Entre 1º de agosto de 2024 e 31 de julho de 2025, o desmatamento em Goiás foi de 231 quilômetros quadrados (km²). Os outros anos que tiveram números mais baixos na série histórica do Prodes, iniciada em 2001, foram 2024 (com 411,9 km²), 2019 (com 668,2 km²) e 2016 (com 671,7 km²).

Já os anos que tiveram maior desmatamento foram 2001 (6,7 mil km²), 2002 (6,7 mil km²), 2003 (6,2 mil km²) e 2004 (6,2 mil km²). Desde então, a curva cai de forma contínua. Os dados do Prodes são inicialmente construídos a partir de imagens de satélites, mas passam por validação de analistas para evitar resultados “falsos positivos”.Com isso, diz Vulcanis, Goiás consolida-se como líder entre as unidades federativas do bioma em controle do desmatamento. Ela atribui o desempenho positivo à modernização das políticas públicas, à adoção de práticas mais sustentáveis pelo setor agropecuário e ao aprimoramento do licenciamento ambiental. Ao longo do primeiro dia de evento, também houve destaque para os programas de pagamento por serviços ambientais (PSA) implantados no Estado, o que possibilita ao produtor produzir sem aumentar a pressão sobre áreas nativas.

<img attr-cid="policy:1.3335250" attr-version="policy:1.3335250:1762827312" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3335250/111125-vidt_balancopositivo.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" />

De emissor para sequestrador de gases estufa, Goiás se consolida como Estado 'carbono positivo'

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Mudanças climáticas

Uma declaração assinada por 51 relatores especiais da ONU e lançada nesta segunda-feira (10), na abertura da COP30 em Belém, evoca a decisão histórica da Corte Internacional de Justiça (CIJ), a mais alta instância judicial das Nações Unidas, sobre as obrigações dos países em relação às mudanças climáticas.

O documento pede a implantação urgente e eficaz dos acordos do clima de forma justa e inclusiva. O texto de sete páginas afirma que “a credibilidade da COP30 como um todo depende de alcançar um resultado significativo em mitigação e em cooperação financeira e tecnológica internacional”. O documento faz referência específica aos combustíveis fósseis e aos subsídios relacionados a eles, identificados como os “principais motores das mudanças climáticas e de seus impactos sobre os direitos humanos”.

A declaração urge as nações a cumprir suas obrigações estabelecidas pelo direito internacional e recorda que a CIJ confirmou que o direito humano a um meio ambiente saudável é uma “pré-condição”, “inerente” e “essencial” para o gozo de todos os direitos humanos no contexto da crise climática.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/brasil-tem-potencial-para-zerar-emiss-es-de-gases-estufa-ate-2040-diz-estudo-1.3334720" target="_self">Brasil tem potencial para zerar emissões de gases estufa até 2040, diz estudo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/uni-o-europeia-fica-fora-de-acordo-por-combustiveis-sustentaveis-1.3334253" target="_self">União Europeia fica fora de acordo por combustíveis sustentáveis</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/que-a-gente-possa-discutir-mais-desenvolvimento-e-menos-imposic-es-diz-daniel-vilela-sobre-cop30-1.3300273" target="_self">"Que a gente possa discutir mais desenvolvimento e menos imposições", diz Daniel Vilela sobre COP30</a></div>

A manifestação também afirma ser necessário “limitar a presença de lobistas de combustíveis fósseis na COP” e “assegurar transparência, participação pública, diálogo significativo com a sociedade civil”. Os 51 signatários são liderados pela relatora especial das Nações Unidas para Mudanças Climáticas e Direitos Humanos, Elisa Morgera, e por Albert K. Barume, relator especial da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Relatores especiais são especialistas independentes e voluntários nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

“Existem obrigações legais suficientemente vinculantes que explicam por que os Estados devem agir, para o bem de todos nós e de nosso bem-estar”, disse Morgera à Folha de S.Paulo em setembro. “Espero que a presidência brasileira incorpore as ideias desse processo entre suas prioridades para a COP30.”

Ela se referia à decisão consultiva da CIJ que confirmou que todos os Estados têm rigorosas obrigações de devida diligência para proteger o meio ambiente e o sistema climático e evitar novos danos, por meio de medidas de mitigação, adaptação, bem como conservação e restauração de ecossistemas.

Em julho, a Corte afirmou que os países devem se esforçar para apresentar metas de redução de emissões de gases, conhecidas como contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), com transparência e seriedade: “Cada Estado deve fazer o máximo para garantir que as NDCs representem sua maior ambição possível a fim de realizar os objetivos do Acordo de Paris”. No primeiro dia da COP30, chegou a 110 o número de entregas de NDCs, segundo levantamento da plataforma Climate Watch. Esse total representa 71% das emissões globais de gases de efeito estufa. Os planos nacionais são uma determinação do Acordo de Paris e precisam ser atualizados pelos 195 signatários a cada cinco anos.

Os juízes da CIJ avaliaram que o desrespeito à proteção do clima para as gerações presentes e futuras configura uma violação das obrigações internacionais e pode gerar punições aos países. E elencou a produção, o consumo e a concessão de licenças e subsídios para combustíveis fósseis como atos que podem ser considerados ilícitos e passíveis de penalidades.

<h2>Brasil fecha acordo para agenda da cúpula&nbsp;</h2>

Após impasses terem atrasado o início das negociações nas reuniões climáticas de junho, na Alemanha, a presidência brasileira fechou um acordo ainda na noite de domingo (9) para aprovar a agenda da COP30, a conferência sobre mudança climática das Nações Unidas. O combinado foi oficializado sob aplausos do plenário pelo presidente do evento, o diplomata André Corrêa do Lago, nesta segunda-feira (10), primeiro dia de discussões.

A agenda define o que será negociado nas duas semanas da cúpula, o que é o primeiro passo para o início das discussões pelos diplomatas. Cada COP tem uma pauta prévia, mas, antes de começar, os países fazem pleitos de novos itens a serem incluídos.

Segundo interlocutores ouvidos pela Folha de S.Paulo, o arranjo feito pela presidência brasileira permitirá que os itens mais polêmicos continuem a ser debatidos paralelamente até quarta (12). A lista inclui temas como financiamento, metas climáticas nacionais e medidas de restrição de comércio unilaterais.&nbsp;

Assim, a presidência conseguiu fechar consenso sobre qual a agenda de itens que serão negociados na conferência. Essa agenda costuma ser o primeiro embate das COPs. Muitos países fazem exigências de inclusão de itens para serem formalmente negociados no evento.

Como tudo das COPs precisa ser aprovado por consenso, enquanto todos não concordam com a pauta, as discussões não podem começar formalmente. Foi o que aconteceu na cúpula preparatória da Alemanha, que demorou dias para iniciar seu debate de fato.

<h3>Delegação dos EUA</h3>

Sem o presidente Donald Trump ou outros representantes oficiais do governo, os Estados Unidos contarão com uma espécie de delegação informal na COP30. A lista de participantes que confirmaram presença inclui a democrata Michelle Lujan Grisham, governadora do Novo México, e o ex-enviado especial para o clima Todd Stern, que chefiou a equipe americana nas negociações do Acordo de Paris durante a gestão de Barack Obama (2009-2017). Além disso, esteve presente no encontro de líderes locais da COP30, no Rio de Janeiro, a americana Gina McCarthy, que dirigiu a Agência de Proteção Ambiental dos EUA durante o governo Obama e foi conselheira ambiental da Casa Branca na gestão de Joe Biden (2021-2025).

O grupo faz parte da coalizão America Is All In, que reúne mais de 20 Estados norte-americanos, além de centenas de cidades e empresas, que mantêm compromissos de redução de emissões. Eles pretendem representar o país nas negociações climáticas mesmo sem o apoio do governo federal. Stern afirma que é preciso separar o governo Trump do restante do país. “Os países ficaram decepcionados quando os EUA se retiraram [do Acordo de Paris], mas sabem distinguir o governo federal da nação. Os Estados e cidades continuarão a participar”, disse Stern.&nbsp;(Fábio Pupo, Jéssica Maes e João Gabriel / Folhapress)

ONU cobra cumprimento de deveres por países e alerta contra lobby na COP30

Webstories

O governo do Paraná afirmou neste domingo (9) que mais de mil pessoas seguem fora de casa em Rio Bonito do Iguaçu, a 380 quilômetros de Curitiba. O município, de 14 mil habitantes, foi devastado por um tornado na sexta (7), em meio ao registro de <a href="https://opopular.com.br/clima/ciclone-causa-destruic-o-deixa-4-mortos-e-400-feridos-no-parana-1.3334294" target="_self">ciclone extratropical na Região Sul do País</a>. Cinco pessoas morreram em Rio Bonito do Iguaçu: Julia Kwapis, 14; José Gieteski, 83; Adriane Maria de Moura, 47; Claudino Paulino Risse, 57; e e Jurandir Nogueira Ferreira, 49. Uma sexta morte no Paraná ocorreu em Guarapuava, na zona rural. A vítima foi identificada como José Neri Geremias, 53. O governo estadual decretou luto oficial de três dias.

O boletim do governo paranaense soma pessoas desalojadas (deslocadas para casa de conhecidos) e desabrigadas (que estão dependentes de abrigos). Os números ainda estão sendo levantados pelas autoridades. No sábado, o governo estadual anunciou a preparação de abrigos em parceria com cidades vizinhas. A gestão paranaense contabilizou 835 atendimentos de saúde a vítimas desde sexta. Até o início da manhã deste domingo, 32 pessoas seguiam internadas, quatro delas em unidades de terapia intensiva (UTIs). Nenhum caso era considerado grave.

O tornado que passou pela cidade não durou mais de um minuto, segundo relatos de moradores à reportagem. Tornados podem se formar numa circunstância de ciclone extratropical. “A gente segurava as portas de vidro para não estourar. Todo mundo em choque, gente gritando”, afirmou a comerciante Pâmela Thalia Moretti de Oliveira.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/clima/mudanca-climatica-pode-aumentar-frequencia-e-intensidade-de-tornados-1.3334460" target="_self">Mudança climática pode aumentar frequência e intensidade de tornados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/clima/numero-de-feridos-chega-a-750-apos-passagem-de-tornado-pelo-parana-1.3334415" target="_self">Número de feridos chega a 750 após passagem de tornado pelo Paraná</a> 
<a href="https://opopular.com.br/clima/ciclone-causa-destruic-o-deixa-4-mortos-e-400-feridos-no-parana-1.3334294" target="_self">Ciclone causa destruição, deixa 4 mortos e 400 feridos no Paraná</a></div>

“Parecia chuva de pedra. Encostei o carro do lado, achando que ia proteger, mas não adiantou”, disse Zenil Vidal de Vargas. O veículo foi atingido por telhas, madeiras e pedaços de um muro. “Os três maiores mercados foram destruídos. Está tudo no chão. Mas a gente pede calma para as pessoas. Passamos pela parte difícil e agora é a reconstrução”, disse o prefeito Sezar Augusto Bovino (PSD), no sábado.

Ainda de acordo com as informações oficiais, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) disse ter restabelecido 49% da rede de distribuição de energia em Rio Bonito do Iguaçu até a manhã deste domingo. Estão religadas estruturas consideradas prioritárias de atendimento à população. A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) disse que o sistema de água está abastecido. A companhia, contudo, mantém gerador em uma das captações e caminhões-pipa como apoio na recuperação. Equipes seguem trabalhando em consertos de vazamentos.

<div attr-cid="policy:1.3334466" attr-version="policy:1.3334466:1762645517" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3334466" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3334466', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3334466">Webstories (1.3334466)</a></div>

<h2>R$ 50 mil por família</h2>

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, afirmou que o governo do Estado vai liberar R$ 50 milhões para a reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu. O projeto prevê destinação de R$ 50 mil reais a cada família afetada pelo tornado de sexta. A medida deve ser aprovada pela Assembleia Legislativa. Ele afirmou a jornalistas que o valor advém da liberação de R$ 50 milhões de verba do governo do Estado. “Vai ser alterado o fundo de calamidade, permitindo que seja feito o repasse do governo direto para pessoa física, para a pessoa que foi afetada nessa calamidade. Depende de cada situação e do dano que essa família teve nesse nessa tragédia”

Por enquanto, o Fundo Estadual para Calamidades Públicas permite apenas transferência entre fundos do estado e de cidades. Para ter acesso ao benefício, os moradores devem fazer um cadastro junto às autoridades. Teixeira disse que um mutirão está sendo organizado entre a Secretaria de Segurança, a Defensoria Pública e o Tribunal de Justiça para atuar no local nesta semana.

Tornado no Paraná deixou mais de mil pessoas sem casa

Tragédia climática

O Brasil pode zerar emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2040, revela estudo de pesquisadores brasileiros lançado na semana da Cúpula dos Líderes da COP30, em Belém. Ele foi idealizado pelo Instituto Amazonia 4.0 e financiado pela Sequoia Foundation e pela Rockefeller Brothers Foundation.

O País tem compromisso, firmado em sua NDC – sigla em inglês que significa “contribuição nacionalmente determinada”, a meta climática –, de neutralidade de emissões até 2050. Neutralidade significa que tudo o que um país emite é compensado de alguma forma, como pela absorção de gases-estufa por florestas, por exemplo. Em discurso na reunião do G20 ano passado, no Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs que os países desenvolvidos do grupo antecipem as metas de neutralidade climática para 2040 ou 2045.

O estudo, do qual participam cientistas climáticos de renome, como Carlos Nobre, membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), aponta dois caminhos possíveis para a neutralidade – também chamada de “net zero”. Em um, a neutralidade é alcançada ao focar em agricultura, florestas e uso do solo. Nesse conjunto, entra o desmatamento e o agronegócio, responsáveis pela maior parte das emissões de gases-estufa brasileiras.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/o-que-as-delegac-es-de-goias-levar-o-para-a-cop30-1.3334255" target="_self">O que as delegações de Goiás levarão para a COP30</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/uni-o-europeia-fica-fora-de-acordo-por-combustiveis-sustentaveis-1.3334253" target="_self">União Europeia fica fora de acordo por combustíveis sustentáveis</a> 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/lula-forma-a-mesa-da-cupula-de-lideres-e-secretario-da-onu-defende-implementac-o-de-medidas-acertadas-1.3333384" target="_self">Lula forma a mesa da cúpula de líderes, e secretário da ONU defende implementação de medidas acertadas</a></div>

Nesse ponto, vale mencionar que o Brasil, na última meta climática, fala em zerar o desmatamento e eliminar o desmate ilegal, mas não dá data para tal situação. Há anos, porém, Lula promete acabar com o desmatamento até 2030. Análise do Observatório do Clima, porém, aponta que o prometido e o que foi colocado na NDC não estão alinhados.

Segundo o estudo, para alcançar a neutralidade até 2040 seria necessário zerar a supressão de áreas nativas até 2030. Aqui vale mencionar que o desmatamento no Brasil não ocorre somente na Amazônia: o Cerrado vem sofrendo com a elevada derrubada de vegetação. Também seria necessário expandir o reflorestamento e a restauração de áreas naturais, além do incentivo à agricultura regenerativa.

Esse cenário focado em agro e florestas, segundo o estudo, é o mais sustentável e o mais realista. Nesse caso, seriam mantidas a produção e a exportação de petróleo. O governo Lula, assim como anteriores, não demonstra que abrirá mão da exploração dos combustíveis fósseis. Na Cúpula de Líderes, Lula, inclusive, disse ser válido que países em desenvolvimento direcionarem parte dos lucros com a exploração de petróleo para a transição energética.

A outra opção apontada tem exatamente no setor energético – incluindo, com isso, o petróleo – o ponto central para o Brasil chegar em 2040 com neutralidade de emissões. Esse cenário requer, porém, a descarbonização da indústria e do setor de transportes, um rápido declínio na demanda por petróleo e expansão de biocombustíveis e de energia renovável, e redução da exportação de petróleo e derivados. Há também menções à necessidade destacada de emprego de bioenergia com captura e armazenamento de carbono (Beccs) e fechamento de todas as refinarias nacionais que não operem com coprocessamento de biomassa.

Para a concretização desse cenário, também é levada em conta a eliminação do desmatamento ilegal até 2030. Também há necessidade de participação da agropecuária, com sistemas de alta produtividade e com um ganho na área total de vegetação nativa. A questão desse cenário é que exige a eliminação quase total de energias baseadas em combustíveis fósseis, como o petróleo, sendo assim tido pelo estudo como um cenário mais radical e tecnológico.

O documento diz ainda que o esforço para a neutralidade até 2040 exige investimentos inéditos, mas que tem potencial de criação de empregos verdes. Caso se concretize a neutralidade até essa data, dizem os autores, o Brasil se tornará um modelo internacional. O estudo ainda não foi entregue ao governo, o que deverá ocorrer em breve. Ele também será apresentado na COP30.

Brasil tem potencial para zerar emissões de gases estufa até 2040, diz estudo

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