Os atributos que o goianiense mais está levando em conta na hora de escolher o lugar para morar estão definindo os bairros mais “queridinhos” na capital e o ritmo de valorização dos imóveis neles. Os setores que encabeçam a lista dos preferidos geralmente são os que oferecem maior variedade de serviços, sofisticação e tranquilidade para viver bem.Atualmente, os setores Bueno e Marista são os mais procurados. O Bueno por causa da variedade de serviços que oferece, onde o morador não precisa nem tirar o carro da garagem para ir ao banco, levar os filhos na escola, fazer compras no shopping, ir ao parque ou jantar em um bom restaurante. O Marista, cujo Plano Diretor permitiu a verticalização mais recentemente, é outro queridinho do público por todo glamour e tranquilidade que ainda proporciona aos moradores, com localização estratégica na cidade.Desde a realização do Dossiê Imobiliário “O que deseja a sociedade” pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci Goiás), em 2011, que o consumidor já apontou o Bueno como o preferido para morar, com 48% da preferência. Este ano, os metros quadrados mais caros da capital já estavam no Marista e no Bueno, seguidos por Setor Oeste e Jardim Goiás (veja quadro). Nos últimos anos, o mercado imobiliário experimentou um grande desenvolvimento no Marista com os lançamentos de alto padrão. “Quando o Plano Diretor permitiu a verticalização, já havia uma precificação elevada dos terrenos que não viabilizava projetos mais econômicos”, destaca o especialista em mercado imobiliário e diretor da URBS RT, Ricardo Teixeira.Em 2015 e 2016, foram lançados oito empreendimentos no Setor Marista e sete no Bueno. Para ele, estes dois bairros hoje são mais procurados por quem vai comprar o segundo ou terceiro imóvel e quer fazer um up grade, ou seja, comprar uma casa maior e melhor. “Antes, o Bueno atendia o primeiro imóvel, mas com o aumento da procura e a valorização dos terrenos, hoje recebe empreendimentos de padrão mais elevado”, explica.Foi a demanda pelo primeiro imóvel que impulsionou bairros como Parque Amazônia e Eldorado, que começaram com casas e foram tendo terrenos cada vez mais escassos. O mesmo acontece agora no Setor Sudoeste, um bairro pronto que passa a receber empreendimentos verticais para classe média. “A verticalização destes bairros de boa localização resulta no desenvolvimento do comércio na região e em rápida valorização, com terrenos cada vez mais escassos”, explica.Para o diretor da GPL Incorporadora, Guilherme Pinheiro de Lima, apesar do Marista e Bueno serem os queridinhos do goianiense, o nome Vaca Brava ainda pesa muito na hora de escolher o melhor imóvel. O mesmo ocorre com as regiões dos parques Areião e Flamboyant. Mas, na opinião dele, o Vaca Brava ainda é imbatível, o que projetou grande valorização aos imóveis dessa região. “A localização é o grande indutor de preços. Por isso, os lugares mais queridos hoje estão com preços mais altos”, acredita Guilherme.Segundo ele, este é um bom momento para quem sonha em adquirir imóveis nestas regiões, pois, com a crise, os preços ficaram mais acessíveis e, hoje, os juros estão menores. Ele dá o exemplo do Cenarium, empreendimento recém-lançado na região do Vaca Brava, cujo metro quadrado custa entre R$ 5.350 e R$ 5.750. “Locais assim exigem só produtos de alta qualidade e diferenciais de privacidade e exclusividade”.A publicitária Mônica Luders mora há 7 anos no Jardim América. Agora, como planeja aumentar a família, optou por comprar um novo apartamento no Setor Bueno, próximo ao Parque Vaca Brava. Segundo ela, a escolha foi motivada pela localização, próxima a shopping, escola dos filhos e ao parque. “Não precisarei nem tirar o carro da garagem para fazer muita coisa”, justifica.O professor Alessandro Andrade e a esposa também adquiriram um apartamento no Vaca Brava. “Morar no Bueno já era uma vontade. Quando conhecemos o empreendimento, ficamos apaixonados e decidimos realizar o sonho”, explica Alessandro. O professor afirma que a região atende a todas as necessidades de quem tem filhos. “Existe todo comércio próximo e facilidade de deslocamento para qualquer lugar”, completa.