A Celg Participações (CelgPar) comunicou ontem à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) sobre a oferta de ações da Celg Geração e Transmissão (Celg GT) e a determinação do governo estadual, que é acionista majoritário, para iniciar o processo. A venda da estatal, que pode ser a primeira privatizada pelo governo de Ronaldo Caiado (DEM), foi autorizada em dezembro pela Assembleia Legislativa.O processo faz parte do rito para a contratação de empresa que irá realizar estudo e assessoria para alienação de ações e da participação da Celg GT em outros empreendimentos. Será por meio desse estudo que haverá uma avaliação do ativo, que definirá a partir de quanto a companhia deve ser oferecida ao mercado. Também é o que definirá o modelo a ser utilizado na venda.Com patrimônio líquido de R$ 917 milhões, a estatal é responsável pela exploração técnica e comercial de instalações de geração e transmissão de energia elétrica. Em cálculo realizado por estudo da FGV Projetos em 2017, com valores corrigidos, a Celg GT juntamente com Metrobus, Indústrias Químicas do Estado de Goiás (Iquego), Agência Goiana de Gás Canalizado (Goias Gás) e Goiás Telecomunicações (GoiasTelecom) poderiam gerar uma arrecadação de R$ 1,5 bilhão.Depois do estudo e assessoria que ainda serão contratados por licitação, que já é elaborada, o presidente da Celg GT, Lener Jayme, explica que somente a assembleia de acionista é que vai deliberar pela venda ou não. “Será definido se será uma venda com tudo, com lotes, parcial.” Não há, contudo, previsão de quando o leilão ou os próximos passos para ele poderão ocorrer.Em paralelo, desde o ano passado, Lener pontua que há trabalho para valorar a empresa. “Seguiremos com essa gestão técnica da empresa para trazer resultado, quer seja para o acionista Estado ou para um futuro.” Entre o que foi feito, cita desmobilização de ativos com venda de imóveis e redução de custos.Segundo a secretária da Economia, Cristiane Schmidt, avaliações já ocorriam para que o Estado definisse quais ativos iria oferecer à iniciativa privada. “A ideia agora é que a gente faça estudo e modelagem para ir adiante. Está tudo dentro do esperado. Ainda não sabemos se será a primeira privatização, temos um grupo que trabalha em conjunto para ver o que será possível”, diz.