Menos grãos, mais carnes

As exportações goianas fecharam o ano passado com uma queda de 12,25% em relação a 2023. O resultado foi puxado por reduções nas vendas de produtos de grande peso na balança comercial do estado, como os que formam o complexo soja, que registraram um recuo de 23,5% nas vendas externas em 2024, e o complexo milho, cujas exportações recuaram quase 39%, por causa de problemas climáticos e uma queda das importações chinesas.

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Em 2025, um melhor desempenho previsto para a <a href="https://opopular.com.br/economia/produc-o-de-gr-os-deve-crescer-em-2025-mas-custos-pedem-cautela-1.3211846" target="_blank">safra de grãos</a> e a entrada do novo governo de Donald Trump devem impactar a balança goiana.

Ao mesmo tempo, com a <a href="https://opopular.com.br/economia/para-agronegocio-efeitos-podem-ser-mais-negativos-que-positivos-1.3214988" target="_blank">alta cotação do dólar</a>, as indústrias frigoríficas exportaram quase 17% mais carne bovina que no ano anterior. Goiás foi o oitavo estado brasileiro que mais exportou em 2024, com US$ 12,2 bilhões em vendas externas, de acordo com relatório da Superintendência de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais, divulgada pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC). Além da carne bovina, também cresceram as exportações de ferroligas, açúcar, minérios de cobre e ouro, que ajudaram a evitar um desequilíbrio na balança comercial.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/para-agronegocio-efeitos-podem-ser-mais-negativos-que-positivos-1.3214988" target="_blank">Para agronegócio, efeitos podem ser mais negativos que positivos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/produc-o-de-gr-os-deve-crescer-em-2025-mas-custos-pedem-cautela-1.3211846" target="_blank">Produção de grãos deve crescer em 2025, mas custos pedem cautela</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/cultivo-de-cana-de-acucar-e-criac-o-de-bovino-de-corte-foram-destaques-em-goias-em-2024-aponta-faeg-1.3211510" target="_blank">Cultivo de cana-de-açúcar e criação de bovino de corte foram destaques em Goiás em 2024, aponta Faeg</a></div>

Os complexos soja e milho respondem por mais de 60% das exportações goianas e foram determinante para a redução geral de mais de 12%. O gerente técnico da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Edson Novaes, lembra que o agronegócio exportou cerca de US$ 10 bilhões ou 82% de todas exportações goianas no ano passado, mas teve uma queda 15,4%. De acordo com ele, houve dois motivos para esta redução.

O primeiro foi a quebra de 7,2% na safra de grãos em 2024, com recuo significativo da produção de soja e milho, ou seja, menor oferta de grãos no mercado. O outro motivo foi uma redução das exportações para a China, devido a uma mudança na política interna do país, que passou a produzir mais, em busca da autossuficiência em grãos, e também a comprar em outros mercados para diversificar.

Vale lembrar que a China é o principal parceiro comercial de Goiás, respondendo por mais de 50% das exportações goianas. “Só para a China, a queda das vendas foi de cerca de 24%, mas também tivemos uma redução de cerca de 10% das vendas de soja para a União Europeia”, destaca Novaes.

<h2>Superávit</h2>

Já as importações tiveram um crescimento de 14,8% em 2024, principalmente com o aumento das compras de produtos farmacêuticos, que cresceram 13%, de veículos e suas partes e acessórios, que aumentaram 28%, e de reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, que tiveram um incremento significativo de 45%. Mesmo assim, o estado ainda teve um superávit comercial de US$ 6,6 bilhões, mas com redução de 26,3% sobre o ano de 2023.

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Para o presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior (CTCOMEX) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), William O’Dwyer, a importação de maquinários, matérias-primas e insumos melhora o parque industrial goiano. “A importação é um sinal de que há mais produção e vendas no mercado”, destacou.

Para ele, mesmo com a entrada de novos produtos, a pauta de exportações goianas ainda é baseada na produção de matérias-primas do agronegócio, faltando uma maior diversificação. Para 2025, as expectativas são melhores, principalmente com mais entidades goianas disseminando a cultura do comércio exterior e estimulando as empresas a exportarem mais, além do empenho de órgãos do governo federal e uma melhor safra de grãos.

O secretário de Indústria e Comércio, Joel de Sant’Anna Braga Filho, também ressalta que os problemas climáticos afetaram a produção e as exportações de soja em Goiás e no Brasil. Já o esmagamento de milho, no ano passado, foi mais voltado para a produção de etanol, o que é bom para a indústria goiana. “Já o crescimento das importações mostra que a produção goiana está crescendo, pois compramos mais peças e insumos para a indústria de medicamentos e para o agronegócio”, diz.

Para o consultor em relações internacionais e comércio exterior do CIN/Fieg, Carlos Stuart, apesar da previsão de uma melhor safra em 2025, os Estados Unidos também devem ter safra recorde, o que deve impactar os preços no mercado. “Mas temos coisas que podem jogar a nosso favor, como as declarações de Donald Trump sobre a taxação de produtos chineses. Se isso se consolidar, uma das primeiras retaliações dos chineses seria sobre os produtos agrícolas americanos e o vendedor mais imediato seria o Brasil”, ressalta.

A projeção para 2025 continua positiva para as vendas de carne, o segundo produto mais exportado por Goiás. “A indústria da carne é um dos processos mais industrializados da pauta do agronegócio. Abatedouros e frigoríficos já estão num nível técnico de produção que agrega valor no processo produtivo”, destaca. Ele acredita que Goiás tem desempenhado papel de aproximação de relações comerciais com a China, que tem repercutido em sua balança comercial.

A mineração goiana também tem recebido atenção importante do mercado mundial e minérios como terras raras também devem impactar cada vez mais as exportações do estado. Outras boas perspectivas são para o setor sucroalcooleiro, com a crescente produção de açúcar e até, num futuro próximo, de combustível para aeronaves.

Clima e dólar levam a recuo nas exportações de Goiás em 2024

Economia

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Matéria - Economia

Balança comercial

Histórico

A Equatorial Goiás ficou em penúltimo lugar no ranking de desempenho das distribuidoras de energia elétrica de grande porte do Brasil. A lista com 31 empresas foi divulgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta quarta-feira (2) e trata de índices alcançados em 2024.

A lista é elaborada pela agência federal com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação de valores de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) das companhias em relação aos limites estabelecidos pela Aneel para esses indicadores.

Embora tenha ficado entre as últimas colocadas, a Equatorial registrou melhora em seus números. O DGC de 2024 foi de 1,19 contra 1,66 de 2023 (quanto menor o número, melhor o desempenho). Em 2024, o consumidor goiano ficou, em média, 15,91 horas sem energia (DEC). O número é maior do que o limite de 11,43 que havia sido estipulado pela Aneel. A frequência (FEC) das quedas foi de 7,61, resultado que ficou abaixo do limite de 7,73.

Já em 2023, a duração das quedas foi de 21,58 horas e a frequência foi de 11,16. Naquele ano, houve desrespeito ao limite de 11,45 horas de duração de interrupção do serviço, mas a empresa cumpriu o teto de 7,79 quedas.

Em nota, a Equatorial Goiás afirmou que o resultado apontado nos indicadores da Aneel está dentro do esperado. Segundo a companhia, a recuperação em relação a 2023 é consequência de “planejamento de curto, médio e longo prazo que está sendo executado e o plano de reconstrução do sistema elétrico, implantado há dois anos, que já começa a surtir efeito no dia a dia dos goianos, conforme comprovam os dados da própria Aneel”.

Quanto à melhora no DGC, a empresa disse que o resultado corresponde às expectativas da companhia, dentro do cenário de investimentos e da situação defasada em que a rede foi encontrada.

Em relação ao FEC, a empresa argumentou que também houve redução e o resultado ficou dentro do limite regulatório estabelecido para 2024. “Destaca-se que tanto o DEC quanto o FEC representam os melhores resultados da história da concessão”, apontou a companhia. A Equatorial assumiu a distribuição de energia em Goiás no final de 2022, há pouco mais de dois anos.

Questionada sobre o fato de a duração das interrupções ter ficado acima do limite definido pela Aneel, a empresa reiterou que, em 2023, encontrou a rede defasada e com necessidade de investimentos, “o que impacta até hoje a operação, mesmo assim, não mede esforços para garantir uma verdadeira transformação da realidade do sistema no estado”.

De acordo com a Equatorial, o resultado do DEC de 2024 representou avanço acima da expectativa projetada informada para a Aneel durante a transferência de controle da concessão. A companhia destacou que houve redução de 10,2 horas na duração das interrupções, na visão cliente, e 5,7 horas na análise regulatória. “(...) o resultado mostra que a Equatorial está no caminho certo e dá força para a concessionária seguir focada em ações que vão garantir uma transformação completa da rede elétrica em Goiás”, argumentou a empresa.

O Grupo Equatorial assumiu a distribuição de energia em Goiás em 30 de dezembro de 2022, após comprar a antiga Celg Distribuição (Celg-D) da italiana Enel por R$ 1,51 bilhão. As tratativas entre as duas empresas foram acompanhadas de perto pelo estado de Goiás. Desde que assumiu o governo em 2019, Ronaldo Caiado (UB) foi crítico do serviço prestado pela Enel.

Ao assumir a concessão, a Equatorial negociou junto à Aneel afastar por três anos o risco de caducidade da concessão, mesmo em caso de descumprimento de critérios de eficiência e relacionados à gestão econômico-financeira. Além disso, no primeiro ano de concessão, a fiscalização teve apenas caráter de orientação.

Nacional

No ranking da Aneel de 2024, a primeira colocada foi a Companhia Jaguari de Energia (CPFL Santa Cruz, de São Paulo), que teve desempenho global de 0,58. Em seguida, estão a Energisa Paraíba e a Energisa Rondônia, que registraram o mesmo índice, de 0,62. A última colocada foi a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica, do Rio Grande do Sul, que registrou DGC de 1,76. A CEEE é do Grupo Equatorial Energia.

Os números nacionais mostram que a qualidade da distribuição de energia elétrica melhorou de forma geral no País em 2024 na comparação com 2023. De acordo com a Aneel, os consumidores brasileiros ficaram, em média, 10,24 horas sem energia no ano passado, resultado que representa redução de 1,7% em relação ao ano anterior, quando a duração foi de 10,42 horas em média. Já a frequência caiu de 5,15 interrupções em 2023 para 4,89 em 2024. A queda foi de 5%.

Investimento de R$ 2,2 bi no ano

A Equatorial investiu R$ 2,2 bilhões em Goiás no ano de 2024. A empresa afirmou que, em dois anos, aplicou mais de R$ 4 bilhões na rede. Entre as medidas adotadas estão a ampliação e modernização de 203 subestações e entrega de seis novas unidades: Aparecida, Riviera-Parque Atheneu (Goiânia), Anápolis-Universitário e Piratininga (São Miguel do Araguaia), JK Jataí e Pirenópolis. A empresa também destacou que foram entregues sete novas linhas de distribuição de alta tensão e outras seis foram modernizadas.

A empresa argumentou que as obras demonstram o compromisso com o desenvolvimento do estado. A companhia disse ainda que o cenário é de “avanços históricos na qualidade do fornecimento de energia elétrica”.

Em ranking nacional publicado nesta quarta-feira (2) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Equatorial Goiás ficou em penúltimo lugar entre 31 distribuidoras de grande porte. O Desempenho Global de Continuidade (DGC) da Equatorial - parâmetro usado para a definir a classificação - passou de 1,66 em 2023, para 1,19 em 2024.

Em nota, a empresa argumentou que o DGC compara o desempenho real com as metas estabelecidas especificamente para cada distribuidora, refletindo o desafio de alcançá-las. A Equatorial alegou que o indicador tem como base exclusivamente as características da área de concessão, que têm suas particularidades e dificuldades.

A Equatorial afirma que as mudanças na rede são percebidas na satisfação dos clientes e que, em fevereiro, alcançou a 80ª posição no ranking de empresas com maior número de reclamações no Procon Goiás, com quatro registros.

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Equatorial é penúltima em ranking nacional da Aneel

Energia elétrica

Gestão ambiental, cultura e ciência e tecnologia estão entre as áreas que registraram as <a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-volta-a-enfatizar-rombo-de-r-3-6-bilh-es-1.3244824" target="_blank">maiores quedas de recursos aplicados</a> pela Prefeitura de Goiânia em 2024, último ano da gestão de Rogério Cruz (SD). Os gastos com meio ambiente somaram R$ 3,6 milhões no ano passado, número que representa uma queda de 36% em relação aos R$ 5,5 milhões de 2023.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

“Embora se perceba a necessidade de investir cada vez mais nas questões ambientais, dadas as mudanças no clima, os impactos que têm a drenagem urbana, ilhas de calor e uma série de problemas, a questão ambiental não é uma prioridade nas ações do governo. Acaba ficando em segundo plano”, afirmou Antônio Pasqualetto, pós-doutor em Engenharia Ambiental, professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

O professor também lembrou que foi aprovado em Goiânia um Plano de Arborização Urbana, mas foram registrados ações de órgãos públicos em que árvores foram retiradas e não houve replantio. Pasqualetto cita como exemplo uma <a href="https://opopular.com.br/cidades/acesso-da-av-castelo-branco-a-marginal-cascavel-deve-ficar-pronto-nesta-semana-1.3244806" target="_blank">intervenção realizada na Avenida Castelo Branco</a> durante a gestão de Cruz. Segundo ele, há casos em que árvores não foram plantadas novamente e outras situações em que a arborização não foi feita de forma técnica, o que fez com que as plantas não se desenvolvessem corretamente.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-volta-a-enfatizar-rombo-de-r-3-6-bilh-es-1.3244824" target="_blank">Prefeito volta a enfatizar rombo de R$ 3,6 bilhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/folha-infla-de-r-246-milh-es-para-r-391-milh-es-na-gest-o-cruz-1.3241480" target="_blank">Folha infla de R$ 246 milhões para R$ 391 milhões na gestão Cruz</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/sabrina-critica-indicac-es-com-cruz-e-quer-regular-emendas-1.3228086" target="_blank">Sabrina critica indicações com Cruz e quer regular emendas</a></div>

“São sintomas de que essa redução do recurso se refletiu nas ações que a Prefeitura fazia para a qualidade de vida da população. Uma cidade quente e seca como Goiânia precisa de uma atenção especial, principalmente para a arborização”, afirmou Pasqualetto.

Quanto à gestão atual, de Sandro Mabel (UB), o professor afirmou que a expectativa é promissora do ponto de vista de ter uma <a href="https://opopular.com.br/politica/folha-infla-de-r-246-milh-es-para-r-391-milh-es-na-gest-o-cruz-1.3241480" target="_blank">maior eficiência na aplicação de recursos</a>, embora exista o entendimento de que o meio ambiente também deve ser afetado pelo ajuste nas contas do Paço Municipal.

A assessoria de comunicação da gestão de Cruz afirmou, em nota, que, apesar de os relatórios indicarem diminuição de recursos em gestão ambiental, houve investimentos de cerca de R$ 200 milhões em obras de drenagem urbana, “essenciais para o desenvolvimento urbano sustentável, uma vez que impactam diretamente a segurança e a qualidade de vida da população goianiense”. O texto também cita que houve plantio de mais de 380 mil árvores, inauguração de sete parques, construção de 75 praças e revitalização de outras 425, “mesmo diante de limitações orçamentárias”.

<h2>Impacto</h2>

Já na cultura, a despesa caiu de R$ 6,4 milhões para R$ 5 milhões (-24,95%). A produtora cultural Laila Santoro apontou que a queda pode sinalizar desvalorização da cultura como vetor de desenvolvimento econômico e social. “Entendo que qualquer redução reflete um enfraquecimento do setor na capital, impactando diretamente a realização de projetos, a manutenção de espaços culturais e o apoio aos trabalhadores da cultura”, disse. Laila afirmou também que a nova gestão ainda não apresentou de forma clara um planejamento para a cultura e não houve sinalização de aumento de investimentos.

O relatório da Prefeitura mostra ainda que, em ciência e tecnologia, os recursos saíram de R$ 18,3 milhões para R$ 14,9 milhões, com queda de 22,43%. A transformação de Goiânia em uma cidade inteligente era uma das principais promessas da gestão, mas as medidas implementadas foram tímidas.

A diminuição mais acentuada foi registrada no item essencial à Justiça (em geral, requisições de pequeno valor), de 88%. Também houve queda de 7,5% nas despesas com urbanismo. Os dados são da Prefeitura de Goiânia e constam em documento entregue aos vereadores na segunda-feira (25). Os porcentuais representam a variação real, pois foram atualizados pela inflação do período.

A assessoria de Cruz disse que, apesar da redução de recursos destinados à cultura, a gestão reconheceu a importância do setor para a cidade, com o investimento, anualmente, de mais de R$ 8 milhões do orçamento próprio (os números registrados em 2023 e 2024 ficam abaixo deste patamar), além da execução de editais de cultura do governo federal e captação de cerca de R$ 40 milhões em <a href="https://opopular.com.br/politica/sabrina-critica-indicac-es-com-cruz-e-quer-regular-emendas-1.3228086" target="_blank">emendas impositivas</a>. O texto também cita a realização de mais de 400 eventos em todas as regiões da cidade, de diferentes modalidades artísticas.

Em relação aos resultados de ciência e tecnologia, essencial à Justiça e urbanismo, a nota informa que a redução ocorreu por causa de dificuldades fiscais e para priorizar áreas que demandavam investimentos imediatos, como Saúde e Educação.

<h3>Aumento </h3>

Na lista de áreas do governo que tiveram maior aumento de recursos aplicados, direitos da cidadania está no topo, com crescimento de 1.259% (passou de R$ 1 milhão em 2023 para R$ 14,9 milhão em 2024). A habitação aparece em seguida, com alta de 517%. Em segurança pública, o porcentual foi de 125%.

A assessoria de Cruz argumentou que os aumentos são reflexo de compromisso “com as necessidades mais urgentes da população”. No transporte, houve destaque para a inauguração de <a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-diz-que-vai-instalar-nos-eixos-do-brt-tecnologia-que-pode-dar-mais-fluidez-ao-transporte-publico-1.3223492" target="_blank">trecho do BRT</a> e do subsídio de 41,2% pago pela Prefeitura.

A reportagem questionou o Paço sobre os motivos que levaram aos aumentos e quedas nos gastos dos principais itens da lista. Em nota, a Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), responsável pela divulgação dos números, disse que a definição da aplicação dos recursos foi de responsabilidade da gestão anterior.

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Despesas

Paço reduziu recursos de meio ambiente e cultura

Política

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Matéria - Política

Prefeitura de Goiânia

Mesmo patamar

Em 2024, o estado de Goiás usou 8% da receita total em investimentos, porcentual que representou R$ 3,8 bilhões. Com o resultado, a gestão do governador Ronaldo Caiado (UB) repetiu o patamar de 2023, quando também investiu 8% de todo o recurso recebido ao longo do ano.

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Embora o porcentual seja o mesmo, o <a href="https://opopular.com.br/politica/goias-aplica-apenas-4-da-receita-em-investimentos-1.3191154" target="_blank">montante de investimentos</a> de 2024 foi maior, se comparado com 2023, quando o estado aplicou R$ 3,3 bilhões (cerca de R$ 3,5 bilhões, quando atualizado pela inflação do período). Entre os motivos que explicam a diferença está o aumento da receita total. Em 2024, de R$ 46,3 bilhões. Já em 2023, o montante foi de R$ 41,9 bilhões - ou R$ 44 bilhões, com inflação.

Além de Goiás, Rio Grande do Sul e Rondônia também<a href="https://opopular.com.br/economia/plano-brasileiro-de-ia-requer-maior-foco-em-custo-alto-e-execuc-o-alertam-especialistas-1.3167241" target="_blank"> investiram</a> 8% da receita total ao longo do ano passado. O maior patamar é do Espírito Santo, de 20%. Alagoas e Piauí aparecem em segundo na lista, com 17% cada. Já o menor porcentual foi de 5%, registrado por Rio Grande do Norte, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/goiania-tem-capacidade-de-pagamento-rebaixada-1.3235563">Goiânia tem capacidade de pagamento rebaixada&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/parceria-entre-serasa-e-correios-ajuda-a-negociar-dividas-1.3236970">Parceria entre Serasa e Correios ajuda a negociar dívidas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-volta-a-criticar-pec-da-seguranca-e-ingerencia-federal-1.3235999">Caiado volta a criticar PEC da Segurança e ingerência federal&nbsp;</a></div>

Os dados foram publicados no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) Em Foco, da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão federal ligado ao Ministério da Fazenda. O documento é referente ao 6º bimestre de 2024 e traz os números acumulados de janeiro a dezembro.

Para a STN, são considerados investimentos as despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras. Também entram na lista os gastos com compra de imóveis necessários às obras e com aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

Em, nota, a Secretaria de Estado da Economia afirmou que “avaliar as despesas em relação à receita total pode indicar quanto da receita é destinado a cada grupo de despesa, mas pode não ser a melhor abordagem para análise ao longo do tempo, pois a variação da receita pode distorcer a interpretação”.

A pasta argumentou que a alternativa mais adequada é analisar a composição das despesas totais, “permitindo visualizar melhor a evolução de cada grupo de despesa em relação à despesa total sem a interferência das flutuações na receita”.

Quanto aos investimentos, a Economia destacou que foram empenhados R$ 3,8 bilhões em 2024, com o cerca de R$ 730 milhões em restos a pagar. Segundo a pasta, os investimentos só não foram maiores devido à limitação do crescimento da despesa primária pelo teto de gastos estabelecido pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

A secretaria também ressaltou que, apesar de a participação porcentual dos investimentos na receita total ter se mantido em 8%, o valor cresceu 15,4% em 2024. Segundo a pasta, na análise pela despesa total, a participação deste item aumentou de 8% para 9%, “reforçando o compromisso com o desenvolvimento do estado”.

<div attr-cid="policy:1.3237580" attr-version="policy:1.3237580:1741133168" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3237580" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3237580', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3237580">Mesmo patamar (1.3237580)</a></div>

<h2>Folha</h2>

De acordo com o relatório, a principal <a href="https://opopular.com.br/politica/deputados-federais-goianos-gastam-r-3-6-milh-es-com-divulgac-o-1.3226749" target="_blank">despesa</a> do estado de Goiás em 2024 foi com <a href="https://opopular.com.br/politica/teto-de-gastos-exigiu-esforco-e-cancelamento-de-empenhos-1.3223815" target="_blank">pessoal e encargos sociais</a>, de R$ 24 bilhões, e representou 53% da receita total. O custeio é o segundo da lista, com R$ 13,9 bilhões (30%). Em terceiro, está o serviço da dívida, com R$ 1,2 bilhão (3%). Em 2023, a despesa foi composta por 55% de gasto com pessoal; 29% de custeio; e 2% de serviço da dívida.

Em relação à despesa com pessoal, a Economia afirmou, em nota, que houve crescimento de 7,3% em 2024 na comparação com o ano anterior, mas destacou que a receita total teve aumento superior, de 10,4%. “Esse descompasso justifica a redução da participação da despesa com pessoal na receita total”, apontou.

Quanto ao aumento do porcentual do serviço da dívida, a pasta ressaltou que Goiás está sob o RRF, que concede o benefício de redução extraordinária de pagamentos, que ocorre de maneira regressiva. “Em 2023, o estado pagou 11,11% dos contratos do Plano de Recuperação Fiscal; em 2024, conforme previsto na Lei complementar nº 159/2017, o porcentual subiu para 22,22%, elevando a relação entre serviço da dívida e Receita Total em 1 ponto porcentual”, diz a nota.

<h2>Contexto</h2>

Em reportagem publicada em janeiro de 2025, o POPULAR mostrou que, no ano passado, o estado de Goiás empenhou R$ 35,19 bilhões em despesas, cumprindo o teto de gastos de R$ 35,23 bilhões. Na época, Caiado afirmou que o limite foi cumprido com esforço, em meio a cancelamento de empenhos e limitação de gastos em rodovias.

Entre as despesas submetidas ao teto do RRF estão pessoal e encargos sociais, investimentos e inversões financeiras. Não entram neste cálculo os gastos como juros e amortizações da dívida pública.

A adesão de Goiás ao RRF foi assinada no final de 2021 e o estado entrou no programa oficialmente em 2022. O objetivo para 2025 é migrar para o <a href="https://opopular.com.br/politica/estado-tem-a-maior-arrecadac-o-em-7-anos-1.3229333" target="_blank">Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag)</a>, aprovado pelo Congresso Nacional no final do ano passado. O Propag tem regras que facilitam o pagamento das dívidas do estado e pode ampliar o espaço do teto de gastos. Para 2025, a estimativa já divulgada pelo governo estadual é a possibilidade de poder gastar R$ 3 bilhões a mais com investimentos.

A ampliação do teto de gastos em 2025 é vista como medida relevante para o governo estadual, por ser o último ano completo de Caiado à frente da gestão. Caiado pretende disputar a eleição para presidente da República em 2026 e, diante disso, entregar o comando do estado ao vice, Daniel Vilela (MDB), até março. Fazer entregas à população em 2025 é estratégico para os planos eleitorais de Caiado e Daniel.

Rodovias

Na<a href="https://opopular.com.br/politica/indice-de-investimento-de-goias-se-mantem-em-8-1.3237579" target="_blank"> infraestrutura,</a> o estado tenta acelerar as obras planejadas para serem executadas com recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), por meio de parcerias com a iniciativa privada. O <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/sustentabilidade-e-estrategia-para-cenario-pos-reforma-diz-entidade-1.3237236" target="_blank">Giro</a> mostrou que Caiado realizou, na semana passada, almoço com empresários do setor para divulgar a modalidade, já usada nas GOs 401 e 210. O plano é que Daniel inicie uma série de visitas para ampliar as parcerias.

Até o momento, o estado lançou 50 obras para serem executadas com o Fundeinfra. Destas, duas foram finalizadas e 11 estão em andamento. As demais estão em fase burocrática (licitação ou elaboração de projetos).

Índice de investimento de Goiás se mantém em 8%

Orçamento

A <a href="https://opopular.com.br/economia/produc-o-de-gr-os-deve-crescer-em-2025-mas-custos-pedem-cautela-1.3211846" target="_blank">produção de soja</a> em Goiás pode chegar a 20,7 milhões de toneladas neste ano e superar, em cerca de 20%, a safra de 2024, que foi de aproximadamente 17 milhões de toneladas. A Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), responsável pela projeção dos índices, atribuiu os bons números a fatores como as <a href="https://opopular.com.br/economia/clima-e-dolar-levam-a-recuo-nas-exportac-es-de-goias-em-2024-1.3219688" target="_blank">condições climáticas</a> favoráveis e à adesão dos produtores a tecnologias que resultam em aumento da produtividade.&nbsp;

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O balanço apresentado nesta quinta-feira (23) decorre da segunda edição da Expedição Safra Goiás, que percorreu mais de 5 mil km nas cinco regiões do estado, visitando 43 municípios e 86 propriedades ao longo de seis dias. O périplo é promovido pela Faeg e parceiros do setor produtivo como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Conforme os dados coletados, a expectativa de produtividade média para este ano é de 66 a 70 sacas por hectare.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/produc-o-de-gr-os-deve-crescer-em-2025-mas-custos-pedem-cautela-1.3211846" target="_blank">Produção de grãos deve crescer em 2025, mas custos pedem cautela</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/clima-e-dolar-levam-a-recuo-nas-exportac-es-de-goias-em-2024-1.3219688" target="_blank">Clima e dólar levam a recuo nas exportações de Goiás em 2024</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/para-agronegocio-efeitos-podem-ser-mais-negativos-que-positivos-1.3214988" target="_blank">Para agronegócio, efeitos podem ser mais negativos que positivos</a></div>

O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, afirmou que os índices de produtividade de soja estão respaldados sobretudo em fatores climáticos positivos, como a abundância de chuvas desde o início de outubro, e que, conforme o balanço da expedição, a produção de 66 a 70 sacas por hectare seria algo “inimaginável” tempos atrás. Ele, no entanto, reforçou que o escoamento e o armazenamento ainda podem apresentar dificuldades aos produtores.&nbsp;

“Nosso custo no Brasil em termos de logística é enorme. Hoje gastamos 80 a 90 dólares para escoar uma tonelada de soja para o porto, ao passo que os americanos gastam 20 e poucos dólares e os argentinos menos do que isso. Esse é um problema sério”, afirmou Schreiner.&nbsp; 
A expedição, que teve como objetivo atualizar os dados sobre a produção agrícola em Goiás, destacando as tecnologias utilizadas pelos produtores e suas estratégias de plantio, reuniu aproximadamente 30 profissionais e técnicos do setor agropecuário, que coletaram mais de 300 amostras em lavouras espalhadas por todas as cinco regiões de Goiás.&nbsp;

O economista Paulo Molinari apresentou análises sobre as perspectivas de mercado e clima para a safra 2024/2025 ao final de cada rota diária, nos sindicatos rurais das principais cidades, em eventos técnicos.&nbsp;

<h2>Diagnóstico</h2>

O presidente da Faeg lembrou em sua fala que uma das intenções ao criar a expedição, ainda no ano passado, era de se obter um “conhecimento mais profundo do que estava ocorrendo no campo em Goiás”. Logrando sucesso com a primeira e segunda edições da empreitada, o presidente informou que novas edições devem ser realizadas nos próximos anos.&nbsp;

“Neste ano nós repetimos a dose e vamos continuar repetindo. Qual é o objetivo? Conferirmos in loco como está cada lavoura. O pessoal visitou 86 propriedades em 43 municípios do estado. Mas mais de 150 propriedades estão sendo visitadas nos quatro cantos de Goiás. Você tem um diagnóstico exato. Essas estatísticas não são feitas em gabinetes de ar-condicionado, no achismo. Não. São realidade”, disse Schreiner.

Além de reiterar os números coletados ao longo da Expedição Safra, o gerente do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Leonardo Machado, destacou que a produção de soja tem impacto não apenas no uso externo e interno, mas gera renda para o estado e para a cadeia produtiva. “A soja é o principal meio de proteína vegetal para alimentação animal. Goiás se destaca nas criações de suínos e bovinos, que têm como base alimentação de soja”, afirmou Machado. “É para a empresa que necessita desse produto para vender os seus produtos, é a farmácia dos municípios pequenos, é a padaria, todos que dependem de alguma forma, principalmente em cidades menores.”

Schreiner, contudo, reforçou, em tom de crítica, que este período em que os novos prefeitos estão iniciando suas administrações nos municípios conflagra o estado de “sucateamento” que os ex-gestores deixaram seus mandatos nas cidades, causando prejuízos ao escoamento. “O que nos deparamos agora é que muitos prefeitos deixaram as prefeituras totalmente sucateadas. Sem dúvida nenhuma vamos ter problema no escoamento da produção. Não podemos mais permitir que os gestores deixem as gestões como estão deixando. É caso de polícia. É patrimônio público. E quem leva prejuízo é a população”, disse.&nbsp;

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Soja em Goiás pode superar 20 milhões de toneladas

Produção agrícola

O Popular