Conheça as 11 cidades goianas que estão entre as 100 mais ricas do agronegócio no Brasil

Goiás tem 11 cidades entre as 100 mais ricas do agronegócio no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Os municípios foram mapeados por meio da Secretaria de Política Agrícola e a análise se baseia nos dados da pesquisa anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM).&nbsp;

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Os 11 municípios goianos presentes na lista são: Rio Verde, Jataí, Cristalina, Mineiros, Montividiu, Paraúna, Silvânia, Chapadão do Céu, Catalão, Ipameri e Goiatuba. Além de Goiás, outros 13 estados brasileiros integram a lista com cidades entre os municípios mais ricos no agronegócio. São eles: Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins.

Na lista geral dos municípios com maior valor de produção, Rio Verde ocupa a 5ª posição, com mais de R$ 6,9 bilhões. Jataí e Cristalina aparecem na 10ª e 11ª posições, respectivamente, com valores que somam R$ 4,8 bilhões cada&nbsp;(veja lista completa ao final da reportagem).&nbsp;&nbsp;

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Em algumas culturas, os municípios goianos aparecem nas listas das cinco maiores cidades por valor de produção. O município de Rio Verde, por exemplo, aparece em destaque nas produções de milho e soja. Cristalina se destaca na produção de feijão, enquanto Mineiros é destaque na produção de cana-de-açúcar e Jataí na produção de milho.&nbsp;

De acordo com os dados divulgados, em 2023, a produção agrícola brasileira alcançou um valor de R$ 814,5 bilhões, sendo que os 100 municípios mais produtivos contribuíram com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões.&nbsp;

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<h2>Produção</h2>

Os dados apontam que os 100 municípios mais ricos em valor de produção ocupam uma área colhida de 33,1 milhões de hectares, representando 34,5% da área total de 95,8 milhões de hectares do Brasil. A base das informações abrange 70 produtos das lavouras temporárias e permanentes produzidas nos 5.563 municípios brasileiros, e a classificação dos 100 municípios é embasada no valor da produção.

Com relação aos produtos, a soja permanece no topo, representando R$ 348,6 bilhões, ou 42,8% do valor total da produção agrícola. O milho aparece na sequência, com R$ 101,8 bilhões, seguido pela cana-de-açúcar, com R$ 101,9 bilhões. Culturas como algodão, café e laranja também tiveram destaque.&nbsp;

<h2>Lista dos 100 municípios mais ricos no agronegócio brasileiro:</h2>

<ul>
	<li>1. Sorriso (MT) - R$ 8,313,943,000</li>
	<li>2. São Desidério (BA) - R$ 7,789,575,000</li>
	<li>3. Sapezal (MT) - R$ 7,544,333,000</li>
	<li>4. Campo Novo do Parecis (MT) - R$ 7,157,753,000</li>
	<li>5. Rio Verde (GO) - R$ 6,923,156,000</li>
	<li>6. Diamantino (MT) - R$ 5,905,259,000</li>
	<li>7. Formosa do Rio Preto (BA) - R$ 5,789,526,000</li>
	<li>8. Nova Ubiratã (MT) - R$ 5,463,407,000</li>
	<li>9. Nova Mutum (MT) - R$ 5,380,361,000</li>
	<li>10. Jataí (GO) - R$ 4,839,397,000</li>
	<li>11. Cristalina (GO) - R$ 4,830,485,000</li>
	<li>12. Maracaju (MS) - R$ 4,335,990,000</li>
	<li>13. Querência (MT) - R$ 4,203,467,000</li>
	<li>14. Primavera do Leste (MT) - R$ 4,078,407,000</li>
	<li>15. Paranatinga (MT) - R$ 3,963,933,000</li>
	<li>16. Campo Verde (MT) - R$ 3,810,626,000</li>
	<li>17. Campos de Júlio (MT) - R$ 3,782,671,000</li>
	<li>18. Brasnorte (MT) - R$ 3,680,389,000</li>
	<li>19. São Félix do Araguaia (MT) - R$ 3,627,019,000</li>
	<li>20. Lucas do Rio Verde (MT) - R$ 3,615,604,000</li>
	<li>21. Ponta Porã (MS) - R$ 3,531,552,000</li>
	<li>22. Baixa Grande do Ribeiro (PI) - R$ 3,221,423,000</li>
	<li>23. Canarana (MT) - R$ 3,198,089,000</li>
	<li>24. Ipiranga do Norte (MT) - R$ 3,193,681,000</li>
	<li>25. Barreiras (BA) - R$ 3,116,859,000</li>
	<li>26. Sidrolândia (MS) - R$ 3,114,526,000</li>
	<li>27. Tapurah (MT) - R$ 3,036,213,000</li>
	<li>28. Correntina (BA) - R$ 3,027,527,000</li>
	<li>29. Dourados (MS) - R$ 2,918,889,000</li>
	<li>30. Uberaba (MG) - R$ 2,845,424,000</li>
	<li>31. Unaí (MG) - R$ 2,788,310,000</li>
	<li>32. Luís Eduardo Magalhães (BA) - R$ 2,705,861,000</li>
	<li>33. Tabaporã (MT) - R$ 2,682,822,000</li>
	<li>34. Nova Maringá (MT) - R$ 2,617,964,000</li>
	<li>35. Igarapé-Miri (PA) - R$ 2,575,032,000</li>
	<li>36. Mineiros (GO) - R$ 2,570,957,000</li>
	<li>37. Porto dos Gaúchos (MT) - R$ 2,483,319,000</li>
	<li>38. Urucuí (PI) - R$ 2,435,233,000</li>
	<li>39. Rio Brilhante (MS) - R$ 2,325,664,000</li>
	<li>40. Itiquira (MT) - R$ 2,324,374,000</li>
	<li>41. Paracatu (MG) - R$ 2,289,236,000</li>
	<li>42. Santa Rita do Trivelato (MT) - R$ 2,257,108,000</li>
	<li>43. Gaúcha do Norte (MT) - R$ 2,245,341,000</li>
	<li>44. Itapeva (SP) - R$ 2,239,256,000</li>
	<li>45. Sinop (MT) - R$ 2,225,150,000</li>
	<li>46. Petrolina (PE) - R$ 2,220,644,000</li>
	<li>47. Patrocínio (MG) - R$ 2,117,448,000</li>
	<li>48. Riachão das Neves (BA) - R$ 2,096,875,000</li>
	<li>49. Costa Rica (MS) - R$ 2,087,607,000</li>
	<li>50. Santo Antônio do Leste (MT) - R$ 2,082,983,000</li>
	<li>51. Paragominas (PA) - R$ 2,045,378,000</li>
	<li>52. Perdizes (MG) - R$ 2,044,559,000</li>
	<li>53. São José do Rio Claro (MT) - R$ 2,019,181,000</li>
	<li>54. Vera (MT) - R$ 1,993,785,000</li>
	<li>55. Balsas (MA) - R$ 1,959,781,000</li>
	<li>56. Tasso Fragoso (MA) - R$ 1,820,901,000</li>
	<li>57. Feliz Natal (MT) - R$ 1,814,969,000</li>
	<li>58. Água Boa (MT) - R$ 1,793,124,000</li>
	<li>59. Montividiu (GO) - R$ 1,771,597,000</li>
	<li>60. São Gabriel do Oeste (MS) - R$ 1,739,607,000</li>
	<li>61. Brasília (DF) - R$ 1,692,978,000</li>
	<li>62. Jaborandi (BA) - R$ 1,678,892,000</li>
	<li>63. Chapadão do Sul (MS) - R$ 1,673,759,000</li>
	<li>64. Nova Alvorada do Sul (MS) - R$ 1,621,823,000</li>
	<li>65. Guarapuava (PR) - R$ 1,619,804,000</li>
	<li>66. Juazeiro (BA) - R$ 1,595,439,000</li>
	<li>67. Naviraí (MS) - R$ 1,591,029,000</li>
	<li>68. Bom Jesus do Araguaia (MT) - R$ 1,583,836,000</li>
	<li>69. Santa Carmem (MT) - R$ 1,578,723,000</li>
	<li>70. Tangará da Serra (MT) - R$ 1,570,207,000</li>
	<li>71.Paraúna (GO) - R$ 1,570,187,000</li>
	<li>72. Sacramento (MG) - R$ 1,567,561,000</li>
	<li>73. Silvânia (GO) - R$ 1,528,946,000</li>
	<li>74. Caarapó (MS) - R$ 1,528,326,000</li>
	<li>75. Chapadão do Céu (GO) - R$ 1,518,531,000</li>
	<li>76. Catalão (GO) - R$ 1,494,510,000</li>
	<li>77. Laguna Carapã (MS) - R$ 1,471,094,000</li>
	<li>78. Dom Pedrito (RS) - R$ 1,439,201,000</li>
	<li>79. Ipameri (GO) - R$ 1,431,744,000</li>
	<li>80. Goiatuba (GO) - R$ 1,421,577,000</li>
	<li>81. Tibagi (PR) - R$ 1,396,114,000</li>
	<li>82. Araguari (MG) - R$ 1,391,282,000</li>
	<li>83. Santa Cruz do Rio Pardo (SP) - R$ 1,380,267,000</li>
	<li>84. Comodoro (MT) - R$ 1,375,843,000</li>
	<li>85. Frutal (MG) - R$ 1,373,192,000</li>
	<li>86. Santa Vitória do Palmar (RS) - R$ 1,370,036,000</li>
	<li>87. Rio Paranaíba (MG) - R$ 1,337,008,000</li>
	<li>88. Marcelândia (MT) - R$ 1,334,365,000</li>
	<li>89. Aral Moreira (MS) - R$ 1,331,867,000</li>
	<li>90. Casa Branca (SP) - R$ 1,326,374,000</li>
	<li>91. Itanhangá (MT) - R$ 1,296,901,000</li>
	<li>92. Cláudia (MT) - R$ 1,281,372,000</li>
	<li>93. Barretos (SP) - R$ 1,280,681,000</li>
	<li>94. Lagoa da Confusão (TO) - R$ 1,275,312,000</li>
	<li>95. Buritis (MG) - R$ 1,268,687,000</li>
	<li>96. Dom Eliseu (PA) - R$ 1,252,945,000</li>
	<li>97. Coromandel (MG) - R$ 1,247,835,000</li>
	<li>98. Amambai (MS) - R$ 1,240,249,000</li>
	<li>99. Uberlândia (MG) - R$ 1,235,767,000</li>
	<li>100. Vacaria (RS) - R$ 1,225,856,000</li>
</ul>

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Goiás tem 11 cidades entre as 100 mais ricas do agronegócio no Brasil; veja lista

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A expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 2023 para 76,4 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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O dado mantém a recuperação após o período marcado pelo aumento de mortes causadas pela Covid-19. Isso significa que uma pessoa nascida no Brasil em 2023 tinha a expectativa de viver 76,4 anos, em média.

O instituto calcula a expectativa a partir de projeções populacionais, que têm como base os dados verificados em cada Censo Demográfico. A projeção para 2023, com dados do último recenseamento, foi de 211,7 milhões de habitantes no país.

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A estimativa do instituto integra as Tábuas de Mortalidade 2022, que levam em conta dados populacionais do Censo Demográfico relativo ao ano passado e estatísticas do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde.

Esses dados fornecem, segundo o IBGE, estimativas da expectativa de vida para idades até os 80 anos. As informações são usadas para, por exemplo, o <a href="https://opopular.com.br/economia/projec-es-do-ibge-reforcam-expectativa-de-nova-reforma-da-previdencia-1.3166916" target="_blank">cálculo de fator previdenciário para aposentadorias</a>.

O crescimento da expectativa de vida, apesar de não ter sido revertido, desacelerou, segundo estudo publicado na revista especializada Nature Aging. O estudo não considera 2020 por causa da pandemia, e analisa o período dos anos 1990 até 2019.

Já um levantamento de pesquisadores com dados globais feito para o Instituto para Medição e Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês), com sede nos EUA, apontou que a Covid fez com que a expectativa de vida média das pessoas no planeta caísse 1,6 ano nos primeiros dois anos da pandemia (2020 e 2021).

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Expectativa de vida no Brasil chega a 76,4 anos, diz IBGE

Cidades

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Matéria - Cidades

80 ANOS 

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais, divulgada pelo IBGE, é um retrato da falta de prioridade à gestão do lixo nos municípios goianos. Da educação ambiental ao descarte correto dos resíduos, há um vácuo de políticas públicas neste sentido.Chama atenção que um terço dos municípios não tem manejo correto dos resíduos sólidos. Em julho, O POPULAR mostrava que 170 cidades goianas ainda utilizam lixões. Situação que se agrava diante da leniência dos legisladores. Em setembro, a Assembleia Legislativa derrubou veto governamental a lei que prorrogou o prazo para o fim dos lixões no estado, uma clara afronta ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Mais uma vez, os deputados goianos priorizaram os interesses políticos em detrimento do bem-estar dos cidadãos e da preservação ambiental. Voltando à pesquisa do IBGE, apenas 106 das 246 cidades têm políticas de educação ambiental. São 25 anos de atraso, desde o advento da Política Nacional de Educação Ambiental. Em 2025, o Brasil sedia a COP 30, o maior painel de lideranças globais com foco nas mudanças climáticas. É lamentável que, em Goiás, nem mesmo uma questão tão básica quanto a gestão correta do lixo tenha sido superada.

Dados ruins sobre o lixo

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

A destinação correta dos resíduos sólidos especiais ainda é um desafio na maior parte dos municípios brasileiros. Apesar do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (28), mostrar que 88,2% das cidades de Goiás informam ter o serviço de coleta destes materiais, ainda é possível ver uma grande quantidade de resíduos descartados nas ruas. Nos lotes baldios de Goiânia se amontoam pneus, móveis velhos, eletrodomésticos e restos de construção civil.

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A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2023, no módulo referente a saneamento básico, mostra que os resíduos sólidos especiais são aqueles que demandam “tratamento diferenciado”. Dentre eles, o serviço de coleta dos resíduos de serviços de saúde é o que tem maior cobertura nas 246 municípios goianos: 82,5%, ou 203, informaram que contam com o serviço. Em seguida, está a coleta de resíduos de construção e demolição, que ocorre em 45,9% (113 cidades), e de pneus, presente em 44,3%, o equivalente a 109 municípios.

Engenheiro ambiental e assessor ambiental da Associação Goiana dos Municípios (AGM), Germano Augusto de Oliveira explica que a destinação correta de grande parte destes resíduos não é de competência do Poder Público, que fica responsável apenas pelos resíduos sólidos urbanos – que engloba resíduos domiciliares, decorrentes de atividades domésticas, como os materiais da coleta seletiva e lixo orgânico, além daqueles provenientes da varrição e limpeza de vias públicas. A responsabilidade para cada resíduo é definida na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

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<a href="https://opopular.com.br/cidades/cooperativas-paralisam-recebimento-de-reciclaveis-em-goiania-1.3196856" target="_blank">Cooperativas paralisam recebimento de recicláveis em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ecopontos-em-goiania-param-por-falta-de-combustivel-1.3188048" target="_blank">Ecopontos em Goiânia param por falta de combustível</a></div>

“O que é obrigação do município? Apenas resíduo doméstico e de varrição pública. O resto, ele faz a gestão. (Por exemplo), se tem uma empresa de odontologia, é preciso cobrar dessa empresa que tenha um plano de gerenciamento de resíduo de saúde e para onde se está destinando o material, se é um local ambientalmente correto. Então, na renovação do alvará sanitário, por exemplo, a empresa é obrigada a comprovar para onde estão destinando. Se tem esse controle nos alvarás e licenças ambientais, mas o município não pode arcar com a despesa de terceiros”, explica.

Conforme Oliveira, os municípios têm se mobilizado para atender as exigências do PNRS, previsto na Lei 12.305/2010. Dentre elas, além do encerramento dos lixões, a política estabelece metas para que seja feita a destinação correta dos resíduos sólidos especiais. “Em Goiás, o decreto estadual publicado no ano passado sobre o encerramento dos lixões prevê que desde junho os municípios goianos devem implementar programas de coleta seletiva, e envolve, inclusive, essa parte de resíduos especiais. Esses programas começam desde a parte educacional, nas escolas, até a implementação, que é fazer esses ecopontos e incentivar associações e cooperativas e executar esse programa”, detalha.

Os ecopontos são espaços utilizados para armazenamento temporário de determinados resíduos, a exemplo dos volumosos inservíveis – móveis, colchões, eletrodomésticos –, resíduos de construção civil e pneus. Na capital, a exemplo, há cinco ecopontos geridos pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) que coletam também materiais recicláveis, como embalagens de vidro, plástico, metal e papel. Para ampliar a existência destes locais nos municípios goianos, no fim de outubro, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lançou um edital de chamamento público para credenciar cidades interessadas. Eles devem fazer a doação dos terrenos e a pasta estadual fará o investimento na construção da infraestrutura.

“Quanto aos pneus, têm um tratamento especial porque é logística reversa. Os municípios, empresas e fornecedores devem entrar em contato com a Reciclanip (entidade gestora do sistema de logística reversa de pneus). Então são disponibilizados pontos de coleta onde, de tempo em tempo, eles recolhem os pneus usados”, comenta Oliveira. Além dos pneus, a PNRS prevê que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas e baterias, óleos lubrificantes e lâmpadas, além de eletroeletrônicos, devem estruturar sistemas de logística reversa.

Presidente da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), Pedro Maranhão pondera que a implementação do sistema de logística reversa contribui para o prolongamento da vida útil dos aterros sanitários, que está presente em apenas 11,3% (28) dos municípios. “São ferramentas muito importantes, usadas para intensificar a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos resíduos, com o intuito de melhorar o aproveitamento dos recursos naturais e promover a circularidade dos materiais, reduzindo a necessidade de extração de matérias-primas virgens.”

Maranhão acrescenta ainda que os resíduos tidos como especiais são itens “contaminantes e um risco para a saúde quando descartados incorretamente”. “A coleta seletiva e os programas logística reversa ainda estão em fase inicial de implementação nos sistemas de gestão municipal de resíduos sólidos. É fundamental investir na coleta e tratamento ambientalmente adequado desses resíduos para proteger a população de problemas de saúde causados por esses resíduos. Ao economizar em serviços adequados de manejo, o gestor público gasta em programas de saúde para corrigir o problema causado pelo descuido ambiental”, finaliza.

Pesquisa do IBGE mostra que descarte de resíduos especiais ainda é desafio

De quem é a obrigação?

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traduziu em números uma realidade que costuma escapar aos olhos: Goiás tinha 94 mil pessoas vivendo em favelas em 2022; 25 mil delas, em Goiânia. Para o cidadão comum, a informação pode surpreender. Com olhar domesticado, o estereótipo de barracos pendurados em morros ou equilibrados em palafitas tende a ser a única imagem possível desse tipo de aglomerado urbano. Só que a definição do IBGE é mais profunda. Ela abrange questões de posse formal e falta de acesso a serviços públicos, além da estrutura física das habitações. Sob esse critério, o estado tinha, em 2022, 152 favelas urbanas. Elas estavam espalhadas por 24 municípios. Além de Goiânia, há uma prevalência no entorno do Distrito Federal. Não por acaso, territórios onde houve migração em massa e adensamento urbano desordenado. Apenas 16 municípios goianos têm população superior ao total de pessoas que vivem em favelas. Essa parcela de cidadãos muitas vezes é esquecida pelo poder público. São comunidades carentes de políticas públicas em saúde, educação, segurança, regularização fundiária e geração de emprego e renda.