O projeto do futuro Antares Polo Aeronáutico, que está sendo construído em Aparecida de Goiânia, teve um upgrade com base em estudos técnicos da empresa Infraway, especialista em obras de infraestrutura aeroportuária. As alterações prepararam o Antares para operar voos de aeronaves do porte de um Boeing 737-800 ou Airbus 320, o que o torna mais do que um projeto regional, mas um aeroporto nacional com possibilidade de se tornar internacional.

A pista de pouso e decolagem está prevista para ser entregue no segundo semestre de 2026, e as operações aeroportuárias se iniciam em 2027. O superintendente do Antares, João Marcos Coelho Soares, informa que as obras estão focadas em sistema de terraplenagem e drenagem do sistema de pistas e pátios de aeronaves. Ele lembra que a aviação executiva vem crescendo de forma exponencial e o Brasil já ocupa o segundo lugar no ranking mundial.&nbsp;Mas a estrutura aeroportuária não acompanhou esta evolução da aviação no País.

Nos últimos cinco, alguns aeroportos executivos foram implantados, mas a grande maioria são aeródromos com apenas pistas de pouso, mas sem infraestrutura para atender o suporte da aviação. Soares diz que o upgrade do projeto deu visão de futuro para o aeroporto, com um plano diretor bem estruturado, que deve se adaptar às mudanças do transporte aéreo, com diretrizes para os administradores implementarem infraestrutura que considere funcionalidade, operacionalidade e segurança.&nbsp;

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Segundo ele, o Antares será um aeroporto com vocação para viação executiva, inicialmente, mas com infraestrutura para atender aeronaves do porte de um Boeing 737-800 ou Airbus 320 e jatos Embraer. Como está sendo construído para atender previsões de demanda futura, terá pista com resistência de pavimento para estas aeronaves de maior porte, com PCN mais resistente: 49. A pista terá 2 mil metros, com 30 de largura. As pistas de taxiamento serão ampliadas para 50 metros de largura, como a de pouso.&nbsp;

Também poderá atender cargas fracionadas, de maior valor agregado. A meta é se tornar o principal aeroporto executivo do Centro-Oeste e até do País, mais moderno e eficiente, com completa infraestrutura e tecnologia de ponta nas operações e segurança aeroportuária. A estimativa é que os investimentos ultrapassem os R$ 100 milhões.

A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) informou que a meta é homologar parcialmente a pista para recebimento de pousos e decolagens do Aeroporto de Cargas de Anápolis ainda em 2026. De acordo com a Agência, o futuro terminal, que está entre dois aeroportos concedidos e que praticam tarifas elevadas para pouso e decolagem, o de Goiânia e o de Brasília, será uma alternativa que deve atrair uma rotina de operações de cargas, por ser menos oneroso.

O futuro terminal ocupa uma área de mais de 300 hectares, dos quais 150 hectares, o equivalente a 224 campos de futebol, sofreram danos ambientais iniciados entre os anos de 2010 e 2012, quando o então governo contratou as obras sem implantar o sistema adequado de drenagem pluvial. Por isso, hoje a Goinfra executa as obras do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), incluindo a recuperação do Ribeirão Extrema e a implantação de sistemas de drenagem na área.&nbsp;

Os trabalhos de recuperação ambiental serão concluídos até o final do ano, ficando apenas o reflorestamento para o início do próximo ano. A implantação do sistema de drenagem será concluída em 2026. Após as intervenções, o Estado fará a cessão do Aeroporto de Cargas para a Infraero. O projeto inicial, que custou R$ 321 milhões, segundo a Goinfra, não previu um sistema elementar de drenagem para evitar assoreamento da pista. Nas obras de recuperação ambiental e implantação do sistema de drenagem, a Agência está investindo R$ 30 milhões.

Já o Aeroporto de Caldas Novas tem ajudado a impulsionar o turismo no município e em Rio Quente. A secretária de Turismo de Caldas Novas, Danila Soares, diz que a cidade está entre os dez destinos mais procurados do País, segundo o

Observatório do Turismo de Goiás. Por isso, o terminal já é um dos mais importantes do estado. “No último fim de semana, tivemos voos normais e fretados por conta do Caldas Country”, destaca. A região recebe, anualmente, entre 6 e 7 milhões de turistas, de todas as regiões do País.

Aline Flávia Rezende, gerente de Unidade Aeroportuária da Socicam Aeroportos, diz que o terminal é um dos principais de Goiás, um regional com infraestrutura e capacidade para receber grandes aeronaves com fluxo abrangente de passageiros.

Mas seu grande fluxo é para turismo e negócios. Hoje, ele recebe voos da Gol duas vezes por semana, aos domingos e quintas-feiras. “Na alta temporada, trabalhamos com a Azul e Gol. A partir de junho de 2026, também teremos voos diários com a Latam, direto para São Paulo, que tinha deixado de operar durante a pandemia”, informa.

Aline lembra que, neste feriado de 20 de novembro, houve crescimento de 97,5% na movimentação de aeronaves e passageiros sobre o mesmo período de 2024. Em períodos como este, o movimento dobra em relação aos dias normais. “Trabalhamos para que oferta esteja sempre alinhada à demanda”, destaca. O aeroporto tem estrutura de pavimento e pátio com pista para receber um Boeing 737 Max 8, balizamento noturno e Estação Meteorológica (EPTA).

Futuros aeroportos em Goiás devem impulsionar a aviação local

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