A disparada do barril de petróleo, em decorrência do conflito na Ucrânia, deve provocar aumento nos preços das passagens áreas no Brasil nas próximas semanas. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o querosene de avião (QAV), que já havia acumulado alta de 76,2% em 2021, sofre forte pressão com a cotação do barril de petróleo chegando a 140 dólares, maior valor desde 2008.A Abear informou que defende a adoção de ”medidas emergenciais de contenção de preços que possam ser tomadas durante a vigência do conflito que incluam o QAV.” Ainda segundo a Associação, formada pela Abaeté Aviação, Boeing, Gol, Latam, Rima e Voepass, o combustível representa mais de um terço dos custos de operação das companhias.Por meio de nota, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras explicou que, embora o barril de petróleo tenha atingido valores superiores em 2008, a situação econômica atual é “muito pior”, considerando que o dólar naquele ano era cotado abaixo de R$ 2, diferente dos atuais R$ 5,10. “Essa matemática é bastante impactante para o setor aéreo, em especial para as empresas brasileiras que têm diversos custos em dólar e um dos combustíveis mais caros do mundo”, alegou a companhia.Leia também:- Preço de passagem aérea no Brasil dispara com oferta reduzidaA empresa afirma que o cenário econômico pode prejudicar a oferta de voos no País, além da inclusão de novas cidades, novas rotas e frequências entre aeroportos. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a alta do querosene de avião em 2021 superou a alta do diesel, gasolina e do gás de cozinha.A reportagem entrou em contato por e-mail com a Latam Airlines e com a Gol e aguarda resposta.