No Brasil, 9 em cada 10 empresas já planejam, até 2030, aprimorar trabalhadores com foco em inteligência artificial (IA), Big Data, alfabetização tecnológica e lógica em geral, indica o relatório “Futuro do Trabalho”, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial e divulgado em janeiro. Ritmo ainda baixo diante do avanço acelerado das tecnologias, afirma Andre Gildin, consultor em inovação na RKKG, coordenador e professor do IPOG e vice-presidente de estratégia da Abria (Associação Brasileira de Inteligência Artificial). “Uma pesquisa de 2024 (27º CEO Survey, PWC) mostrou que mais de 80 dos CEOs colocam como principal preocupação a falta de capacitação em IA”, alerta. Para acelerar nesse mercado de inovação, ele diz ser preciso expandir o letramento ou a fluência digital nas empresas e mais do que isto, trabalhar a cultura organizacional delas para que possam usufruir das novas tecnologias. “Tenho passado por muitas empresas, realizando palestras e workshops, e tenho percebido que, apesar do brasileiro ser considerado um early-adopter (adoção antecipada) de tecnologias, está entre as populações mais ativas digitalmente, as empresas não têm a mesma velocidade de adoção”, compara.