Pé de baunilha vanilla pompona e as favas da baunilha. Na foto, também aparece o produtor Guilherme Moura, de costas. (Arquivo pessoal/Guilherme Moura) De baunilha à abóbora, pimenta-de-macaco, arroz, buritis e farinhas variadas, os alimentos plantados por famílias calungas têm ganhado destaque em pratos doces e salgados de restaurantes e demais estabelecimentos de Goiás. Ter contato com a produção e os produtores e valorizar a cultura regional estão entre os motivos que levam os cozinheiros a buscarem os alimentos a mais de 500 km de distância. “A gente vive do que planta e comercializa o excedente”, resume Lucilene dos Santos Rosa, que é quilombola. O presidente da Associação Quilombo calunga, Carlos Pereira, descreve o território calunga como um local de diversidade. Se tratando de uma área em que a agricultura é principalmente familiar e subsistente, as relações entre os produtores e empresários costumam ser diretas e particulares.