Diferentemente do que alega uma imagem que circula nas redes sociais, o portal g1 não publicou uma reportagem dizendo que o governo Lula (PT) garantiu indenização às famílias dos mortos na megaoperação da capital fluminense para “compensar o dano causado pela polícia”.

Após a repercussão da imagem, o&nbsp;g1 publicou uma checagem&nbsp;destacando que “jamais publicou uma reportagem com esse título e conteúdo”. “Comuns em mensagens falsas, erros de padrão denunciam que se trata de uma fraude”, destacou no texto.

O texto falso tem erros de gramática, mas usa design e letras semelhantes aos do veículo, induzindo leitores a acreditarem que se trata de uma reportagem.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/comprova/pedido-de-apoio-feito-pelo-governo-do-rio-foi-anterior-a-megaoperac-o-e-se-dirigiu-a-defesa-n-o-a-justica-1.3332936" target="_self">Pedido de apoio feito pelo governo do Rio foi anterior à megaoperação e se dirigiu à Defesa, não à Justiça</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/n-o-ha-evidendias-de-que-seja-real-um-audio-atribuido-a-haddad-sobre-compra-de-apoio-1.3324928" target="_self">Não há evidêndias de que seja real um áudio atribuído a Haddad sobre "compra de apoio"</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/governo-n-o-escondeu-repasses-a-artistas-que-participaram-de-atos-contra-anistia-e-pec-da-blindagem-1.3316952" target="_self">Governo não escondeu repasses a artistas que participaram de atos contra anistia e PEC da Blindagem</a></div>

É provável que essa peça de desinformação tenha sido inspirada por uma nota publicada em uma&nbsp;coluna do portal Metrópoles., Em 4 de novembro, o portal publicou texto sob o título “Governo Lula discute assistência a familiares de mortos no RJ”. O texto, assinado pelo colunista Paulo Cappelli, afirmava, com base em fontes que preferiram não se identificar do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), que o governo analisava se prestará auxílio às famílias dos 117 suspeitos mortos na megaoperação policial realizada pela administração de Cláudio Castro (PL) no Rio de Janeiro.

O conteúdo também mencionava que a ministra Macaé Evaristo defendia prestar apoio formal da União às famílias, mas que o Palácio do Planalto via a medida “com cautela”, por temer associação com o tráfico e o crime organizado. Logo em seguida, o texto registra uma resposta da própria pasta, negando ter cogitado prestar qualquer tipo de assistência financeira.

“O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania esclarece que não procede a informação. A visita da ministra Macaé Evaristo ao estado teve como principal objetivo a articulação para retomada imediata dos serviços públicos de educação, saúde e assistência social nas áreas impactadas. Informamos ainda que o MDHC abriu um canal específico no Disque 100 para receber relatos das comunidades impactadas pelas operações”, disse a pasta na nota, reproduzida pelo próprio Metrópoles.

Após a repercussão da notícia, internautas e parlamentares de direita atacaram o governo por causa da informação apurada pela coluna do Capelli. O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) e o deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) publicaram vídeos em suas redes sociais criticando a suposta medida, negada pelo MDHC.

<h2>Por que as pessoas podem ter acreditado</h2>

O fato de a captura de tela emular as fontes e o design do portal g1 pode ter sido um fator para o conteúdo circular.

Além disso, muitos leitores não estão familiarizados com certas dinâmicas envolvendo o jornalismo e a política. Nas redações jornalísticas, “off” é o termo usado para designar informações fornecidas por fontes que pedem para não ser identificadas. Esse tipo de dado pode ser útil para revelar bastidores e geralmente é confirmado com outras fontes. Deve, além disso, ser apresentado com transparência ao leitor. Não é incomum que, nesses casos, autoridades desistam de determinadas ideias ou políticas públicas após a repercussão.

No caso do texto do Metrópoles, a matéria baseava-se em relatos de servidores ligados ao Ministério dos Direitos Humanos, sem identificação nominal. O posterior desmentido da pasta mostra como esse tipo de informação pode ser interpretado de maneira incorreta quando retirada do contexto original.

No&nbsp;comunicado&nbsp;em que negou a suposta assistência financeira, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania também detalhou os motivos para ter enviado uma equipe aos complexos do Alemão e Penha dias após a megaoperação.

Segundo o MDHC, a visita ao local da ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, teve como principal objetivo o acolhimento às comunidades afetadas e a discussão sobre a retomada imediata dos serviços públicos de educação, saúde e assistência social nas áreas impactadas.

De acordo com a nota, as principais ações realizadas pela MDHC foram a articulação com órgãos públicos para garantia do funcionamento de escolas, hospitais e equipamentos essenciais, e o mapeamento das necessidades locais e coordenação de apoio técnico e institucional, com base em protocolos humanitários internacionais.

Fontes consultadas: g1, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Metrópoles

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e em aplicativos de mensagens sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições. Quando detecta nesse monitoramento um tema que está gerando muitas dúvidas e desinformação, o Comprova Explica. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova já desmentiu montagens que simulavam o site do g1, sobre&nbsp;desarmamento&nbsp;e as&nbsp;eleições de 2022. Além disso, também foram feitas verificações sobre a megaoperação, concluindo que&nbsp;o pedido de apoio feito pelo governo do Rio foi anterior à ação e se dirigiu à Defesa, não à Justiça, e que&nbsp;a polícia apreendeu fuzis de diversos países nos complexos da Penha e Alemão, mas nenhum de Cuba.

Notas da comunidade: Uma resposta do Grok, serviço de inteligência artificial do X, a um usuário que perguntou sobre a veracidade da imagem afirmou que a captura de tela é verdadeira. No entanto, o Grok aparentemente se referia a uma declaração de Lula citada em um post anterior. Em sua fala, Lula classificou a megaoperação como “desastrosa” e chamou a ação de “matança”. O Grok não respondeu diretamente à questão do usuário sobre uma suposta indenização do governo.

G1 não publicou matéria afirmando que o governo indenizará famílias de vítimas da megaoperação no Rio

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Matéria - genérica

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Vídeo Caiado parabeniza operação no Rio

Webstories Quatro criminosos de Goiás estão entre os mortos em megaoperação no Rio de Janeiro, diz g

<img attr-cid="policy:1.3330241" attr-version="policy:1.3330241:1761789666" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3330241/crimin.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Adan Pablo (no alto, à esquerda), Eder Alves (no alto, à direita), Rafael Resende (abaixo, à esquerda) e Marcos Vinícius estariam entre os mortos na megaoperação (Reprodução / TV Anhanguera)

Ao todo, nove foragidos da Justiça de Goiás foram identificados entre os <a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-policial-no-rio-ultrapassa-carandiru-e-se-torna-a-mais-letal-do-pais-1.3329997" target="_self">mortos em Megaoperação</a> no Rio de Janeiro, até o momento, informou a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP). O total de mortos suspeitos de integrar facção criminosa é de 117, desse 115 foram identificados, segundo o governo fluminense. Na quarta-feira (5), a cúpula da segurança goiana concedeu uma coletiva de imprensa após <a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-de-30-integrantes-e-simpatizantes-do-comando-vermelho-s-o-presos-em-goias-apos-foguetorio-diz-ssp-1.3333066" target="_self">foguetório em homenagens aos mortos</a> em Goiânia e na Região Metropolitana. Na ocasião, o secretário da SSP, Renato Brum, atualizou os números (veja lista completa ao final desta reportagem).&nbsp;

<cite>Nós trabalhávamos no início com dois que tinham vindo a óbito, depois passou para quatro, seis, nove foram confirmados...", disse o secretário.&nbsp;</cite>

O POPULAR já havia mostrado antes que <a href="https://opopular.com.br/cidades/sete-goianos-podem-estar-entre-os-mortos-em-operac-o-1.3330238" target="_self">sete goianos estariam entre os mortos</a> no Rio de Janeiro durante a Operação Contenção, considerada a <a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-policial-no-rio-ultrapassa-carandiru-e-se-torna-a-mais-letal-do-pais-1.3329997" target="_self">ação policial mais letal</a> realizada no Brasil. Quatro deles tinham sido confirmados informalmente pela polícia de Goiás à reportagem. Agora confirmados entre os nove nomes. 
 
São eles: Rafael Resende Ferreira, de 31 anos, conhecido como Panela, e Eder Alves de Souza, o <a href="https://opopular.com.br/cidades/membro-de-facc-o-conhecido-como-disquete-morto-em-operac-o-no-rj-ja-foi-condenado-por-assaltos-em-caldas-novas-1.3330797" target="_self">Disquete</a>, de 37, ambos monitorados como supostas lideranças da facção em Goiás. Além de Marcos Vinícius da Silva Lima, de 27, conhecido pelos codinomes Rodinha e Branco. O quarto morto: Adan Pablo Alves de Oliveira, o Madruga, de 28, e Fernando Henrique dos Santos, o Fernandinho, de 29.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/sete-goianos-podem-estar-entre-os-mortos-em-operac-o-1.3330238" target="_self">Sete goianos podem estar entre os mortos em operação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/liderancas-de-facc-o-chefes-do-trafico-em-goiania-e-em-itaberai-est-o-entre-os-mortos-em-megaoperac-o-no-rj-1.3331071">Lideranças de facção, chefes do tráfico em Goiânia e em Itaberaí estão entre os mortos em megaoperação no RJ</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/membro-de-facc-o-conhecido-como-disquete-morto-em-operac-o-no-rj-ja-foi-condenado-por-assaltos-em-caldas-novas-1.3330797" target="_self">Membro de facção conhecido como Disquete, morto em operação no RJ, já foi condenado por assaltos em Caldas Novas</a></div>

Outros dois mortos no confronto, conforme a SSP, trata-se de Cleiton Cesar Dias Mello, o Cleitinho; e Vanderley Silva Borges, o Deley. Anteriormente, O POPULAR havia identificado um oito nome conhecido como Luquinha, que agora a SSP-GO confirmou como sendo Lucas Alves Araújo (vulgo “Luquinha” ou “VM”). Ele tem antecedente por roubo qualificado, tráfico de drogas, porte e disparo de arma de fogo, além de ameaça.

O nono morto com pendências na Justiça goiana foi identificado como Keven Vinícius Sousa Ramos, chamado de “Gordim” e “Kevin”. Esse possue antecedentes por tráfico e associação para o tráfico, roubo, furto, receptação e porte ilegal de arma de fogo.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3331081" attr-version="policy:1.3331081:1761944810" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3331081/Proporção para foto do site (17).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Fernando Henrique dos Santos (Fernandinho), de 29 anos, e Marcos Vinícius da Silva Lima, de 27 (Rodinha) (Reprodução / TV Anhanguera)

"Todos os indivíduos identificados eram integrantes da facção criminosa Comando Vermelho e possuíam mandados de prisão pendentes de cumprimento. Parte deles encontrava-se sob monitoramento eletrônico judicial, condição que havia sido antes rompida ou abandonada ao se deslocarem para comunidades fluminenses em busca de abrigo", informou a SSP-GO, por nota (veja íntegra ao final deste texto).

<img attr-cid="policy:1.3330086" attr-version="policy:1.3330086:1761771074" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3330086/RJ1.PNG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro (Eusébio Gomes / TV Brasil / Fotos Públicas)

Relembre a viagem de Caiado ao RJ&nbsp;

O governador Ronaldo Caiado (UB) esteve no Rio de Janeiro na quinta-feira (30), acompanhado por uma comitiva de chefes estaduais, para declarar apoio a Cláudio Castro (PL) após a megaoperação policial contra a facção Comando Vermelho (CV). Caiado chegou a parabenizar Castro pela operação (veja vídeo abaixo).

<div attr-cid="policy:1.3329914" attr-version="policy:1.3329914:1761748689" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3329914" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3329914', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3329914">Vídeo Caiado parabeniza operação no Rio (1.3329914)</a></div>

Conforme a assessoria do governo goiano, a iniciativa foi articulada pelo próprio Caiado durante uma videoconferência realizada um dia antes, na quarta-feira (29), com os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC) e Mauro Mendes (MT).&nbsp;

A operação aconteceu no último dia 28 e contou com a participação de agentes das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 de prisão, sendo 30 expedidos pelo estado do Pará.&nbsp;

O governo fluminense ressaltou que a operação visava conter a expansão da facção criminosa Comando Vermelho no estado.

<div attr-cid="policy:1.3330131" attr-version="policy:1.3330131:1761775134" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3330131" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3330131', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3330131">Webstories Quatro criminosos de Goiás estão entre os mortos em megaoperação no Rio de Janeiro, diz g (1.3330131)</a></div>

Íntegra da nota da SSP-GO&nbsp;

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-GO) informa que, por meio da Superintendência de Inteligência Integrada, confirmou a identificação de nove indivíduos foragidos da Justiça do Estado de Goiás, em óbito durante a Operação Contenção, realizada no Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com levantamentos realizados pelos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública (SISP/GO), todos os indivíduos identificados eram integrantes da facção criminosa Comando Vermelho e possuíam mandados de prisão pendentes de cumprimento. Parte deles encontrava-se sob monitoramento eletrônico judicial, condição que havia sido antes rompida ou abandonada ao se deslocarem para comunidades fluminenses em busca de abrigo.

Os identificados apresentavam vasta ficha criminal, com antecedentes pelos crimes de homicídio, tráfico e associação para o tráfico de drogas, roubo, receptação, porte e posse ilegal de arma de fogo, corrupção de menores, falsificação de documentos e tortura, entre outros delitos graves.

Foram identificados:

<ol>
	<li>Fernando Henrique dos Santos (vulgo “Fernandinho” ou “Periquito”) - antecedentes por homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico, roubo e porte ilegal de arma de fogo.</li>
	<li>Marcos Vinícius da Silva Lima (vulgo “Brancão” ou “Rodinha”) - antecedentes por roubo qualificado, tráfico de drogas, receptação, associação criminosa e tentativa de homicídio.</li>
	<li>Adan Pablo Alves de Oliveira (vulgo “Madruga”) - antecedentes por tráfico e associação para o tráfico, homicídio, ameaça, desacato e corrupção de menores.</li>
	<li>Cleiton César Dias Mello (vulgo “Cleitinho”) - antecedentes por homicídio qualificado, tráfico de drogas, receptação e posse irregular de arma de fogo.</li>
	<li>Éder Alves de Sousa (vulgo “Disquete”) - antecedentes por homicídio, roubo, tráfico de drogas, corrupção de menores, falsificação e corrupção ativa.</li>
	<li>Vanderley Silva Borges (vulgo “Derley” ou “Cabeção”) - antecedentes por homicídio, roubo, tráfico de drogas, tortura e associação para o tráfico.</li>
	<li>Rafael Resende Ferreira (vulgo “Panela”) - antecedentes por homicídio, tráfico de drogas, furto e posse ilegal de arma de fogo.</li>
	<li>Keven Vinícius Sousa Ramos (vulgo “Gordim” ou “Kevin”) - antecedentes por tráfico e associação para o tráfico, roubo, furto, receptação e porte ilegal de arma de fogo.</li>
	<li>Lucas Alves Araújo (vulgo “Luquinha” ou “VM”) - antecedentes por roubo qualificado, tráfico de drogas, porte e disparo de arma de fogo, além de ameaça.</li>
</ol>

A Secretaria reforça que todos os citados mantinham vínculos ativos com organização criminosa, mesmo após passagens pelo sistema prisional goiano, e que as informações estão sendo compartilhadas com os órgãos federais e estaduais para o aprofundamento das investigações sobre a atuação interestadual da facção.

A Secretaria de Segurança Pública reitera o compromisso com a cooperação interinstitucional e o enfrentamento qualificado às organizações criminosas, de modo a impedir a expansão de suas atividades e garantir a segurança da população goiana.

Secretaria de Estado da Segurança Pública

&nbsp;

Nove foragidos da Justiça de Goiás estão entre os mortos em Megaoperação no RJ, diz SSP

Cidades

Cidades - título

Matéria - Cidades

Lista 

Vídeo foguetório

Webstories Mais de 30 integrantes e simpatizantes do Comando Vermelho são presos em Goiás após fogue

Enquete - Foi possível escutar o foguetório na região onde você mora?

<img attr-cid="policy:1.3332725" attr-version="policy:1.3332725:1762350249" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3332725/Proporção para foto do site (14).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
O foguetório assutou moradores da Grande Goiânia (Reprodução/Redes sociais)

Ao todo, 32 pessoas, entre elas integrantes e simpatizantes do Comando Vermelho (CV), foram presas em Goiás após um foguetório simultâneo que assustou moradores em cidades do estado na noite desta terça-feira (4), principalmente na Região Metropolitana de Goiânia. As informações foram repassadas pela&nbsp;Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-GO) durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (5).&nbsp;

As prisões ocorreram em Goiânia, Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia e Rio Verde, conforme a SSP, por suspeita de enaltecer grupo criminoso, como apologia ao crime, além de porte ilegal de arma de fogo e branca e entorpecentes.&nbsp;

Por não terem tido os nomes divulgados, O POPULAR não conseguiu&nbsp;localizar as suas defesas&nbsp;para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram a grande queima de fogos.

<div attr-cid="policy:1.3332719" attr-version="policy:1.3332719:1762349826" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3332719" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3332719', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3332719">Vídeo foguetório (1.3332719)</a></div>

De acordo com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Renato Brum dos Santos, as prisões foram resultado de uma ação conjunta e imediata entre as forças de segurança, deflagrada ainda na madrugada, após a identificação do movimento coordenado de foguetório em várias cidades. Ele explicou que, assim que a situação foi detectada por volta das 22h, as equipes de inteligência da Polícia Civil e Militar passaram a atuar em campo.

<cite>Desde a madrugada estamos reunidos com o governador Ronaldo Caiado. Assim que foi detectado o que eles chamam de ‘salve’, o foguetório simultâneo na Região Metropolitana, nossas equipes de inteligência foram a campo para identificar e prender os envolvidos”, afirmou o secretário</cite>.

<div attr-cid="policy:1.3333143" attr-version="policy:1.3333143:1762384735" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3333143" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3333143', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3333143">Webstories Mais de 30 integrantes e simpatizantes do Comando Vermelho são presos em Goiás após fogue (1.3333143)</a></div>

<cite>Até o momento, 30 pessoas já foram presas: 12 em Goiânia, seis em Abadia, nove em Aparecida e três em Rio Verde”, informou.</cite>

O delegado-geral da Polícia Civil (PC), André Ganga, afirmou que as tipificações penais aplicadas variam conforme o envolvimento de cada suspeito. Alguns responderão por porte ilegal de armas e tráfico de drogas, enquanto outros por organização criminosa e apologia ao crime.

<cite>Várias tipificações foram enquadradas: porte ilegal de arma de fogo, artigo 2º da Lei de Organização Criminosa, apologia ao crime, posse e uso de entorpecentes. São várias condutas identificadas pela Polícia Militar e Civil em conjunto”, explicou.</cite>

O delegado destacou ainda que parte dos presos não tem vínculo direto com a facção, mas são simpatizantes ou pessoas que aproveitaram a ocasião para se promover nas redes sociais.

<cite>Muitas dessas pessoas que estavam nesses blocos e foram identificadas pelos nossos sistemas de reconhecimento facial não são faccionadas, mas simpatizantes. Elas usaram as mídias sociais para se autopromover, aparecer, sem necessariamente fazer parte do grupo criminoso”, ressaltou.</cite>

Além dos simpatizantes, a polícia também identificou pessoas ligadas a torcidas organizadas e criminosos que já estavam sob monitoramento judicial. Alguns deles poderão ter regressão de regime prisional devido à participação nas ações.

<cite>Alguns dos investigados estavam em monitoramento e vão ter regressão de regime pela participação nesse ato”, completou o delegado.</cite>

<h2>Megaoperação</h2>

A megaoperação foi realizada no dia 28 de outubro pelas polícias civil e militar do Rio de Janeiro, nos <a href="https://opopular.com.br/cidades/comando-vermelho-usou-500-homens-contra-operac-o-diz-governo-do-rio-1.3332603" target="_self">complexos de favelas do Alemão e da Penha</a>, para o cumprimento de 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão, sendo 30 expedidos pelo estado do Pará. Segundo o governo do Rio, o objetivo era conter a expansão da facção criminosa.&nbsp;

Ao todo, a <a href="https://opopular.com.br/cidades/comando-vermelho-usou-500-homens-contra-operac-o-diz-governo-do-rio-1.3332603" target="_self">Operação Contenção contou com cerca de 2,5 mil policiais</a>, entre eles 650 policiais civis e 1,8 mil policiais militares. No tiroteio, que durou mais de 12 horas, além dos 117 mortos considerados suspeitos, quatro policiais foram mortos, 13 ficaram feridos. Outros quatro civis, moradores da região, foram baleados. No dia 28 de outubro, terça-feira da operação, a polícia divulgou o número de 64 suspeitos mortos. Mas, ao longo da noite e madrugada seguintes, moradores recolheram corpos na vegetação da Serra da Misericórdia, onde se deu a maior parte do tiroteio.

<a href="https://opopular.com.br/cidades/liderancas-de-facc-o-chefes-do-trafico-em-goiania-e-em-itaberai-est-o-entre-os-mortos-em-megaoperac-o-no-rj-1.3331071" target="_self">O governador Ronaldo Caiado (UB) chegou a viajar para o Rio de Janeiro</a> na quinta-feira (30), ao lado de uma comitiva de chefes estaduais, para manifestar apoio a Cláudio Castro (PL) após a megaoperação policial contra a facção Comando Vermelho (CV).

Apreensão dos fogos de artíficio&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3333101" attr-version="policy:1.3333101:1762380701" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3333101/WhatsApp-Image-2025-11-04-at-11.03.14-1200x600-c-default.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Fiscalização realizada nesta quarta-feira (5) apreendeu 4 mil fogos de artifício (Divulgação / Procon Goiás)

Durante as ações de repressão e monitoramento, o Procon Goiás e o Corpo de Bombeiros também realizaram uma operação de fiscalização de empresas que comercializam fogos de artifício em várias cidades do estado.

<cite>O trabalho com a Secretaria de Segurança Pública é contínuo e sempre conjunto. Hoje, aproximadamente 30 empresas foram fiscalizadas em Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Anápolis, e amanhã outras cidades também serão verificadas”, afirmou o secretário Renato Brum dos Santos, da SSP.</cite>

Durante a ação, foram apreendidos quase 4 mil artefatos pirotécnicos comercializados de forma irregular. Segundo o secretário, o problema não está na venda ou no uso dos fogos, mas nas condições ilegais de comercialização e armazenamento.

<cite>O problema não é soltar o foguete ou comercializar o produto, mas vender de maneira errada e equivocada. Só no dia de hoje foram apreendidos cerca de 4 mil fogos de artifício, e esse trabalho continua”, destacou.</cite>

O Procon Goiás seguirá com as fiscalizações em conjunto com o Corpo de Bombeiros e demais forças de segurança, dentro da política de integração do governo estadual, conforme dito pelo secretário Renato&nbsp; Brum em coletiva de imprensa.

<div attr-cid="policy:1.3333240" attr-version="policy:1.3333240:1762420829" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3333240" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3333240', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3333240">Enquete - Foi possível escutar o foguetório na região onde você mora? (1.3333240)</a></div>

Mais de 30 integrantes e simpatizantes do Comando Vermelho são presos em Goiás após foguetório, diz SSP

Operação

Conteúdo investigado:&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/uploads/2025/11/00-Conteudo-investigado-FALSO-A-Documento-prova.png" target="_blank">Posts</a>&nbsp;dizendo que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, teria mentido ao dizer que não negou pedido de apoio do governo do Rio de Janeiro em relação à megaoperação que deixou 121 mortos na capital fluminense.

Onde foi publicado:&nbsp;X.

Contextualizando:&nbsp;Um post viral combina a fala do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, com a imagem de uma carta enviada pelo governador Cláudio Castro ao ministro da Defesa, José Múcio, em 28 de janeiro de 2025, e conclui incorretamente que Lewandowski teria “mentido” ao negar ter recebido solicitação do governo fluminense.

Na gravação, Lewandowski declara: “Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública para esta operação. Nem ontem, nem hoje. Absolutamente nada.”&nbsp;<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-10/lewandowski-diz-que-nao-recebeu-pedido-de-castro-para-apoio-operacao" target="_blank">A declaração é de 28 de outubro</a>, dia da operação que deixou 121 mortos nos Complexos do Alemão e da Penha.

O&nbsp;documento exibido na postagem é, de fato, uma carta que Cláudio Castro enviou a Múcio em 28 de janeiro&nbsp;de 2025. Nela, o governador solicita “a valiosa cooperação e apoio logístico da Marinha do Brasil, por meio do fornecimento de veículos blindados, com os respectivos operadores e mecânicos”. A&nbsp;carta, porém, se refere à presença de blindados na região de um hospital carioca onde uma médica militar havia morrido após ser atingida por uma bala perdida em dezembro de 2024.

Em&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/uploads/2025/11/null-2.png" target="_blank">nota</a>&nbsp;da Defesa sobre o assunto, enviada ao Comprova, o órgão confirmou ter recebido o documento e informou que foi submetido à análise da Advocacia-Geral da União (AGU). Afirmou que “a Marinha posicionou veículos blindados no perímetro do hospital, respeitando o limite legal de 1.400 metros em torno de instalações militares, medida voltada à segurança da área e dos militares” na época da morte da capitã. E que a “AGU emitiu parecer técnico indicando que a solicitação do governo do Rio de Janeiro somente poderia ser atendida no contexto de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que demandaria decreto presidencial.”

Ou seja, diferentemente do que afirma o post investigado, Lewandowski não mentiu, pois o Ministério da Justiça não recebeu nenhum pedido e, além disso, a carta de Castro não tinha relação com a recente operação.

Contatado pela reportagem, o Ministério da Justiça&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/uploads/2025/11/null-4.png" target="_blank">afirmou</a>&nbsp;que mantém “cooperação contínua” com o governo do Rio de Janeiro desde 2023, por meio da Força Nacional de Segurança Pública, e que todos os pedidos feitos pelo Estado para emprego da Força Nacional foram atendidos.

<h2>Quem criou o conteúdo</h2>

O perfil reúne cerca de 317 mil seguidores no X. Em sua biografia, o usuário se apresenta como uma “conta de paródias” e afirma publicar uma “sinopse diária dos assuntos políticos, econômicos, sociais e ocorrências mundanas”.

Apesar de se autodefinir como um perfil humorístico ou de sátira, não fica clara a intenção do autor, e muitas pessoas acreditam que os posts contêm verdades. Com frequência, a página publica conteúdos de cunho político e opinativo, com ênfase em temas de segurança pública, economia e gestão federal. As postagens mais recentes mantêm um tom crítico em relação ao governo Lula e aos ministros.

O Comprova tentou contato com o perfil por meio do e-mail informado na biografia, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

Por que o Comprova contextualizou este assunto?&nbsp;O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e em aplicativos de mensagens sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições. Quando detecta, no monitoramento, um tema que está sendo descontextualizado, o Comprova coloca o assunto em contexto. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;<a href="https://api.whatsapp.com/send?l=pt_pt&amp;phone=5511970454984&amp;text=Quero%20enviar%20um%20conte%C3%BAdo" target="_blank">WhatsApp +55 11 97045-4984</a>.

Para se aprofundar mais:&nbsp;Lula autorizou a GLO a atuar em áreas nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro em 2023, com validade até maio de 2024. Você pode ler mais sobre o assunto na&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/mudancas-da-anatel-no-setor-de-telefonia-nao-isolarao-brasil-lojas-das-operadoras-serao-reduzidas/" target="_blank">verificação feita pelo Comprova sobre mudanças na Anatel</a>.

Pedido de apoio feito pelo governo do Rio foi anterior à megaoperação e se dirigiu à Defesa, não à Justiça

Comprova

O governo do Rio de Janeiro estima que o Comando Vermelho (CV) empregou aproximadamente 500 homens na reação contra a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos, sendo quatro policiais e 117 suspeitos, segundo a polícia. Pela estimativa, o número de suspeitos mortos representaria 23,4% do total de homens empregados pela facção nos confrontos.

O número consta do relatório assinado pelo governador Cláudio Castro (PL) e entregue segunda-feira (3) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ADPF 635, a ADPF das Favelas. Moraes esteve no Rio na segunda para audiência com Castro e a cúpula da Segurança Pública do Estado.

A Operação Contenção contou com cerca de 2,5 mil policiais, entre eles 650 policiais civis e 1,8 mil policiais militares. Os agentes usavam fuzis de calibre idêntico aos dos suspeitos – 5,56 e 7,62. O relatório afirma que muitos membros do CV estavam vestidos com roupas camufladas para dificultar a identificação e lista as armas usadas pela facção, como fuzis automáticos nos calibres 5,56 e 7,62, “armas de altíssima potência” como .50 e .30, granadas, pistolas com “kit rajada” e explosivos. Os suspeitos também utilizaram, segundo o documento, “trincheiras, casas-mata e armadilhas distribuídas em terreno de difícil acesso”.

No tiroteio, que durou mais de 12 horas, além dos 117 mortos considerados suspeitos, quatro policiais foram mortos, 13 ficaram feridos. Outros quatro civis, moradores da região, foram baleados. No dia 28 de outubro, terça-feira da operação, a polícia divulgou o número de 64 suspeitos mortos. Mas, ao longo da noite e madrugada seguintes, moradores recolheram corpos na vegetação da Serra da Misericórdia, onde se deu a maior parte do tiroteio.

O governo estadual justifica que o cenário gerou “limitações práticas inevitáveis” para a ausência da preservação da cena. “Os policiais, simultaneamente, precisavam (...) resguardar suas próprias vidas, (...) dar cumprimento às ordens judiciais e (...) decidir, sob risco real e iminente, entre priorizar a preservação da cena e a proteção imediata de vidas em situação de ameaça atual”, afirma trecho do relatório. “Moradores removeram cadáveres da área de mata, na localidade conhecida como Vacaria [Serra da Misericórdia], para o referido hospital e para a Praça da Penha, despindo-os parcialmente”, diz outro trecho.

Em outro documento entregue a Moraes, o que detalha tecnicamente a operação, o governo diz que equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, usaram câmeras corporais para registro audiovisual, mas que houve casos de “falhas técnicas”. O governo não menciona quantidade ou tipo de falhas ocorridas. “Todas as câmeras em pleno funcionamento foram efetivamente empregadas durante a operação, sendo que os equipamentos que apresentaram falhas técnicas tiveram as ocorrências devidamente registradas e comunicadas à empresa responsável pela manutenção e suporte.”

Em entrevista na semana passada, o coronel Marcelo Menezes, secretário da Polícia Militar, havia afirmado que as câmeras dos PMs também gravaram, mas que algumas podem ter perdido registro por conta da duração da bateria, que é de 12 horas, tempo menor do que o confronto.

Ação na Bahia 

As forças de segurança da Bahia lideraram ofensiva contra integrantes do Comando Vermelho nesta terça-feira (4), que resultou na prisão de 37 suspeitos. A Operação Freedom, liderada pela Polícia Civil, teve como o objetivo de desarticular os núcleos armado e financeiro do CV que atua no bairro da Liberdade, em Salvador. Um suspeito foi morto no bairro do Uruguai, em Salvador. A Polícia Civil informou que ele resistiu à prisão e atirou contra os policiais.

Entre os presos estão Luís Lázaro Santana Alves, apontado como líder da facção criminosa do bairro da Liberdade e Marielle Silva Santos, esposa dele e suspeita de ser responsável pela lavagem de dinheiro do grupo criminoso. Os dois foram localizados em Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza. Também foi preso um homem que tinha mandado de prisão expedido por tráfico de drogas no Rio de Janeiro, mas estava escondido na Bahia.

Os alvos operação são suspeitos de crimes como homicídios e tráfico de drogas em Salvador. Segundo a Polícia Civil, os resultados da operação devem contribuir para a elucidação de cerca de 30 assassinatos ocorridos na capital baiana.

Comando Vermelho usou 500 homens contra operação, diz governo do Rio

Confronto no morro

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