Os ativos da Companhia Celg Participações (CelgPar) foram leiloados por&nbsp;R$ 227,3 milhões&nbsp;durante a sessão pública na sede da B3, bolsa de valores brasileira, em São Paulo, nesta sexta-feira (3). A arrecadação para o Governo de Goiás foi&nbsp;16,8% maior ao preço mínimo estimado, que era de R$ 194,6 milhões.&nbsp;

Empresa de sociedade de economia mista e capital autorizado, a CelgPar tinha até então o Estado de Goiás como acionista majoritário e operava duas pequenas centrais hidrelétricas, além de quatro usinas fotovoltaicas.&nbsp;A negociação ocorreu&nbsp;mesmo em meio aos&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/politica/tce-cita-subavaliac-o-de-ate-r-198-milh-es-na-celgpar-1.3318845" target="_blank">indícios de subavaliação</a>&nbsp;apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO).

No leilão, foram ofertados quatro lotes: 25% das ações ordinárias da Energética Corumbá III com mais 50% das ações preferenciais da mesma empresa, totalizando 37,5% do capital social completo da companhia. Venceu a Neoenergia com o lance de R$ 91,8 milhões.

Para 100% das ações de emissão da Firminópolis Transmissão e 100% das ações de emissão da Lago Azul Transmissão, o lance ganhador foi da EDP Goiás com a oferta de R$ 83,6 milhões.&nbsp;

Já para o lote de 49% das ações de emissão da Pantanal Transmissão, o lance vencedor foi da Órion Transmissão, que ofereceu R$ 43,1 milhões.

Por fim, os 20% das ações de emissão da Energética Fazenda Velha foram arrematadas pela Hy Brazil Energia, que fez um lance de R$ 8,7 milhões.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/governo-mantem-leil-o-da-celgpar-apos-divergencias-1.3317669" target="_blank">Governo mantém leilão da CelgPar após divergências</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/diretora-da-celgpar-e-exonerada-em-meio-a-divergencias-internas-1.3318442" target="_blank">Diretora da CelgPar é exonerada em meio a divergências internas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tce-cita-subavaliac-o-de-ate-r-198-milh-es-na-celgpar-1.3318845" target="_blank">TCE cita subavaliação de até R$ 198 milhões na CelgPar</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tce-rejeita-pedido-de-liminar-para-suspender-leil-o-da-celgpar-1.3319825" target="_blank">TCE rejeita pedido de liminar para suspender leilão da CelgPar</a></div>

<h2>Tensões&nbsp;</h2>

O governo manteve o leilão ao valor de no mínimo R$ 194,6 milhões mesmo com indícios de subavaliação apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO). &nbsp;

O POPULAR mostrou que relatório parcial de auditoria do leilão da CelgPar, assinado por cinco técnicos do TCE-GO,&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/politica/tce-cita-subavaliac-o-de-ate-r-198-milh-es-na-celgpar-1.3318845" target="_blank">aponta subavaliação de pelo menos R$ 44 milhões</a> nos ativos da empresa. Em outras duas metodologias, a desvalorização indicada varia de R$ 110 milhões a R$ 198,9 milhões.&nbsp;

Os ativos da companhia, divididos em quatro lotes, têm lance mínimo de R$ 194 milhões, enquanto o relatório do TCE-GO avalia que os preços deveriam ser de pelo menos R$ 238,3 milhões, podendo chegar a R$ 392 milhões. &nbsp;

As providências após a notificação do tribunal geraram crise entre a direção da companhia e o governo de Goiás, culminando com a exoneração de <a href="https://opopular.com.br/politica/diretora-da-celgpar-e-exonerada-em-meio-a-divergencias-internas-1.3318442" target="_blank">dois integrantes da cúpula da empresa</a>, como o presidente da companhia Fernando Navarrete, e a diretora de Gestão Corporativa da Companhia Celg de Participações (CelgPar), Anita Luzia de Souza Pinheiro da Costa Belchior.&nbsp;

Ativos da CelgPar são leiloados por R$ 227 milhões

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LEILÃO

O ex-jogador Romário pode ver ir a leilão uma mansão, uma lancha e três carros de luxo. A movimentação foi autorizada pela Justiça do Rio de Janeiro em ação que tem como objetivo quitar uma dívida que é alvo de disputa há mais de 20 anos. A defesa do senador (PL-RJ) apresentou recurso&nbsp;nesta sexta-feira (3).

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Os leilões dos cinco bens estão marcados para acontecer no próximo dia 23, com lances iniciais que, somados, chegam a R$ 10,8 milhões. A informação é do jornal "O Globo".

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/tj-realiza-leil-o-de-mais-de-1-2-mil-veiculos-veja-como-participar-1.3318242" target="_self">TJ realiza leilão de mais de 1,2 mil veículos; veja como participar</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/com-carros-de-luxo-detran-faz-leil-o-com-mais-de-3-mil-veiculos-em-goias-1.3309222" target="_self">Com carros de luxo, Detran faz leilão com mais de 3 mil veículos em Goiás</a></div>

A ação foi movida por uma empresa que prestava serviços à boate "Café do Gol", que tinha Romário como um dos sócios, por quebra de contrato. A cobrança começou em 2001, quando a casa noturna, localizada na Barra da Tijuca, encerrou as atividades.

Parte desses patrimônios já foi a leilão em 2021, mas, à época, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o procedimento. Os bens, embora não estejam em nome de Romário, foram usados de forma recorrente por ele nos últimos anos.

Em estimativa mais recente apresentada pelos advogados da empresa à 4ª Vara Cível da Barra da Tijuca, a dívida do ex-jogador estava na casa de R$ 24,3 milhões.

Em nota, a defesa de Romário apontou que "ainda aguarda a apreciação de recurso" e que "o senador mantém plena confiança no trabalho de sua equipe jurídica e acredita que os fundamentos apresentados serão suficientes para afastar qualquer possibilidade de leilão".

<h2>Os Bens</h2>

A mansão é localizada em um condomínio na Barra da Tijuca, e tem 896 m² de área edificada, em um terreno de 1,5 mil m². O local tem piscina e campo de futebol.

Segundo "O Globo", o imóvel foi avaliado em R$ 9 milhões para a primeira chamada do leilão e, caso não haja comprador, haverá uma segunda chamada, com lance inicial pela metade do valor.

Ainda de acordo com a publicação, a lancha "All Mare" tem 15,5 metros de comprimento, foi construída com fibra de vidro e conta com dois motores de 435 cavalos cada um. O lance inicial é de R$ 1,1 milhão.

O Porsche, modelo Macan Turbo 2015, foi avaliado em R$ 267,8 mil. Já o Audi RS6 Avanti 4.0 TFSI, de 2015, em R$ 391,5 mil. O Peugeot 2008 Allure AT, modelo de 2017, está avaliado em R$ 53 mil.

<h2>Nota da defesa de Romário</h2>

"A defesa do senador Romário (PL-RJ) esclarece que a recente decisão do TJRJ, no processo movido pela empresa Koncretize, ainda aguarda apreciação de recurso. O senador mantém plena confiança no trabalho de sua equipe jurídica e acredita que os fundamentos apresentados serão suficientes para afastar qualquer possibilidade de leilão.

Cabe destacar que o processo em questão foi iniciado há mais de 20 anos, marcado por cobranças absolutamente desproporcionais e exorbitantes. A defesa de Romário seguirá atuando para que prevaleçam a razoabilidade e a justiça, confiando na reversão desse cenário".

Romário pode ter bens leiloados em R$ 10,8 milhões em ação por dívida

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O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) rejeitou na terça-feira (30) pedido de liminar para suspender o leilão de participações acionárias da Companhia Celg de Participações (CelgPar), marcado para as 14 horas desta sexta-feira (3), na sede da B3, em São Paulo. A representação foi protocolada pelo deputado estadual Mauro Rubem (PT), sob argumento de que relatório técnico preliminar do TCE-GO havia apontado indícios de subavaliação dos ativos, como revelou o POPULAR na semana passada.O conselheiro Celmar Rech, relator do processo de acompanhamento da venda da CelgPar, afirmou que a venda já vem sendo acompanhada pelo tribunal e que as providências adotadas até o momento são consideradas suficientes. Segundo o relator, a equipe técnica do TCE-GO ainda não concluiu os trabalhos, após esclarecimentos apresentados pelo governo goiano, nem apresentou “qualquer proposta de medida de urgência, o que fragiliza o argumento de perigo da demora” - requisito para concessão de liminar.Celmar Rech também alegou que a representação do parlamentar foi “fundamentada em matérias jornalísticas que exploram fatos alheios às questões técnicas da alienação, não havendo (na peça) elementos que possam indicar a efetiva existência dos alegados indícios de irregularidade”.No processo próprio de acompanhamento do tribunal, não houve registro de movimentação desde o dia 19 de setembro, quando a Secretaria-Geral de Governo e a CelgPar apresentaram defesa sobre a recomendação de revisão dos preços dos ativos. A reportagem apurou que representantes do TCE-GO e do governo tiveram reuniões na quarta e quinta-feira. Na primeira, houve pedido por parte do tribunal de documentos complementares. Na segunda, procuradores do Estado e da companhia buscavam garantir que não haverá medida cautelar que impeça o leilão desta sexta.Comitiva de 24 pessoas da gestão estadual vai a São Paulo, incluindo o governador Ronaldo Caiado (UB), o vice-governador Daniel Vilela (MDB), quatro secretários e dois diretores da CelgPar.Como mostrou o POPULAR, o relatório parcial de auditoria, assinado por cinco técnicos, aponta subavaliação que varia de R$ 44 milhões a R$ 198,9 milhões, a depender da metodologia de cálculo. Os ativos da companhia, divididos em quatro lotes, têm lance mínimo de R$ 194 milhões, enquanto o relatório do TCE-GO avalia que os preços deveriam ser de pelo menos R$ 238,3 milhões, podendo chegar a R$ 392 milhões.As divergências sobre a suspensão do leilão, após o relatório do TCE-GO, geraram crise entre a direção da companhia e o governo estadual, culminando com a exoneração de dois integrantes da cúpula da empresa: Fernando Navarrete da presidência e Anita Belchior da Diretoria de Gestão Corporativa.O relatório do tribunal foi encaminhado ao governo em 11 de setembro, com pedidos de esclarecimentos e recomendação de “revisão criteriosa dos valores atribuídos aos lotes, considerando as premissas mais vantajosas ao Tesouro Estadual, a fim de assegurar uma venda mais favorável ao Estado, sem comprometer a razoabilidade dos valores e a competitividade/atratividade”.O governo apresentou respostas em audiência no tribunal e em ofício, nos dias 18 e 19. Desde então, não houve registro de andamento do processo, que corre em sigilo no TCE-GO. No fim da tarde de quinta, o gabinete de Celmar Rech informou que a equipe técnica ainda estava analisando os esclarecimentos apresentados pela SGG e CelgPar sobre a metodologia de avaliação dos ativos e que não havia proposto qualquer medida de intervenção do tribunal. Sem solicitação de medidas, o gabinete informou que a equipe “seguirá com o regular acompanhamento do processo, que envolve outros aspectos de conformidade e ainda se encontra em fase de instrução inicial”.Além da representação no TCE-GO, Mauro Rubem e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg) protocolaram ação popular no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) e representação no Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra o leilão. Até o fechamento da edição, a Justiça não havia apresentado decisão sobre o pedido de liminar. A Procuradoria-Geral do Estado se manifestou na ação, buscando impedir a suspensão.A CelgPar venderá duas empresas de transmissão, da qual é a única proprietária, e a participação em outras duas empresas de geração e uma de transmissão, totalizando cinco ativos. Os lotes incluem 25% das ações ordinárias e 50% das ações preferenciais da Energética Corumbá III; 100% das empresas Firminópolis Transmissão e Lago Azul Transmissão; 49% das ações da Pantanal Transmissão; e 20% das ações da Energética Fazenda Velha.O titular da SGG, Adriano da Rocha Lima, que assumirá o comando da CelgPar nesta sexta-feira, defendeu a metodologia utilizada para a avaliação e diz que há equívocos no relatório parcial do TCE-GO. Ele afirma que foram apresentados ao tribunal todos os detalhes técnicos e especificidades do edital do leilão.

TCE rejeita pedido de liminar para suspender leilão da CelgPar

Política

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Matéria - Política

Privatização

WEBSTORIES: Diretora da CelgPar é exonerada em meio a divergências internas

CelgPar: TCE cita subavaliação de até R$ 198 milhões

Assinado por cinco técnicos do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), o relatório parcial de auditoria do leilão da Companhia Celg de Participações (<a href="https://opopular.com.br/politica/diretora-da-celgpar-e-exonerada-em-meio-a-divergencias-internas-1.3318442" target="_self">CelgPar</a>) aponta subavaliação de pelo menos R$ 44 milhões nos ativos da empresa que vão <a href="https://opopular.com.br/politica/governo-mantem-leil-o-da-celgpar-apos-divergencias-1.3317669" target="_self">à venda</a> nesta sexta-feira (3). Em outras duas metodologias, a desvalorização indicada varia de R$ 110 milhões a R$ 198,9 milhões.

Os ativos da companhia, divididos em quatro lotes, têm lance mínimo de R$ 194 milhões, enquanto o relatório do TCE-GO avalia que os preços deveriam ser de pelo menos R$ 238,3 milhões, <a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-goias-espera-r-300-milh-es-com-a-venda-e-extinc-o-da-celg-par-1.3266964" target="_self">podendo chegar a R$ 392 milhões</a>. As providências após a notificação do tribunal geraram crise entre a direção da companhia e o governo de Goiás, culminando com a exoneração de dois integrantes da cúpula da empresa, como o POPULAR vem mostrando desde sexta-feira (26).

A reportagem teve acesso ao relatório do tribunal que aponta que “entre os riscos relevantes mapeados, destaca-se o de subavaliação dos ativos, falhas metodológicas e irregularidades capazes de comprometer o valor da alienação e, por consequência, o patrimônio do Estado de Goiás”. O relatório tem 45 páginas e diversos anexos com o detalhamento técnico dos modelos de cálculo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/diretora-da-celgpar-e-exonerada-em-meio-a-divergencias-internas-1.3318442" target="_self">Diretora da CelgPar é exonerada em meio a divergências internas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/governo-mantem-leil-o-da-celgpar-apos-divergencias-1.3317669" target="_self">Governo mantém leilão da CelgPar após divergências</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/presidente-da-celgpar-pede-exonerac-o-em-meio-a-questionamentos-sobre-valores-de-leil-o-da-empresa-1.3317253" target="_self">Presidente da CelgPar pede exoneração em meio a questionamentos sobre valores de leilão da empresa</a></div>

O documento foi enviado ao governo estadual, por meio da Secretaria Geral de Governo, no dia 11 de setembro, com prazo de cinco dias úteis para esclarecimentos. A defesa já foi apresentada por ofício e pessoalmente, por representantes da pasta, em audiência no TCE-GO. A previsão é que o relatório final da equipe técnica seja apresentado ainda antes da realização do leilão.

O tribunal afirma que houve <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-deve-buscar-haddad-para-agilizar-revis-o-do-prf-1.3118903" target="_self">agilidade na elaboração de relatório</a> parcial justamente para que houvesse tempo para providências (“ajustes ou medidas corretivas”) antes da data da venda, na sede da B3, em São Paulo. O leilão estava inicialmente marcado para o dia 30 de setembro, chegou a ser suspenso no dia 22, mas foi retomado com nova data (3/10) na última quinta-feira (25), sem mudança nos preços e demais termos.

O relatório do TCE-GO fala em “informações e indícios relevantes que traduzem possibilidade de inconsistências e distorções na metodologia, fundamentos e cálculos na avaliação econômico-financeira, bem como nas deliberações do gestor, gerando risco de subavaliação dos ativos, o que pode redundar numa alienação em valores inferiores ao que poderia ser considerado preço de mercado”.

“Por consequência, a alienação de ativos subavaliados importa em recebimentos menores, o que por si só é circunstância danosa ao erário estadual”, conclui o documento da auditoria, assinado por dois auditores de Controle Externo, dois assessores técnicos e pelo coordenador do monitoramento.

<div attr-cid="policy:1.3318853" attr-version="policy:1.3318853:1759282579" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3318853" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3318853', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3318853">WEBSTORIES: Diretora da CelgPar é exonerada em meio a divergências internas (1.3318853)</a></div>

A CelgPar venderá duas empresas de transmissão, da qual é a única proprietária, e a participação em outras duas empresas de geração e uma de transmissão, totalizando cinco ativos. Para estruturar o processo de venda, a companhia contratou o Consórcio CRH Consultoria, formado pelas empresas Ceres Inteligência Financeira Ltda., Rolim Goulart Cardoso Advogados e Irko Hirashima.

Alegando complexidade da auditoria, o TCE-GO contratou a empresa LB Consultoria Empresarial Ltda para auxiliar a equipe técnica na análise das avaliações econômico-financeiras das ações da CelgPar, de “forma a determinar se o valor de venda mínimo do leilão está compatível com o valor de mercado”. A LB apresentou relatório preliminar com opinião técnica sobre os valores.

Em todos os quatro lotes, o relatório do tribunal concluiu por indicação de “indícios de subavaliação potencial dos ativos” e “inconsistências metodológicas na avaliação econômico-financeira do Consórcio CRH”, além de discrepâncias entre os cálculos do consórcio e da LB.

Considerando a tabela com a menor diferença, de 23% na comparação entre o valor mínimo do leilão e a precificação feita pelo tribunal, a maior arrecadação viria das ações da Energética Corumbá III. A CelgPar apresentou um lance mínimo de R$ 91,8 milhões, enquanto o relatório técnico indica que poderia ser de pelo menos R$ 111,7 milhões. A companhia goiana tem 25% das ações ordinárias e 50% das ações preferenciais, totalizando 37,5% do capital social da Corumbá III.

As empresas Firminópolis Transmissão e Lago Azul Transmissão têm um preço mínimo de R$ 62,2 milhões, e o relatório aponta possibilidade de venda por pelo menos R$ 75,6 milhões. Os 49% das ações da Pantanal Transmissão estão estimados em R$ 31,1 milhões, enquanto a avaliação do tribunal é de R$ 37,9 milhões. Já os 20% das ações da Energética Fazenda Velha valeriam ao menos R$ 13,1 milhões, e o leilão prevê R$ 8,7 milhões.

O titular da SGG, Adriano da Rocha Lima, que assumirá também o comando da CelgPar na sexta-feira (3), defendeu a metodologia utilizada para a avaliação e diz que há equívocos no relatório parcial do TCE-GO. O secretário afirma que foram apresentados ao tribunal todos os detalhes técnicos e especificidades do edital do leilão e que nenhum questionamento complementar foi apresentado no processo, o que indicaria que foram esclarecidos todos os pontos de dúvidas.

O <a href="https://opopular.com.br/politica/estado-oferece-incentivos-para-novas-hidreletricas-1.3273322" target="_self">governo</a> também argumenta que o tribunal não chegou a pedir a suspensão do leilão, embora o relatório técnico recomende “revisão criteriosa dos valores atribuídos aos lotes, considerando as premissas mais vantajosas ao Tesouro Estadual, a fim de assegurar uma venda mais favorável ao Estado, sem comprometer a razoabilidade dos valores e a competitividade/atratividade”.

Diretoria

O governo confirmou nesta terça-feira (30) uma nova mexida na diretoria da CelgPar, após a exoneração de Anita Belchior da Diretoria de Gestão Corporativa. Até então vice-presidente e diretor de Relações com Investidores, Gustavo Mendanha (MDB), ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, assumirá o cargo que era de Anita. Já para a vaga do emedebista será nomeado o economista Luiz Evandro Leite, ex-assessor da Celg Transmissão até o processo de venda da empresa, em 2021.

Na segunda-feira, o governo havia informado que Leite iria para a vaga de Anita. O argumento oficial é que a gestão buscou um especialista em liquidações para o cargo. O POPULAR mostrou, no entanto, que pesou para a saída da diretora o fato de ela não ter votado a favor da remarcação do leilão para o dia 3 de outubro. Mendanha e o diretor Técnico e Comercial, Marcos Roberto Silva, tesoureiro do diretório estadual do União Brasil, votaram a favor.

Fernando Navarrete apresentou carta de exoneração da presidência da CelgPar na quinta-feira (25), depois que Adriano desautorizou a suspensão do leilão, autorizada pelos quatro diretores no dia 22. Navarrete defendia o adiamento para que fossem revistas as avaliações de acordo com o relatório parcial do TCE-GO e recomendação do Consórcio Estruturador.

Na própria quinta, a diretoria da companhia aprovou a revogação do ato assinado por Navarrete e remarcou o certame para o dia 3. Além de se posicionar contra a nova data, Anita se absteve sobre a revogação da suspensão.

<div attr-cid="policy:1.3319012" attr-version="policy:1.3319012:1759326422" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3319012" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3319012', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3319012">CelgPar: TCE cita subavaliação de até R$ 198 milhões (1.3319012)</a></div>

TCE cita subavaliação de até R$ 198 milhões na CelgPar

Desestatização

Diretora da CelgPar é exonerada

Diretora da CelgPar é exonerada 

Diretora de Gestão Corporativa da Companhia Celg de Participações (CelgPar), Anita Luzia de Souza Pinheiro da Costa Belchior é a segunda integrante da cúpula da empresa a cair em meio às <a href="https://opopular.com.br/politica/governo-mantem-leil-o-da-celgpar-apos-divergencias-1.3317669" target="_self">divergências sobre valores de venda de ativos</a> que será realizada na próxima sexta-feira (3). Segundo o governo estadual, ela será substituída por Luiz Leite, que atuou como assessor na Celg Geração e Transmissão (Celg GT).

No sábado (27), como mostrou o POPULAR, o <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/presidente-da-celgpar-pede-exonerac-o-em-meio-a-questionamentos-sobre-valores-de-leil-o-da-empresa-1.3317253" target="_self">presidente Fernando Navarrete pediu exoneração</a> após embate com a cúpula do governo estadual sobre a definição da data do leilão, diante de indícios de subavaliação apontados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO).

Anita, que é mulher do ex-deputado estadual Samuel Belchior (MDB), votou contra a nova data marcada (3/10) para o leilão na B3, em São Paulo, em reunião da diretoria na quinta-feira (25), já após a saída de Navarrete. A reunião revogou a suspensão que o ex-presidente havia anunciado na segunda-feira (22), com a assinatura de todos os diretores.

O governo afirmou apenas que a troca ocorreu para que um especialista em liquidações assuma o cargo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/governo-mantem-leil-o-da-celgpar-apos-divergencias-1.3317669" target="_self">Governo mantém leilão da CelgPar após divergências</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/presidente-da-celgpar-pede-exonerac-o-em-meio-a-questionamentos-sobre-valores-de-leil-o-da-empresa-1.3317253" target="_self">Presidente da CelgPar pede exoneração em meio a questionamentos sobre valores de leilão da empresa</a></div>

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, assumirá o comando da companhia na sexta-feira, mesmo dia do leilão que foi remarcado com o mesmo valor mínimo, de R$ 194,6 milhões. Relatório técnico do TCE-GO apontou questionamentos sobre a metodologia de cálculo e avaliou que poderia haver aumento de cerca de R$ 100 milhões pelos quatro ativos que serão leiloados.

Adriano defende a metodologia de avaliação da companhia e argumenta que, como não houve nenhum ato do tribunal no sentido de defender a suspensão, não há motivo para a não realização.

O leilão estava inicialmente marcado para 30 de setembro, mas no dia 11 o governo foi notificado sobre o relatório técnico do tribunal. O conselheiro Celmar Rech enviou ofício à SGG com pedido de esclarecimentos sobre pontos formulados pela equipe de auditoria do tribunal, que recomendava “revisão criteriosa dos valores atribuídos aos lotes, considerando as premissas mais vantajosas ao Tesouro Estadual, a fim de assegurar uma venda mais favorável ao Estado, sem comprometer a razoabilidade dos valores e a competitividade/atratividade do leilão”.

<div attr-cid="policy:1.3318531" attr-version="policy:1.3318531:1759234765" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3318531" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3318531', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3318531">Diretora da&nbsp;CelgPar&nbsp;é exonerada (1.3318531)</a></div>

Navarrete e os demais diretores da companhia aprovaram a suspensão publicada na segunda-feira, o que gerou reação de Adriano. Em nota na semana passada, o secretário afirmou que o ex-presidente tomou decisões unilaterais, consideradas “insubordinação”.

Na quarta-feira (24), houve rumores de que o governo poderia destituir toda a diretoria pelo fato de os integrantes terem assinado a ata da reunião que aprovou a suspensão do leilão. Além de Anita, o ex-presidente do Detran-GO e tesoureiro do diretório estadual do União Brasil, Marcos Roberto Silva, é diretor técnico e comercial, e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha é vice-presidente.

A reunião para revogar a suspensão e marcar nova data do leilão ocorreu na noite de quinta-feira, quando Mendanha e Marcos Roberto aprovaram as novas medidas, diferentemente de Anita.

Salário x cpf

Nos bastidores, governistas acusam Navarrete e Anita de tentarem adiar o leilão e a futura liquidação da CelgPar para manter os altos salários na companhia. O presidente recebe cerca de R$ 65 mil. Já fontes ligadas aos ex-diretores relatam que havia “preocupação com o CPF” diante da pressa do governo em agilizar o processo e “atropelar etapas”.

A reportagem tentou contato com Anita, por meio do celular dela e de Samuel Belchior, mas ela não atendeu e não deu retorno às mensagens. Gustavo Mendanha, que agora assume novo cargo, também não foi localizado..