]As famílias goianas devem consumir 9,5% mais este ano do que em 2018. O potencial de consumo do Estado em 2019 é estimado em cerca de R$ 159,9 bilhões, contra R$ 146 bilhões no ano passado, de acordo com o estudo IPC Maps 2019. A participação de Goiás no consumo nacional também deve crescer, passando de 3,29% para 3,41%. Tudo indica que seja resultado de um consumo que ficou represado nos últimos anos. O IPC Maps é especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais. De acordo com o levantamento, o interior dos Estados deve dar sinais de recuperação, participando mais da movimentação, enquanto as capitais perdem espaço. Goiânia deve responder por apenas 26,4% dos gastos estimados no Estado. O crescimento deste ano vem reverter uma queda de R$ 2,9 bilhões no consumo previsto para Goiás em 2018. O diretor do IPC Marketing e responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, lembra que enquanto as classes A e B perderam participação no Brasil, em Goiás houve aumento no potencial de todas as classes sociais. Por aqui, o maior crescimento é previsto para a classe C: 16%. Juntas, as classes D e E devem crescer 13,9%. “Mas é uma parcela que responde apenas por 10% do consumo total”, destaca. Já o consumo da classe A deve aumentar 6,3% e a classe B deve consumir 3% mais. As maior parte dos gastos irão para a manutenção do domicílio, que deve consumir R$ 40,2 bilhões, e com alimentação em casa, R$ 15,3 bilhões. Para Marcos Pazzini, isso significa que a maior parte dos recursos irão para despesas básicas, como aluguel, água, luz e a compra de alimentos. “Quando há um comprometimento grande da renda do trabalhador com essas despesas, significa que há queda no poder de compra, pois os preços continuam subindo mais que a renda”, destaca. Mas este aumento no potencial de gastos também é resultado de um consumo represado nos últimos anos, por conta da crise econômica. “Mesmo com o desemprego alto, a população acaba encontrando um jeito de gerar renda, como no empreendedorismo, e quer voltar a atender algumas necessidades”.

Consumo das famílias goianas deve crescer 9,5% este ano

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Matéria - Economia

A inadimplência em Goiás está em queda. O índice de consumidores do estado com contas atrasadas recuou 0,38% em junho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. Baixou num ritmo mais lento do que as médias do Centro‐Oeste (0,41%) e do Brasil (0,53%), isso é fato, mas retrocedeu evidenciando um dado também positivo. É que, na passagem de maio para junho deste ano, a inadimplência em Goiás diminuiu 1,55%, de acordo com dados consolidados mensalmente pelo SPC Brasil, o Serviço de Proteção ao Crédito.

O comportamento da inadimplência em Goiás, na transição de maio para junho, seguiu a mesma dinâmica do Brasil, que registrou uma queda de 0,43%. É um índice ainda baixo, mas aponta para um recuo gradual no número de consumidores com crédito restrito.

Esse fôlego que os goianos tomaram favorece o mercado, porque quanto mais consumidores positivados, maior a propensão de aumento no fluxo de vendas do comércio varejista. Nos últimos meses, como na passagem de abril para maio, a inadimplência já havia caído 0,12% em Goiás.

Mas nem tudo são flores. Apesar de existir hoje menos consumidores inadimplentes no estado, os que têm contas atrasadas passaram a dever mais. Em junho, por exemplo, o número de dívidas em atraso dos goianos cresceu 3,05%, em relação a junho de 2023. No mês que fecha o 1º semestre, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.748,36 (somando todas as dívidas). É um valor consideravelmente alto, superior a três salários mínimos.

Para não fugir à regra, os bancos continuam sendo os maiores credores das dívidas dos goianos (60,61%), seguidos por lojas do comércio (14,19%) e outros segmentos (9,02%). E a faixa etária com a maior proporção de devedores é a de pessoas de 30 a 39 anos, ficando os homens (51,25%) ligeiramente à frente das mulheres (48,75%) na segmentação por sexo.

A inadimplência envolve vários fatores, como a falta de educação financeira, o desemprego e os juros altos (às vezes, impraticáveis) cobrados de quem atrasa seus pagamentos. É um problema de ordem individual, de cada consumidor honrando os compromissos financeiros, e coletiva, envolvendo também o poder público para controlar a inflação e as taxas de juros e estimular a oferta de crédito (condição preponderante para impulsionar a atividade econômica), e o setor produtivo, com condições que as empresas podem criar para facilitar a positivação do consumidor.

Quando cada ente dessa trinca faz a sua lição de casa, o comércio e a população em geral são beneficiados com uma economia mais sólida, estável, e com mais competitividade entre as empresas, viabilizando, assim, preços vantajosos de mercadorias e serviços. É menos inadimplência, mais poder de consumo e novas oportunidades no comércio varejista.

Valdir Ribeiro é presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO)

Maior poder de consumo

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Valdir Ribeiro

Na semana passada integrantes da Comissão de Soluções Fundiárias (CSF) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) fizeram uma visita técnica a um trecho da GO-338, entre Planalmira e Pirenópolis, para verificar as condições de famílias que ocupam a área de domínio da rodovia. Desde 2011 há uma sentença, transitada em julgado, em Ação Civil Pública (ACP) proposta pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), que determina a desocupação, tanto por parte de pessoas físicas quanto por estabelecimentos comerciais. O caso não é único em localidades turísticas goianas.

A CSF entrou no caso a pedido do juiz de Direito da comarca de Pirenópolis, Eduardo Cardoso Gerhardt. No ano passado, como relatam moradores da faixa de domínio desse trecho da GO-338, maquinários enviados pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) chegaram a se posicionar nas imediações para a demolição das casas gerando um grande protesto. Pouco antes, as famílias foram comunicadas pelo órgão da decisão judicial. Estima-se que 58 famílias ocupem a extensão pública, cerca de 40 km, parte delas há mais de 40 anos.

Responsável pelo processo na CSF, o juiz Eduardo Tavares dos Reis explicou ao POPULAR que o papel da comissão é evitar que famílias em situação de vulnerabilidade sejam removidas de forma desumanizada. “Nosso foco é que essas pessoas não sejam colocadas em situação pior do que já estão.” Participaram da visita representantes da Goinfra, da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE) e a titular da Secretaria de Bem Estar Social de Pirenópolis, Gildácia Ribeiro, que a pedido do magistrado assumiu o compromisso de realizar um levantamento socioeconômico das famílias.

“Vamos fazer esse trabalho em quatro etapas. Queremos identificar as vulnerabilidades, os vínculos com a região, se há inscrição no Cadastro Único, se o endereço é moradia ou comércio. Tudo será feito junto com a Goinfra”, disse a assistente social. Gildácia lembra que há famílias que ocupam a faixa de domínio há décadas, antes mesmo do asfalto chegar ao trecho. “O que notamos é que trata-se de um problema antigo e a comunidade foi aumentando, passando de pais para filhos. Não está em discussão a parte legal”, enfatizou a secretária de Bem Social de Pirenópolis.

A família do pedreiro Dilmar de Souza, 37 anos, passou a ocupar a faixa de domínio em 2002, um ano antes do início da tramitação da ACP. “Comprei o terreno e passei recibo no cartório. Eu mesmo construí minha casa, de 9m x 6m, trabalhando sábado e domingo. É a única coisa que tenho. Desde que essa história começou, não tenho paz.” Além da mulher e dois filhos crianças, os pais, uma tia e uma prima de Dilmar vivem no local depois de deixarem uma fazenda no município de Cocalzinho. “Nossa situação era crítica. Foi o que deu para comprar.”

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Danielly Arruda e o marido Cleiton, também pais de dois filhos, vivem dias de angústia. “Na época do meu pai nem asfalto tinha. Na verdade, nem tráfego porque o acesso a Pirenópolis era feito pela BR-153. Veio a pavimentação e não falaram nada, não tomaram nenhuma providência, o que aconteceu somente agora quando estamos instalados”, diz ela. Segundo Danielly, a casa em que vivem foi construída pelo casal, trabalhando noite e dia. Eles adquiriram o terreno em 2014 de uma vizinha e passaram recibo em cartório.

Promotor de Justiça, integrante da CSF, Márcio Toledo relata que a ocupação de faixa de domínio é um problema recorrente em Goiás. “Em muitos lugares não há sequer uma discussão judicial, a ocupação vai se consolidando e ninguém toma providência. Quando é possível remediar é melhor para todo mundo em razão da segurança.” Ele lembra que a insegurança é também jurídica. “Às vezes a pessoa faz um contrato de compra e venda e um recibo com firma reconhecida em cartório e acha que tem valor, mas em se tratando de área pública, não tem efeito nem de usucapião.”

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Comunicado sobre retomada de área ocorreu em 2023

A Ação Civil Pública que tem como alvo o trecho entre Planalmira e Pirenópolis da GO-338 começou a tramitar em 2003. Em 2009 veio a sentença favorável ao proponente, mas a então Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), hoje Goinfra, recorreu por ter sido condenada a construir a metade das cercas da área desapropriada. Somente em novembro de 2011 veio a sentença definitiva. Os responsáveis teriam seis meses para cumprir a decisão e com possibilidade de pagar uma multa de R$ 5 mil a cada vez que fosse verificada a desobediência.&nbsp;

Até 2023 se passaram 12 anos sem que a desocupação ocorresse. Quando a Goinfra, no ano passado, comunicou aos moradores que a área seria retomada, veio o clamor público que envolveu políticos de Pirenópolis. Defensor público, membro da CSF, Gustavo Alves de Jesus lembra que o alvo são as famílias em situação de vulnerabilidade. “Hoje a tutela é o direito à moradia. Pousadas e outros tipos de comércio não são objeto da atuação da CSF. Se acharem que têm algum direito, os proprietários devem se manifestar no processo.”

Em nota ao POPULAR, a Goinfra se limitou a informar que “está acompanhando as decisões do Tribunal de Justiça de Goiás e oferecendo suporte durante as vistorias técnicas”. A agência ressaltou que antes de iniciar qualquer construção ou adquirir áreas próximas às rodovias estaduais, os interessados devem consultar a agência. No estado, os limites da faixa de domínio têm configuração variada, de acordo com cada rodovia, e podem variar de 130 metros a 40 metros, divididos simetricamente em relação aos eixos centrais. Também é obrigatória uma reserva de mais 15 metros para cada lado, na qual não se pode construir, atendendo a Lei Federal 6.766/79. No caso da GO-338, no trecho alvo da ação, a faixa de domínio é de 40 metros, 20 de cada lado.&nbsp;

 
Preço alto de imóveis provoca ocupação irregular&nbsp;

Situação semelhante, envolvendo 12 famílias de baixa renda que adquiriram terrenos que ultrapassam os 40 metros da faixa de domínio da GO-239, no distrito de São Jorge, em Alto Paraíso, é analisada pela Comissão de Soluções Fundiárias (CSF). Na localidade está o portal de entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e há um processo judicial para a remoção. Empreendimentos como restaurantes e pousadas também estão em situação irregular.

Em novembro de 2022, o deputado Lucas Calil (MDB) apresentou na Assembleia Legislativa projeto de lei para reduzir no trecho de São Jorge as medidas da faixa de domínio da GO-239 de 40 para 15 metros. Ele justificou a proposta dizendo que há diversas construções antigas, de moradores nativos. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça.&nbsp; 
A valorização do metro quadrado em municípios turísticos pode estar por trás da ocupação irregular das faixas de domínio de rodovias oferecendo riscos à segurança. Em Pirenópolis, em outros dois acessos à cidade há edificações ainda mais próximas aos leitos das rodovias. A secretária de Bem Estar Social de Pirenópolis, Gildácia Ribeiro, lembra que imóveis na cidade são caros e a administração tem dificuldade para elaborar projetos habitacionais porque a revisão do Plano Diretor está sub-judice.&nbsp;

Atualizado em 2002, o documento teria de ser renovado em 2012, mas atrasou dez anos. A revisão proposta prevê um aumento de 66% da zona urbana e foi dividida em cinco zonas, uma delas direcionada à população de menor poder aquisitivo. Estudos mostraram que há um déficit habitacional no município de 30%. Aprovada em duas votações na Câmara de Vereadores, a revisão do Plano Diretor de Pirenópolis foi contestada pelo Ministério Público que alegou ausência de vários estudos, entre eles de impacto ambiental. Por enquanto, o processo está suspenso por decisão do TJGO.

58 famílias precisam deixar faixa de domínio na GO-338 entre Planalmira e Pirenópolis

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Infraestrutura

Expansão do mercado livre de energia

Pequenas e médias empresas podem ter suas contas de luz reduzidas em cerca de 20% migrando para o mercado livre, que permite que o consumidor escolha de quem irá comprar sua energia. Cerca de 31% de toda energia consumida em Goiás, adquirida por 1.072 consumidores livres, já vem deste sistema. Eles decidem de quem irão comprar e não estão sujeitos às regras da concessionária local.

Desde janeiro deste ano, mais 8 mil consumidores no estado, sendo 3,8 mil CNPJs, estão aptos a fazer a migração, sendo que 321 já informaram que irão para o mercado livre. A possibilidade de migração desses consumidores de menor porte passou a vigorar em janeiro.

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A Portaria 50/2022 permitiu que todos os usuários do Grupo A (média e alta tensão) podem migrar ao mercado livre de energia, beneficiando aqueles com demanda menor que 500 kW, que são empresas de menor porte, o equivalente a uma conta de luz maior que R$ 10 mil por mês. Antes da Portaria, somente os consumidores do Grupo A, com demanda maior de 500 kW, equivalente a uma conta de R$ 140 mil, podiam migrar.

Em dois meses, as migrações alcançaram metade do volume registrado em todo o ano de 2023, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Só em Goiás, 321 consumidores já anunciaram, oficialmente, a intenção de ir para o mercado livre.

Além de escolher seu fornecedor, o consumidor também pode personalizar o atendimento, negociar prazos e até definir o tipo de fonte da energia que vai comprar. Pequenas indústrias, supermercados, condomínios, padarias e postos de gasolina estão entre a unidades consumidoras que podem migrar.

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Uma das comercializadoras no mercado livre é o Grupo Urca Energia, líder na produção de biometano no País. Para o diretor comercial e de marketing da Urca Trading, Roni Wajnberg, a abertura do mercado é uma grande transformação, que tornará indústrias e varejo mais competitivos.

O Grupo Urca Energia é formado pelas empresas Gás Verde, EVA Energia, Urca Trading e Urca Gás. Roni Wajnberg lembra que, até setembro de 2022, existiam barreiras para a entrada no mercado livre e menos de 12 mil empresas e 35 mil unidades consumidoras estavam nele. Agora, já são 41.744 unidades em todo País, sendo que 3.596 migraram no primeiro bimestre deste ano e 16.793 já haviam anunciado a intenção migrar até o fim de janeiro.

A portaria abriu um potencial de mercado de 165 mil empresas que podem entrar no mercado livre, sendo que 10% deles já pediram a migração. Em Goiás, foram 8%. “Abriu-se o mercado pra um novo tipo de cliente, de pequenas e médias empresas”, destaca o diretor da Urca. Para ele, este é o primeiro passo para uma futura abertura total, que incluirá consumidores empresariais de baixa tensão e residenciais, que poderão escolher de quem comprar.

A pessoa escolhe a empresa e assina o contrato. “Vamos fornecer energia de 20% a 25% mais barata, uma economia de duas a três contas por para o empresário no ano. Numa conta de R$ 20 mil, ele vai economizar de R$ 4 mil a R$ 5 mil todo mês e pode reinvestir no negócio e ter mais competitividade”, explica Roni.

Outro benefício é que a energia é 100% renovável. “Fornecemos certificado que garante a origem da energia entregue, que é 100% verde, de fontes como biogás, eólica e solar”, diz.

Clodoaldo Donadon Pereira é síndico de dois condomínios em Goiânia. Um deles já migrou para o mercado livre e outro já assinou o contrato e está em fase de migração para obter um desconto de 18% na conta de luz. “São quase três faturas de contas de luz que conseguimos economizar por ano, de cerca de R$ 30 mil cada”, diz o síndico. Além disso, entre 40% e 50% dos moradores já estão comprando energia por assinatura da empresa.

O processo de migração leva cerca de 180 dias e exige várias etapas, que são feitas pela empresa contratada. O cliente recebe uma fatura da empresa com a energia consumida e outra da Equatorial contendo o custo do uso do sistema de distribuição. “A soma da minha fatura e da Equatorial fica até 25% mais barata”, afirma o diretor da Urca.

A BC Energia atende 8% do mercado livre de energia em Goiás. O CEO da empresa, Alessandro Cunha, que também preside o conselho de administração da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), informa que a empresa tem 120 dos 321 processos atuais de migração no estado. “Nossa meta é alcançar 1 mil clientes em Goiás”, afirma.

Para ele, a ampliação dependerá de mais conhecimento dos consumidores sobre o sistema. Segundo o CEO da BC Energia, metade dos consumidores livres em Goiás são filiais de outras empresas de atuação nacional. “Os mercados regionais demoram um pouco para conhecer o produto. Mas, de 2016 para cá, já houve um crescimento exponencial e nestes três primeiros meses de 2024, o mercado praticamente dobrou de tamanho”, destaca.

Mas o executivo lembra que alguns clientes ainda não puderam migrar porque ainda têm contrato com a concessionária e precisaram comunicar a saída com seis meses de antecedência. “Mas já temos mais de mil propostas em discussão, de pessoas que ainda estão conhecendo o mercado livre e as empresas do mercado”, ressalta. Como este é um mercado volátil, com oscilações nos preços, uma vantagem é que a comercializadora assume estes riscos.

<h2>Descoberta</h2>

Outra empresa que atua no mercado goiano é a Yellot. Para o diretor comercial da empresa, Jordan Jorge, as empresas ainda estão descobrindo esta possibilidade de migração. Segundo ele, o agronegócio é o segmento mais latente nesta fase, pois utilizam muita energia em armazéns de grãos e pivôs de irrigação, por exemplo. “Será trabalho árduo para educar o mercado para que todos tenham acesso às informações sobre os benefícios”, prevê Jorge.

Jorge afirma que um produtor com conta mensal de R$ 20 mil, pode ter uma economia entre 20% e 30%. Ele explica que tempo do contrato é que vai travar esta energia para que ele tenha mais economia no longo prazo. Quanto menor a flexibilidade no consumo, maior a economia. “Um supermercado tem constância de consumo em quase todos os meses do ano e precisará de uma flexibilidade menor que a do agronegócio, que tem picos de consumo nos meses de colheita, por exemplo”.

Na concessionária, os preços que variam de acordo com o horário do consumo. “No horário de ponta, por exemplo, o preço é o dobro do praticado no mercado livre. Fora da ponta, não é tão mais caro e terá acréscimos de 10% a 15%”, explica Jorge.

Mercado livre de energia chega a 31% do consumo em Goiás

Conta de luz

Com a mudança no perfil de compra, o mercado imobiliário está mudando para agregar mais valor não só ao bem adquirido, mas também à experiência de compra. Pensando nisso o Grupo Jaime Câmara (GJC), ampliando a parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), realizou uma evento sobre estratégias de como atrair, reter e fidelizar o consumidor na sua jornada de compra.

O evento foi na sede da Associação das Empresas do Mercado imobiliário de Goiás (Ademi-GO) para membros do Fórum Habitacional de Goiânia.&nbsp;De acordo com o coordenador do curso Nem On, Nem Off – A Era das Estratégias All-line, da ESPM, Diego Oliveira, o mercado hoje funciona em um formato beta e é necessário trabalhar a comunicação com o consumidor de maneira “all-line”, conseguindo falar com o comprador dentro e fora do mundo digital.&nbsp;

O tema é o foco de um curso promovido em Goiânia em uma parceria do GJC com a ESPM, dando oportunidade para profissionais do mercado local envolvidos nas áreas de mídia, planejamentos e métricas em ambientes all-line terem acesso às expertises da escola de marketing.&nbsp;

Segundo Oliveira a experiência do cliente é abordada com uma novidade nessa interação com o consumidor, mas ela sempre existiu. “A compra de imóvel já é uma experiência, o melhor momento é pegar a chave, mas temos que pensar a forma que estamos comunicando, porque antigamente se fazia uma única experiência para todos e hoje para cada cliente existe um tipo de interação diferente, então é preciso pensar essa experiência de diferentes formas”, afirmou o especialista.&nbsp;

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Ele ainda reforçou que atualmente a forma como as pessoas compram mudou e trouxe a referência do delivery para a jornada de compra. “Hoje ninguém compra nada sem conferir a avaliação de um estabelecimento, porque o cliente já se antecipa a um possível problema e já descarta aquela opção”, explicou.&nbsp;

O evento foi aberto com a fala da diretora comercial do GJC, Cristiana Moreira, que apresentou o perfil do consumidor goiano. Quando se trata de mercado imobiliário as mulheres são 52% na manifestação da intenção de compra e os homens correspondem a outra parte, 48%.

Para Moreira o mercado de mídia vem se reinventando e o grupo também. Para ela a intenção é contribuir com os clientes e reforçar a parceria da GJC dando acesso a esse conteúdo e as estratégias.&nbsp;“Nosso foco é falar como vamos acessar esse consumidor que hoje é multimeio e multiplataforma, e a partir daí gerar as mais diversas experiências pensando em cada jornada individualmente”, disse.&nbsp;

Mercado

Para o diretor do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias de Goiás (Secovi-GO), João Claudio Araújo, o momento é oportuno para discutir a jornada do cliente, porque o mercado está em ascensão com a queda da taxa de juros e a evolução crescente do consumo. “Hoje nós temos um crescimento nas vendas de imóveis em um patamar superior a 10% nos últimos 12 meses e para 2024 nós estamos projetando um crescimento de 17%”, afirmou Araújo.&nbsp;

O diretor da ADU, André Luiz Nogueira, considera perceptível a mudança no perfil de quem compra, que para ele ficou mais qualificado. “Hoje preocupa-se mais com qualidade de vida e segurança, e o mercado imobiliário é resiliente e traz essa segurança de um investimento sólido”, afirmou Nogueira.

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Estratégias all-line com foco em melhor experiência do cliente

Mercado Imobiliário

O Popular