Karla Jaime

Em breve, um complexo de comércio e serviços em Goiânia vai ganhar reforço a seu perfil tecnológico e futurista com o uso de dois robôs na logística de entrega de comida em ambiente interno. Será a primeira operação em Goiânia, com início previsto ainda em julho ou agosto, da Synkar, startup que desenvolve robôs autônomos por meio de inteligência artificial e machine learning.

“Será bem parecido com a operação com iFood na sede em Osasco”, explica Lucas Assis, 32 anos, cofundador da Synkar, adiantando que o uso de robôs em Goiânia tem potencial para ser a maior operação desse tipo aberta ao público. “Vai ser bem legal ver o contato dos goianos com essa tecnologia”, antecipa ele, que é formado em Engenharia Elétrica, com mestrado em computação pela Universidade Federal de Goiás, onde está concluindo doutorado.

Esse é um exemplo de negócio bem-sucedido impulsionado por projeto com uso de inteligência artificial desenvolvido em parceria com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) da UFG. Há muitos outros. Do total de 67 projetos em andamento hoje no Ceia, 30% são de empresas goianas que têm contratos para pesquisa e inovação e que conseguiram desenvolver produtos de IA e conquistar mercados em nível nacional e internacional, informa Anderson Soares, coordenador científico do Ceia-UFG.

O próprio Ceia vem ganhando maior reconhecimento. Relatório lançado pelo Google no dia 25 de junho, intitulado Startups &amp; Inteligência Artificial Generativa: Destravando o seu potencial no Brasil, aponta que o Centro de Excelência em IA se destaca “por realizar diversas parcerias com a iniciativa privada dos mais variados segmentos” – como saúde, logística e energia – para a “criação de diferentes produtos, que possuem cerca de 80 milhões de consumidores no país”.

Como parte do projeto IAí? do Grupo Jaime Câmara, cujo objetivo é ampliar a divulgação e o debate sobre inteligência artificial, O POPULAR selecionou e mostra empreendimentos que tiveram rápido crescimento e seguem expandindo mercado pela inovação que torna mais ágil e eficaz a oferta de produtos e serviços.

Robôs na logística

A startup Synkar, que começou com três sócios, reúne hoje 24 pesquisadores para desenvolver robôs e veículos autônomos. A produção começou em baixa escala, são 20 robôs em operação, com clientes no Canadá e na Irlanda, além do Brasil, mas deve ser multiplicada para atender à demanda crescente.

Com unidades de montagem no Brasil e na China, a empresa busca investimentos, a exemplo dos feitos pelo iFood em 2021. Lucas Assis, um dos sócios, afirma que já têm 285 robôs reservados via carta de intenção por empresas de hotelaria, segurança e logística da Irlanda, Canadá, Portugal, Malásia e Brasil. Por isso, explica, a produção vem aumentando, com meta de manufaturar em massa para chegar a 200 robôs até outubro de 2025.

A história da startup focada em robótica começou em 2017, quando Matheus Theodoro e Evandro Barros, que tinham um grupo de pesquisa em IA, se juntaram a Lucas Assis. Uniram experiências na fabricação de hardware e robôs, aprendizados na China e no Canadá e intercâmbio com outros pesquisadores, para fundar a empresa, após notar empreendimentos surgindo em outros países para superar déficits de logística. “A automação vem para ajudar”, constata Assis.

Os sócios entraram em programas de aceleração para estruturar a empresa de forma global. Conseguiram contrato e realizaram para o iFood o primeiro piloto em shopping de Ribeirão Preto, onde fica hoje a sede física da startup, embora mais da metade dos pesquisadores atue em Goiânia, em home office. ADA, utilizada pelo iFood, é o modelo mais conhecido no país dos robôs da Synkar.

A parceria com o Ceia-UFG tem sido fundamental. “Criamos o primeiro conjunto de dados, o primeiro data set de robótica pública da América Latina, que traz insumos para que pesquisadores consigam desenvolver solução em IA para robôs que enfrentem desafios de mobilidade no Brasil”, descreve Assis. Atualmente, caminham para o sexto projeto, depois de quatro já finalizados. A proposta do quinto e sexto visa produzir veículo com grande montadora para transporte de 1.5 tonelada, conta o empresário.

“A tecnologia que a gente criou é muito versátil, um robô que pode fazer entregas em ambientes externos e internos. Agora, queremos levar motor, produtos mais pesados. E expandir o uso de robôs menores dentro de hotel, hospital, condomínios horizontais e verticais”, comenta ele.

A inteligência artificial de navegação permite que os usuários acompanhem o status de entrega e a bateria tem autonomia de 12 horas. Os robôs aprendem a detectar obstáculos como pessoas ou veículos e a tomar decisões a partir dessas informações, com base em sensores e imagens coletadas por câmeras que são processadas por uma plataforma de IA que as analisa e repassa para os algoritmos de localização e decisão. O robô consegue se situar e decidir o melhor caminho para a entrega.

“No imaginário popular, IA é como uma alma mesmo, o que faz o robô se mover. Mas nosso sistema não tem uma inteligência artificial que sabe de tudo, porque é mais eficiente ter múltiplas IAs que vão cuidar de funções específicas”, esclarece Assis. São oito módulos para detecção, navegação e localização, além de recursos extras, com pedir licença ou ajuda de um humano em situações como a de uma criança que quer brincar com o robô e impede sua passagem. “Temos um escopo bem definido, não precisa ser um chatGPT.’’

Tecnologia na oficina

O case de sucesso da Cilia, que se tornou a maior empresa do país em tecnologia para orçamento veicular, dominando mercado antes ocupado por empresa estrangeira, começou de forma modesta em 2012.

Um dos fundadores, Daniel Barbosa lembra que ele, dois sócios desenvolvedores e um sócio investidor montaram catálogo de todas as peças e veículos para padronizar o orçamento de um carro e atender clientes formados por grupos de seguradoras, oficinas e locadoras de veículos.

Em 2018, anunciava-se o salto. “Tinha o sonho de com uma foto de carro batido conseguir orçamento, sem precisar de mecânico”, recorda um dos criadores da startup. Sonho que foi realizado com a simplificação do processo de reparo de automóveis por meio de orçamentos de forma online.

A oficina que demorava em média 30 minutos para fazer orçamento, hoje leva 5 minutos e, além das peças externas, consegue inferir o que se danificou internamente.

A Cilia foi uma das primeiras parceiras do Ceia-UFG. “Crescemos muito, hoje praticamente 70% do mercado de seguros e 5 mil oficinas utilizam nossa aplicação. Acompanhamos demanda e estoque de peças, atendendo em média 25 mil batidas (de veículos) todos os dias”, relata Barbosa.

Em 2023, a startup goiana recebeu um aporte de R$ 110 milhões, em rodada liderada pelo fundo Cloud9 Capital e com participação do Mercado Livre.

Evolução jurídica

“Saiba como a IA para advogados tem se consolidado como uma das principais inovações do setor jurídico e como se preparar para as transformações do futuro.” Esse é um dos tópicos de apresentação do site da Data Lawyer.

Sócio fundador e diretor executivo da empresa, no mercado há cinco anos, Caio Santos, 32 anos, administrador de empresas, explica que a sede fica em Goiânia, assim como o time de desenvolvimento. “De Goiânia para o mundo”, anuncia ele, cuja equipe é de 43 colaboradores.

Santos conta que o uso de IA foi a partir de 2017, não a generativa, mas IAs para extração de informações, com capacidade de ler o texto e organizar dados de processos judiciais. Com o Ceia-UFG, desenvolvem agora o projeto de construir o primeiro LLM (Large Language Model) jurídico do Brasil.

“Começamos há seis meses, com previsão de produto no mercado em setembro, mas a finalização será só em julho de 2025”, informa. Segundo ele, esse produto deve melhorar a maneira como as pessoas interagem com a Justiça, proporcionando mais visibilidade, agilidade, “uma interface mais fluida para processos judiciais”.

Santos explica que será possível fazer à IA perguntas sobre andamento de processos e obter respostas em linguagem acessível, simplificada. “Como se fosse um ChatGPT de processos judiciais”, compara.

Hoje, a Data Lawyer atende mais de 300 clientes no mercado business to business, voltado para empresas, entre os quais McDonald’s, Claro, Santander, Pepsico e Safra. IA favorece entrega de valor de forma rápida e eficiente, enfatiza Santos.

“Relatórios que seriam até inviáveis a um ser humano ou que demorariam mais de ano, a gente entrega a poucos cliques. Lidamos com aproximadamente 60 milhões de processos no banco de dados, que constituem nosso Big Data. Isso a partir do acesso a processos públicos pelos sites de tribunais via consulta pública e Diários Oficiais”, expõe ele. Esse acesso de forma massificada, com tecnologia própria, já coletou e estruturou 100% das informações processuais dos TRTs (Tribunais Regionais do Trabalho) e TRFs (Tribunais Regionais Federais).

Minimercado autônomo

No meio da pandemia, Cris Nogueira, 38 anos, graduada em marketing e com experiência como gestora comercial, decidiu promover uma virada na carreira e empreender. Criou o SuperBox, startup fundada em setembro de 2020 e focada no varejo alimentício.

São minimercados autônomos em condomínios horizontais de classes A e B.&nbsp;“Muito desafio, principalmente uma startup, de estrutura enxuta, muito trabalho, uma operação 24 horas por dia, 7 dias por semana”, descreve. Cris fez curso em Nova York de gestão em inovação.

“Foquei na falta que percebia e resolvi oferecer uma estrutura de minimercados dentro de condomínios.” Até então, conhecia empreendimentos corporativos, centros comerciais, em Curitiba e São Paulo. Inovou ao, em meio à pandemia, investir em formato para atendimento residencial, com operação própria. “Desenvolvemos todo o modelo de negócio, foi disruptivo”, define.

Começou como MPV (mínimo produto viável), investiu R$ 60 mil na primeira unidade, o projeto foi crescendo e hoje são mais de 40 unidades, todas na Região Metropolitana de Goiânia. Desde o início, o negócio já era baseado em IA, o que foi se personalizando.

“Nesse processo encontrei o Ceia, consegui dar encaminhamento via Sebrae e Embrapii”, conta. A IA é determinante a toda a operação, ao facilitar nas áreas de compras, monitorar desvios/furtos de usuários. “Os desenvolvedores vão avaliando o que podem agregar, o que melhor se adequa à operação. Já tenho um sistema que me atende muito, mas estamos em fase de testes das ferramentas. Já tem um BI (business intelligence), um sistema de análise de todos os dados da operação, há seis meses”, explica.

Cris menciona a possibilidade de otimizar os processos, por exemplo, as lojas só são abastecidas a partir das informações dadas por IA. O domínio do negócio, diz, permite atender da melhor forma o cliente.

Inteligência artificial já é imprescindível, reconhece a empreendedora, mas salienta que a empresa “é feita por gente para gente”. Destaca pessoas treinando as máquinas para obter o dado correto e avaliar a satisfação do cliente. “Há toda uma rede humana por trás.”

Empresas goianas inovam com IA e ampliam mercados

Economia

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Matéria - Economia

Negócios

O cantor e empresário Gusttavo Lima foi escolhido para ser o embaixador da Ficomex 2025, que acontece entre os dias 4 e 6 de setembro, em Goiânia, anunciou a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) nesta quinta-feira (3).&nbsp;

No vídeo com o anúncio da escolha do sertanejo nas redes sociais da Ficomex, Gusttavo Lima ressaltou que a última edição teve mais de 80 países representados e dezenas de embaixadores e que, desta vez “teremos mais um: ‘o embaixador’ está na área”, comentou o cantor.&nbsp;

Segundo a Acieg, a presença do cantor e empresário reforça o perfil da Ficomex como plataforma para expansão de negócios e aproximação de novos mercados.&nbsp;

<cite>Gusttavo Lima simboliza o empresário que vai além do seu segmento de origem e aposta na diversificação. Sua participação fortalece a Ficomex como espaço para gerar conexões e abrir novas portas no comércio exterior”, ressaltou Rubens Fileti, presidente da Acieg e da Faciest. &nbsp;&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/encontro-da-o-pontape-inicial-a-ficomex-2025-1.3261228" target="_self">Encontro dá o pontapé inicial à Ficomex 2025</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/ficomex-2025-quer-colocar-pequenas-e-medias-empresas-goianas-em-contato-com-o-mundo-1.3225937" target="_self">Ficomex 2025 quer colocar pequenas e médias empresas goianas em contato com o mundo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/ficomex-2025-espera-receber-mais-de-170-empresas-e-movimentar-cerca-de-r-500-milh-es-1.3225571" target="_self">Ficomex 2025 espera receber mais de 170 empresas e movimentar cerca de R$ 500 milhões</a></div>

A Feira Internacional do Comércio Exterior do Brasil Central, sediada no Centro de Convenções de Goiânia, reunirá diversos países, estados, municípios, especialistas e empresas de todos os portes.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;

De acordo com a Acieg, a Ficomex, que foi retomada em 2024, após quase 20 anos, tem o objetivo de promover negócios internacionais nos estados do consórcio Brasil Central - Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão e Rondônia.&nbsp;

Ainda segundo a Acieg,&nbsp;com o tema “Transformação Digital e Sustentabilidade no Mercado Global", até o momento já estão confirmadas para a edição da Ficomex 2025 instituições que representam o México, Canadá, Argentina, Paraguai, Peru, Espanha, Portugal, Coreia do Sul, Hong Kong, Dubai, Zâmbia, Angola, Quênia, Hungria, Sérvia, República Islâmica do Irã, Nepal, Chipre, ⁠Equador, El Salvador e Panamá.&nbsp;

Gusttavo Lima será o embaixador da Ficomex 2025

Negócios internacionais

<img attr-cid="policy:1.3283147" attr-version="policy:1.3283147:1751380529" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3283147/inovacao_digital_globo.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Diretora de negócios do GJC, Cristiana Moreira, abre evento nesta terça-feira (Tatiane Barbosa / g1 Goiás)

O Grupo Jaime Câmara (GJC) promove um encontro sobre a inovação e a performance no ambiente digital para líderes empresariais. O evento acontece em sua sede no setor Serrinha, em Goiânia, nesta terça-feira (1º). Entre os palestrantes estão o professor e executivo de marketing Estevão Paiva e a executiva do grupo Globo, Thais Abrikian.&nbsp;

A diretora de negócios do GJC, Cristiana Moreira, pontuou sobre a importância da troca de experiência com profissionais que estão envolvidos na evolução da comunicação. Para ela, é preciso "estar ao lado das pessoas que criam, que geram e que decidem sobre conteúdo" no ambiente digital.&nbsp;&nbsp;

<cite>O evento digital é importante para o Grupo Jaime Câmara para reforçar o nosso compromisso de acompanhar a evolução do mercado e de capacitação profissional. Então, ele surgiu com esse propósito, porque somos mais do que um grupo de comunicação. Somos agente de transformação, inovação e de comprometimento com o mercado", salientou Cristiana Moreira.&nbsp;&nbsp;</cite>

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Estevão Paiva aponta que no digital as empresas necessitam promover a sua marca por meio da conexão com o consumidor. Para ele, esse é um ambiente onde a emoção precisa ser muito forte para cativar o usuário que "tem bastante distração" ao consumir conteúdo.&nbsp;&nbsp;&nbsp;

<cite>Você tem que gerar conexão, você tem que imprimir algo inesperado para o cliente, porque a gente não tem mais tempo para perder, nós como consumidores, nós como usuários da internet, nós como consumidores de jornal, nós como consumidores de televisão", analisa o especialista.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/grupo-jaime-camara-lanca-portal-de-negocios-para-oferecer-soluc-es-de-comunicac-o-a-empresas-1.3206052" target="_self">Grupo Jaime Câmara lança Portal de Negócios para oferecer soluções de comunicação a empresas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/infomercial/profissionais-de-midia-s-o-homenageados-em-evento-do-grupo-jaime-camara-1.3281821" target="_self">Profissionais de mídia são homenageados em evento do Grupo Jaime Câmara</a></div>

Com a palestra "Branded Content – Amplificando a Voz das Marcas”, Paiva ressaltou que destrincha o incômodo da "competição para a atenção" do usuário de conteúdo na internet, principalmente, nas redes sociais.&nbsp;

<cite>No passado as pessoas ficavam horas lendo um jornal, ficavam horas na frente da televisão. Será que se perdeu isso? Será que as pessoas agora não ficam mais na frente da televisão? Não ficam mais assistindo um jornal? Lendo um jornal? Eu digo que ficam ainda. Só que o grande problema é que hoje elas assistem ali uma hora de televisão, mas elas são interrompidas constantemente pelo digital", constata o palestrante.</cite>

Paiva ressalta que o desafio é a empresa estar com sua marca no mercado no modo 360º. Isto é, conectada em diversas frentes, como no jornal, na televisão, no rádio e no digital. "Mas que todas elas estejam conectadas com o mesmo discurso, embora o formato seja diferente", indica Paiva.&nbsp;

Com mais de 20 anos de experiência em produtos e serviços digitais, Thais Abrikian, palestra sobre a “Família G: soluções inteligentes para marcas que querem ir além”. A executiva da Globo evidenciou o padrão de qualidade na comunicação de todo o grupo.&nbsp;

<cite>Então tem muita credibilidade na informação, muito respeito, muito cuidado, muita curadoria e isso faz da gente um portal muito forte nas várias categorias, no jornalismo, notícias, entretenimento e esporte", acentuou Abrikian.</cite>

De acordo com a executiva, a orientação do grupo Globo é a conexão das suas afiliadas com o público regional. Em Goiás, por exemplo, Abrikian citou que "o goiano se vê dentro dos nossos conteúdos".&nbsp;

<cite>Se ele se vê, se a gente tem uma curadoria, se a gente tem credibilidade, se a gente tem um ecossistema completo, com certeza o primeiro lugar que ele vai confirmar as informações deles é conosco", frisou a executiva.&nbsp;</cite>

Abrikian enfatizou a diversidade dos meios de comunicação da Globo, dentre os quais: TV aberta, TV fechada, web, aplicativos e streaming. "Então, esse ecossistema é o ecossistema mais completo e é o que a gente tem de mais novo para entregar hoje para o mercado", aponta a executiva.&nbsp;&nbsp;

Nesse contexto, ela sublinhou que os espaços publicitários nas mídias do Grupo Globo estão abertos para atender a todas as demandas do mercado. Assim, conforme a executiva, a empresa de comunicação contempla não apenas grandes empresas, mas também anunciantes de menor porte.

<cite>A gente está muito preparado para esse público de empresas médias e pequenas. A gente não é uma empresa só de clientes grandes, a gente também tem espaço para todos os clientes", finalizou Abrikian.</cite>

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Professor de marketing Estevão Paiva e a executiva da Globo Thais Abrikian durante evento na sede do Grupo Jaime Câmara (Tatiane Barbosa / g1 Goiás)

&nbsp;

Grupo Jaime Câmara promove encontro sobre inovação e performance no ambiente digital para líderes empresariais

Negócios 

O Bradesco Saúde Regional Goiás marca um avanço na estratégia de regionalização da operadora, trazendo um produto mais atraente para as empresas locais, a partir de uma rede com prestadores presentes na capital e em cidades que concentram populações expressivas, com grande potencial para a contratação do plano de saúde. Goiás foi escolhido para o início deste movimento por causa de seu potencial econômico.O diretor-gerente da Bradesco Saúde, Flávio Bitter, informa que o novo produto chegará primeiro a Goiás oferecendo planos de saúde regionais com preços mais acessíveis. A iniciativa, que visa expandir a atuação da empresa fora do eixo Rio-São Paulo, estará disponível em 21 municípios inicialmente e conta com parcerias com grandes hospitais locais, como o Ânima Centro Hospitalar e Ver Hospital dos Olhos, em Anápolis; os hospitais Santa Helena, do Coração, dos Acidentados, da Criança, Ela Maternidade e Ver Hospital de Olhos, em Goiânia; o Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, e o Hospital Maria Cândida Teixeira, em Nerópolis, além dos laboratórios Sabin.Bitter ressalta que a Bradesco Saúde é líder no mercado nacional de planos de saúde, com aproximadamente 12% de participação, e possui um portfólio diversificado, incluindo produtos premium com acesso aos principais hospitais. Ele explica que o novo produto preenche uma lacuna, oferecendo planos mais básicos, porém com a qualidade e serviços da Bradesco Saúde e preços competitivos em relação às operadoras locais. “Nossa expectativa é impulsionar o crescimento, especialmente entre pequenas e médias empresas, que representam mais de 50% dos clientes da Bradesco Saúde em Goiás”, destaca. A iniciativa, segundo o diretor da Bradesco Seguros, acompanha o desenvolvimento econômico do estado, com destaque para o agronegócio e o crescimento do PIB. “Hoje, os benefícios de saúde são cruciais para as empresas atraírem e reterem talentos, especialmente em um cenário de baixa taxa de desemprego”, lembra. A escolha de Goiás como ponto de partida reflete a estratégia de expansão da Bradesco Saúde no Centro-Oeste.Expansão da redeEle conta que houve um crescimento significativo no mercado, exemplificado pelo forte aumento de sua rede referenciada no Mato Grosso. Em 2024, a Bradesco Seguros realizou a expansão de rede nas regiões do Mato Grosso e do Pará, que apresentaram crescimento de 3,4% e de 9,9% na base de beneficiários no seguro para pequenos grupos, com 3 a 199 vidas, no primeiro trimestre deste ano. “Em algumas regiões do Mato Grosso estamos crescendo três vezes mais do que a média de crescimento do mercado. O agro tem sido uma força motriz importantíssima, com aumento de PIB num padrão chinês”, destaca. Depois de Goiás, o próximo mercado a receber o produto será o Distrito Federal, em breve, diante da confiança no potencial de crescimento do Centro-Oeste. De acordo com a empresa, o novo produto possui modelos distintos de coparticipação, que ajudam a tornar o plano mais competitivo para empresas de diferentes perfis, com redução de até 23% no prêmio em comparação a produtos sem essa contrapartida. Com opções de acomodações em quarto ou em enfermaria, o plano oferece cobertura ambulatorial e hospitalar com obstetrícia, atendimento de urgência e emergência, consultas, exames, terapias e cirurgias.

Bradesco Saúde lança em Goiás plano que dá início a regionalização

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Conteúdo foi publicado por conta no TikTok que afirma compartilhar “notícias reais bombásticas” (Reprodução / Projeto Comprova)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)&nbsp;não falou&nbsp;em enviar&nbsp;soldados para o Irã&nbsp;ou mencionou apoio bélico ao país na guerra contra Israel.&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/uploads/2025/06/00-Conteudo-investigado-FALSO-Lula-fala.png" target="_blank">Vídeo</a>&nbsp;narrado por inteligência artificial&nbsp;afirma que o mandatário teria afirmado em “coletiva tensa” que o Brasil pode apoiar o Irã com envio de tropas, mas não há registro dessa fala nas coletivas e discursos de Lula sobre o conflito.&nbsp;&nbsp;

Até o momento, o presidente não fez falas públicas sobre o confronto. Em&nbsp;<a href="https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/discursos-e-pronunciamentos/2025/06/primeiro-discurso-do-presidente-lula-na-sessao-ampliada-da-cupula-do-g7-no-canada" target="_blank">Sessão Ampliada da Cúpula do G7</a>, no Canadá, na última terça-feira (17/6), Lula citou os ataques à Faixa de Gaza e outros confrontos ao redor do mundo, mas não citou o nome de Israel ou do Irã. “Em Gaza, nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra”, declarou.&nbsp;

Em 13 de junho, data do primeiro ataque ao Irã, que deu início ao confronto, o Itamaraty condenou a ofensiva israelense. O&nbsp;<a href="https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/ataques-aereos-de-israel-contra-o-ira" target="_blank">texto pede aos envolvidos</a>&nbsp;o “exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades”.

No dia 22,&nbsp;<a href="https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/ataques-a-instalacoes-nucleares-do-ira" target="_blank">o órgão afirmou</a>&nbsp;que “o governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional”. Na mesma publicação, disse que “o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz”.

Em contato com o Comprova, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) afirmou que o conteúdo é falso. “A Secom lamenta que, em vez de se pautarem pela verdade, determinados agentes escolham propagar conteúdos distorcidos para confundir e manipular a opinião pública”, disse o órgão.

<h4>Quem criou o conteúdo investigado pelo Comprova&nbsp;</h4>

Conteúdo foi publicado por conta no TikTok que afirma compartilhar “notícias reais bombásticas”. O perfil apresenta vídeos narrados por inteligência artificial com histórias sobre Lula, Jair Bolsonaro, Donald Trump, Alexandre de Moraes e outros nomes da política.&nbsp;

Vídeos têm tom alarmante sobre supostos discursos que “pegaram as pessoas de surpresa”. Os conteúdos não apresentam fontes e geralmente terminam com uma chamada para a segunda parte da história.&nbsp;

O perfil conta com 62 mil seguidores. Até o momento em que esta verificação foi publicada, o vídeo analisado apresentava 220 mil visualizações. Procurado, o perfil não respondeu à tentativa de contato do Comprova.&nbsp;

O uso da inteligência artificial na narração dos vídeos pode ser detectado pela voz robótica e, no caso do post verificado, o Comprova também fez análises com uso dos programas&nbsp;<a href="https://www.invid-project.eu/tools-and-services/invid-verification-plugin/" target="_blank">InVid-WeVerify</a>&nbsp;e&nbsp;<a href="https://hivemoderation.com/ai-generated-content-detection" target="_blank">Hive Moderation</a>. Ambas apontaram o uso de IA no áudio: segundo a primeira, há 99% de probabilidade de a voz ter sido criada digitalmente, e, a segunda apontou 83,8% de chance.

É importante alertar que plataformas de detecção como essas são passíveis de erro, mas em conjunto com outras evidências ajudam a identificar conteúdos manipulados.

<img attr-cid="policy:1.3281421" attr-version="policy:1.3281421:1750968955" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3281421/dados.PNG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Capturas de tela mostram resultados dos programas InVid-WeVerify e Hive Moderation (Reprodução / Projeto Comprova)

<h4>Por que as pessoas podem ter acreditado</h4>

O vídeo investigado usa&nbsp;imagens reais&nbsp;do presidente para ancorar insinuações feitas na narração e nas legendas, mas não faz referência a nenhuma coletiva ou fonte oficial, o que configura uma tentativa de&nbsp;manipulação de evidências&nbsp;e&nbsp;imitação de uma notícia&nbsp;para parecer convincente.

Além disso, o vídeo utiliza&nbsp;linguagem emocional&nbsp;e&nbsp;alarmismo&nbsp;(“nossos jovens irão lutar”, “crise sem precedentes”, “o clima esquentou em Brasília”) para provocar medo e indignação, estimulando uma reação emocional em vez de racional. Há também uma clara&nbsp;exploração de viés cognitivo de confirmação, ao sugerir uma narrativa sensacionalista que pode reforçar crenças pré-existentes em setores críticos ao governo. O uso de perguntas retóricas e o formato em “capítulos” também remete a uma estratégia de&nbsp;inundação informacional e engajamento&nbsp;com o objetivo de manter a atenção do público e amplificar a disseminação do conteúdo.

Fontes que consultamos: Reportagens sobre a Cúpula do G7 e a guerra entre Irã e Israel, pronunciamentos oficiais do presidente, contato com a Secom e análise dos detectores de IA Hive Moderation e Invid-WeVerify.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas, eleições e golpes virtuais e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;<a href="https://api.whatsapp.com/send?l=pt_pt&amp;phone=5511970454984&amp;text=Quero%20enviar%20um%20conte%C3%BAdo" target="_blank">WhatsApp +55 11 97045-4984</a>.

Outras checagens sobre o tema: O Comprova já<a href="https://projetocomprova.com.br/publica%C3%A7%C3%B5es/brasil-nao-forneceu-uranio-ao-ira-nem-exporta-o-metal-para-fins-belicos/" target="_blank">&nbsp;desmentiu que o Brasil tenha enviado urânio para o Irã</a>. A agência Aos Fatos também checou e mostrou que é<a href="https://www.aosfatos.org/noticias/governo-brasileiro-nao-enviara-tropas-militares-ao-ira/" target="_blank">&nbsp;falsa a informação de que Lula vai enviar tropas para atuar na guerra</a>. Já o Boatos.org&nbsp;<a href="https://www.boatos.org/lista/top-4-fake-news-que-relacionam-lula-e-o-brasil-aos-conflitos-entre-israel-e-ira.html" target="_blank">listou quatro peças de desinformação</a>&nbsp;que têm circulado sobre a relação do Brasil com o conflito.&nbsp;&nbsp;