O Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) do governo Lula (PT) aprovou, nesta segunda-feira (15), a versão final do Plano Clima, após o Ministério da Agricultura ameaçar barrar a proposta em razão da obrigação de reduzir desmatamento. Para destravar o impasse, o Ministério do Meio Ambiente, que coordena os trabalhos, acrescentou ao documento menções explícitas a ações que a ampliação e implementação de instrumentos financeiros voltados à proteção da floresta ou a produção sustentável (por exemplo, linhas de crédito rural ou fundos de financiamento). Também trocou a palavra "desmatamento" por supressão de vegetação - o que tecnicamente significa a mesma coisa, mas é uma terminologia que enfrenta menos resistência do setor do agronegócio. Como mostrou a Folha de S.Paulo, a pasta de Carlos Fávaro (PSD) atuou ativamente na elaboração da primeira versão do documento, mas depois se voltou contra ele e passou a trabalhar para diminuir as responsabilidades do setor.