O volume de vendas do comércio varejista de Goiás caiu 0,3% em novembro de 2021, na comparação com outubro, informou nesta sexta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No País, houve crescimento de 0,6%.“O que vimos foi uma Black Friday muito menos intensa, em termos de volume de vendas, do que a de 2020, quando esse período de promoções foi melhor, sobretudo para as maiores cadeias do varejo”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.“Isso se deve, em parte, pela inflação, mas também por uma mudança no perfil de consumo, já que algumas compras foram realizadas em outubro ou até mesmo no primeiro semestre, quando houve maior disponibilidade de crédito e o fenômeno dos descontos. Isso adiantou de certa forma a Black Friday para algumas cadeias”, completa.Frente a novembro de 2020, o varejo teve queda de 7%, indicou o IBGE. O resultado encolhe o crescimento acumulado para 0,5% no ano e para queda de 0,7% nos últimos 12 meses. Nacionalmente, na mesma base de comparação, o volume de vendas do varejo apresentou crescimento de 1,9% e 1,9%, respectivamente.A baixa no volume de vendas do varejo goiano de 7% na comparação entre novembro de 2021 e de 2020 é explicada, de acordo com o IBGE, pelo recuo significativo de cinco das oito atividades pesquisadas.O setor que apresentou a maior diminuição foi o de Móveis e eletrodomésticos (-24,1%), que já acumula no ano variação de -9%. Em seguida, Combustíveis e lubrificantes caiu 7,4%.A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico vem logo após, com recuo de 5,4%. Outra atividade que influenciou negativamente o resultado do mês foi Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,6%), que já acumula no ano uma retração de 10%.Já as atividades que apresentaram maior crescimento em novembro de 2021 foram as de Livros, jornais, revistas e papelaria (16,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,0%), e a de Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (5,9%).Produção industrial goiana fica estável em novembroA produção industrial goiana ficou estável, com leve alta de 0,1%, em novembro frente a outubro do ano passado, divulgou nesta sexta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados vêm oscilando desde janeiro, com meses positivos e negativos.Já a produção industrial nacional diminuiu 0,2%. Entre as 15 regiões que tiveram a produção industrial pesquisada pelo IBGE, oito apresentaram queda na passagem de outubro para novembro de 2021.Os maiores recuos ocorreram no Amazonas (-3,5%), Ceará (-2,5%) e Rio de Janeiro (-2,2%). As maiores altas foram em Mato Grosso (14,6%), Santa Catarina (5,0%) e Pará (3,5%).Agora, na comparação com novembro de 2020, a indústria goiana apresentou queda de 3,9%, e já acumula 4,6% de queda no ano de 2021 e nos últimos 12 meses o acumulado é de -4,5%. No País, houve recuo de 4,4%, quando comparado com novembro de 2020. Assim, a indústria nacional diminui o crescimento acumulado no ano para 4,7% e nos últimos 12 meses, registra ganho de 5%.Em Goiás, as atividadesque tiveram maior queda na produção foram: a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-33,8%), que já acumula no ano recuo de 8,8%, com destaque para quedas na produção de álcool etílico e biocombustível; a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-14,0%), e a metalurgia (-5,2%).