A evolução do retorno para quem investe na energia solar em Goiânia foi significativa em dois anos. Em junho de 2017, a posição da capital no mesmo ranking era de 13º lugar para residências (4,21 anos) e de oitavo para comércio e indústrias (6,77 anos). A queda foi de mais de um ano no tempo em que o projeto leva para se pagar, no primeiro caso, e de mais de dois anos para a média tensão. O Índice Comerc, elaborado pela Comerc ESCO, leva em conta a tarifa de energia de cada localidade e a concessionária de distribuição de energia. O payback considera valores médios de investimentos e o custo evitado quando há a adoção do sistema fotovoltaico. Outro fator importante para o indicador é que a geração de energia do sistema considera as condições ideais de instalação, tais como inclinação, orientação e ausência de sombreamento. O diretor da Comerc ESCO, Marcel Haratz, lembra que o índice está relacionado à insolação e que, ao menos teoricamente, ela não muda de um ano para outro. Nesse quesito, Goiás tem destaque por sua posição geográfica. “O que muda são as tarifas de energia e o custo do projeto solar”, pontua sobre a diferença no retorno para cada região do País. No caso da conta de energia, explica que são considerados também os impostos. Quanto mais alta a tarifa, mais rápido é o payback para quem fez o investimento. Em queda“O custo de implantação caiu mais da metade e isso fez com que, além do retorno do investimento mais rápido, ocorresse variação nas cidades em função da tarifa de energia, que tem reajustes diferentes”, pontua sobre a comparação entre as capitais. Com isso, ele alerta que o ranking não significa que em um local é mais barato gerar energia solar do que em outro. “A comparação tem o intuito de mostrar os diferentes retornos ao longo do Brasil.” Apesar do custo depender também de como é feita a instalação e o tipo de telhado, por exemplo, a tendência, como prevê, é de que cada vez mais o sistema fique acessível. “Mas isso tem um limite. Vai ter um momento em que o preço do painel não cairá tanto e vai aumentar a eficiência de geração por painel, o que acontece no mundo da tecnologia.”A vice-presidente de geração distribuída da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bárbara Rubim, cita que em dez anos a redução do preço das placas, que é o que mais pesa para o consumidor, foi de cerca de 80%. Ela acredita que o momento de maior queda já passou. “Com payback na casa dos cinco anos, depois desse tempo o consumidor tem mais 20 anos com energia quase que gratuita. O segundo fator que atrai é a sustentabilidade e o terceiro é a sensação de liberdade.” “Qual investimento é bom como esse? É difícil encontrar. Mas mesmo com a rentabilidade boa não é qualquer um que possui de R$ 20 mil a R$ 40 mil para investir”, conclui Haratz, da Comerc ESCO. -Imagem (1.1781149)