A Caramuru Alimentos inaugurou ontem, em Itumbiara, no Sul do estado, a primeira planta industrial de processamento de proteína de soja concentrada (SPC) do estado. Com investimentos de R$ 250 milhões, a nova unidade da empresa, que é uma das líderes no mercado de processamento de soja, milho, girassol e canola no País, tem capacidade para processar 90 mil toneladas por ano. Toda produção será destinada à exportação para atender os mercados chileno, asiático e australiano.

A solenidade de inauguração contou com as presenças do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do governador Ronaldo Caiado e do prefeito de Itumbiara, Dione Araújo.&nbsp; 
Sexta maior empresa do País em processamento de soja e a segunda em milho, a Caramuru Alimentos atua no ramo de agronegócio e biocombustíveis. Além do complexo industrial de Itumbiara, a empresa também possui fábricas nos municípios de São Simão e Ipameri, em Goiás, além de unidades no Paraná, Mato Grosso e São Paulo. A empresa registrou um salto de receita de R$ 4 bilhões em 2020 para R$ 8,6 bilhões em 2022.

Geraldo Alckmin ressaltou o contexto econômico pujante e classificou o estado como a “capital do desenvolvimento”, ao lembrar que essa é a terceira inauguração de indústria que participou em Goiás nos últimos quatro meses. Segundo ele, este é um setor que ainda vai crescer muito. “É o que eu chamo de neoindustrialização: uma indústria inovadora e verde. O Brasil é o maior exportador de soja do mundo. Quanto mais nós agregamos valor, mais fortalecemos as plantas industriais e as exportações, gerando empregos”, ressaltou o vice-presidente da República.

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O processo industrial da nova unidade tem como matéria-prima o farelo de soja Hipro, que tem um índice proteico de 48% e será usado para produção do farelo com proteína concentrada de soja (SPC) acima de 60%, produto ambientalmente correto e que gera como subproduto o melaço de soja. Este novo farelo é utilizado principalmente na aquicultura, em crescente desenvolvimento, e vai agregar mais valor ao farelo Hipro, já produzido no complexo industrial da Caramuru de Itumbiara. O SPC também é utilizado na suinocultura, avicultura, equinocultura e bovinocultura.

Salmão

O presidente da Caramuru, Júlio Costa, explica que o foco do SPC é a fabricação de ração para criação de salmão, que necessita de um alto teor proteico. “Essa planta traz muita inovação, um empreendimento que processa produtos de soja de maior valor agregado, tornando competitiva a industrialização em Goiás, que passará a ter a sua primeira indústria do gênero”, comenta.

Ele conta que os compradores do farelo com SPC estão entre os maiores criadores de salmão do mundo, que consomem o produto transgênico. Júlio Costa explica que das 400 mil toneladas de farelo Hipro produzidas atualmente na fábrica que já opera em Itumbiara, cerca de 90 mil serão destinadas à fabricação do SPC. Vale lembrar que 100% da soja utilizada pela unidade é produzida em Goiás. A Caramuru tem parceria com 5,5 mil produtores rurais de Goiás e do Mato Grosso.&nbsp;

A nova unidade contribuirá para a manutenção dos 1.123 empregos diretos da região, além de criar 42 novos postos de trabalho, pois a baixa competitividade do processamento em Itumbiara, em relação às outras unidades da empresa, chegou a ameaçar a atividade da indústria. Dos R$ 250 milhões investidos na nova planta, metade são incentivos provenientes do crédito especial para investimentos, dirigido pela Secretaria de Economia, e o restante são recursos próprios.&nbsp;

A unidade inicia a produção de SPC operando com 70% de sua capacidade instalada, devendo atingir os 100% já no próximo ano. “Quando a fábrica estiver em plena capacidade produtiva, será possível triplicar o número de empregos indiretos, pois estes serão ligados às áreas de transporte, serviços, publicidade e de vendas, em sua maioria”, prevê Júlio Costa.&nbsp; 
A Caramuru também exporta farelo não transgênico para o mercado europeu e emulsificante de chocolate para grandes indústrias como Ferrero Rocher, Nestlé e Lindt.

Agregar valor

O governador Ronaldo Caiado agradeceu o empenho do vice-presidente na atenção às demandas de Goiás e destacou a prioridade da gestão estadual em atrair indústrias de ponta. Para ele, esta proteína concentrada mostra o quanto a tecnologia está chegando. Por isso, o estado deve ampliar a capacidade de pesquisa e viabilizar que os talentos de Goiás sejam apoiados pelas universidades e áreas do governo responsáveis pelo setor.&nbsp;

“Nosso desafio é transformar o estado no polo tecnológico do País e mostrar que o Brasil não vai precisar importar tecnologia, pois nós saberemos produzir matéria-prima e transformá-la, agregando valor e fazendo a inclusão social do nosso povo”, projetou Caiado.

Caramuru inaugura unidade para agregar mais valor à soja

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Investimentos

Uma das coisas mais gratificantes nessa vida é a sensação de dever cumprido. Quando chega o fim do ano, e a gente faz o balanço de tudo o que passou, não há nada melhor do que constatar que todo o esforço valeu a pena. É esse o sentimento ao concluir a nossa gestão em Aparecida de Goiânia, uma administração que deixa muitos benefícios para a população usufruir.

A contar da Maternidade Municipal Maria da Cruz Gomes Santana, com seus 101 leitos, à inauguração da UPA Colina Azul e à reforma da UPA Buriti Sereno e do Cais Nova Era, Aparecida se transformou profundamente nos últimos anos, ficando entre as melhores cidades do Brasil para se viver. E não só pelas grandes entregas na saúde, que incluem a abertura da ala de hemodinâmica do HMAP, o nosso hospital municipal, eleito em 2023 como o 2º melhor da rede pública do País e um dos 20 mais eficientes da América Latina.

Aparecida deu um salto também em infraestrutura, com a construção do Eixo Jardim Tiradentes-Madre Germana e a conclusão do Eixo Leste-Oeste 01, uma grande avenida que agora liga a GO-040, na altura do Jardim Maranata, à Rio Verde, nas proximidades do Jardim Helvécia, na divisa com a capital. A Avenida Rio Verde, por sinal, ganhou fôlego novo com a revitalização completa que fizemos, em parceria com a administração de Goiânia, nos seus 5 quilômetros de extensão.

Essa melhoria foi feita também na Avenida Flamingo, no Colina Azul, e na Arão de Souza, no Bairro Independência Mansões. São vias importantes que ganharam ainda nova iluminação em LED, uma modernização que levamos a todas as regiões de Aparecida, inclusive no trecho da BR-153 que corta a cidade, resolvendo um problema que se arrastava há anos.

A pavimentação e o recapeamento feitos em dezenas de bairros, inclusive na região leste, viabilizaram a chegada do Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira, que será construído naquela localidade, gerando mais de 30 mil empregos. O Dianot será erguido onde era o prédio do Semiaberto, a famigerada unidade prisional transferida de lá após gestão feita junto ao governo estadual, que tem colaborado muito com as demandas da cidade.

A administração pública é feita a quatro mãos. E em Aparecida, conta com o forte apoio do setor produtivo, que ajudou nossa economia a crescer 192% de 2010 a 2022, impulsionada por 108 mil empresas ativas no município. É o PIB que mais cresce em Goiás, comparado a grandes cidades como Goiânia (106%) e Anápolis (60%).

Instituições renomadas confirmam que Aparecida seguiu se desenvolvendo. A Escola Nacional de Administração Pública, por exemplo, aponta Aparecida como a 35ª cidade mais empreendedora do Brasil. E a consultoria Urban System coloca nossa cidade entre as 100 melhores do País para se fazer negócios. Com investimentos também em educação, criando vagas e reformando dezenas de escolas, Aparecida olha para frente e para cima, pensando no futuro. A cidade não para de crescer.

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Vilmar Mariano é prefeito de Aparecida de Goiânia

O desenvolvimento de Aparecida

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Vilmar Mariano

Impacto sobre o preço do café

O cafezinho do dia a dia dos brasileiros está ficando cada dia mais amargo para o bolso. O preço do grão disparou no mercado mundial por conta de problemas climáticos que causaram uma queda da produção em vários países, como o Brasil. O problema é que as quebras de safra vieram acompanhadas de um aumento da demanda mundial, principalmente devido ao maior apetite dos chineses pela bebida. O pior é que as estimativas são de mais aumentos no início de 2025.

O Brasil, que é o maior produtor mundial de café, deve produzir apenas 34,4 milhões de sacas do grão arábica na próxima temporada 2025-2026, contra 43,3 milhões de sacas na safra atual. Com isso, a produção global de café deve ficar aquém da demanda mundial em cerca de 8,5 milhões de sacas. Em apenas um ano, a cotação da saca de 60 quilos do café arábica já passou de R$ 988 para R$ 2.141, uma alta de quase 117%.

“Houve uma queda da produtividade nos principais países produtores por causa de crises climáticas, que prejudicaram o desenvolvimento dos grãos no Brasil e Ásia. Isso fez com que os estoque da safra 2024-2025 caíssem e os preços subissem”, explica o mestre em Mercados Internacionais e coordenador do curso de Diplomacia Corporativa e Compliance da PUC Goiás, Apoena França. Ele acredita que o mercado pode voltar à normalidade somente na próxima safra, dependendo das condições climáticas, que afetaram o estoque, elevando os preços na Bolsa de Chicago.

No caso dos cafés especiais, o reajuste foi ainda maior, segundo o empresário Romero Fonseca, proprietário do Ópera Café. Ele lembra que, no último mês de julho, a saca de 60 quilos custava cerca de R$ 1,2 mil e, hoje, já é vendida por R$ 2,5 mil, mais que o dobro. “Com os seguidos aumentos, o café tradicional já está custando quase o mesmo valor dos especiais”, destaca.

Segundo Fonseca, a alta é resultado de quebras de safra em vários países, sendo que muitos até deixaram de produzir. Ele garante que repassou apenas 20% de aumento para seus cafés, desde que as altas começaram, em novembro de 2023, mas já avisa que precisará repassar mais 30% em janeiro para cobrir, pelo menos, parte da alta de custos.

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O presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Sirlei Antônio do Couto, informa que, somente nos últimos 60 dias, houve um aumento no custo de aquisição do café para os supermercadistas de quase 50%. De acordo com ele, clientes já estão comprando menos café e as vendas caíram entre 20% e 25%. “Com preços mais altos nas gôndolas, muita gente que comprava pacotes de 500 gramas, hoje está levando o de 250 gramas”, destaca.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café do Estado de Goiás (Sincafé), Jaques Silvério, lembra que, há dois anos, a saca de café verde custava cerca de R$ 700 e, atualmente, já chega a ser vendida por R$ 2,2 mil. “O café robusta, usado para fazer o blend, passou de R$ 400 para R$ 1,6 mil”, conta. Mas ele explica que, além dos problemas climáticos, que reduziram a produção no Brasil e em outros grandes produtores, como Vietnã e Colômbia, os preços também foram pressionados por uma alta do consumo.

Isso aconteceu, principalmente, na China. “Recentemente, os chineses compraram 4 milhões de sacas de café brasileiro, o que impactou muito a oferta. Sempre que a China entra em algum mercado, a pressão é muito grande”, ressalta o presidente do Sincafé. Ele conta que uma única empresa chinesa, a Luckin Coffee, que copiou o modelo de negócio da Starbucks, já abriu 20 mil cafeterias no país apenas nos últimos quatro anos, o que tem feito a demanda disparar. A forte alta no preço do grão verde resultou num aumento de 45% no preço do café moído e torrado. Mas Jaques Silvério alerta que os valores ainda não foram totalmente repassados e novos reajustes estão previstos para janeiro.

Anna Carolina Viana, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) e diretora executiva do Café Moinho Fino, lembra que a falta de produto no mercado mundial elevou a demanda pelo café brasileiro. Com isso, a produção local já não atende a demanda interna.

Ela adverte que a forte alta também está levando muitas grandes corretoras que negociaram café no mercado futuro a pedirem recuperação judicial por conta de dificuldade de entregarem o produto como preço atual. “Só saberemos como o mercado se comportará no próximo ano depois do período de exportações do grão e quando soubermos como será a próximo florada”, alerta.

Para Carolina Viana, hoje o preço está muito instável no mercado e a oferta do produto reduzida, pois quem ainda tem o grão está preferindo segurar à espera de preços ainda maiores, com a estimativa de uma próxima safra menor. Por isso, os preços podem subir mais. “Muitos atacadistas que fazem contratos com grandes redes supermercadistas não puderam repassar reajustes e estão no vermelho. Mas devem aumentar até 40% no vencimento destes contratos no início do ano”, adverte.

O empresário Diego Reis, da cafeteria Fiori Café, também afirma que os cafés especiais tiveram um reajuste maior e também alerta que mais aumentos devem ocorrer no início do próximo ano. A matéria-prima já subiu 25%, mas ele garante que ainda não repassou aos clientes. “Em janeiro, precisarei entrar com uma nova tabela com, pelo menos, 15% de aumento”, avisa. Com isso, o café expresso, que custa R$ 12 hoje, deve chegar aos R$ 14, e o capuccino deve subir de R$ 16 para R$ 18.

Produção cai e preço do café dispara

Comércio

Já está no passado o tempo em que assessores de corretoras tinham a única função de cuidar das carteiras de investimentos de seus clientes. Agora, por meio de um planejamento estratégico, estas empresas também estão ajudando na formação do patrimônio ou na alavancagem patrimonial ao longo da vida. Com um acompanhamento mais personalizado e próximo, uma assessoria contribui para a proteção de ativos e o sucesso da vida financeira.

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O chamado Wealth Planning ganha espaço, com os assessores focando não só em multiplicar o patrimônio, mas também em preservar os ativos no longo prazo. Na XP, é feita uma análise ampla por uma equipe multidisciplinar, que considera os objetivos de vida e o perfil do cliente para apresentar as melhores ferramentas para organizar e proteger os bens, além de até encaminhar a distribuição entre eventuais herdeiros.

Marco Loureiro, líder regional da XP do Centro-Oeste, explica que a empresa hoje olha o cliente de forma ampla e completa, não apenas como uma empresa de investimentos. “Um time de especialistas multidisciplinar vai entender a fundo a estrutura familiar do cliente”, destaca. Isso inclui até a distribuição de uma herança, a preparação para o futuro do cliente, ou seja, como sua família irá ficar ou como se proteger dos altos impostos sobre inventário. “É trabalho consultivo, sem receita de bolo que serve pra todo mundo. Indicamos os instrumentos que fazem mais sentido para cada um, como previdência privada, seguro de vida, constituição de uma holding patrimonial, dolarização de parte do patrimônio”, explica.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/fim-do-ano-chegando-como-guardar-dinheiro-para-pagar-contas-e-realizar-sonhos-1.3166990">Fim do ano chegando: como guardar dinheiro para pagar contas e realizar sonhos?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/salario-medio-das-mulheres-aumenta-17-em-dez-anos-mas-segue-mais-de-r-1-mil-abaixo-dos-homens-1.3190608">Salário médio das mulheres aumenta 17% em dez anos, mas segue mais de R$ 1 mil abaixo dos homens</a></div>

Loureiro lembra que, antigamente, o cliente só se preocupava muito com a rentabilidade dos investimentos. Hoje, este o planejamento patrimonial já chama atenção por ser algo muito novo. Ele dá o exemplo da força do agronegócio em Goiás, onde o produtor tem um patrimônio muito grande, mas a família pode não ter recursos para o inventário e precisa se desfazer de bens para ter este recurso. Daí a importância para uma preparação prévia. “Até a escalada do dólar influencia muito no patrimônio. Parte do planejamento é blindar parte dos recursos em moeda estrangeira forte, com a perda de força do real”, destaca.

Já para a geração mais jovem, quando se fala de sucessão, uma previdência privada pode fazer mais sentido. Por isso, um jovem ingressando no mercado de trabalho pode fazer este planejamento financeiro considerando a idade, com quanto de renda e qual patrimônio ele quer formar para se aposentar. “Descobriremos quanto ele precisa poupar e quanto ele deveria buscar de rentabilidade em seus investimentos”, explica o líder da XP.

Ele alerta que a única variável que não controlamos é o tempo, que pode jogar a nosso favor. “É um planejamento que engloba blindagem patrimonial, planejamento financeiro, tributário e sucessório. Temos as ferramentas para o investidor, inclusive como distribuidora de ativos imobiliários”, ressalta. O cliente pode optar por pagar uma taxa fixa ao ano pelo serviço ou a corretagem. “Esse planejamento de longo prazo para ver o cliente crescer é uma forma de entregarmos algo a mais”, completa.

Loureiro lembra que planejamento financeiro é muito mais que escolher um investimento, mas planejar sua vida financeira para atingir seus objetivos ao longo da vida. Por isso, cada caso é visto de forma customizada. “Além da figura do assessor de investimentos, temos especialistas em todas áreas, como jurídica e contábil”, conta. A XP também vai inaugurar espaço onde o cliente terá essa assessoria mais pessoal e participará de eventos específicos.

<h2>Importância</h2>

“Seja para proteger, perpetuar ou com o intuito de aumentar o capital ao longo do tempo, detentores de grandes fortunas estão entendendo a importância de uma consultoria”, comenta Marcos Blanche CEO da BP Real Estate Pro, empresa que realiza gestão patrimonial e desenvolve e administra ativos imobiliários para renda.

Ele explica que, independentemente do tamanho do patrimônio, a gestão estruturada e planejamento sucessório é vital para garantir mais do que a longevidade, segurança financeira e o crescimento sustentável do patrimônio, mas também se trata de um passo importante para evitar futuros conflitos familiares. “Os prejuízos podem ir além da parte patrimonial. É muito comum vermos litígios desnecessários que podem até acabar com os negócios da família”, conclui.

O diretor do Grupo Moreira, formado por uma rede de supermercados e uma indústria de alimentos, Agnaldo Moreira, conta como está sendo o trabalho com a gestão profissional de patrimônio. “Tínhamos grandes áreas sem gerar renda e a assessoria da BP nos proporcionou uma forma eficiente, segura e inteligente de gestão patrimonial. Entrou com o pé no chão, destravando uma situação de imóveis paralisados. Unimos força com outra grande empresa do Centro-Oeste e estamos otimistas com o novo projeto que iremos entregar em breve”, conta.

<h2>Aluguel</h2>

A planejadora Jessyka Lessa e a especialista em investimentos Thayná Santos, há mais de 10 anos no mercado financeiro e imobiliário, fundaram a Vertex Capital, empresa dedicada a criar soluções personalizadas para pessoas que buscam viver da renda de aluguel de imóveis. Elas já atenderam mais de 5 mil pessoas, tanto no Brasil quanto no exterior.

Com o recebimento de um dinheiro extra no final do ano, Jessyka alerta que, com um bom planejamento financeiro, é possível adquirir um imóvel com um investimento inicial acessível, sem precisar dar entradas elevadas ou recorrer a financiamentos de longo prazo.

O objetivo é conquistar a liberdade financeira por meio da renda gerada pelo aluguel de imóveis, com um prazo de até 5 anos. “Nós oferecemos um serviço personalizado, adaptado à realidade de cada pessoa, sobre como adquirir um imóvel utilizando capital de terceiros, alugá-lo para gerar renda e usar parte dessa receita para quitar as parcelas do empréstimo”, explica.

Empresas avançam com planejamento patrimonial de clientes

Finanças pessoais

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), já avalia a possibilidade de estender por cerca de seis meses os decretos já previstos de estado de calamidade pública nas áreas de Finanças e Saúde, a partir do início do seu mandato, em 1º de janeiro do ano que vem. A medida é considerada por aliados como essencial para “arrumar a casa” diante da situação crítica das contas municipais e do colapso da Saúde, garantindo a manutenção de serviços.

Um dos principais intuitos com a adoção do estado de calamidade pública é permitir ao novo governo revisar contratos, limitar a realização de novos empenhos e negociar dívidas com maior flexibilidade, evitando a interrupção de serviços essenciais na capital. Além disso, a medida deve possibilitar a liberação de créditos extraordinários por parte do governo federal, fornecendo fôlego e mais tranquilidade para a administração financeira da cidade nos primeiros 180 dias de gestão.

Em entrevista nesta sexta-feira (13), Mabel afirmou que o decreto de calamidade pública na Saúde buscará acelerar processos e negociações também com o governo federal. Como exemplo, mencionou que foi informado sobre um aporte de R$ 35 milhões que a ministra Nísia Trindade (Saúde), em articulação com o senador Jorge Kajuru (PSB), já teria garantido para Goiânia a partir deste ano em virtude do colapso na área.

Segundo o futuro prefeito, a medida também facilitará compras emergenciais de medicamentos e outros insumos. “Tem uma série de processos que precisam ser feitos nessa área da Saúde, e a calamidade ajuda nesses processos”, justificou.

Na área financeira de Goiânia, o foco será garantir ações emergenciais e reequilibrar as contas do município. Mabel voltou a dizer que a capital possui uma dívida estimada em R$ 1,6 bilhão, incluindo R$ 500 milhões apenas na Saúde. Ele destacou a gravidade dos problemas previdenciários e a pressão de pagamentos de precatórios.&nbsp;

“O município não suporta, definitivamente não suporta. O dado de R$ 1,6 bilhão não é oficial. É o que nós estamos estimando, conforme foi aparecendo as contas. Estou falando esse número já faz tempo. Nós temos que priorizar áreas, outras demandam mais tempo”, reforçou Mabel.

“É uma prerrogativa do prefeito decretar calamidade pública. É o instrumento jurídico adequado. E aí, decretando calamidade pública, ele concentra os esforços financeiros e administrativos para solucionar aquela crise. Assim, ele afasta algumas regras de controle financeiro, para o fim de contornar a crise”, explica o procurador do município, Brenno Kelvys Marques.

O procurador reforça que o tempo do decreto vai de acordo com a necessidade administrativa que for “enxergada ali no momento”. “E isso vai depender da situação que ele encontrar e o que os órgãos vão informar a ele.” A legislação, diz Kelvys, não delimita e não limita a quantidade de dias ou meses que pode ter o estado de calamidade.

Em elaboração

Um membro da equipe de transição do futuro prefeito afirmou que os decretos ainda estão em fase de elaboração e a redação final será concluída nas próximas semanas com base em informações que o grupo está levantando das secretarias.&nbsp;

Nesta sexta, Mabel também anunciou que além dos dois decretos de calamidade, pretende publicar outros 40 logo no primeiro dia de gestão. O objetivo principal será dar maior agilidade às ações e destravar processos, segundo ele. Além disso, o pacote deve incluir projetos de lei a serem enviados à Câmara Municipal de Goiânia para ajustes estruturais. “Quanto mais rápido a Câmara puder fazer, melhor”, disse.

Conforme antecipado pela coluna Giro, Mabel pretende centralizar a administração financeira da Prefeitura. Os decretos de calamidade permitirão restringir a autonomia de secretários para autorizar despesas, além de suspender novos empenhos e possibilitar a prorrogação do vencimento de contratos de curto prazo.

O objetivo é assegurar a continuidade dos serviços essenciais, evitando que fornecedores rescindam contratos unilateralmente enquanto a nova gestão negocia soluções para o reequilíbrio financeiro. A proposta de Mabel surge para contornar a grave crise atual em Goiânia.&nbsp; 
Na Saúde, o colapso na rede municipal levou o Ministério Público de Goiás (MP-GO) a solicitar intervenção estadual, já iniciada. O cenário inclui escassez de insumos, falta de medicamentos, carência de profissionais e leitos de UTI.&nbsp;

O agravamento culminou na prisão do então titular da pasta, Wilson Pollara, e de dois outros membros da cúpula da secretaria. Sua sucessora, Cynara Mathias, permaneceu apenas sete dias no cargo e, em seu lugar, assumiu Pedro Guilherme Gioia de Moraes, que chefiou a pasta por outros seis dias. Agora, a gestão da Saúde está sob o comando do interventor estadual, o médico Márcio de Paula.

Já no campo financeiro, as contas do município preocupam a equipe de transição de Mabel desde o início da transição. O futuro secretário da Fazenda, Valdivino Oliveira, afirmou que a receita estimada para 2025 pela administração atual está superestimada em cerca de R$ 650 milhões, projetando um déficit significativo para o próximo ano.&nbsp;

A última vez que a Prefeitura de Goiânia decretou estado de calamidade pública foi durante a pandemia de Covid-19. Sob a gestão de Iris Rezende (MDB), o decreto foi instaurado em março de 2020 e permaneceu em vigor até 2022, permitindo ao município lidar com os desafios impostos pela crise sanitária e organizar as atribuições dos órgãos públicos para enfrentar a situação emergencial.