Assinatura de energia solar

O fornecimento de energia solar por assinatura está sendo oferecido por cada vez mais empresas no estado e caindo no gosto dos consumidores goianos que buscam alguma economia no valor de suas faturas. A vantagem do sistema é a possibilidade de usufruir dos benefícios da geração de energia limpa e renovável, sem a necessidade fazer investimentos em infraestrutura, como painéis fotovoltaicos. A economia líquida no valor das fatura de energia elétrica é estimada em, pelo menos, 10%.

Em 2019, havia menos de 500 usinas usadas para prestar esse tipo de serviço no País. Hoje, esse número chega a 7 mil, com o atendimento de cerca de 350 mil consumidores, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Abesolar). O crescimento foi acelerado depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação da Lei 14.300/2022, que instituiu o Marco Legal da Micro e Minigeração de Energia, conhecido como o marco legal da geração distribuída.

Essas usinas estão conectadas às distribuidoras tradicionais, como a Equatorial. Por meio de um contrato, o consumidor faz a adesão virtual a uma das empresas que fornecem a energia solar e “aluga” um porcentual da produção, que é pago mensalmente. Ontem, a FIT Energia, controlada pela Hy Brazil, empresa do Grupo Mauá, anunciou sua entrada neste mercado, atendendo pessoas físicas, pequenas e médias empresas, que podem ter uma economia entre 10% e 12% em suas contas.

Bruno Menezes, CEO da FIT Energia, explica que a empresa é um marketplace que conecta as usinas geradoras e os consumidores de energia pessoas físicas e jurídicas que querem usufruir desta geração. O sistema, que atende quem tem contas da Equatorial com valor a partir de R$ 300, funciona como se a pessoa arrendasse parte da fazenda de geração de energia de um terceiro, que fez os investimentos necessários. “Quem paga cerca de R$ 2 mil mensais, pode economizar entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil por ano em custos e sem obras”, destaca Menezes.

Atualmente, cerca de 16 mil unidades consumidoras no País, entre residenciais e pequenas e médias empresas, já estão conectadas à FIT. Rômulo Reis Bechlufft, diretor comercial da FIT, informa que a empresa já conta com 6 usinas operando em Goiás, mas já existem 30 contratadas, algumas da Hy Brazil e outras de investidores terceiros, que começam a operar até o final deste ano ou em 2024. Elas somam 40 megawatts de energia e poderão atender 20 mil consumidores de Goiás até o fim deste ano. Mas a FIT continua em busca de novos parceiros, cujas usinas precisam estar instaladas no estado.&nbsp;

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Limite

A energia será gerada por usinas solares instaladas em cidades como Quirinópolis, Vianópolis e Anápolis. A distribuição da energia continua à cargo da Equatorial. Vale lembrar que o marco regulatório estabelece um limite de 5 megawatts de potência instalada por usina para pleitear a conexão com a geração distribuída.&nbsp;

O Grupo BC Energia já atua há nove anos no Mercado Livre de Energia atendendo clientes de alta tensão e a há quatro anos com assinatura de energia, que atende consumidores com contas a partir de R$ 300 mensais nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e no Distrito Federal, mas deve iniciar expansão para outras unidades da federação. O fundador e presidente da BC Energia, Alessandro Cunha, lembra que o consumidor que não pode ou não quer investir na geração pode comprar energia direto do comercializador ou gerador de energia.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/mercado-ainda-tem-grande-potencial-de-crescimento-1.3066999" target="_blank">Mercado ainda tem grande potencial de crescimento</a> 
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“No mercado cativo, o consumidor só tinha opção de gerar energia em casa. No modelo por assinatura, ele faz um plano para receber a energia direto de nossas fazendas de geração”, explica. Com potência já instalada atual de 30 megawatts, a BC Energia possui outros 20 megawatts em construção e mais 60 que serão iniciados, totalizando 110 megawatts de potência até o fim de 2024. “Nos últimos quatro anos, dobramos a potência a cada ano”, conta.

Alessandro Cunha informa que, quando todas as usinas estiverem prontas, a estimativa é baixar o valor mínimo exigido para as faturas, ampliando o número de unidades consumidoras que poderão ser atendidas. Segundo ele, o desconto no valor das contas chega aos 18%. Para os consumidores do mercado livre, o valor pode cair até 35%. A empresa atende mais de 3 mil consumidores. “É o futuro da energia no País. A tendência é que o mercado livre também seja aberto aos demais consumidores de baixa tensão”, prevê.

O Grupo BC Energia conta com 300 usinas geradoras cadastradas e mais de 80 megawatts de geração limpa própria. De acordo com a empresa, já são mais de R$ 200 milhões gerados de economia aos clientes e mais de 140 gigawatts médio comercializados no Mercado Livre de Energia.

Energia solar por assinatura deixa faturas mais baratas

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Matéria - Economia

Geração distribuída

Diante de pressões de entidades do setor produtivo, frentes representativas e parlamentares de oposição, o governo estadual deve recuar da cobrança do <a href="https://opopular.com.br/economia/goias-pode-perder-investimentos-em-energia-por-tributos-1.3219285" target="_blank">ICMS integral</a> sobre minigeradores e microgeradores de energia. A cobrança afeta todos os consumidores que investiram em energia solar ou outras fontes renováveis em Goiás.

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O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), anunciou nesta quarta-feira (22) que o governador Ronaldo Caiado (UB) irá implementar um decreto que visa isentar essa cobrança no estado.

A fala do chefe do Legislativo ocorreu um dia após o Fórum das Entidades Empresariais do Estado de Goiás (FEE) enviar ofício ao governador, na terça-feira (21), mostrando preocupações com os possíveis impactos da medida caso a cobrança do tributo, em vigor desde dezembro do ano passado, seja mantida. O documento, de duas páginas, conta com a assinatura de oito entidades e destaca que, caso a decisão não seja revista, pode haver desestímulo a novos investimentos e à geração de energia limpa no estado, menos recursos girando na economia, além de reflexos sociais negativos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/goias-pode-perder-investimentos-em-energia-por-tributos-1.3219285" target="_blank">Goiás pode perder investimentos em energia por tributos​</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/goias-ganha-mais-8-usinas-fotovoltaicas-1.3164471" target="_blank">Goiás ganha mais 8 usinas fotovoltaicas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/energia-solar-tera-mais-de-r-10-bi-em-investimentos-em-goias-1.3100215" target="_blank">Energia solar terá mais de R$ 10 bi em investimentos em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/expans-o-maior-da-energia-solar-esbarra-no-credito-1.3054418" target="_blank">Expansão maior da energia solar esbarra no crédito</a></div>

Reportagem do POPULAR na semana passada mostrou que estimativas do Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel) apontam que Goiás pode <a href="https://opopular.com.br/economia/energia-solar-tera-mais-de-r-10-bi-em-investimentos-em-goias-1.3100215" target="_blank">perder até R$ 10 bilhões</a> nos próximos cinco anos por conta da cobrança do imposto. Residências, comércio e grandes usinas de energia com investimentos previstos para o estado terão cobrança compulsória de 19% do tributo sobre a energia injetada.

“Nosso governador Ronaldo Caiado já determinou que não se cobre ICMS em relação à geração de energia fotovoltaica. Caiado determinou à Secretaria Estadual de Economia que busque junto ao Confaz, em reunião extraordinária, a isenção do ICMS sobre GD1, GD2, GD3, que é a fotovoltaica”, anunciou Peixoto em vídeo publicado nas redes sociais. “Para isso, assim que aprovado no Confaz, terá emissão de um decreto que será enviado à Alego. Nós deputados e deputadas votaremos imediatamente, acabando de uma vez por todas com a cobrança do ICMS.”

Goiás é um dos estados com maior concentração de investimentos em energia renovável, como as fontes fotovoltaica e eólica, sendo o sexto com a maior potência instalada em energia solar do Brasil, segundo ranking de 2024 elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

<h2>Impacto</h2>

O presidente da Frente Goiana de Geração Distribuída (FGGD), João Felipe Prado, afirmou ao POPULAR que a cobrança do ICMS sobre a energia gerada por usinas solares afeta diretamente cerca de 200 mil geradores e consumidores em Goiás. Ele destacou que a medida foi adotada sem aviso prévio, e surpreendeu o setor. Algumas das queixas foram apresentadas ao secretário estadual de Governo, Adriano da Rocha Lima, em reunião no Palácio Pedro Ludovico Teixeira nesta semana. Nos argumentos da FGGD, afirmaram que a cobrança do imposto não se justifica, pois “a energia injetada na rede pelas usinas é entendida como empréstimo gratuito” e, portanto, não configura fato gerador de tributo.

“Falamos que existem outros estados que não cobram ICMS; existe também esse entendimento de que não há fato gerador de ICMS e várias jurisprudências e decisões favoráveis a esse entendimento no Brasil inteiro e também no estado de Goiás”, disse Prado. “Diante disso, o governo se mostrou sensível. O Adriano já antecipou que teve um entendimento sobre o tema e que junto a Secretaria da Economia — o procurador-geral do estado também estava —, eles iam buscar um caminho para reversão dessa cobrança.”

O secretário estadual da Economia, Francisco Sérvulo, explicou ao POPULAR que o Governo de Goiás está elaborando uma proposta para o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) com o objetivo de obter a isenção do ICMS sobre a energia gerada pelas usinas de fontes renováveis e injetada no sistema de distribuição.

Apesar da intenção do governo em reverter a cobrança, Prado alertou que os impactos financeiros já são sentidos pelos consumidores, com aumentos médios de 50% nas contas de energia solar, podendo chegar a três vezes em alguns casos. Ainda assim, ele destacou que a geração de energia própria permanece economicamente viável, considerando que as tarifas elétricas brasileiras estão entre as mais altas do mundo.

Sérvulo reforçou a nota enviada à reportagem na semana passada em que o governo estadual justifica a legalidade da cobrança com base em normas federais como o Convênio ICMS 16/2015, além do marco regulatório da lei 14.300/2022, que regulamentam a micro e minigeração distribuída. Segundo o secretário, uma reunião extraordinária do Confaz ainda será solicitada para análise do pedido, e eventual aprovação necessitará de internalização via decreto legislativo, passando pela Alego.

“O estado de Goiás é um grande produtor de energia fotovoltaica e eólica, então a concentração de investimentos e microempreendedores aqui também é muito grande. Atendendo à essa especificidade, nós vamos encaminhar essa proposta de reformulação de convênio ao Confaz. Às vezes uma situação que pode não ser fundamental para um outro estado, aqui é relevante. Essa relevância que estamos considerando”, disse Sérvulo.

Caso a reunião do Confaz não prospere, o governo planeja tomar medidas judiciais para conseguir reverter a cobrança do imposto.

Parlamentar de oposição, o deputado estadual Eduardo Prado (PL) capitaneou movimento contrário ao tributo nas redes sociais e na Alego. Ao POPULAR, ele chamou a medida de “arbitrária”. “A energia fotovoltaica, além de ser uma das bandeiras da energia renovável, em que Goiás se destaca hoje, é benéfico para o estado. O estado aumentou o ICMS do combustível, IPVA, e agora a questão fotovoltaica? Como colocar isso em pauta sem discutir com o setor produtivo, com a Assembleia, as nossas comissões? É totalmente arbitrário”, criticou.

O deputado disse que caso o governo estadual insista em cobrar o tributo, o seu partido já estuda protocolar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o estado.

Estado aponta recuo em ICMS maior na geração de energia

Tributos

Insaciáveis&nbsp; 
Goiás é um estado ensolarado, ideal para aproveitar a imensa fonte de energia que é o Sol. Fomos incentivados a colocar em nossas casas painéis para transformar a energia solar em energia elétrica, sendo “remunerados” com a diminuição do valor da “conta de luz” por colaborarmos com a produção de energia limpa, que injetamos no sistema. Mas O POPULAR, na edição do dia 13 de janeiro, mostrou a mudança do jogo, os prejuízos para Goiás, com a cobrança de 19% de ICMS sobre a energia injetada. É claramente dupla tributação: cobram sobre a energia que produzimos para o sistema que, por sua vez, cobra do consumidor que usa esta energia injetada, seja indústria ou residência. É o Estado na contramão da sustentabilidade, visando tão somente arrecadar impostos e, como costuma acontecer, dane-se a busca por energia limpa, dane-se a sustentabilidade, dane-se o aquecimento global.&nbsp; 
Marco Antônio Sperb Leite&nbsp; 
Chácaras Samambaia - Goiânia&nbsp;

2025 
2025, seja bem-vindo. 2024 foi um ano em que a cidade de Goiânia foi administrada pelo Executivo e o Legislativo longe da presença dos movimentos populares; esse tipo de gestão pública só leva a negociações, acordos e privilégios por cima. O resultado é o caos: na sinalização de trânsito, saúde, educação, Cmeis, transporte urbano, obras inacabadas, endividamento jamais visto.&nbsp; 
Essa situação resultou numa avaliação das piores sobre a administração pública.&nbsp; 
Agora em 2025 vem o novo prefeito que mais do que medidas necessárias para recuperar a cidade, nos brinda com a taxa de lixo. E pior, traz como auxiliares parte da gestão anterior. Essas medidas iniciais nos fazem indagar o que vem pela frente. Esse é o estado da questão.&nbsp; 
Há muito o que fazer para minorar esse estado de caos. Por exemplo, é imperioso que o movimento popular, em especial o movimento comunitário, venha se reorganizar e resgatar sua tarefa de estar vigilante às ações e medidas da nova gestão municipal, a começar pela luta contra a taxa de lixo e outras carências da cidade e da população. Só com um movimento popular ativo e atuante poderá recuperar seu poder de intervenção no destino da cidade.&nbsp; 
Mais: que o prefeito, vereadores e autoridades públicas tenham a devida honestidade intelectual para trabalhar na direção de uma cidade comum a todos. Afinal, o que não é agitado se decompõe.&nbsp; 
Marcos Antonio da Silva&nbsp; 
Vila Redenção - Goiânia

Cartas dos Leitores

Opinião

Opinião - título

Carta dos Leitores

Matéria - Opinião - Carta dos Leitores

Cartas

O comércio exterior brasileiro entra em 2025 com grandes expectativas, mas também com desafios significativos. A diversificação das exportações e o fortalecimento de parcerias comerciais são apontados como caminhos essenciais para impulsionar o crescimento econômico. Além disso, setores como agronegócio, tecnologia e energia renovável mostram um enorme potencial para expandir sua presença nos mercados globais.

Nos últimos anos, o agronegócio tem consolidado o Brasil como um dos maiores exportadores mundiais, especialmente em produtos como soja, carne bovina e café. Em 2025, a energia renovável, por sua vez, surge como um pilar estratégico para o comércio exterior. Com uma matriz energética majoritariamente limpa, o Brasil tem potencial para se destacar em um cenário global que busca aliar desenvolvimento e sustentabilidade.

Entretanto, o cenário global apresenta dificuldades que podem impactar as operações de comércio exterior. A continuidade de guerras entre países, como os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, afeta o fornecimento de insumos estratégicos e a estabilidade dos mercados internacionais.

Outro fator que adiciona incertezas ao comércio global é a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 2025. A possível adoção de políticas protecionistas, como o aumento de tarifas e a imposição de barreiras comerciais, pode prejudicar exportadores brasileiros, especialmente nos setores industrial e agrícola.

Por isso, o Brasil precisa diversificar seus parceiros comerciais, explorando mercados na Ásia, África e América Latina. Por exemplo, países como Índia, Vietnã e Nigéria têm demonstrado interesse crescente em importar produtos brasileiros, criando oportunidades para a expansão de novos fluxos comerciais.

No âmbito interno, a simplificação tributária e a modernização dos portos e da infraestrutura logística continuam sendo prioridades. A implementação de sistemas digitais para agilizar processos aduaneiros pode reduzir custos e aumentar a eficiência das exportações e importações. Investir em infraestrutura é crucial para garantir que os produtos brasileiros cheguem ao mercado internacional com preços competitivos.

Outro ponto relevante é o fortalecimento das micro e pequenas empresas no comércio exterior. Essas empresas representam uma parcela significativa da economia brasileira, mas ainda enfrentam dificuldades para acessar mercados externos. Programas de capacitação e financiamento podem ajudá-las a superar barreiras e expandir sua atuação internacional.

Em síntese, 2025 será um ano desafiador, mas repleto de possibilidades para o comércio exterior brasileiro. Com uma abordagem estratégica, que inclua a diversificação de mercados, a modernização da infraestrutura e o alinhamento às demandas globais por sustentabilidade, o Brasil tem a chance de consolidar sua relevância no cenário internacional. Enfrentar os desafios com visão de longo prazo e flexibilidade será essencial para transformar essas perspectivas em resultados concretos.

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Getúlio Faria é presidente da Câmara de Comércio Exterior da ACIEG e CEO da Expert Brasil

Perspectiva do comércio exterior

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Getúlio Faria

Mais energia

Goiás vai ganhar mais oito novas usinas de geração de energia fotovoltaica até o final de 2025. A Fictor Energia, divisão de infraestrutura e energia do Grupo Fictor, através de uma joint venture com a WTT Participações, está investindo R$ 194 milhões nos projetos, que têm a previsão de geração total de 44 MWp, o equivalente ao consumo de cerca de 42 mil casas por ano.

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As usinas, de pequeno e médio porte, estarão localizadas em cidades com alta probabilidade de irradiação solar ao longo do ano, sendo que a primeira, a Usina de Clima, localizada em Cocalzinho de Goiás, foi inaugurada nesta quarta-feira (14).

Além de Cocalzinho, também estão previstas no cluster de geração de energia as unidades em Uruaçu, Padre Bernardo, Bela Vista de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Inhumas, Pirenópolis e Professor Jamil, no sul do estado. Essas localidades foram estrategicamente escolhidas pela alta possibilidade de irradiação solar, com valores em torno de 5,0 kWh/m²/dia. O que indica uma incidência quase 70% superior aos 3,0 kWh/m²/dia correspondentes à média solar da Alemanha, país com maior capacidade energética por instalação fotovoltaica per capita no mundo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/credito-rural-para-a-safra-fica-mais-restrito-e-caro-em-goias-1.3164082" target="_blank">Crédito rural para a safra fica mais restrito e caro em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/onibus-com-mais-bilhetes-eletronicos-1.3163663" target="_blank">Ônibus com mais bilhetes eletrônicos</a></div>

O CEO do Grupo Fictor, Rafael Gois, lembra que a companhia investe em quatro segmentos: alimentos, infraestrutura, energia e serviços financeiros. Já o grupo WTT é formado por cinco empresas: Enerwatt (obras de alta tensão, fábrica de painéis e automação), Enerwatt (Consultoria), Sora, que faz projetos de energia sustentável e eficiência energética, e a Fictor &amp; WTT, que é a joint venture criada para os investimentos em geração de energia renovável. O compromisso é investir US$ 100 milhões no País até o final de 2025, quando também serão entregues as últimas três usinas deste cluster em Goiás.

O diretor comercial da Enerwatt/WTT, Renato Amaral, lembra que outras duas unidades no estado serão entregues ainda neste ano de 2024: as de Águas Lindas de Goiás e Professor Jamil. Segundo ele, a joint venture investirá na geração distribuída, projetos de descarbonização para transformar usinas a diesel em híbridas e num negócio para construção de infraestrutura para o agronegócio. Ele informa que a usina Clima, de Cocalinho, é uma das menores do complexo, com 1,4 megawatt pico de potência, enquanto outras cinco maiores vão gerar pouco mais de 7 megawatts pico cada, o equivalente ao consumo de cerca de sete mil moradias por ano.

As obras já estão em fase adiantada nas unidades de Águas Lindas de Goiás e Professor Jamil. Além de contar com uma boa irradiação solar, o que garante uma melhor rentabilidade para as operações, Goiás foi escolhido para abrigar o cluster de geração de energia porque os empreendedores encontraram uma boa oportunidade com a disponibilidade de projetos adquiridos de um outro desenvolvedor, que já estava em fase adiantada dos processos regulatórios. “Vimos uma oportunidade de negócios importante e fizemos a aquisição do projeto, que já estava em seus primeiros passos, com outra companhia”, explica.

<h2>Assinatura</h2>

Toda a energia gerada pelas novas usinas será destinada ao negócio conhecido como energia por assinatura, que está sendo cada vez mais explorado por oferecer descontos de 15% a 20% nas tarifas pagas pelo consumidor às concessionárias. O executivo diz que as usinas serão alugadas a duas cooperativas que atuam no ramo: a Matrix e a Nextron. O público-alvo são os consumidores B3, classe comercial, que consomem 645 GWh/ano.

O complexo de Usinas de Presidente Epitácio (SP) e a Usina de Autazes (AM) são outros projetos em operação dentro da joint venture entre a Fictor Energia e a Enerwatt WTT, que reúnem uma capacidade total de 57,69 MWp. “O novo cluster tem um volume de geração de energia fotovoltaica substancial. Queremos abrir uma nova perspectiva para os consumidores goianos, como os empresários do agronegócio, de que é viável e importante trabalhar com energia limpa, sustentável e que beneficia o meio ambiente ao reduzir emissões de carbono”, garante Abelardo Sá, diretor de Energia e Infraestrutura do Grupo Fictor.

Boa parte do investimento do cluster (R$ 164 milhões) é estruturado por meio de debentures para aquisição de bens de capital e pagamento de despesas financeiras e pré-operacionais dos projetos. Já o restante, de R$ 30 milhões, é oriundo do próprio caixa da companhia. De acordo com Amaral, os terrenos foram arrendados por um período de 35 anos. “Além do resultado financeiro, os proprietários também serão beneficiados com uma boa infraestrutura elétrica que será construída, passando a ter mais disponibilidade de energia com maior qualidade”, explica Renato Amaral.

Para ele, este é um mercado que deve continuar crescendo, mas que passa por uma janela de oportunidades, pois os projetos que estão sendo desenvolvidos hoje foram protocolados antes das mudanças regulatórias do setor, ou seja, em condições mais vantajosas.

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Goiás ganha mais 8 usinas fotovoltaicas

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