IcEconomia

Economia

Enel Goiás descumpre de novo meta firmada com a Aneel

Companhia não consegue alcançar as melhorias pactuadas para Goiás em novo plano de resultados e precisa reduzir em 6,07 horas a duração de falhas no fornecimento

Companhia energética é a 3ª pior concessionária de energia elétrica do País

Companhia energética é a 3ª pior concessionária de energia elétrica do País (Diomício Gomes / O Popular)

A Enel Distribuição Goiás mais uma vez não conseguiu alcançar metas de melhorias no atendimento aos goianos. Em análise do primeiro trimestre de acompanhamento do Plano de Resultados de Continuidade do Fornecimento, que foi firmado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o órgão identificou que a distribuidora mantém o desempenho abaixo do esperado, inclusive para cumprir o contrato de concessão. Isso é o que conclui relatório de março que tornou-se público na sexta-feira (1º).

O principal problema está no tempo em que os consumidores ficam no escuro. O indicador referente à duração das interrupções (DEC) não tem apresentado melhorias. Segundo o relatório, a companhia precisa reduzir em 6,07 horas o período médio de espera dos clientes pelo retorno da luz. O que revela a dificuldade enfrentada pela distribuidora para cumprir a meta prevista no plano, que termina em setembro deste ano. Caso o cenário não mude, a Aneel informa que será aberto novo processo administrativo punitivo.

Para além de multas, a multinacional italiana, que assumiu a antiga Celg-D em 2017, pode perder a concessão. De acordo com a Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) -- que atua como braço da fiscalização da Aneel --, em caso de descumprimento consecutivo do novo plano de resultados em 2022, pode ser instaurado procedimento de caducidade, que é a mais grave das punições.

Indicadores

Considerada a terceira pior distribuidora do País pelo ranking da Aneel, a Enel Goiás firmou metas de melhorias que estão descritas no plano, que vai de outubro de 2021 a setembro de 2022. A base dessa análise são os indicadores globais de continuidade do fornecimento de energia e a conformidade regulatória dos conjuntos -- a área de concessão é dividida em 156 regiões, que são os conjuntos.

No caso do indicador DECi, que possui limites descritos no contrato de concessão, a empresa registrou, no final do primeiro trimestre do plano, 18,25 horas como média do tempo da falta de energia. O período de duração das falhas está acima da meta pactuada e do limite contratual (12,18 horas), com piora de 1,75 hora em relação a agosto do ano passado, que é o período tido como referência. O que precisa ser alcançado no fim do prazo e, assim, significa que muitos esforços precisam ocorrer.

Para se ter ideia do desafio, de 2019 para 2021, a empresa conseguiu reduzir o indicador em 4,32 horas. Sendo que, no cenário atual, precisa correr para que em nove meses consiga reduzir em 6,07 horas. Questionada sobre o que deve fazer para conseguir tal feito, a empresa informou por nota ao O POPULAR que, neste ano, "está focada em reforçar o plano de manutenção em toda a rede elétrica de Goiás", cita 350 mil podas de árvores que podem afetar a rede -- 150% a mais em relação ao realizado em 2021 --, e intensifica ações preventivas, como troca de cabos e equipamentos, além da limpeza de faixa de servidão.

Juntamente com outros investimentos, inclusive em obras, essas ações são apontadas como responsáveis pelas melhorias alcançadas desde que a empresa assumiu a concessão goiana. O plano de resultados mostra que o indicador de continuidade global interno FECi obteve progresso e cumpre a meta pactuada, bem como o limite contratual.

Por outro lado, a Aneel observa no relatório que os níveis de expurgos são muito elevados. Conforme a regulação setorial, a empresa pode expurgar dos indicadores as interrupções na rede provocadas por eventos classificados como situação de emergência, que impossibilitem a atuação imediata da distribuidora e que não tenham sido provocados ou agravados por ela. O relatório aponta que esses eventos representaram 73% do DECi e 49% do indicador FECi.

"Nesse sentido, torna-se importante que a fiscalização realize verificação da conformidade do processo de apuração e cálculo desses expurgos realizados pela distribuidora." A AGR informou à reportagem, por nota, que foram identificadas possíveis inconsistências nos eventos classificados como de emergência, "falhas nas justificativas e dados apresentados para comprovação das situações". Se houver cancelamento de expurgos, os indicadores vão piorar.

Conjuntos

Outro ponto de atenção envolve a conformidade regulatória dos conjuntos. Pois em 72% do Estado houve piora do DEC e do FEC isso foi constatado em 47%. Estão 40% ou mais acima do limite aceitável pela Aneel uma maior quantidade de áreas goianas. O número passou de 84 para 96 em comparação com o verificado em agosto de 2021. Desde 2019, há acordos com prazos para uma melhor prestação de serviço, as metas não têm sido alcançadas e a companhia conseguiu esticar o prazo com novos planos. O que, segundo fontes que acompanham o setor, corre o risco de não acontecer novamente.

Empresa diz que condição climática impacta resultado

Superintendente de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Giácomo Francisco Bassi Almeida assina relatório que recomendou a continuidade do acompanhamento de metas firmadas pela Enel Distribuição Goiás para melhoria da prestação de serviço no Estado. "Entende-se que o resultado apresentado pela distribuidora para o primeiro trimestre do Plano de Resultados é insatisfatório. Nesse sentido, a Enel deve empreender esforços adicionais visando atender às metas pactuadas", diz na conclusão.

Leia também:

**- Enel é de novo a 3ª pior concessionária de energia elétrica do País **

**- Enel volta a registrar prejuízo, mostra balanço de 2021 **

Sobre isso, a empresa encaminhou nota à reportagem em que diz que, no último trimestre de 2021, as condições climáticas terminam por dificultar o acesso das equipes, bem como impactam no tempo de chegada das mesmas, nas localidades atingidas por falhas no fornecimento de energia. Alega assim que os indicadores mensais no fim do ano foram impactados, porém afirma que nos dois primeiros meses do ano -- janeiro e fevereiro --, a partir das ações adicionais, estes indicadores já apresentaram melhoria. Sendo que no mês de fevereiro atingiu o melhor tempo médio (DEC) mensal dos últimos 22 anos.

"Entre 2017 e 2021, a Enel investiu mais de R$ 4 bilhões na qualidade do fornecimento no Estado, que durante anos, antes da privatização, sofreu com a falta de investimentos." Para 2022, além da conclusão da Subestação São Marcos, em Cristalina, estão previstas 50 obras de modernização, construção e ampliação de subestações, que impactam o fornecimento.

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcEconomia

Economia

Agro mais sustentável com soluções de IA em discussão

6ª edição do Ethos.IA, nesta terça-feira (28), foca na redução de impacto ambiental pelo uso de água e energia no campo

Plantação de soja sendo irrigada

Plantação de soja sendo irrigada (Wildes Barbosa / O Popular)

Em mais uma rodada dos eventos que antecedem a 1ª Cúpula Internacional de Ética no Setor Público, encontro previsto para maio deste ano, será realizada nesta terça-feira (28), no Centro Cultural Oscar Niemeyer, a 6ª edição do Ethos.IA Provocações. Com dois painéis, o debate discutirá soluções para os problemas ambientais da atualidade, como o uso racional da água pelo setor do agronegócio e propostas do emprego da Inteligência Artificial (IA) para assegurar a sustentabilidade no campo.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

Intitulado "Agro e água: caminhos para conexões sustentáveis", o primeiro painel, às 9h20, contará com a participação da secretária estadual de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, do secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo, além dos especialistas José Roberto de Menezes (diretor técnico da empresa Agropecuária Terra Alta) e Francisco Jardim (cofundador e sócio da SP Ventures), considerados referência nas áreas de inovação e sustentabilidade no campo.

A IA vem transformando diversos setores, e na visão de Menezes, que também é professor e engenheiro agrônomo, será uma grande aliada no avanço da agricultura, especialmente no Brasil. Ao POPULAR , ele disse que, embora a IA esteja em destaque, a agricultura continua sendo a atividade mais inteligente do planeta, essencial para garantir a segurança alimentar no Centro-Oeste, no Brasil e no mundo.

"Nós estamos vivendo o momento da inteligência artificial, mas a agricultura ainda é a atividade mais inteligente do planeta e a mais importante para a segurança alimentar não só do Centro-Oeste, do Brasil, mas do mundo inteiro", afirmou.

Segundo Menezes, a principal contribuição da IA na agricultura será "organizar processos e facilitar a vida dos agricultores". A tecnologia, ele disse, promete trazer maior rapidez e eficiência na tomada de decisões, simplificando a gestão de sistemas complexos que envolvem bilhões de elementos, desde o plantio até a colheita e distribuição. O engenheiro disse ainda que a IA também terá um papel importante ao "disciplinar e atribuir valor às ações realizadas no campo".

"A agricultura é uma coisa viva. São bilhões de itens. O que a IA vai fazer é criar facilidade e rapidez na tomada de decisões no dia a dia da agricultura. A IA vai disciplinar e colocar valores na sequência de ações."

Tecnologia e ética

Com o tema "Energia, água e IA: os desafios e oportunidades para o Brasil", o segundo painel, às 10h30, terá a presença do secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, que será o mediador do debate entre a superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Saneago, Camila Roncato, e o especialista em gestão de manutenção de sistemas essenciais, Vladimir Ramos.

Adriano afirmou ao POPULAR que o objetivo dessas iniciativas é "fomentar discussões aprofundadas sobre sustentabilidade e tecnologia" antes da chegada do evento principal, em maio, que contará com especialistas internacionais. O secretário disse que as questões ambientais estão "diretamente ligadas a valores éticos e à responsabilidade coletiva". A redução de emissões de carbono nos transportes, sejam eles rodoviários ou aéreos, também será um dos focos da discussão.

"Por outro lado temos, no estado de Goiás, se você pegar o histórico de redução do desmatamento etc., nós estamos bem abaixo do parâmetro daquilo que deveria ser perseguido como desmatamento macro. Bem abaixo disso... Inclusive o que vai possibilitar que Goiás tenha crédito de carbono a partir disso", disse.

Outro ponto de destaque no evento será o papel da IA. Adriano afirmou que a tecnologia pode trazer grandes benefícios à sociedade, mas é preciso discutir e "regulamentar seu uso para evitar impactos negativos". A proposta do debate é explorar o potencial positivo da IA, alinhando a tecnologia com iniciativas de sustentabilidade e ações éticas que impactem o coletivo de forma construtiva.

O evento é organizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria-Geral de Governo (SGG), em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), e tem o apoio institucional do Grupo Jaime Câmara e da Unesco. O Etos.IA Provocações, que ocorre a cada dois meses antes da cúpula internacional em maio, conta com o patrocínio da Saneago e apoio da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial). A programação será transmitida ao vivo no canal do Etos.IA no Youtube.

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcEconomia

Economia

Goiás pode perder investimentos em energia por tributos

Entidade aponta que estado pode deixar de ter até R$ 10 bilhões em cinco anos com a cobrança de ICMS integral sobre minigeradores e microgeradores

Goiás tem cada vez mais investimentos em fazendas solares para geração de energia.
Na foto, geral da estrutura de painéis solares da Fazenda solar UFV Palmeiras de Goiás I, na GO-050, entre Palmeiras de Goiás e Palminópolis.

Goiás tem cada vez mais investimentos em fazendas solares para geração de energia. Na foto, geral da estrutura de painéis solares da Fazenda solar UFV Palmeiras de Goiás I, na GO-050, entre Palmeiras de Goiás e Palminópolis. (Wildes Barbosa / O Popular)

O fato de Goiás ter voltado a cobrar ICMS integral sobre minigeradores e microgeradores de energia pode fazer o estado perder investimentos em energia renovável. Estimativas do Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL) apontam que Goiás pode perder até R$ 10 bilhões nos próximos cinco anos por conta da cobrança. Residências, comércio e grandes usinas de energia com investimentos previstos para o estado terão cobrança compulsória de 19% do imposto sobre a energia injetada.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

A cobrança afeta todos os consumidores que investiram em energia solar ou outras fontes renováveis em Goiás. A incidência de ICMS integral sobre a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST), a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e a energia injetada por micro e minigeradores iria na contramão de estados como São Paulo e Minas Gerais, onde os governos adotaram políticas de incentivo aos geradores de energia por fontes renováveis, isentando total ou parcialmente o ICMS. O resultado deve ser a maior atração de investimentos.

Segundo Tarcísio Dario, diretor do INEL, a medida é um retrocesso para o estado. Ele lembra que Goiás possui 1.7 GW de potência instalada atualmente, distribuída em mais de 160 mil unidades consumidoras, e todos sofrerão com a taxação de 19%. Dario prevê, ainda, uma onda de judicializações, já que o tema ainda não está pacificado no Judiciário. Mas, para o diretor, o maior prejuízo ao estado deve ser o desinvestimento, a partir da nova premissa adotada pela Secretaria da Economia.

Para ele, Goiás está trocando a possibilidade de receber investimentos nos próximos anos por uma arrecadação estimada de R$ 15 milhões ao mês com ICMS. "Grandes usinas solares estavam previstas para serem construídas no estado. Com essa medida, quem investiu deve ter seu investimento comprometido, e quem pensava em investir deve migrar para estados que possuam políticas de incentivo para energias renováveis", prevê Dario.

Segundo o diretor do INEL, consumidores que instalaram painéis solares em suas residências e comércios já estão sofrendo com o impacto dessa cobrança, que inclusive ocorre de forma duplicada. "A informação que obtivemos da Equatorial é que as reclamações na Ouvidoria aumentaram mais de 300%. Em suma, se você investir para colocar painéis fotovoltaicos em seu telhado, emprestando essa energia para a concessionária comercializar para outro consumidor, quem comprar essa energia que você emprestou pagará ICMS e você também pagará quando receber essa energia de volta", afirma.

A vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Bárbara Rubim, diz que não houve sequer uma deliberação ou discussão envolvendo o consumidor que gera energia, que foi pego de surpresa. Segundo ela, a medida representa o estado tributando o consumidor que está produzindo a energia que consome. "Isso não acontece em nenhuma outra esfera das relações sociais", destaca.

Um convênio permite que os estados concedam isenção nestas situações e Goiás praticava a isenção plena. "Mas, no final de 2024, resolveram que essa isenção deveria ocorrer de forma parcial, inclusive com cobrança retroativa de três meses da outra parte", afirma.

Antes a cobrança era isenta e, agora, a tributação será sobre metade da tarifa, que tem dois grandes itens: a TUST e a TUSD, componentes tarifários que abrigam custos referentes à transmissão e distribuição da energia. "Na prática, é um aumento de cerca de uns R$ 0,15 por KW/hora, o que pesa num contexto de transição energética, em que se espera o estímulo da adoção de práticas sustentáveis pelo consumidor, e não medidas que desestimulem esta prática", diz. De acordo com ela, esta medida eleva o tempo de retorno do investimento em cerca de 1,5 ano a 2 anos.

Bárbara ressalta que muitos estados têm isenção integral e muito mais ampla que até a do governo federal. "Gerar a própria energia é uma escolha do consumidor, pois a conta pesa muito no orçamento das famílias. Goiás é um estado que sempre incentivou a energia solar com programas como o Goiás Solar. Por isso, esperamos que esta sinalização do fisco estadual seja revista para que sua política tributária esteja alinhada a outras iniciativas pioneiras do próprio estado como este programa", diz a vice-presidente.

Ela ressalta que isso afeta o consumidor que gera energia no seu próprio telhado, os custos da geração compartilhada e o desenvolvimento econômico do setor de energia solar como um todo, pois é um desestímulo à instalação.

Legalidade

Em nota, a Secretaria da Economia informou que a cobrança de ICMS sobre a TUST e a TUSD segue normas federais, como o Convênio ICMS nº 16/2015 e a Lei nº 14.300/2022, que regulamentaram a micro e minigeração distribuída. De acordo com a pasta, conforme a legislação federal, o estado não pode abster-se dessa cobrança, pois não há norma legal que dispense o recolhimento. "Antes, as distribuidoras não eram remuneradas pelo uso do sistema de distribuição para energia injetada por micro e minigeração. A nova legislação garantiu essa remuneração, assegurando a sustentabilidade do sistema elétrico nacional", informa.

Essas normas estabelecem a tarifação de componentes como remuneração de ativos de distribuição e custos operacionais. "Como essa remuneração integra o preço final da energia, está sujeita ao ICMS. O estado não pode isentar a cobrança, já que a isenção é limitada à energia compensada e não abrange custos como disponibilidade, energia reativa e encargos do sistema", aponta a secretaria.

A pasta informa, ainda que comparações com outros estados como São Paulo e Minas Gerais devem considerar as diferenças legislativas e que Goiás já concede isenção de ICMS sobre a energia compensada, mantendo-se competitivo e alinhado às diretrizes nacionais. "A tributação da TUST e da TUSD não é uma penalização, mas uma medida para evitar a transferência desigual de custos para consumidores sem geração própria. Sem essa cobrança, os custos de transmissão e distribuição seriam repassados de forma injusta aos consumidores cativos, prejudicando a coletividade", completa a nota, que reconhece a relevância do setor de energias renováveis, com um ambiente de negócios sustentável e em conformidade com a legislação vigente.

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Cuidados com a decoração natalina: veja dicas para evitar sobrecarga e acidentes

Entre elas, a Equatorial destaca a necessidade de desligar os enfeites luminosos ao sair de casa para evitar o superaquecimento

Pisca-piscas utilizado na decoração de Natal (Divulgação / Equatorial)

Pisca-piscas utilizado na decoração de Natal (Divulgação / Equatorial)

Com a chegada do Natal, lojas, comércios e as casas entram no clima festivo, decorandas com enfeites, pisca-piscas e iluminações externas. A Equatorial alerta sobre os cuidados para evitar sobrecarga e acidentes com a decoração, iluminação, extensões e até para o período chuvoso.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

O executivo de Segurança do Trabalho da Equatorial Goiás, Alex Fernandes, orienta que a montagem incorreta de iluminação pode causar curtos-circuitos e sobrecarga na rede elétrica, considerada vital para segurança. Além disso, pode colocar em risco a segurança das pessoas.

Assim como a decoração, outros itens comuns nessa época como as extensões elétricas também podem causar curto-circuito. A empresa informa que é necessário ficar atento aos detalhes. Por exemplo, o estado de conservação dos fios, capacidade de carga das tomadas e excesso de equipamentos em uma mesma fonte, o que pode levar ao aquecimento.

A dica nesse caso é antes de reutilizar as luzes do ano anterior, verificar se fios e plugues estão em bom estado. A empresa informa que é melhor evitar materiais desgastados ou danificados.

Além disso, a Equatorial destaca que improvisar não é aconselhável, preferindo assim, seguir as orientações técnicas na montagem da decoração natalina. Um exemplo de improviso destacado são as emendas de fios soltos. Nesse caso, um curto-circuito pode acabar em incêndio. Além disso, desligar os enfeites ao sair de casa reduz risco de superaquecimento e economiza energia.

Bola de Natal utilizada na decoração da árvore natalina (Divulgação / Equatorial)

Bola de Natal utilizada na decoração da árvore natalina (Divulgação / Equatorial)

Estar atento ao período chuvoso de final de ano também pode prevenir acidentes com a instalação de luzes em locais externos, como enfeites no jardim, varanda e áreas. Nesse caso, a orientação da Equatorial é que a água da chuva não entre em contato com os dispositivos.

Para finalizar, a rede elétrica pública pode ser afetada com enfeites próximo aos postes e cabo de energia. Conforme Alex Fernandes, o ideal é manter uma distância de segurança da rede elétrica. O profissional concluiu que esse tipo de ação pode evitar o contato acidental.

Abaixo um resumo com as dicas da empresa:

  • Verifique os equipamentos
  • Use produtos certificados
  • Não faça emenda em fios
  • Evite sobrecarga
  • Desligue os enfeites ao sair
  • Cuidados em áreas externas
  • Apesar das orientações, a Equatorial informa que caso haja ocorrência envolvendo rede elétrica, é necessário entrar em contato com a empresa pelos canais de atendimento: site da Agência Virtual , aplicativo da Equatorial Goiás, atendimento virtual Clara (62) 3243-2020 ou pelo telefone call center, sendo o 0800 062 0196.

    Decoração de Natal (EBC/Divulgação)

    Decoração de Natal (EBC/Divulgação)

    Newsletter

    Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

    Notícias do Atlético

    Notícias do Goiás E. C.

    Notícias do Vila Nova

    Destaques do Impresso

    Podcast Giro 360

    Economia Goiana

    Edição de Domingo

    Crônicas da Semana

    IcAudioDescricao

    Infomercial

    Mercado Livre de Energia: migração facilitada atrai empresas em Goiás

    Inovação, tecnologia e suporte personalizado são os grandes diferenciais da Comerc Energia

    (Shutterstock)

    (Shutterstock)

    O setor de energia elétrica no Brasil está passando por uma transformação importante, impulsionada por dois fatores principais: a sustentabilidade, com a busca por fontes de energia mais limpas e renováveis, e a competitividade no mercado, que favorece empresas que conseguem reduzir custos. Um dos exemplos mais marcantes dessa transformação é o Mercado Livre de Energia. Esse modelo de negócio permite que empresas escolham de quem comprar sua energia elétrica, ao invés de depender de uma única fornecedora, como ocorre no mercado tradicional. Com isso, elas podem obter uma economia significativa -- em alguns casos, de até 30% na conta de luz. Essa flexibilidade tem atraído um número crescente de empresas de diversos setores em Goiás, que enxergam no mercado livre uma oportunidade de reduzir custos e, ao mesmo tempo, utilizar energia de fontes renováveis, contribuindo também para práticas mais sustentáveis e menos poluentes.

    Desde janeiro de 2024, graças à Portaria 50/22 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o mercado livre de energia foi ampliado para consumidores do grupo A, que abrange empresas e indústrias de grande porte, que utilizam alta e média tensão, com consumo superior a 2,3 quilovolts (kV). Essas empresas podem agora negociar diretamente com os fornecedores de energia, definindo condições comerciais que atendam às suas necessidades específicas. A flexibilidade do mercado livre permite ajustes contratuais e elimina o risco de tarifas adicionais inesperadas, algo comum no mercado regulado, oferecendo mais controle sobre o orçamento e previsibilidade financeira, fundamentais para o planejamento de longo prazo.

    Pioneirismo e referência no setor

    A Comerc Energia, uma das pioneiras no setor, foi fundada em 2001 e se tornou referência nacional na transição energética, ajudando a popularizar o conceito de liberdade de escolha no fornecimento de energia. A empresa oferece um diferencial valioso ao mercado: suporte completo e personalizado durante todo o processo de migração para o mercado livre. "Nosso objetivo é garantir que o cliente economize tempo e recursos durante a transição", explica Fábio de Almeida Silva, coordenador de vendas da Comerc.

    A primeira etapa da migração é realizar a "denúncia" do contrato com a distribuidora atual, o que significa informar que não se comprará mais energia no mercado regulado. Esse processo precisa ser feito com, no mínimo, seis meses de antecedência. Após essa etapa, é comum que seja necessário fazer ajustes no sistema de medição de energia, instalando equipamentos específicos. A Comerc se destaca por cobrir a maior parte dos custos desse processo e gerenciar toda a parte técnica e burocrática junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), facilitando a vida do cliente.
    "Temos uma história de mais de 20 anos com o mercado livre e mensuramos nosso impacto especialmente pela economia que proporcionamos aos nossos clientes. Além disso, ao migrar para o Mercado Livre de Energia, nossos clientes podem adquirir energia renovável, contribuindo significativamente para a redução de sua pegada de carbono", conta Josiane Palomino, diretora de marketing e inteligência de mercado da Comerc.

    Tecnologia e inovação

    A Comerc Energia tem investido continuamente em tecnologia para melhorar seus serviços e atender às crescentes demandas do mercado. Com mais de 20 anos de experiência e quase 2 mil clientes em sua carteira, a empresa gerencia atualmente cerca de 4.700 unidades de consumo dentro do Mercado Livre de Energia, representando mais de 6% de toda a carga de energia consumida no Brasil. Por meio de sua plataforma tecnológica, que inclui um portal e um aplicativo, os clientes podem acompanhar os gastos de energia em tempo real, com acesso às memórias de cálculo que detalham a aplicação dos descontos, além de visualizar gráficos de consumo e a evolução dos custos ao longo do tempo. Essas ferramentas oferecem uma visão clara e detalhada, permitindo que as empresas identifiquem oportunidades de economia e gerenciem seu consumo de forma mais eficiente, potencializando os benefícios do mercado livre.

    Outro ponto destacado por Fábio Silva é a previsibilidade orçamentária que o Mercado Livre de Energia oferece: "As empresas podem firmar contratos com condições que estimem o preço para a energia por um período de anos, trazendo muito mais estabilidade no planejamento financeiro". "Diferente do mercado regulado, onde as tarifas estão sujeitas a reajustes inesperados e à aplicação de bandeiras tarifárias, como a amarela ou vermelha, que aumentam significativamente o custo final da energia, o mercado livre oferece mais segurança e estabilidade financeira para as empresas", explica Fábio. Com essa migração, as companhias ganham não apenas em economia direta, mas também em previsibilidade, um fator crucial para a gestão estratégica a longo prazo.
    "Os clientes que migraram para o Mercado Livre de Energia têm uma economia real percebida após a migração. Além disso, a redução na conta de luz é acompanhada de um processo descomplicado - embora o cliente tenha participação para o andamento da migração, ele conta com a assistência da Comerc ao longo de todo o processo", acrescenta a diretora de marketing e inteligência de mercado da Comerc.

    Dicas - O que sua empresa precisa saber para garantir uma transição tranquila e aproveitar todos os benefícios do Mercado Livre de Energia:

    Verifique a elegibilidade: certifique-se de que sua empresa pertence ao grupo A, composto por consumidores de alta e média tensão, com demanda contratada superior a 500 kW.
    Antecedência é crucial: a "denúncia" do contrato com a distribuidora atual deve ser feita com, no mínimo, seis meses de antecedência.
    Adequação técnica: prepare-se para possíveis ajustes no sistema de medição de energia. Novos equipamentos podem ser necessários para atender às exigências do mercado livre.
    Suporte especializado: considere contratar especialistas, como os da Comerc Energia, para auxiliar nas negociações e gerenciar a migração. Esse suporte técnico e burocrático pode evitar problemas futuros.
    Fontes de energia renováveis: uma curiosidade interessante é que, ao aderir ao Mercado Livre de Energia, muitas empresas conseguem adquirir energia de fontes renováveis, como eólica e solar, contribuindo para a sustentabilidade.
    Economia significativa: dependendo das condições de negociação, a economia nas contas de energia pode chegar a até 30%. Isso proporciona mais previsibilidade e controle financeiro para a sua empresa.

    "A Comerc planeja fortalecer sua posição como líder no setor de energia renovável em Goiás ao continuar promovendo a descarbonização dos consumidores de energia. Nossa estratégia envolve oferecer os benefícios do Mercado Livre de Energia a um número maior de consumidores, incluindo aqueles que passaram a ingressar nesse mercado a partir de janeiro de 2024", afirma Josiane Palomino, diretora de marketing e inteligência de mercado da Comerc.

    Newsletter

    Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

    Notícias do Atlético

    Notícias do Goiás E. C.

    Notícias do Vila Nova

    Destaques do Impresso

    Podcast Giro 360

    Economia Goiana

    Edição de Domingo

    Crônicas da Semana