A baixa qualificação profissional dos egressos dos cursos das várias áreas da Engenharia tem preocupado o mercado e pode produzir sérios impactos econômicos que devem prejudicar o crescimento do País. A baixa qualidade da formação gerou uma grande carência por profissionais qualificados: 70% das empresas apontam dificuldades para contratar engenheiros com a qualificação adequada, segundo o levantamento “O futuro das engenharias no Brasil 2023”, divulgado pela Mútua - Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea.

Mais de 50% dos profissionais são egressos de cursos de engenharia com conceito 1 e 2 (baixo desempenho) no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O resultado da baixa qualificação são milhares de profissionais que não conseguem se inserir no mercado ou atuam na informalidade. De acordo com o levantamento da Mútua, dos quase 1,3 milhão de egressos de cursos entre os anos 2000 e 2020, quase 477 mil não se registraram no Sistema Confea-Crea.

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Além disso, sobre 18% dos egressos de cursos de todas as áreas da engenharia (quase 200 mil pessoas), não foi possível levantar qualquer tipo de informação, ou seja, estão em subempregos ou na informalidade. “A má formação não afeta apenas os próprios profissionais, mas também o País, que não consegue se posicionar de forma competitiva em um ambiente global onde conhecimento e inovação definem quem terá relevância econômica e influência”, alerta o engenheiro Agrônomo Francisco Almeida, diretor presidente licenciado da Mútua.

Segundo ele, este contexto de baixa competitividade do País aumenta quando se leva em conta o fortalecimento ou surgimento de novas modalidades nas engenharias, ou “super especializações”, para as quais ainda não há formação adequada. Entre os exemplos, estão as engenharia de inteligência artificial, de dados, biomédica, aeroespacial ou de automação agrícola. Estas demandas surgem de novas dimensões, como sustentabilidade, transição energética, mobilidade urbana, novas configurações do trabalho, inclusão social, envelhecimento da população, conectividade e gestão de dados.

Para Francisco Almeida, que já presidiu o Crea-GO (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás) por quatro mandatos, assusta o fato de somente metade dos profissionais estar exercendo a profissão, entre engenheiros com carteira assinada ou empresários, apesar da grande demanda do mercado. “O grande problema é que muitos estão se formando apenas para receber um diploma, sem capacidade técnica, enquanto o mercado está exigente porque tem custos apertados e não pode ensinar profissional a trabalhar”, ressalta o diretor presidente da Mútua.

Uma das preocupações é com a baixa qualidade da formação proporcionada por um grande número de cursos no formato de ensino à distância (EAD), além de algumas faculdades particulares. “Temos uma grande carência de profissionais, não de pessoas com diploma”, destaca Francisco Almeida. Entre as causas da baixa qualidade de ensino, estão deficiências de infraestrutura, como a falta de laboratórios. “Muitos cursos praticam verdadeiro mercantilismo e não reprovam os maus alunos por questões financeiras”, adverte.

Almeida garante que não falta mercado de trabalho para quem tem competência técnica, diante de uma grande escassez de mão de obra com qualidade, um problema que também ocorre em outras profissões. “Se o País crescer 3%, não terá profissionais capacitados suficientes para atender a demanda”, prevê o engenheiro.

Qualidade

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Goiás (Sinduscon-GO), Cezar Mortari, lembra que enquanto faltam profissionais em quantidade suficiente nos canteiros de obras, na Engenharia o apagão é de qualidade. Por isso, segundo ele, as empresas têm dificuldade para adaptar os poucos profissionais disponíveis às suas necessidades de qualificação e especialização em determinados setores. “Houve uma redução da qualidade da formação das engenharias. Precisamos saber as causas para melhorar isso”, adverte.

Mortari acredita que um dos motivos da baixa qualidade do ensino tenha sido a proliferação de escolas particulares no início da última década. Até instituições particulares tradicionais passaram a ter várias turmas, criadas para atender a maior demanda por profissionais a partir de 2010. “Naquele momento, houve um atropelo, um aumento muito grande de turmas, o que resultou numa safra um pouco menos qualificada”, avalia.

Outra causa teria a ver com questões socioculturais: o baixo interesse dos jovens pelos estudos, incluindo a falta de leitura e escrita de qualidade. “Muitos frequentam as aulas, mas só querem mesmo cumprir a carga horária para ir embora. Durante as aulas, estão nas redes sociais. É uma geração que não dá mais tanto valor ao ensino”, diz o presidente do Sinduscon-GO.

O resultado disso é que a quantidade de conteúdo absorvida é muito baixa e as empresas, principalmente as grandes, é que estão complementando o ensino, se transformando em verdadeiros “cursos de pós-graduação” para os recém-formados. “Outras pagam cursos para complementar a formação dos funcionários”, conta.

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Com 338 cursos, demanda em Goiás caiu quase 30%

O interesse pelos cursos das áreas de engenharia também tem sido cada vez menor. De acordo com o estudo feito pela Mútua, entre 2014 e 2020, houve uma queda de quase 30% no número de candidatos inscritos em processos de seleção para os cursos de engenharia. Isso significa que, neste mesmo período, mais de 500 mil jovens perderam o interesse em atuar nestas profissões.

esmo assim, um levantamento feito pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior de Goiás (Semesg), a pedido do POPULAR, revelou que existem 338 cursos das diversas áreas da Engenharia em atividade no Estado, sendo 165 presenciais e 173 à distância. Porém, apenas 6% destes cursos foram avaliados como de alto desempenho pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

O presidente do Semesg, Jorge de Jesus Bernardo, lembra que as instituições particulares, que respondem por 75% das matrículas, são autorizada pelo Ministério da Educação (MEC) e sofrem constante avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Porém, 95% dos alunos estudam e trabalham e, muitos deles, estão em cursos noturnos. “Não dá para comparar isso com as condições daqueles que têm acesso ao ensino integral”, ressalta.

Além disso, a instituição também pode pedir a avaliação do curso para verificar o que pode ser melhorado. “Temos faculdades e centros universitários que se destacam em Goiás e no Brasil”, diz o presidente do Semesg. Todavia, ele reconhece que este mercado tem instituições mais e menos preparadas, sendo que algumas às vezes são suspensas por conta da baixa qualidade do ensino.

Outra polêmica, segundo Bernardo, diz respeito aos cursos EADs, cuja grande maioria está em instituições privadas, mas que, na maioria das vezes, são mais utilizados para complemento de carga horária. Mas o maior problema seriam alguns “aproveitadores do mercado”, que praticam preços muito baixos e ainda sonegam impostos. “No mundo todo, este sistema funciona muito bem. Mas, no Brasil, existe o famoso ‘jeitinho brasileiro’ e muitas instituições acabam não primando pela qualidade do ensino”, destaca.

Ele informa que Goiás deve receber um evento sobre ensino superior que discutirá EAD. “O MEC já recebeu vários posicionamentos nossos, negativos e positivos, sobre EAD para resolvermos os problemas. O ensino à distância é uma coisa boa. O problema é quando a forma de implementação tem o único objetivo de caça-níquel”, alerta.

O presidente do Semesg defende que as entidades profissionais ligadas às engenharias também têm obrigação de acompanhar a qualidade dos cursos oferecidos no mercado. “Se existe denúncia sobre um curso que não funciona bem, é só procurar o Inep ou mesmo nós do Semesg”, avisa. Além disso, o Ministério Público Federal também conta com promotores com ações efetivas contra instituições para fechar cursos.

Disciplinas

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Goiás (Sinduscon-GO), Cezar Mortari, também alerta para a necessidade de disciplinas mais atualizadas com as novas realidades das empresas e do mercado.

Para Francisco Almeida, diretor-presidente licenciado da Mútua, também falta uma fiscalização mais efetiva do MEC, com a participação dos conselhos regionais de engenharia, que precisam se unir numa ação coordenada em busca de soluções para formar bons profissionais para o mercado. Uma das saídas poderia ser a participação dos conselhos nas avaliações das faculdades. O alerta é que o Sistema Confea-Crea tenha um olhar mais atento para aqueles que estão na universidade, aproximando-se desde cedo deste público.

Uma das conclusões do levantamento da Mútua - Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea é justamente sobre a necessidade do Sistema atuar de forma mais intensa nos currículos dos cursos, que devem ter uma combinação entre um saber científico-tecnológico robusto com um saber humano e social, que permitirá conhecer os problemas reais da sociedade.

“Essa combinação, além de fortalecer o ensino, também tornará os cursos mais interessantes para os jovens, atribuirá um sentido prático aos saberes escolares e contribuirá para uma aproximação entre formação e emprego”, conclui o estudo da Mútua.

Baixa qualificação nas engenharias pode impactar o crescimento do País

Economia

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Mão de obra

<a href="https://goias.gov.br/procon/wp-content/uploads/sites/19/2024/11/RELATORIO-MENSALIDADES-2025.pdf">Uma pesquisa de preços</a> apontou que as mensalidades nas escolas de Goiânia para 2025 apresentam uma variação de até 160%. De acordo com os dados da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás), o levantamento foi feito em 44 unidades de ensino, considerando 17 séries escolares, entre a educação infantil e o 3° ano do ensino médio. A maior variação foi registrada na educação infantil em escolas da região norte de Goiânia.&nbsp;

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O levantamento foi feito entre os dias&nbsp;5 e 8 de novembro. Na região norte,&nbsp;a variação foi de 162,50% em preços da educação infantil, da série maternal, com mensalidades sendo encontradas de R$ 760 a R$ 1,9 mil. Nesta mesma região, houve outra variação considerável (147%), que ocorreu nos valores do 3º ano do ensino médio, com mensalidades entre R$ 1,2 mil a R$ 2,9 mil.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/sem-licitac-o-procon-goiania-gasta-r-3-8-milh-es-em-livros-1.3197312" target="_blank">Sem licitação, Procon Goiânia gasta R$ 3,8 milhões em livros</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/preco-de-produtos-da-cesta-basica-varia-ate-147-em-goiania-aponta-procon-1.3195901" target="_blank">Preço de produtos da cesta básica varia até 147% em Goiânia, aponta Procon</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/preco-da-carne-dispara-nos-acougues-e-tende-a-subir-mais-1.3200032" target="_blank">Preço da carne dispara nos açougues e tende a subir mais</a></div>

Na região sul, a principal diferença verificada foi em mensalidades do 2º ano do ensino médio, com valores entre R$ 1,7 mil e R$ 3,8 mil. Na região centro-oeste da capital, a variação mais significativa ocorreu nos preços cobrados para 6º ano do ensino fundamental. Para essa série, os pesquisadores encontraram mensalidades entre R$ 1 mil e R$ 2,1 mil.&nbsp;

<h2>Variação anual</h2>

A pesquisa também leva em conta a variação de preços de um ano para o outro. Na região centro-oeste, por exemplo, houve variação anual de mais de 35% da mensalidade para o 9º ano. Em 2024, o preço médio praticado é de R$ 1,3 mil e para 2025 a mensalidade será de R$ 1,8 mil.&nbsp;

Na região sudoeste, para o 5º ano do ensino fundamental, houve oscilação de pouco mais de 28%. Para a série, este ano o preço médio das mensalidades foi de R$ 1,1 mil e, para o ano que vem, o valor é de R$ 1,5 mil.

<h2>Confira as séries com maior variação de preços:</h2>

<h3>Educação Infantil/maternal&nbsp;</h3>

Norte - R$ 760 até R$ 1,9 mil&nbsp; 
Centro-oeste - R$ 967 até 1,8 mil&nbsp; 
Sul - R$ 1,4 mil até 2,4 mil&nbsp; 
Sudoeste - R$ 995 até 1,6 mil&nbsp;

<h3>2° ano do Ensino Médio</h3>

Norte - R$ 1,2 mil até R$ 2,7 mil&nbsp; 
Centro-oeste - R$ 1,3 mil até 2,4 mil&nbsp; 
Sul - R$ 2,1 mil até 3,8 mil&nbsp; 
Sudoeste - R$ 1,3 mil até 1,4 mil&nbsp;

Mensalidade nas escolas de Goiânia varia até 160%, aponta Procon; veja séries com maior variação de preço

Educação

A reportagem “Como Goiás está extinguindo seus peixes”, do POPULAR, foi a vencedora da modalidade Imprensa da 22ª edição do tradicional Troféu Seriema – Prêmio Crea de Meio Ambiente, evento realizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) e que se tornou referência nacional na área. Ao todo, foram 255 trabalhos de todo o País inscritos nas sete categorias do prêmio.

A cerimônia de revelação dos ganhadores do Troféu Seriema de 2024 ocorreu na noite desta quinta-feira (7), no Espaço Dois Ipês, no Setor Jaó. Foram convidadas à solenidade as equipes envolvidas nos três trabalhos finalistas de cada modalidade. A matéria vencedora do POPULAR contou com texto do repórter Elder Dias – que representou o jornal no evento –, imagens do repórter fotográfico Diomício Gomes e arte do designer gráfico Eric Damasceno.

A reportagem fez, ao mesmo tempo, uma denúncia sobre os diversos riscos por que passa a ictiofauna de Goiás – barragens, desmatamento, soltura de peixes, introdução de espécies exóticas etc. – e apresentou o projeto Aquarius Paranaíba, uma força-tarefa de pesquisadores para devolver, à Bacia do Rio Paranaíba, peixes nativos que já não se encontram mais em suas águas, como a piracanjuba.

Também foram finalistas na categoria Imprensa a "Revista Na Prática Ambiental", de Brunella Pianna Veronez e equipe; e o “Glossário e Quiz do Saneamento”, da Saneago.

O professor da Universidade Federal de Goiás e engenheiro agrônomo Emiliano Lôbo de Godoi, também colaborador eventual do POPULAR com artigos de sua autoria, recebeu Menção Honrosa, homenagem anual do Crea-GO a uma personalidade notável da área.

Um dos pontos marcantes da cerimônia foi o discurso da presidente do Crea-RS, a engenheira ambiental Nanci Walter. Representando o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Vinicius Marchese, ela relembrou a tragédia das enchentes em sua terra natal. “É por meio de nossas profissões que a gente precisa agir, estando um do lado do outro, para evitar que o que aconteceu no Rio Grande do Sul – e ainda estamos vivenciando – se repita em Goiás ou em qualquer outro Estado”, declarou.

Outros vencedores

Na cerimônia, também foram premiados como vencedores os trabalhos “Conservação, melhoramento e cultivo do pequizeiro”, da Emater Goiás e Embrapa Cerrados (modalidade Biodiversidade); “Utilização do resíduo de tratamento de água como camada de cobertura em aterro sanitário”, da Saneago (Produção Acadêmica); “Projeto Águas de Bonito”, do Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (Elementos Naturais); “Alimpar: sistema de tratamento de água de cisterna por radiação ultravioleta utilizando energia fotovoltaica”, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Câmpus Acaraú (Inovação); “Projeto Sustentar Caramuru Alimentos”, da Caramuru Alimentos S.A. (Gestão Empresarial para ODS); e Programa Lixo Zero em hospital filantrópico conveniado com SUS”, da AARH-Hospital São Julião, de Campo Grande (Sociedade Sustentável).

Reportagem do POPULAR sobre extinção de peixes em Goiás vence Troféu Seriema

Cidades

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Imprensa

A renovação de matrículas para os alunos da rede municipal de Goiânia começa nesta segunda-feira (4). O processo deverá ser realizado de forma presencial nas próprias unidades educacionais onde as crianças estão matriculadas. Os&nbsp;pais e responsáveis legais devem, obrigatoriamente, apresentar o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e Cartão de Vacinação atualizado dos estudantes. O prazo para renovação de matrículas vai até o dia 14 de novembro.&nbsp;

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Segundo a Prefeitura de Goiânia, as matrículas para os novatos iniciam em 10 de dezembro e para os Cmeis em 7 de janeiro. Já as famílias&nbsp;que têm a intenção de transferir os estudantes entre unidades da própria Rede Municipal de Ensino devem aguardar até o dia 2 de dezembro para realizar o procedimento de transferência via internet, por meio do <a href="https://sme.goiania.go.gov.br/" target="_blank">portal da Secretaria de Educação</a>, no ícone E-matrícula.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/enem-alunos-gostam-do-tema-da-redac-o-e-avaliam-primeiro-dia-de-provas-como-facil-1.3194947" target="_blank">Enem: Alunos gostam do tema da redação e avaliam primeiro dia de provas como fácil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/governo-de-goias-premiara-estudantes-que-alcancarem-notas-altas-na-redac-o-do-enem-1.3193411" target="_blank">Governo de Goiás premiará estudantes que alcançarem notas altas na Redação do Enem</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-demitir-professora-que-fez-queixa-em-live-seduc-diz-que-encerrara-mais-contratos-1.3193332" target="_blank">Após demitir professora que fez queixa em live, Seduc diz que encerrará mais contratos</a></div>

<h2>Cadastro Antecipado</h2>

O cronograma de matrículas para 2025 prevê ainda o início do Cadastro Antecipado para os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e Centros de Educação Infantil (CEIs) para o dia 18 de novembro. Nesta fase, os pais e responsáveis devem cadastrar e atualizar informações pessoais das crianças no sistema da Prefeitura de Goiânia.

Esse processo não garante a vaga de imediato. O cadastro deverá ser feito pela internet, também por meio do <a href="https://sme.goiania.go.gov.br/" target="_blank">portal da Secretaria da Educação</a>.

<h2>Confira o cronograma abaixo:&nbsp;</h2>

Renovação de matrículas - de 4 de novembro a 14 de novembro (presencial)

Cadastro antecipado e atualização de cadastro - a partir de 18 de novembro (internet)

Validação do cadastro (somente para Cmeis e Ceis) - a partir de 18 de novembro (internet)

Transferência para outras unidades - a partir do dia 2 de dezembro (internet)

Pré-matricula e efetivação de matrícula para novatos nas escolas - a partir do dia 10 de dezembro às 12h (internet)

Pré-matricula e matrículas de novatos nos Cmeis e Ceis - a partir de 7 de janeiro de 2025 (internet)

Renovação de matrículas para alunos da rede municipal de Goiânia começa nesta segunda-feira (4); veja o cronograma

A falta de mão de obra é um dos indícios de que a economia brasileira está mais aquecida do que deveria, com desemprego de 6% e um PIB acima da expectativa do mercado, avalia Bruno Ribeiro, consultor de economia e investimentos da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio-GO). São boas notícias, mas trazem preocupação pela falta de pessoal, mesmo sendo desqualificado. “Diante desta demanda alta e da dificuldade para preencher as vagas, o custo da mão de obra aumenta, o que impacta até a inflação”, adverte. Ele alerta que isso tudo tem a ver com o bom desempenho da economia em Goiás, que é destaque em termos de crescimento em várias áreas, como o mercado imobiliário. “Se tenho um mercado absorvendo toda a mão de obra, ela fica mais escassa e cara. Para cobrir este aumento de custo, a alternativa é subir os preços dos produtos, o que e impacta diretamente a inflação”, explica. O problema aumenta no segundo semestre do ano, quando ocorre a grande maioria das vendas do comércio, em datas como a Black Friday e o Natal. O risco imediato é ter produtos mais caros no fim do ano. A falta de mão de obra também dificulta a expansão das atividades econômicas. “Como crescer se não há mão de obra?”, adverte. O economista da Fecomércio-GO lembra que Goiânia já se destaca nos índices inflação, o que gera expectativa de elevação dos juros, que podem subir para tentar conter um pouco o crescimento do País. “O controle deste aquecimento é a alta na taxa de juros, o que não afeta só o comércio, mas vários outros setores da economia”, completa.