Comprova Explica: Com o aperfeiçoamento de tecnologias de inteligência artificial, golpistas têm aproveitado para induzir consumidores e internautas a realizarem pagamentos ou fornecer informações pessoais. O scam pode ser usado em diferentes tipos de golpe, inclusive alguns sobre os quais o Comprova já falou, como&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/como-identificar-e-se-proteger-de-golpes-por-mensagem-de-texto-smishing/" target="_blank">fraudes aplicadas por mensagens de texto, o smishing</a>&nbsp;e o golpe do&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/como-identificar-e-se-proteger-do-golpe-do-pix-errado/" target="_blank">“pix errado”</a>.

O scam é uma estratégia de golpe ou esquema ilegal aplicado principalmente no ambiente digital. Ela se aproveita de vulnerabilidades legais e psicológicas para ganhos de dados pessoais, dinheiro e outros bens das vítimas. Este tipo de fraude é considerado uma das principais ameaças do espaço virtual e pode ser aplicado de diferentes maneiras, como vendedores on-line que comercializam itens falsificados ou inferiores aos anunciados, ofertas de emprego mentirosas, promoção de investimentos com promessas de alto retorno, entre outras.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/clinica-para-criancas-autistas-e-denunciada-por-fraudes-1.3321445" target="_self">Clínica para crianças autistas é denunciada por fraudes</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/grupo-que-lucrava-r-20-mil-por-dia-em-golpe-com-falsos-advogados-e-alvo-de-operac-o-1.3321063" target="_self">Grupo que lucrava R$ 20 mil por dia em golpe com falsos advogados é alvo de operação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-combate-golpe-milionario-contra-banco-1.3318549" target="_self">Operação combate golpe milionário contra banco</a></div>

Qualquer pessoa pode ser vítima de um scam. De acordo com o relatório “<a href="https://www.undp.org/sites/g/files/zskgke326/files/2025-05/undp_anti-scam_handbook_v2.0.pdf" target="_blank">Anti-Scam Handbook v2.0</a>”, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), a suscetibilidade de risco para cair em golpes considera múltiplas dimensões de identidade, como idade, educação e status socioeconômico.

<h2>“Anatomia” dos golpes</h2>

O relatório da UNDP mostra, na página 66, o&nbsp;<a href="https://www.undp.org/sites/g/files/zskgke326/files/2025-05/undp_anti-scam_handbook_v2.0.pdf" target="_blank">“Mapa da Jornada”</a>, uma ferramenta para mapear o passo a passo das fraudes, a partir das perspectivas do golpista e da vítima.

A “jornada” do golpista possui fases anteriores à realização do golpe, como definir quais serão os esquemas de pagamento e pesquisar os perfis e comportamentos dos alvos, passando pelas interações iniciais com táticas de persuasão, até a conclusão do pagamento. Depois, os criminosos apagam vestígios de suas atividades.

Já as etapas do processo associadas aos alvos incluem a motivação para engajar com o vendedor, como o desejo de comprar algum objeto, e, por fim, o encontro virtual com o golpista. Após o pagamento, a vítima pode perceber a fraude ou ser informada de outra forma sobre o scam e sofrer consequências sociais ou pessoais, em meio à tentativa de recuperar a perda.

O documento ainda explica que golpes compartilham várias táticas psicológicas de manipulação, explorando gatilhos emocionais universais como medo, excitação ou urgência para anular o pensamento racional. Criminosos que anunciam opções de investimentos financeiros prometem altos e rápidos retornos financeiros, um poderoso motivador para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Outra característica comum é o esquema de taxas antecipadas, ou seja, a promessa de uma grande recompensa, como um prêmio, doação ou empréstimo em troca do pagamento de uma taxa adiantada.

De acordo com o advogado Márcio Stival, especialista em direito digital, a pressa e a emoção são dois pilares da maioria dos scams. “Os criminosos tentam fazer a pessoa agir rápido, sem pensar, dizendo que é uma promoção que vai acabar logo, um problema com a conta ou um pedido urgente de um amigo. Também costumam prometer vantagens muito boas para parecerem irresistíveis. É sempre bom lembrar que, se a oferta parece boa demais para ser verdade, provavelmente é um golpe”, explica.

<h2>Tipos de golpes</h2>

O&nbsp;<a href="https://www.undp.org/sites/g/files/zskgke326/files/2025-05/undp_anti-scam_handbook_v2.0.pdf" target="_blank">relatório da UNDP</a>&nbsp;apresenta diferentes tipos de scams, aplicados via canais online e de telecomunicação. Veja, a seguir, os mais comuns:

Golpes de engenharia social: quando criminosos usam táticas de persuasão para induzir indivíduos a divulgar informações sensíveis ou transferir fundos. Nesses casos, golpistas tendem a se passar por familiares, amigos e agentes públicos para exigir pagamentos de imediato. Esta modalidade pode ser feita por meio de telefones, redes sociais e e-mails.

Golpes de e-commerce: falsos vendedores oferecem produtos a preços baixos. As vítimas ou não recebem os bens ou recebem itens falsificados ou de qualidade inferior. Alguns exemplos são lojas on-line falsas que imitam marcas respeitáveis ou vendedores que bloqueiam as vítimas após receberem o pagamento.

Golpes de investimento: nesta modalidade, golpistas atraem internautas a operações financeiras falsas, com promessas de retornos altos e rápidos. Elas podem ser executadas em grupos de investimento fraudulentos, plataformas de jogos de azar online fakes ou esquemas de pirâmide disfarçados.

Golpes de empregos falsos: quando criminosos oferecem oportunidades de emprego para extorquir dinheiro de candidatos ou coletar informações pessoais deles.

Golpes de caridade falsa: solicitações fraudulentas de doações, frequentemente durante crises, em que os fundos são desviados.

<h4>Inteligência artificial usada em golpes</h4>

O uso de inteligência artificial por parte de golpistas tem se tornado uma ferramenta cada vez mais comum na sofisticação de fraudes, por meio da criação de conteúdos realistas, como vídeos e áudios.

<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/como-identificar-e-se-proteger-do-phishing-ou-pescaria-digital/" target="_blank">Os criminosos também podem utilizar o recurso para elaborar mensagens realistas de phishing</a>, quando se passam por instituições confiáveis para roubar informações ou dinheiro dos internautas. Este é um dos golpes mais comuns aplicados no Brasil, conforme o advogado. “Também são frequentes os golpes de investimento com promessas de lucro rápido, as vendas falsas em redes sociais, a clonagem de WhatsApp e os golpes envolvendo o Pix. Muitos golpistas também criam páginas ou perfis falsos para enganar pessoas e empresas.”

<h2>Prejuízo global</h2>

De acordo com a Aliança Global Anti-Scam (GASA), as perdas globais com golpes digitais ultrapassaram US$ 1,03 trilhão no último ano (cerca de R$ 5,49 trilhões na cotação atual), o que representa mais de 1% do PIB mundial. A estimativa ainda é considerada conservadora, já que muitos scams não são reportados.

O relatório ainda aponta que o prejuízo é significativamente maior em países em desenvolvimento, que chegam a perder 3% a 4% dos seus PIB em comparação a países desenvolvidos, onde as perdas podem ser inferiores a 0,2%.

Segundo dados divulgados pela&nbsp;<a href="https://www.serasaexperian.com.br/sala-de-imprensa/indicadores/recorde-quase-7-milhoes-de-tentativas-de-fraude-foram-registradas-no-1-semestre-de-2025-setor-bancario-e-principal-alvo/" target="_blank">Serasa Experian</a>, o Brasil registrou quase 7 milhões de tentativas de fraude no primeiro semestre de 2025, o que representa um aumento de quase 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, aponta Márcio Stival.

“Isso significa que ocorre, em média, uma tentativa de golpe a cada poucos segundos no país. A maior parte dessas fraudes tem como alvo o setor bancário e os emissores de cartões, mas o comércio eletrônico e os serviços digitais também aparecem entre os mais atingidos. Esses números mostram que o golpe virtual já se tornou uma ameaça constante para o consumidor brasileiro e reforçam a importância de medidas preventivas, como a verificação de informações antes de qualquer transação e o uso de autenticação em dois fatores nas contas online.”

Além do aspecto financeiro, os scams também podem ter impactos sociais e psicológicos nas vítimas, causando sentimentos como depressão, vergonha, ansiedade e, em casos extremos, pensamentos suicidas, além de tensões em relações familiares. Além disso, as fraudes podem reduzir a confiança da população em instituições como bancos e governos.

<h2>Como se proteger?</h2>

Márcio alerta que a melhor forma de se proteger de scams é desconfiar de tudo que parecer muito urgente e vantajoso. “Nunca clique em links recebidos por mensagens ou e-mails sem verificar a origem. Sempre confirme informações pelos canais oficiais das empresas e evite compartilhar códigos de verificação ou dados pessoais. Ter senhas diferentes e ativar a verificação em duas etapas nas contas ajuda bastante a evitar invasões”, disse.

A&nbsp;<a href="https://www.gov.br/anatel/pt-br/assuntos/dicas-contra-fraudes/dicas-de-seguranca" target="_blank">Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)</a>&nbsp;detalha formas para os consumidores se prevenirem de golpes na internet:

-Diminuir a exposição de dados pessoais nas redes.

-Tomar cuidado com a coleta de informações privadas, minimizando o uso de cookies, arquivos de texto que sites enviam ao internauta para lembrar informações sobre você, como login, preferências e o conteúdo.

-Apagar histórico de navegação, de tempos em tempos. Além disso, é importante criar senhas fortes, atualizá-las de tempos em tempos, evitar salvá-las no navegador e ativar a autenticação de dois fatores.

Além disso, a UNDP sugere campanhas de conscientização para segurança on-line, sistemas de detecção de fraude para evitar golpes de e-commerce, filtros de spam para monitoramento de atividades suspeitas na internet e suporte aos cidadãos que perderam dinheiro por causa de um scam.

<h2>Soluções</h2>

Ainda conforme o relatório da UNDP, o combate aos scams por parte das autoridades deve ser feito de forma multifatorial, com medidas como o estabelecimento de centros anti-scam nacionais, para coordenar esforços entre governo, polícia e setor privado, até uma cooperação internacional, por causa da natureza global dos golpistas, através de tratados e acordos entre países.

O documento também aponta que bancos e instituições financeiras devem adotar políticas focadas na proteção dos consumidores, resguardando-os de transações irregulares e aprimorando seus sistemas de segurança.

Fontes consultadas:&nbsp;<a href="https://www.undp.org/sites/g/files/zskgke326/files/2025-05/undp_anti-scam_handbook_v2.0.pdf" target="_blank">Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP)</a>,&nbsp;<a href="https://www.gov.br/anatel/pt-br/assuntos/dicas-contra-fraudes/dicas-de-seguranca" target="_blank">Anatel</a>, Aliança Global Anti-Scam (GASA),&nbsp;<a href="https://www.serasaexperian.com.br/sala-de-imprensa/indicadores/recorde-quase-7-milhoes-de-tentativas-de-fraude-foram-registradas-no-1-semestre-de-2025-setor-bancario-e-principal-alvo/" target="_blank">Serasa</a>&nbsp;e o advogado Márcio Stival.

Por que o Comprova explicou este assunto: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições. Quando detecta nesse monitoramento um tema que está gerando muitas dúvidas e desinformação, o Comprova Explica. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;<a href="https://api.whatsapp.com/send?l=pt_pt&amp;phone=5511970454984&amp;text=Quero%20enviar%20um%20conte%C3%BAdo" target="_blank">WhatsApp +55 11 97045-4984</a>.

Para se aprofundar mais: O Comprova já fez outras checagens sobre golpes virtuais recorrentes, como&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/como-identificar-e-se-proteger-de-golpes-por-mensagem-de-texto-smishing/" target="_blank">fraudes aplicadas por mensagens de texto, o smishing</a>, o&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/como-identificar-e-se-proteger-do-golpe-do-pix-errado/" target="_blank">“pix errado”</a>&nbsp;e o&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/como-identificar-e-se-proteger-do-golpe-do-cupom-falso/" target="_blank">golpe do cupom falso</a>.

O que são os scams, golpes ou fraudes virtuais, e como se proteger

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Comprova

Grupo que lucrava R$ 20 mil por dia em golpe com falsos advogados é alvo de operação

<div attr-cid="policy:1.3321073" attr-version="policy:1.3321073:1759835334" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3321073" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3321073', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3321073">Grupo que lucrava R$ 20 mil por dia em golpe com falsos advogados é alvo de operação (1.3321073)</a></div>

Um grupo que lucrava R$ 20 mil por dia em golpe com falsos advogados foi alvo de operação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). O delegado responsável pela investigação, Douglas Costa, contou que os suspeitos se passavam por advogados para enganar pessoas que tinham processos na Justiça em andamento. Dentre os prejudicados pelo suposto estelionatário estão moradores de Rialma, no centro goiano (veja vídeo acima).&nbsp;

Como o nome dos investigados não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

Ao todo, segundo a PC, foram cumpridos 16 mandados de busca e 12 mandados de prisão preventiva na sexta-feira (3), com a operação Enigma. Os agentes estiveram em endereços da cidade de Fortaleza (Ceará) e nos municípios da Região Metropolitana daquela capital: Pacatuba e Maracanaú.&nbsp;

<cite>Além das vítimas da cidade de Rialma, já foram identificadas vítimas no estado do Rio de Janeiro e em Sergipe, o que demonstra uma acumulação interestadual do grupo criminoso", afirmou o delegado.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-combate-golpe-milionario-contra-banco-1.3318549" target="_self">Operação combate golpe milionário contra banco</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-duas-mulheres-suspeitos-de-explorac-o-ilegal-de-rifas-virtuais-s-o-presos-prejuizo-e-de-r-800-mil-1.3313893" target="_self">Homem e duas mulheres suspeitos de exploração ilegal de rifas virtuais são presos, prejuízo é de R$ 800 mil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/donos-de-carros-eletricos-de-goias-registrados-em-outros-estados-podem-responder-por-falsidade-ideologica-e-sonegac-o-1.3313779" target="_self">Donos de carros elétricos de Goiás registrados em outros estados podem responder por falsidade ideológica e sonegação</a></div>

Douglas Costa revelou que a suposta associação criminosa possui uma estrutura organizada e complexa, onde cada membro tinha uma função pré-definida. No esquema, conforme o investigador, havia integrantes responsáveis pela logística do grupo, mediante a obtenção de equipamentos eletrônicos e busca de dados de pessoas para a aplicação da fraude.

"Também foram identificados os integrantes do grupo financeiro, os quais tinham a função de receber os valores por meio de contas de terceiros. Alguns investigados possuem até 14 contas, em instituições financeiras diversas, por meio das quais esses investigados movimentaram aproximadamente R$ 20 mil", acrescentou Costa.&nbsp;

O delegado explicou que os investigados utilizavam de uma técnica de "pulverização dos valores em contas" de laranjas para serem sacados em dinheiro e depois entregues "aos líderes da associação criminosa".&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3321068" attr-version="policy:1.3321068:1759835013" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3321068/prisões_de_golpisas_goiás.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Segundo a PC, foram cumpridos 16 mandados de busca e 12 mandados de prisão preventiva na sexta-feira (3) (Divulgação/Polícia Civil de Goiás)

Costa alerta que emprestar, alugar ou vender contas bancárias para movimentações financeiras de terceiros pode resultar em sanções penais, além de responsabilização por crimes como estelionato.

Ele orienta ainda para que pessoas com processos judiciais busquem sempre confirmar informações diretamente com seus advogados e jamais efetuar depósitos ou transferências sem conferir os dados dos destinatários.

&nbsp;

Cidades

Cidades - título

Matéria - Cidades

Processos judiciais 

Fraudes de boletos em casas lotéricas

<div attr-cid="policy:1.3313327" attr-version="policy:1.3313327:1758110926" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3313327" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3313327', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3313327">Fraudes de boletos em casas lotéricas (1.3313327)</a></div>

Uma operação da Polícia Civil prendeu <a href="https://opopular.com.br/cidades/funcionarios-caem-em-golpe-e-perdem-r-500-mil-apos-criminosos-se-passarem-por-donos-de-loterica-diz-policia-1.3249361" target="_self">suspeitos de dar golpes de mais de meio milhão</a> em lotéricas com "boletos fantasmas", em Goiás, na manhã desta quarta-feira (veja vídeo acima). O delegado Leonilson Pereira de Souza, em entrevista para a TV Anhanguera, contou como os investigados operavam o golpe.&nbsp;

<cite>Os estelionatários entravam em contato com funcionários da lotérica, via WhatsApp, utilizando de fotografia do proprietário e desenrolava ali uma conversa, um ardil, e dizia: 'Ó, um amigo meu vai entrar em contato com você, vai mandar diversos boletos para você realizar o pagamento. Pode realizar o pagamento que ele já fez o PIX pra mim'", explicou o delegado.&nbsp;</cite>

De acordo com ele, com o funcionário da lotérica realizando o pagamento desses boletos, que eram de compensação imediata, o dinheiro entrava diretamente em contas bancárias dos investigados.&nbsp; &nbsp;

Como os nomes dos investigados não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<ul>
	<li>Assista vídeo da TV Anhanguera com mais cenas desta operação:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-bom-dia-go/video/operacao-em-goias-prende-suspeitos-de-emitir-boletos-falsos-para-pagamento-em-lotericas-13935786.ghtml" target="_blank">Operação em Goiás prende suspeitos de emitir boletos falsos para pagamento em lotéricas</a></li>
</ul>

Souza pontuou que as investigações identificaram que se tratava de uma associação criminosa com ramificações em diversos estados brasileiros.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/funcionarios-caem-em-golpe-e-perdem-r-500-mil-apos-criminosos-se-passarem-por-donos-de-loterica-diz-policia-1.3249361" target="_self">Funcionários caem em golpe e perdem R$ 500 mil após criminosos se passarem por donos de lotérica, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/entenda-por-que-donos-de-carros-eletricos-de-goias-registrados-em-outros-estados-est-o-sendo-multados-1.3313283" target="_self">Entenda por que donos de carros elétricos de Goiás registrados em outros estados estão sendo multados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-coronel-da-pm-cair-em-golpe-do-novo-numero-operac-o-apreende-joias-e-carros-de-luxo-em-goias-e-mais-tres-estados-1.3305829" target="_self">Após coronel da PM cair em golpe do novo número, operação apreende joias e carros de luxo em Goiás e mais três estados</a></div>

Ao todo, conforme a PC, estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão domiciliar. Desses, 15 são de prisão temporária e 154 medidas judiciais em endereços de Goiânia, Trindade e Goianira. Além de alvos em Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

<img attr-cid="policy:1.3313325" attr-version="policy:1.3313325:1758110360" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3313325/operacao_prende_membros_de_organizacao_que_roubava_loterica.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Terceira fase da operação prende suspeitos em Goiás, São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro (Divulgação/Polícia Civil)

O delegado pontou a investigação durou seis meses e&nbsp;teve ínício após&nbsp;uma <a href="http://opopular.com.br/cidades/funcionarios-caem-em-golpe-e-perdem-r-500-mil-apos-criminosos-se-passarem-por-donos-de-loterica-diz-policia-1.3249361" target="_self">casa lotérica</a>&nbsp;em Anápolis, no centro goiano, denúnciar uma fraude eletrônica. Conforme ele, a&nbsp;partir desse caso, foram realizadas duas fases de investigação que resultaram no cumprimento de diversas medidas judiciais.

<ul>
	<li><a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a></li>
</ul>

<img attr-cid="policy:1.3313319" attr-version="policy:1.3313319:1758109832" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3313319/fraudes_de_boletos_em_casas_lotéricas_em_goias.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Contra suposta organização criminosa, a polícia cumpriu mandados em endereços de Goiânia, Trindade e Goianira. Além de alvos em Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) (Divulgação/Polícia Civil)

&nbsp;

Operação prende suspeitos de dar golpes de mais de meio milhão em lotéricas com 'boletos fantasmas'

Investigação 

<img attr-cid="policy:1.3303235" attr-version="policy:1.3303235:1755890550" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3303235/ssf.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Delegado Dannilo Proto (Reprodução / Instagram Dannilo Proto)

O delegado Dannilo Ribeiro Proto e a esposa dele, Karen de Souza Santos Proto, foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por<a href="http://opopular.com.br/cidades/delegado-da-pc-e-alvo-de-operac-o-que-apura-fraudes-em-contratos-em-escolas-de-rio-verde-prejuizo-e-de-r-2-2-milh-es-1.3302570" target="_blank"> fraudes de R$ 2,2 milhões em contratos de escolas</a> de Rio Verde, no sudoeste goiano. Conforme a promotoria, o esquema funcionava por meio de empresas de fachada, fraudes em contratações públicas e lavagem de dinheiro, além do uso de cargos públicos para garantir a impunidade dos crimes.&nbsp;

Em nota ao POPULAR, a defesa do delegado, representada pelos advogados Rogério Leal e Alan Cabral Júnior, disse ter tido acesso à denúncia e alegou que houve um “excesso narrativo fático-acusatório”. Acrescentou que irá demonstrar em juízo a ausência de elementos de prova, “bem como a inexistência de fundamentos que sustentem as imputações constantes na denúncia” (veja a nota completa no final da matéria). A reportagem não localizou a defesa de Karen para que pudesse se posicionar.

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

As denúncias contra o grupo criminoso foram enviadas nesta segunda-feira (1º). O MPGO informou que, devido à complexidade do caso e do número de mais pessoas envolvidas, foram apresentadas à Justiça duas denúncias distintas. Por não terem os nomes divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa deles para que pudessem se posicionar.&nbsp;

De acordo com o MPGO, as investigações conduzidas pelo órgão revelaram a existência de uma organização criminosa estruturada, que utilizava posições estratégicas de alguns de seus integrantes no poder público para desviar recursos públicos de forma sistemática.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3304276" attr-version="policy:1.3304276:1756144202" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3304276/Proporção para foto do site (74).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Delegado Dannilo Ribeiro Proto foi transferido para delegacia de Goiânia (Reprodução / Instagram Dannilo Proto)

Na primeira denúncia, foram apresentados como os líderes da organização o delegado e sua esposa, que ocupou o cargo de coordenadora regional de Educação de Rio Verde entre 2019 e 2024. O delegado está preso preventivamente na Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios, em Goiânia, e Karen responde em liberdade.&nbsp;

A peça acusatória também consta os demais integrantes que, segundo a promotoria, cometeram crimes por meio do Programa Reformar e de outros programas de obras e serviços da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), além da impressão do material pedagógico do Revisa Goiás. Os crimes apontados são: organização criminosa, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional, ameaça e prevaricação.&nbsp;

Já a&nbsp;segunda denúncia engloba os mesmos integrantes por diversos crimes relacionados às contratações fraudulentas realizadas por meio do Programa Reformar e outros programas de obras e serviços da Seduc. As acusações incluem: contratação direta ilegal, peculato, falsificação e uso de documento particular, e lavagem de capitais, segundo o MPGO.&nbsp;

Em nota na época, a Seduc informou que a pasta&nbsp;não é alvo da investigação e é, na realidade, parte prejudicada. Além disso, a Seduc disse&nbsp;que não tinha conhecimento prévio dos fatos investigados e quando tiver acesso oficial aos documentos, instaurará processo de apuração interna para verificar as situações apontadas na investigação do MPGO&nbsp;(leia a nota na íntegra ao final da reportagem).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/delegado-da-pc-e-alvo-de-operac-o-que-apura-fraudes-em-contratos-em-escolas-de-rio-verde-prejuizo-e-de-r-2-2-milh-es-1.3302570" target="_blank">Delegado da PC é alvo de operação que apura fraudes em contratos em escolas de Rio Verde; prejuízo é de R$ 2,2 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/delegado-preso-suspeito-de-fraudes-de-r-2-2-milh-es-em-contratos-de-escolas-deve-ficar-em-cela-especial-decide-justica-1.3303227" target="_blank">Delegado preso suspeito de fraudes de R$ 2,2 milhões em contratos de escolas deve ficar em cela especial, decide Justiça</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-corrige-local-de-pris-o-de-delegado-suspeito-de-fraudes-milionarias-na-educac-o-1.3304271" target="_blank">Justiça corrige local de prisão de delegado suspeito de fraudes milionárias na educação</a></div>

<h2>Fraudes em contratação na Câmara</h2>

O órgão afirmou que quanto aos crimes relacionados à contratação fraudulenta para a realização do concurso público da Câmara Municipal de Rio Verde, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado Sul (Gaeco Sul) esclareceu que eles serão objeto de ação penal própria, a ser oferecida nos próximos dias.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3302576" attr-version="policy:1.3302576:1755776678" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3302576/WhatsApp Image 2025-08-21 at 08.41.30.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
MPGO investiga a prática dos crimes de organização criminosa, contratação direta ilegal, falsidade ideológica e lavagem de capitais (Divulgação/MPGO)

Segundo as investigações, as fraudes teriam se expandido para contratos para a impressão de material didático para distribuição nas escolas estaduais e a contratação irregular do Instituto Delta Proto para a realização de concurso público pela Câmara Municipal de Rio Verde.&nbsp;

Em nota, o advogado Sérgio Germano, que representa a defesa do Instituto Delta Proto onde Danillo é dono e Karen é diretora, disse que está "colaborando integralmente com a investigação" e, "assim que for apropriado, todos os fatos serão esclarecidos, provando a inocência dos acusados (veja a nota completa no final da matéria).&nbsp;

<h2>Operação e prisão&nbsp;</h2>

Conforme o MPGO, estima-se que, que desde 2020, o esquema teria desviado o dinheiro dos cofres públicos por meio de, pelo menos, 40 procedimentos de dispensa de licitação que teriam sido fraudados. &nbsp;

A Operação Regra Três foi deflagrada em 21 de agosto deste ano, ocasião em que prendeu o delegado e cumpriu mais 17 mandados de busca e apreensão nos municípios de Rio Verde. Também houve o bloqueio de contas e apreendeu bens dos investigados para fins de ressarcimento aos cofres públicos. A investigação teve o auxílio da Controladoria-Geral do Estado de Goiás e o apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).&nbsp;&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3302577" attr-version="policy:1.3302577:1755776727" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3302577/WhatsApp Image 2025-08-21 at 08.41.30 (1).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Investigações apontam que, desde 2020, o esquema teria desviado mais de R$ 2,2 milhões dos cofres públicos (Divulgação/MPGO)

Após audiência de custódia,&nbsp;Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO)&nbsp;havia determinado que ele fosse encaminhado para à Casa de Prisão Provisória (CPP), com observação de separarem uma cela especial. Em nova decisão, assinada horas depois, a Justiça alegou equívoco e ordenou que ele ficasse preso na Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios, em Goiânia.&nbsp;

Por meio de nota, a Polícia Civil disse que prestou apoio operacional ao MPGO e destacou que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações foram encaminhados à Corregedoria da instituição (leia a nota na íntegra ao final da reportagem).&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3303232" attr-version="policy:1.3303232:1755890399" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3303232/E lá vamos nós para nossos 26 anos juntos. Vamos forte para esse 2025 🥇🚀Muita coisa boa está p.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Karen de Souza Santos Proto e o marido, o delegado Dannilo Ribeiro Proto (Reprodução / Instagram Dannilo Proto)

Nota da defesa do delegado

A Defesa do Delegado Dannilo Proto, representada pelos advogados Alan Cabral Jr. e Rogério Leal, informa ter tido acesso à denúncia oferecida pelo Ministério Público. De pronto, observa-se o evidente excesso narrativo fático-acusatório, prática conhecida como overcharging prosecution, infelizmente cada vez mais recorrente.

A Defesa, contudo, recebe com serenidade a acusação e aguardará que, durante a instrução, o Ministério Público produza as provas necessárias para além de qualquer dúvida razoável, pois é seu ônus provar o que alega.

Por sua vez, quando oportuno, a Defesa demonstrará ao Juízo, autoridade competente para a análise probatória, a ausência de elementos de prova, bem como a inexistência de fundamentos que sustentem as imputações constantes na denúncia.

<h2>Nota do Instituto Delta Proto</h2>

O departamento jurídico do Instituto Delta Proto informa que está colaborando integralmente com a investigação em curso. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e, assim que for apropriado, todos os fatos serão esclarecidos, provando a inocência dos acusados.

A empresa continua a operar normalmente, cumprindo com todos os seus compromissos junto a alunos, colaboradores e terceiros.

Agradecemos a compreensão de todos neste momento.&nbsp;

Atenciosamente,&nbsp;&nbsp; 
Dr Sérgio Germano Rodrigues Filho

Nota do Polícia Civil de Goiás

A Polícia Civil de Goiás informa que prestou apoio operacional ao Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da região Sul (Gaeco Sul), na deflagração da Operação Regra Três, realizada nesta quinta-feira (21/8), nos municípios de Rio Verde e Goiânia.

A instituição reitera seu compromisso com a legalidade e a transparência e destaca que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações já estão sendo encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil, para apuração de possíveis transgressões disciplinares, observados o devido processo legal e a ampla defesa.

A Polícia Civil reafirma que não compactua com condutas ilícitas e segue colaborando com os órgãos de controle e fiscalização para o pleno esclarecimento dos fatos.

Goiânia, 21 de agosto de 2025.

Gerência de Comunicação da Polícia Civil de Goiás/PCGO

Nota da&nbsp;Secretaria de Estado da Educação&nbsp;

Em relação à operação Regra Três, conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual em Rio Verde, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás esclarece que:

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) não é alvo da investigação. É, na realidade, parte prejudicada. A pasta reitera seu apoio integral às investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e se coloca à disposição para fornecer todas as informações e esclarecimentos que venham a ser solicitados. Ressalta ainda que os envolvidos não integram a atual gestão da Secretaria de educação.

A Seduc reforça que não tinha conhecimento prévio dos fatos investigados, que tramitam sob segredo de justiça, conforme manifestação oficial do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Assim que tiver acesso oficial aos documentos, a Seduc instaurará processo de apuração interna para verificar as situações apontadas na investigação do MPGO.

Secretaria de Estado da Educação – Governo de Goiás

Delegado e esposa são denunciados por fraudes de R$ 2,2 milhões em contratos de escolas, diz MP

DESVIOS

<img attr-cid="policy:1.3304276" attr-version="policy:1.3304276:1756144202" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3304276/Proporção para foto do site (74).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Delegado Dannilo Ribeiro Proto foi transferido para delegacia de Goiânia (Reprodução / Instagram Dannilo Proto)

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) alegou equívoco e corrigiu o local da prisão do delegado Dannilo Ribeiro Proto, <a href="http://opopular.com.br/cidades/delegado-da-pc-e-alvo-de-operac-o-que-apura-fraudes-em-contratos-em-escolas-de-rio-verde-prejuizo-e-de-r-2-2-milh-es-1.3302570" target="_blank">suspeito de fraudes de R$ 2,2 milhões</a> em contratos de escolas de Rio Verde. Após audiência de custódia, havia sido determinado que ele fosse encaminhado para à Casa de Prisão Provisória (CPP),<a href="https://opopular.com.br/cidades/delegado-preso-suspeito-de-fraudes-de-r-2-2-milh-es-em-contratos-de-escolas-deve-ficar-em-cela-especial-decide-justica-1.3303227" target="_blank"> com observação de separarem uma cela especial</a>. Em nova decisão, assinada horas depois, foi ordenado que ele ficasse preso na Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios, em Goiânia.&nbsp;

<cite>Verifica-se que houve equívoco ao redigir, termo de assentada, o local onde o custodiado deve ser recolhido. Retifico o decisum retromencionado para constar o seguinte texto: ‘Dannilo Ribeiro Proto deverá(ão) ser(em) imediatamente encaminhado(s) à DIH - Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios.’, descreveu a magistrada Lívia Vaz da Silva.&nbsp;</cite>

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Ao POPULAR, a defesa do delegado, representada pelos advogados Rogério Leal e Alan Cabral Júnior, disse que a mudança está relacionada a carceragem: “A diferença das outras carceragens é que ele fica separado, para não ter contato com os demais presos, tendo em vista ser delegado e sua integridade física correr perigo”. Em relação às investigações, a&nbsp;defesa disse que “grande parte do conteúdo veiculado não corresponde à verdade dos fatos”, e que os fatos serão esclarecidos no curso do processo&nbsp;(veja a nota completa no final da matéria).&nbsp;

Dannilo foi mantido preso nesta sexta-feira (22). Conforme a decisão judicial, nenhuma das medidas alternativas à prisão se "revelam adequadas e suficientes ao acautelamento do procedimento e da sociedade". Devido a sua profissão de delegado, a juíza determinou que ele fosse colocado em cela especial.&nbsp;

Além disso, por conta da alegação da defesa de que o suspeito possui depressão e hipertensão, também foi ordenado a realização de exame comprobatório e os medicamentos necessários "a manutenção de seu bem-estar físico e mental, conforme prescrição médica".&nbsp;

Enquanto estava mantida a prisão para a CPP, em Aparecida de Goiânia, a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) explicou ao POPULAR,que não existe cela especial e que, provavelmente, ele ficaria numa cela separada dos demais presos, ou sozinho em uma delas.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3303235" attr-version="policy:1.3303235:1755890550" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3303235/ssf.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Delegado Dannilo Proto (Reprodução / Instagram Dannilo Proto)

<div class="p-readmore-box" style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif;"><a href="https://opopular.com.br/cidades/delegado-da-pc-e-alvo-de-operac-o-que-apura-fraudes-em-contratos-em-escolas-de-rio-verde-prejuizo-e-de-r-2-2-milh-es-1.3302570" target="_self">Delegado da PC é alvo de operação que apura fraudes em contratos em escolas de Rio Verde; prejuízo é de R$ 2,2 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/esposa-de-delegado-e-uma-das-investigadas-por-desvio-de-mais-de-r-2-milh-es-em-contratos-de-escolas-de-rio-verde-1.3303133" target="_blank">Esposa de delegado é uma das investigadas por desvio de mais de R$ 2 milhões em contratos de escolas de Rio Verde</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/delegado-preso-suspeito-de-fraudes-de-r-2-2-milh-es-em-contratos-de-escolas-deve-ficar-em-cela-especial-decide-justica-1.3303227" target="_blank">Delegado preso suspeito de fraudes de R$ 2,2 milhões em contratos de escolas deve ficar em cela especial, decide Justiça</a></div>

<h2>Investigação</h2>

O Ministério Público de Goiás (MPGO) informou que o Dannilo e a esposa dele, Karen de Souza Santos Proto, lideram uma organização criminosa suspeita de fraudes em contratações públicas e direcionamento ilegal de recursos públicos destinados principalmente a reformas e obras em escolas da rede estadual de ensino.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Karen de Souza para que pudesse se posicionar.

Veja imagens exclusivas da prisão do delegado na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/delegado-preso-em-operacao-esta-em-cela-especial-e-aguarda-audiencia-de-custodia-13862182.ghtml" target="_self">Delegado preso em operação está em cela especial</a>

<img attr-cid="policy:1.3302576" attr-version="policy:1.3302576:1755776678" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3302576/WhatsApp Image 2025-08-21 at 08.41.30.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
MPGO investiga a prática dos crimes de organização criminosa, contratação direta ilegal, falsidade ideológica e lavagem de capitais (Divulgação/MPGO)

Conforme o MPGO, estima-se que, que desde 2020, o esquema teria desviado o dinheiro dos cofres públicos por meio de, pelo menos, 40 procedimentos de dispensa de licitação que teriam sido fraudados. Segundo as investigações, as fraudes teriam se expandido para contratos para a impressão de material didático para distribuição nas escolas estaduais e a contratação irregular do&nbsp;Instituto Delta Proto para a realização de concurso público pela Câmara Municipal de Rio Verde.

Em nota, o advogado Sérgio Germano, que representa a defesa do&nbsp;Instituto Delta Proto onde Danillo é dono e Karen é diretora,&nbsp;disse que está "colaborando integralmente com a investigação" e, "assim que for apropriado, todos os fatos serão esclarecidos, provando a inocência dos acusados (veja a nota completa no final da matéria).&nbsp;

O POPULAR entrou em contato com a Câmara Municipal de Rio Verde para pedir um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<h2>Bloqueio de contas</h2>

Além de prender o delegado, a&nbsp;Operação Regra Três&nbsp;realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da região Sul (Gaeco Sul), do MPGO,&nbsp;cumpriu&nbsp;17 mandados de busca e apreensão&nbsp;em&nbsp;Rio Verde e Goiânia, bloqueou contas e apreendeu bens dos investigados para fins de ressarcimento aos cofres públicos. A investigação teve o auxílio da Controladoria-Geral do Estado de Goiás e o apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO). &nbsp;

O MPGO explicou que são apurados os crimes de organização criminosa, contratação direta ilegal, falsidade ideológica e lavagem de capitais, entre outros.

<img attr-cid="policy:1.3302577" attr-version="policy:1.3302577:1755776727" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3302577/WhatsApp Image 2025-08-21 at 08.41.30 (1).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Investigações apontam que, desde 2020, o esquema teria desviado mais de R$ 2,2 milhões dos cofres públicos (Divulgação/MPGO)

Também por meio de nota, a Polícia Civil disse que&nbsp;prestou apoio operacional ao MPGO e destacou que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações foram encaminhados à Corregedoria da instituição&nbsp;(leia a nota na íntegra ao final da reportagem).

Já a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informou que a pasta&nbsp;não é alvo da investigação e é, na realidade, parte prejudicada. Além disso, a Seduc disse&nbsp;que não tinha conhecimento prévio dos fatos investigados e quando tiver acesso oficial aos documentos, instaurará processo de apuração interna para verificar as situações apontadas na investigação do MPGO&nbsp;(leia a nota na íntegra ao final da reportagem).

Nota da defesa do delegado

A Defesa do Delegado Dannilo Proto, representada pelos advogados Rogério Leal e Alan Cabral Jr., acompanha com serenidade as apurações do caso, reiterando a confiança na Justiça.&nbsp;

Lamenta-se, entretanto, que órgãos de persecução penal venham divulgando trechos seletivos e dissociados da realidade, o que gera uma percepção distorcida perante a opinião pública. Ressalte-se que grande parte do conteúdo veiculado não corresponde à verdade dos fatos, circunstância que será oportunamente esclarecida no curso regular da persecução penal.&nbsp;

A defesa reafirma seu compromisso com a transparência e com o devido processo legal, convicta de que tais inverdades não prevalecerão ao final dos procedimentos judiciais.&nbsp;

<h2>Nota do Instituto Delta Proto</h2>

O departamento jurídico do Instituto Delta Proto informa que está colaborando integralmente com a investigação em curso. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e, assim que for apropriado, todos os fatos serão esclarecidos, provando a inocência dos acusados.

A empresa continua a operar normalmente, cumprindo com todos os seus compromissos junto a alunos, colaboradores e terceiros.

Agradecemos a compreensão de todos neste momento.&nbsp;

Atenciosamente,&nbsp;&nbsp; 
Dr Sérgio Germano Rodrigues Filho

Nota do Polícia Civil de Goiás

A Polícia Civil de Goiás informa que prestou apoio operacional ao Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da região Sul (Gaeco Sul), na deflagração da Operação Regra Três, realizada nesta quinta-feira (21/8), nos municípios de Rio Verde e Goiânia.

A instituição reitera seu compromisso com a legalidade e a transparência e destaca que eventuais dados relativos à participação de servidores da corporação nas investigações já estão sendo encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil, para apuração de possíveis transgressões disciplinares, observados o devido processo legal e a ampla defesa.

A Polícia Civil reafirma que não compactua com condutas ilícitas e segue colaborando com os órgãos de controle e fiscalização para o pleno esclarecimento dos fatos.

Goiânia, 21 de agosto de 2025.

Gerência de Comunicação da Polícia Civil de Goiás/PCGO

Nota da&nbsp;Secretaria de Estado da Educação&nbsp;

Em relação à operação Regra Três, conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual em Rio Verde, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás esclarece que:

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) não é alvo da investigação. É, na realidade, parte prejudicada. A pasta reitera seu apoio integral às investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e se coloca à disposição para fornecer todas as informações e esclarecimentos que venham a ser solicitados. Ressalta ainda que os envolvidos não integram a atual gestão da Secretaria de educação.

A Seduc reforça que não tinha conhecimento prévio dos fatos investigados, que tramitam sob segredo de justiça, conforme manifestação oficial do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Assim que tiver acesso oficial aos documentos, a Seduc instaurará processo de apuração interna para verificar as situações apontadas na investigação do MPGO.

Secretaria de Estado da Educação – Governo de Goiás