A Feira Hippie deve retomar as atividades neste final de semana. Representantes dos comerciantes concordaram com a volta, inicialmente, aos sábados e domingos. Mas o pedido para manter as atividades também às sextas-feiras ainda é discutido com a Prefeitura de Goiânia. A intenção da administração municipal é avaliar primeiro o retorno e cumprimento de protocolos de segurança por conta da pandemia do novo coronavírus.Isso para depois definir se será possível autorizar o funcionamento no dia em que ocorre maior movimento na Região da Rua 44. Em live nas redes sociais e site do POPULAR, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walison Moreira, afirmou ontem que duas associações solicitaram e uma liberação provisória da sexta-feira pode ocorrer. O assunto deve ser abordado em reunião do comitê de crise até a semana que vem. “Uma coisa é o retorno da feira, que tem que acontecer, o outro é a liberação de mais um dia”, diz. Desde 21 de julho, as feiras especiais tiveram as atividades permitidas. Das 33 existentes na capital, somente a Hippie não voltou. Isso em ato de protesto. Pois com a pandemia, a Prefeitura decidiu fazer valer decreto de 2016, que limita a montagem das bancas aos sábados e domingos. Um acordo foi firmado em 2018 para que os feirantes pudessem ter a sexta-feira até o início das obras da Praça do Trabalhador, o que ocorreu no ano passado. Acontece que, do início das obras até a situação de emergência em saúde, os feirantes não foram impedidos de fazer as vendas nos três dias. Impactos Segundo o secretário, ampliar um dia exige uma análise que envolve diversas áreas. Até pelo impacto no trânsito e em outros aspectos da região. Ele não descarta a possibilidade de que a feira ganhe esse dia. Mas ressalta a importância da discussão em conjunto com outras secretarias do Paço. Enquanto isso, a Associação dos Feirantes encaminhou ontem comunicado em que diz ceder um dia de trabalho por entender a necessidade do momento para controle da Covid-19. De outro lado, pede que ao fim da reforma da praça voltem a ter direito às sextas-feiras, sábados e domingos. A Associação Luta pela Feira Hippie também fez o pedido e se reuniu ontem com o titular da Sedetec. “Vamos voltar neste final de semana. Todos os feirantes estão loucos para trabalhar e pagar as contas. Depois de dois a três finais de semana, bem organizado, eles (Prefeitura) já estão estudando a volta da sexta-feira”, explica o presidente Ronnie Inácio Leão. PlanejamentoPara hoje, o presidente da Associação dos Feirantes, Waldivino da Silva, afirma que haverá nova reunião com a secretaria para planejar o retorno. “Vamos voltar, mas primeiro precisamos ter essa conversa com o secretário. Muitas deficiências precisam ser corrigidas para voltar a feira.” Com avanço da obra na praça, ele pontua que quadras perderam espaço e alterou os locais de cerca de 600 pessoas. “Não tem espaço para elas.”Quando a revitalização terminar, ele explica que, se o pedido pela sexta-feira não for atendido, os feirantes prometem continuar a fazer protestos. Eles fazem questão do dia por conta do movimento de turistas de compra na Região da Rua 44, vindos de outros Estados e do interior goiano. Nos dois anos de experiência, eles perceberam que o dia concentra cerca de 45% das vendas que realizam.