A inflação desacelerou em Goiânia, passou de 1,53% em outubro para 1,39% em novembro. Apesar disso, chegou a 11,01% no acumulado de 12 meses e a 10,74% no Brasil. Isso é o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. A capital teve a terceira maior variação mensal do País, marco justificado especialmente pela conta de energia elétrica mais alta e pela escalada do preço dos combustíveis.Apenas a região metropolitana de Belém (PA) não teve alta da inflação (-0,03%) no mês entre os locais pesquisados pelo IBGE. No topo, a maior variação ocorreu em Campo Grande (MS) com 1,47%, depois em Salvador (BA), 1,42%. Em seguida, aparece Goiânia (1,39%). Já a média brasileira do IPCA ficou em 0,95%.Os itens que pesaram mais na cesta de compras das famílias goianienses incluem o veículo próprio, que subiu 1,99%, os combustíveis (6,51%) e a conta de luz, que teve a maior alta se comparado às outras regiões brasileiras (10,96%) e a mais expressiva desde novembro de 2017, quando a variação registrada foi de 14,40%. Ao todo, nos últimos 12 meses, a energia aumentou 35,06%.O maior impacto veio do reajuste tarifário anual da Enel Distribuição Goiás, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Isso porque foi autorizado em 22 de outubro o aumento de 16, 37% (para consumidores residenciais), por isso impactou a inflação de outubro e a maior parte do efeito veio agora em novembro”, explica o chefe do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira.Ele lembra ainda que ao longo do ano ocorreram elevações com mudança de bandeiras tarifárias e o impacto é direto e indireto. Essa pressão fez os custos da habitação terem a oitava alta consecutiva. O botijão de gás também teve sua parcela de contribuição: ficou 4,24% mais caro e acumula a 15ª alta consecutiva. Já os transportes, que têm maior peso, tiveram a segunda maior variação. Somente os combustíveis já acumulam alta de 52,90% nos últimos 12 meses.Se manter um carro está mais difícil, chamar um carro por aplicativo também. Novembro registrou, conforme o IBGE, alta de 10,46%, a terceira seguida. Já no grupo despesas pessoais, os subitens que concentram maior efeito da inflação foram a hospedagem (3,93%), o tratamento de animais (3,68%) e o serviço de higiene para animais (2,64%). Enquanto produtos de alimentação teve recuo.-Imagem (1.2369940)