<img attr-cid="policy:1.3333399" attr-version="policy:1.3333399:1762443761" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3333399/Proporção para foto do site (2).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ao comemorar 75 anos, presidente da Fieg, André Rocha, aponta que a qualificação de mão de obra e a transformação digital são os pilares para o desenvolvimento do setor em Goiás (Comunicação/FIEG)

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) está comemorando 75 anos de existência. Durante o programa Café com CBN, o Presidente da Fieg, André Rocha,&nbsp;destacou como a&nbsp;inovação&nbsp;e a educação são as apostas para o futuro do&nbsp;crescimento da indústria em Goiás.&nbsp;

<cite>É um futuro desafiador e transformador.&nbsp;O mundo&nbsp;está cada vez mais competitivo.&nbsp;A economia é global. Então, nós precisamos investir na formação de mão de obra, na qualificação de mão de obra.&nbsp;E a educação é a base para isso. Por isso, nós estamos investindo tanto no nosso Sesi”, disse ao POPULAR.&nbsp;</cite>

A Fieg e seus sistemas&nbsp;- Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e&nbsp;Instituto Euvaldo Lodi&nbsp;(IEL) -&nbsp;atuam na base do desenvolvimento, desde a formação de mão de obra altamente qualificada até a capacitação de líderes empresariais.&nbsp;

De acordo com o diretor do Sesi Universitário e da Faculdade de Tecnologia Senai&nbsp;de Desenvolvimento Gerencial (Fatesg), Weysller Matuzinhos,&nbsp;a educação é o ‘remédio’ para a dor do setor produtivo.&nbsp;

<cite>A&nbsp;educação, além de proporcionar mobilidade social para quem passa pela educação, e eu&nbsp;estou&nbsp;falando da educação básica, educação profissional, seja aqui representando Sesi,&nbsp;seja representando Senai. A educação&nbsp;além de possibilitar essa mobilidade para quem passa por ela. A educação&nbsp;também atende a uma dor que é do setor produtivo, que é uma dor do mercado, a dor é mão de obra qualificada”, enfatizou.</cite>&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3333402" attr-version="policy:1.3333402:1762444136" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3333402/Proporção para foto do site (1).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Para o diretor da Fatesg, investimento em educação por meio do Sesi e Senai é a base para formar a mão de obra que a indústria goiana precisa para o futuro (Reprodução/YouTube CBN Goiânia)

Outra questão&nbsp;enfatizada por André Rocha&nbsp;foi a transformação digital do mundo.&nbsp;De acordo com o presidente da Fieg,&nbsp;é preciso estar atento ao uso da tecnologia cada vez mais presente,&nbsp;seja na indústria&nbsp;ou&nbsp;no dia a dia.&nbsp;

“Nós&nbsp;temos&nbsp;que pensar na conectividade, na internet das coisas. Então, o uso da tecnologia cada vez mais, seja na indústria, no comércio,&nbsp;no dia a dia, nós precisamos estar muito atentos.&nbsp;Nós precisamos aprender&nbsp;a dominar, conhecer um pouco mais, a saber usar&nbsp;e ganhar em eficiência, ganhar em tempo, em produtividade, utilizando a tecnologia como um todo”, afirmou.&nbsp;

Nesse sentido, o diretor da Fatesg afirma que as pessoas não podem ter receio de usar a tecnologia. “As pessoas não podem ter receio de usar a tecnologia. Olha, nós vivemos num mundo de transformação digital. As pessoas só vão conseguir ocupar espaços no mercado, atendendo as necessidades das empresas que estão buscando por essa transformação, se elas estiverem preparadas, se elas conseguirem ou se elas souberem usar as tecnologias”, disse&nbsp;Weysller Matuzinhos.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/ufg-lidera-rede-global-para-uso-de-ia-em-saude-e-biociencias-1.3333194" target="_self">UFG lidera rede global para uso de IA em saúde e biociências</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/fabrica-para-processar-terras-raras-no-brasil-comeca-testes-em-aparecida-de-goiania-1.3332771" target="_self">Fábrica para processar terras raras no Brasil começa testes em Aparecida de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/pib-dos-municipios-onde-ha-cooperativas-de-credito-e-10-maior-aponta-estudo-da-ocb-fipe-1.3331620" target="_self">PIB dos municípios onde há cooperativas de crédito é 10% maior, aponta estudo da OCB/Fipe</a></div>

<h2>Fieg&nbsp;</h2>

A Fieg foi fundada em 17 de dezembro de 1950 por cinco sindicatos: das Indústrias da Construção e Mobiliário, da Indústria da Alfaiataria e Confecção de Roupas de Homem, da Indústria de Calçados, das Indústrias de Alimentação e das Indústrias Gráficas do Estado de Goiás.&nbsp;&nbsp;

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás,&nbsp;por meio das instituições Sesi, Senai e IEL,&nbsp;busca promover Educação, Saúde e Segurança do Trabalhador, Qualificação Profissional, Soluções Tecnológicas e Inovação.&nbsp;

<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>&nbsp;

Fieg 75 anos: Inovação e educação são apostas para o futuro

Economia

Economia - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Economia

DE OLHO NO FUTURO

Expoind 1

Expoind 2

<img attr-cid="policy:1.3332897" attr-version="policy:1.3332897:1762369383" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3332897/WhatsApp Image 2025-11-05 at 14.46.57 (3).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
(Fábio Lima)

&nbsp;

o Relatório Sistema FIEG – 75 anos de História &amp; Sustentabilidade destaca que as instituições integradas FIEG, SESI, SENAI e IEL atuam não apenas na defesa do setor produtivo, mas como agentes de mudança social, tecnológica e ambiental.

Nos últimos anos, os Serviços de Tecnologia e Inovação do SENAI Goiás triplicaram seu faturamento, alcançando R$ 17 milhões em 2024, impulsionados por investimentos em laboratórios e equipamentos de ponta. Entre as estruturas estratégicas criadas, destacam-se os Centros de Excelência em Energias Sustentáveis, Metrologia SENAI ZEISS e Farmacêutico, além do SENAI HUB, que conecta indústrias locais à rede nacional e a universidades e centros de pesquisa. O Habitat de Inovação em Alimentos, Bebidas e Cosméticos e o RESETGO (programa de disseminação de competências em inovação por diversas unidades do Estado) completam esse ecossistema de tecnologia e conhecimento que tem fortalecido o parque industrial goiano.

Já o IEL Goiás se consolida como um polo de gestão e transformação empresarial, atendendo empresas por meio de consultorias em inovação e capacitando profissionais e lideranças, inclusive em programas de imersão em instituições como o MIT e Harvard. Esse foco em inovação encontra um cenário propício. O relatório da FIEG reforça que Goiás reúne condições únicas para liderar a transição energética e a bioeconomia no Brasil. Com uma matriz energética majoritariamente limpa, o Estado se destaca na produção de biogás e bioenergia a partir de resíduos agropecuários e urbanos, e tem potencial para se tornar referência em economia circular e energia renovável.

De acordo com o vice-presidente da FIEG e diretor regional do IEL, Flávio Rassi, a indústria goiana é parte da solução ambiental: “Temos autoridade para ocupar esse espaço. A nossa matriz energética já é majoritariamente renovável. O que nos falta não é prática. É narrativa. A indústria é parte da solução ambiental.” A FIEG tem apostado em ações concretas, como a implantação de usinas fotovoltais, gestão de resíduos com cooperativas e programas de eficiência energética. Essas práticas, somadas à adesão ao Pacto Global da ONU e ao fortalecimento de políticas ESG, posicionam Goiás na vanguarda da sustentabilidade industrial.

<div attr-cid="policy:1.3332899" attr-version="policy:1.3332899:1762369651" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3332899" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3332899', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3332899">Expoind 1 (1.3332899)</a></div>

<h2>O futuro que já começou</h2>

&nbsp;

Com centros de automação, laboratórios de alta tecnologia e programas de qualificação que já alcançam mais de 90% de empregabilidade entre egressos do SENAI, Goiás avança rumo a um modelo de desenvolvimento baseado em conhecimento, energia limpa e competitividade global. O presidente da Fieg, André Rocha, resume o momento: “Vivemos um tempo em que transição energética, inteligência artificial e novas cadeias globais de valor redefinem o mapa industrial. Goiás não pode ser espectador desse movimento, deve liderá-lo.” Guiado por essa visão, o Sistema Fieg aposta em inovação, sustentabilidade e formação de talentos como pilares para transformar Goiás em um verdadeiro polo do futuro, onde crescimento econômico e responsabilidade ambiental caminham lado a lado.

&nbsp;

<h2>Expoind 2025</h2>

&nbsp;

A força dessa nova indústria pôde ser vista de perto durante os quatro dias da Expoind 2025 - Feira de Fornecedores de Tecnologia e Soluções para Indústria de Goiás, realizada entre 29 de outubro e 1º de novembro, no Centro de Convenções de Goiânia. Em 2025, a Expoind foi realizada estrategicamente dentro da FIC Goiás - Feira da Indústria, Comércio, Habitação e Empreendedorismo, em parceria com Fecomércio, Facieg, Sebrae e o Fórum Goiano da Habitação. Essa união de forças ampliou o alcance e o impacto do evento, reunindo o setor produtivo goiano em torno de uma mesma agenda: o desenvolvimento sustentável.

&nbsp;

Com o mesmo tema que norteia a nova agenda do setor, “Inovação e Sustentabilidade na Indústria: Transformando Goiás no Polo do Futuro”, o evento reuniu fornecedores, empresários e profissionais de todo o País. A mudança para o Centro de Convenções deu ao evento uma estrutura robusta, com 100% dos estandes comercializados. Com a expectativa de gerar R$ 1 bilhão em negócios, a feira recebeu 30 mil visitantes e se consolidou como um dos principais eventos do setor no País. “A Expoind representa duas coisas fundamentais: uma grande vitrine para o que há de mais tecnológico na indústria e uma aliança estratégica com parceiros que acreditam no desenvolvimento de Goiás”, destacou André Rocha.

&nbsp;

Um dos destaques foi o Encontro Internacional de Comércio Exterior (Eice), promovido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN-FIEG), que conectou 56 empresas goianas a 12 compradores internacionais da América Latina. “Nosso objetivo é fortalecer ainda mais as indústrias goianas, oferecendo suporte completo para sua inserção no mercado internacional”, explicou Juliana Tormin, gerente de internacionalização da Fieg. O CIN-FIEG oferece assessoria técnica, estudos de mercado e capacitação para empresas que desejam exportar, ampliando a presença goiana em feiras e missões internacionais.

&nbsp;

<h2>Jornada Nacional de Inovação: conhecimento e futuro</h2>

&nbsp;

A programação também contou com a etapa Centro-Oeste da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, organizada pela CNI e pelo Sebrae Nacional. O encontro reuniu lideranças, empresários e representantes de órgãos de fomento como FINEP, BNDES e Embrapii. “Aqui discutimos os principais desafios das indústrias do Centro-Oeste, como formação de mão de obra, transformação digital e burocracia regulatória”, afirmou Luciano Lacerda, presidente do Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Fieg. Os resultados levantados servirão de base para o Congresso Nacional de Inovação da Indústria, previsto para 2026, em São Paulo.

&nbsp;

<h2>Prêmios que inspiram novas práticas</h2>

&nbsp;

A Expoind também celebrou o melhor da indústria goiana com a entrega do 2º Prêmio FIEG de Inovação e do 2º Prêmio FIEG de Sustentabilidade, reconhecendo empresas e projetos que promovem soluções criativas e sustentáveis. “Queremos incentivar que os industriais invistam cada vez mais em inovação e sustentabilidade, mostrando que é possível crescer com responsabilidade e visão de futuro”, afirmou André.

&nbsp;

<h2>Um novo ciclo de prosperidade</h2>

&nbsp;

Com resultados expressivos e recorde de público, a Expoind 2025 encerrou reafirmando que a indústria de Goiás já vive o futuro. Um futuro que combina inovação, sustentabilidade e cooperação como base de um novo ciclo de prosperidade para o Estado e para o Brasil.

&nbsp;

<h2>Confira fotos do evento:&nbsp;&nbsp;</h2>

<div attr-cid="policy:1.3332911" attr-version="policy:1.3332911:1762369831" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3332911" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3332911', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3332911">Expoind 2 (1.3332911)</a></div>

Inovação e sustentabilidade na indústria: transformando Goiás no polo do futuro

Infomercial

Matéria - Infomercial

INFOMERCIAL

Goiás se consolida como um polo vibrante de inovação, tecnologia e sustentabilidade industrial. A indústria é o motor da economia, e a Expoind 2025 – Feira de Fornecedores de Tecnologia e Soluções para Indústria de Goiás – chega à 2ª edição, reafirmando que o futuro é uma realidade que construímos agora, juntos.

Um evento setorial como a Expoind transcende a simples exposição. Ela é uma plataforma estratégica de conexões e um catalisador de crescimento para toda a cadeia produtiva, aproximando a indústria goiana das grandes tendências mundiais em automação, logística, eficiência energética, segurança e transformação digital. De 29 de outubro a 1º de novembro, o Centro de Convenções de Goiânia será o epicentro da indústria do futuro, reunindo players de todo o Brasil para inovar e crescer.

O sucesso estrondoso da estreia, em 2024, provou o potencial e a sede por inovação do nosso setor, com R$ 70 milhões em negócios imediatos e R$ 200 milhões em negociações futuras. O fato de todos os estandes para 2025 terem sido vendidos antecipadamente, com quase metade dos expositores retornando, mostra que a Expoind se firmou como uma das principais vitrines tecnológicas e comerciais do calendário nacional.

A realização do evento no Centro de Convenções, integrada à FIC Goiás – Feira da Indústria, Comércio, Habitação e Empreendedorismo – é um excelente exemplo de união de esforços e parcerias com as principais entidades do setor produtivo (Fieg, Fecomércio, Facieg, Sebrae e Fórum Goiano da Habitação). Essa integração fortalece o ambiente de negócios e amplifica o alcance da nossa indústria, um compromisso que a Fieg leva a sério há 75 anos.

O conteúdo da Expoind é altamente estratégico. O 12º Encontro Internacional de Comércio Exterior (Eice) promoverá rodadas de negócios com compradores de toda a América Latina, fundamental para que a produção goiana diversifique mercados e amplie seu alcance, mesmo em face de obstáculos como a carga tributária exorbitante e a infraestrutura deficiente. A Fieg será voz ativa, propositiva e firme na defesa da indústria goiana e brasileira.

Além disso, daremos visibilidade e reconheceremos publicamente a excelência da nossa indústria com as entregas do 2º Prêmio Fieg de Inovação e do 2º Prêmio Fieg de Sustentabilidade da Indústria Goiana. Nossa missão é impulsionar a indústria cuidando das pessoas. A transformação mais profunda ocorre com a adoção da Indústria 4.0, a transição energética e digital, temas que serão intensamente debatidos na etapa Regional Centro-Oeste da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, promovida pela CNI e pelo Sebrae.

A Expoind 2025 é o retrato de um Estado moderno, competitivo e protagonista no cenário nacional. Acredito na capacidade de superação do nosso povo. Com união, trabalho e determinação, podemos construir um país mais justo, mais próspero e mais competitivo. Convido a todos a participarem ativamente. O futuro é nosso, e ele já começou.

André Rocha, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e dos Conselhos Regionais do Sesi e Senai

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

Expoind: a indústria do futuro

Artigos

Título - Artigos

Matéria - Artigos

André Rocha

O nosso estado consolidou-se como um dos polos industriais mais dinâmicos do Brasil. Com 28 mil empresas distribuídas em 35 setores, Goiás abriga o sétimo maior parque industrial do país, reunindo desde pequenas fábricas até grandes conglomerados.

A força do setor é evidente: 400 mil empregos diretos, mais de 1 milhão indiretos, salários acima da média estadual e uma receita anual superior a R$ 210 bilhões, equivalente a 22% do PIB goiano.

Além disso, a indústria contribui com mais de R$ 7 bilhões anuais em ICMS, recursos que sustentam serviços essenciais de saúde, educação, segurança e infraestrutura.

Entre 2019 e 2023, o crescimento acumulado de 28,5%, uma média de 6,5% ao ano, demonstra vitalidade e capacidade de expansão industrial em Goiás.

O parque industrial goiano já se destaca nacionalmente em setores como alimentação, farmacêutico, construção civil e biocombustíveis. O potencial de avanço permitiria ao estado disputar posições ainda mais altas no ranking industrial, alcançando o sexto ou até o quinto lugar no país.

Entretanto, temos desafios que não podem ser ignorados, como o custo elevado do crédito por conta dos juros estratosféricos no Brasil, que limitam novos investimentos. Na infraestrutura, precisamos ampliar a oferta de energia elétrica. Em cerca de 30 municípios goianos, há uma demanda reprimida de quase 128 mil megawatts. Cada megawatt não disponibilizado representa não apenas máquinas paradas, mas também oportunidades de renda, arrecadação e desenvolvimento social desperdiçadas.

Mas existem boas perspectivas no horizonte. Um exemplo é o projeto de transmissão Graça Aranha–Silvânia, pela State Grid, que demandará investimentos de R$ 18 bilhões. A obra prevê uma linha de quase 1,5 mil quilômetros de alta tensão e várias subestações com capacidade de atender cerca de 12 milhões de pessoas.

A expansão da infraestrutura elétrica é um investimento de efeito multiplicador: abre espaço para a instalação de novas indústrias, atrai capital, aumenta a arrecadação tributária e gera empregos de qualidade.

Além disso, outro desafio que temos é o de ampliar a capacitação da mão de obra em Goiás para gerarmos mais oportunidades de emprego e sustentarmos o nosso crescimento econômico. A indústria demanda profissionais qualificados em tecnologia, gestão e produção, e a falta de preparo pode travar investimentos.

Nesse cenário, o Senai tem desempenhado um papel estratégico: oferece cursos técnicos e de aperfeiçoamento alinhados às necessidades do mercado, garantindo empregabilidade, inovação e maior competitividade para as empresas goianas.

A indústria goiana já provou sua relevância econômica e social. Entretanto, principalmente com a reforma tributária e com o futuro incerto dos benefícios fiscais, precisamos transformar os atuais desafios em oportunidades para que Goiás consolide sua posição como protagonista do desenvolvimento nacional.

Heribaldo Egídio, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg)

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

Desafios da indústria goiana

Heribaldo Egídio

As negociações para aumentar a lista de produtos excluídos do tarifaço de 50% imposto pelo presidente americano Donald Trump aos produtos brasileiros não devem avançar nos próximos dias. Esta foi a percepção do presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), André Rocha, que participou de uma comitiva de representantes do setor industrial que foi a Washington D.C., nos Estados Unidos, para participar de uma extensa agenda para discutir a taxação de 50% imposta às exportações brasileiras. Para ele, neste momento, está difícil avançar nas tratativas, que envolvem questões políticas e até queixas dos americanos em relação às big techs.

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

André Rocha, que também é presidente-executivo dos Sindicatos das Indústrias de Fabricação de Etanol (Sifaeg) e de Açúcar no Estado de Goiás (Sifaçúcar), disse que o objetivo foi abrir canais de diálogo técnico e econômico, buscando racionalidade nas negociações. “Estamos buscando soluções que sejam mutuamente benéficas para Brasil e Estados Unidos”, afirmou. A comitiva, liderada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), contou com a participação do presidente da CNI, Ricardo Alban, de três presidentes de federações de indústrias do País e de 80 empresários brasileiros exportadores, que se reuniram com cerca de 50 empresários americanos que importam produtos brasileiros afetados pelo tarifaço.

A comitiva também contou com a participação de representantes de outras entidades ligadas ao comércio internacional do Brasil. De Goiás, participaram da comitiva os executivos Henrique Penna, do Grupo Jalles, Wilton Machado, da Brasil Minérios, e Júlio Capobianco Filho, da Goiasa. Entre outros pontos, a delegação goiana pediu isenção de tarifas para o açúcar orgânico e para vermiculita.

A delegação também foi ao Capitólio, onde debateu com parlamentares americanos alternativas para reverter o tarifaço que elevou em até 50% os custos de exportação de itens brasileiros. Depois, os brasileiros se reuniram com a Câmara de Comércio dos Estados Unidos, discutindo os impactos do tarifaço sobre produtos industriais brasileiros. Em entrevista à Rádio CBN, Rocha informou que foram feitas várias visitas e conversas com os parceiros americanos, para que cada setor, com suas particularidades, pudesse definir sua estratégia para tentar minimizar este problema.

Os integrantes da missão também acompanharam a audiência pública no Congresso sobre a investigação da Seção 301, aberta pelo Departamento de Comércio Exterior Americano, que visa averiguar uma suposta concorrência desleal de produtos brasileiros. A Seção 301 refere-se a uma disposição da legislação comercial dos EUA que permite ao governo americano investigar e retaliar práticas comerciais consideradas injustas, desleais ou restritivas por outros países.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/governo-acionou-reciprocidade-por-n-o-ver-margem-de-negociac-o-com-eua-1.3306116" target="_blank">Governo acionou reciprocidade por não ver margem de negociação com EUA</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-fala-em-falta-de-conhecimento-sobre-medidas-contra-tarifaco-1.3302535" target="_blank">Caiado fala em falta de conhecimento sobre medidas contra tarifaço</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/inadimplencia-do-agro-no-bb-sobe-de-0-5-para-3-5-em-2-anos-em-goias-1.3304042" target="_blank">Inadimplência do agro no BB sobe de 0,5% para 3,5% em 2 anos em Goiás</a></div>

A investigação destacou pontos como o desmatamento, corrupção, propriedade intelectual, pirataria, pix e também sobre o etanol. Ele acredita que a investigação 301, que foi aberta em abril e já recebeu manifestações dos brasileiros e americanos, deve perdurar mais uns seis meses. Com relação ao tarifaço, André Rocha acredita que a CNI e as federações cumpriram seu papel, que foi destacado entre os representantes de todos os setores afetados, brasileiros e americanos, que ficaram gratos pelo esforço de tentar auxiliá-los.

De acordo com o presidente da Fieg, cada setor definiu suas estratégias de trabalho para tentar aumentar a lista de exceção, que já tem 694 produtos, que correspondem a 45% das exportações brasileiras para os EUA, e ao mesmo tempo, negociar alguma tarifa menos prejudicial para aqueles produtos que não entrarem nesta lista. Eles também contabilizaram importantes reuniões com executivos americanos, como Christopher Landau, do Departamento de Estado, abrindo uma ponte para uma futura conversa entre o vice-presidente Geraldo Alckmin, para dar continuidade às negociações entre as diplomacias brasileira e americana.

“Também ficou claro que as negociações, que têm um aspecto político, com queixas dos americanos com relação às big techs, está difícil de avançar nas tratativas neste momento. Talvez daqui a 30 dias nós possamos ter um novo momento para voltar lá”, avalia o presidente da Fieg. Para ele, ficou claro que as questões judiciais envolvendo as big techs no Brasil podem ser um entrave às negociações.

Questões comerciais

Mas a comitiva também deixou claro que estava lá para discutir as questões comerciais e que questões políticas, que dizem respeito ao Executivo ou ao Judiciário brasileiros, não lhes cabia. “Temos mais de 200 anos de relacionamento comercial com os EUA e, tanto a CNI quanto a US Chamber, que faz este trabalho de aproximação entre empresários brasileiros e americanos, estão todos incomodados com esta situação”, avalia.

Outra questão é que a balança comercial com o Brasil é superavitária e favorável aos americanos, ao contrário do que acontece na relação dos EUA com outros países. A tarifa média hoje sobre os produtos americanos é de 2,5%. “Vemos esta movimentação americana com relação a outros países, com taxações contra vários deles. Alguns conseguiram avançar e fazer acordos comerciais, como Japão, Indonésia e União Europeia, mas ainda estamos vendo as taxações acontecerem, como no caso da Índia, que é equivalente ao Brasil, com tarifa de 50%, e África do Sul, com 35%”, lembra André Rocha.

De qualquer forma, o presidente da Fieg diz que a meta é continuar mantendo contato, tanto com assessores jurídicos que foram contratados para ajudar nas negociações, quanto com os representantes das contrapartes de cada setor afetado para tentar avançar. Em 2024, os EUA importaram 304 mil toneladas de açúcar, sendo 140 mil do Brasil, de acordo com André Rocha. Goiás liderava a produção nacional de açúcar orgânico, com três das quatro usinas especializadas e até 90% da produção voltada ao mercado americano.

O impacto das tarifas, segundo estimativa da Fieg, poderia retirar até R$ 2 bilhões do PIB goiano. A usina de Goianésia estimava perda de R$ 25 milhões, enquanto a tonelada do açúcar brasileiro passou a custar US$ 357 com o tarifaço, quase 98% acima do valor anterior. O espaço brasileiro pode ser ocupado por concorrentes como Argentina, Paraguai e Colômbia, que não foram afetados.

Na mineração, a produtora de vermiculita de São Luís de Montes Belos viu as exportações caírem de 35% da produção para 2% em 2025. As vendas para os EUA despencaram de R$ 38 milhões para menos de R$ 2 milhões. “Diminuímos a produção para evitar formação de estoques”, relatou Wilton Machado, da Brasil Minérios.

Recuo maior em tarifaço exige mais negociação

Comércio exterior

O Popular