Em Goiânia, já existem 241 pontos de carregamento, muitos em postos de combustíveis e concessionárias das marcas. Para Alexandre Baldy, vice-presidente do Grupo BYD no Brasil, ainda é preciso avançar na infraestrutura para que os brasileiros fiquem mais confiantes em ter um veículo elétrico. Segundo ele, essa realidade tem mudado rapidamente, pois, nas grandes cidades, já é possível encontrar vários carregadores e a tendência é de um grande crescimento nos próximos anos.

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“Temos a maior rede de recarga rápida do País com 87 carregadores funcionando nas nossas concessionárias”, informa. Na visão dele, mais do que construir eletropostos e espalhar carregadores por aí, é preciso informar a população sobre os benefícios desse tipo de mobilidade, desmitificar a tecnologia e descomplicar a utilização de eletrificados.

O gerente da GAC, Sandro Toledo, acredita que, para este mercado crescer mais, só falta as pessoas entenderem melhor sobre o produto. “Precisamos entender que o mercado de carro elétrico não tem volta, pois as pessoas vão se adaptando ao que é moderno”, ressalta. Uma prova disso, segundo ele, é que todas as montadoras já se movimentam para lançar modelos híbridos e elétricos.

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Toledo admite que a infraestrutura com pontos de carregamento ainda é uma preocupação dos clientes, mas diz que vê uma movimentação muito forte em relação a isso, com as empresas criando cada vez mais eletropostos e roteiros de viagem com pontos de carregamento. “Alguns eletropostos carregam de 30% a 80% da bateria em 20 a 30 minutos, ou seja, enquanto a pessoa para durante o almoço”, lembra.

A empresária Luciana Salatiel Rosa comprou um modelo híbrido da GAC há um mês. Ela conta que optou pelo híbrido porque o prédio onde mora ainda não tem liberação para o carregamento na garagem. “Se eu morasse em casa, não teria pensado duas vezes e optado por um 100% elétrico. Gosto do eletrificado pela economia, respeito ao meio ambiente e tecnologia, que é bem mais avançada que nos modelos à combustão”, justifica. Ela conta que encheu o tanque uma vez e rodou mil quilômetros na cidade, onde o carro tem um rendimento ainda maior que na estrada. “Ele carrega na frenagem. É bem avançado tecnologicamente, econômico e não polui”, destaca a empresária, que investiu R$ 199 mil.

Para Thiago Sugahara, vice-presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a chegada de novas montadoras e o aumento da oferta geral de modelos eletrificados com preços mais acessíveis explicam, em parte, o crescimento dos emplacamentos. Outro fator é a economia de combustível. “Motoristas de carros elétricos reduzem mais de 75% dos custos por quilômetro rodado e, se houver energia solar na residência, essa economia é ainda maior, fora o conforto acústico e vantagens para o meio ambiente”, diz.

Ele lembra que, em 2021, o Brasil dispunha de 800 eletropostos em shoppings, supermercados e outros espaços. Em fevereiro de 2025, a Tupi Mobilidade mapeou mais de 14.800, um crescimento de 1.750%. “Hoje, temos 286 mil veículos elétricos plug-in no Brasil (BEV e PHEV) e, até o primeiro semestre, já tínhamos 15 mil pontos de recarga. A proporção está em 19 veículos por carregador. Não é o ideal, mas está longe de ser ruim”, avalia Sugahara. Segundo ele, o ideal seria uma proporção em torno de 10 por 1, mas essa é uma média europeia, em que a maioria dos carros tem de ser carregada na rua.

Para o vice-presidente da ABVE, a eletrificação deve avançar mais e políticas públicas orientadas para a produção e comercialização de veículos mais eficientes podem ajudar a acelerar esse processo. Na cidade de São Paulo, por exemplo, os carros eletrificados estão isentos do rodízio municipal, o que contribui para a tomada de decisão do consumidor. “A falta de uma política para a instalação de carregadores também atrasa a chegada de novos carros elétricos”, alerta.

Investimento em eletropostos tenta acompanhar vendas

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Matéria - Economia

Veículos eletrificados

Com a chegada de novas marcas ao mercado, o motorista goiano está aderindo mais ao veículo eletrificado, de modelos 100% elétricos ou híbridos. De janeiro a julho deste ano, 4.362 destes carros foram vendidos em Goiás, 47% mais que no mesmo período do ano passado, o que fez com que a frota de eletrificados atingisse 17.511 unidades no estado, a oitava maior entre os estados brasileiros.

Em 2020, os veículos eletrificados respondiam por 1% dos emplacamentos de veículos novos no Brasil, participação que saltou para 7,5% em 2024, quando as vendas cresceram 89% em relação ao ano anterior, e para 8,5% em 2025, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Thiago Sugahara, vice-presidente da ABVE, lembra que, ao longo dos anos, a oferta de veículos eletrificados cresceu no Brasil com a chegada de novas montadoras que passaram a oferecer veículos híbridos e elétricos cada vez mais acessíveis. Em 2020, o carro elétrico mais acessível no mercado automotivo brasileiro custava quase cinco vezes mais que um a combustão: a partir de R$ 160 mil, contra R$ 35 mil do convencional. Atualmente, o elétrico mais barato parte de R$ 100 mil e o carro a combustão mais acessível custa R$ 70 mil.&nbsp;

A BYD chegou ao Brasil em 2014, a venda de carros começou no fim de 2021 e a marca construiu seu maior complexo fabril fora da Ásia em Camaçari (BA). “No último mês de julho, apresentamos o primeiro carro 100% elétrico montado na Bahia”, lembra o vice-presidente do Grupo BYD do Brasil e presidente da BYD Auto, Alexandre Baldy. Segundo ele, desde que chegou ao Brasil, a marca já vendeu mais de 153 mil carros elétricos e super híbridos, registrando crescimento de 6.800% em 2023 e de 327% em 2024. Em Goiás, a BYD já vendeu 4.608 unidades e cresceu 382% em 2024.&nbsp;

O vice-presidente da BYD do Brasil lembra que são 13 modelos no mercado brasileiro, sendo oito 100% elétricos e cinco super-híbridos plug-in. O elétrico mais vendido é o BYD Dolphin Mini. Entre os veículos híbridos plug-in, o mais vendido é o BYD Song Plus. “Com nossos modelos híbridos, você roda até 1.200 quilômetros com um tanque e uma recarga, o que já representa uma grande redução de gastos”, explica.&nbsp;

Com os elétricos, Baldy afirma que há casos de motoristas que economizam cerca de 80% no abastecimento, na comparação com um carro a combustão. Além disso, em alguns estados, o proprietário ainda não paga IPVA. “Por não ter motor a combustão, o carro tem muito menos peças e sistemas móveis sujeitos a desgaste que um veículo com gasolina. Logo, o elétrico tem manutenção mais simples e as revisões são muito mais acessíveis”, diz.&nbsp;

Para ele, o carro elétrico já é uma realidade no Brasil e a eletrificação da frota é uma tendência consolidada, com previsões de crescimento contínuo. 
A BYD oferece a recompra garantida, que visa incentivar os clientes a adquirirem um novo veículo da marca, utilizando o carro usado na troca. Pelo valor mínimo de 80% da tabela Fipe, os proprietários poderão trocar seus seminovos por outro veículo igual ou superior. Os modelos custam a partir de R$ 119.990.

A GAC abriu suas concessionárias no País no mês de maio e trouxe cinco modelos: um híbrido e quatro elétricos, com preços a partir de R$ 169.990. O gerente da concessionária GAC, Sandro Toledo, informa que o mais vendido ainda é o híbrido, que se autocarrega pelo motor à combustão, e tem autonomia de até 1.200 quilômetros com um tanque de combustível. “O brasileiro que gosta de viajar tem optado pelo híbrido”, diz.&nbsp;

A marca tem os modelos híbrido HEV, cuja bateria se autocarrega, e o PHEV (Veículo Híbrido Elétrico Plug-in), que precisa ir ao carregador, além de ser abastecido. Para Toledo, a marca GAC tem sido muito bem aceita porque veio com uma tradição muito forte, sendo responsável pela montagem de outros carros na China, por isso as semelhanças de acabamento e design. “De maio para cá, crescemos cerca de 15% a 20% mês a mês”, informa. A marca também oferece garantia de recompra de até 90% da tabela Fipe.

Novas marcas chegaram ao mercado em 2025. O Grupo Ramasa Auto trouxe para Goiânia e Anápolis as concessionárias Tiger Omoda &amp; Jaecoo com veículos híbridos plug-in e elétricos, que dividem o mesmo showroom do Grupo Chery. Wiliam Queiroz, gerente da Tiger Omoda Jaecoo, lembra que as marcas chegaram em abril, mas rodaram um tempo sem ativação comercial, fazendo um laboratório para se adaptarem às condições locais.

Queiroz informa que as vendas vêm numa crescente, com os carros chamando a atenção do consumidor nas ruas e o marketing boca a boca. Um dos destaques é a tecnologia, que faz com que o cliente não aponte problemas técnicos. Segundo o gerente, a autonomia do Jaecoo é de até 1.200 quilômetros com bateria e tanque cheio. No geral, o motorista paga de R$ 80 a R$ 120 para carregar um Omoda, dependendo do eletroposto.&nbsp;

Para Queiroz, um crescimento maior dos elétricos e híbridos só depende de melhores preços. “Eles já conquistaram esta parte da população que compra carros acima de R$ 200 mil e que não quer mais ficar fora deste mercado de eletrificados.” Com boas soluções abaixo de R$ 200 mil, estes carros já estariam dominando as ruas, diz ainda.

O motorista por aplicativo Júlio Madureira comprou seu primeiro carro elétrico, um Omoda E5, há dois meses. “Tenho painéis solares na minha casa. Minha filosofia é não poluir com CO2.” Para ele, o modelo é o carro do futuro. “Estou radiante com a alta tecnologia. Chego a fazer 500 quilômetros com uma carga, atendendo bem minhas necessidades”.

Goiano adere mais ao carro eletrificado

Mercado automotivo

BYD Shark

A BYD Shark, a primeira picape híbrida plug-in do Brasil,&nbsp;já está em pré-venda no Brasil&nbsp;(Link&nbsp;). A BYD está oferecendo condições especiais aos consumidores que desejam garantir a compra da picape. Eles também vão ganhar um kit energia solar da marca, carregador portátil de 3,5kWh e seguro total por um ano grátis. O preço não foi revelado.

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Com tecnologias avançadas, a Shark é a primeira picape híbrida plug-in da BYD.&nbsp;O modelo, equipado com a plataforma DMO Super Híbrida Off-road, se destaca em segurança, potência, capacidade off-road, inteligência e conforto.

Outra característica importante é em relação às capacidades: carga é de 835kg, reboque chega a 2.500kg e a de transporte de mercadoria é de 1.200 litros.&nbsp;&nbsp;Como uma picape de médio a grande porte, a BYD Shark possui uma distância entre eixos de 3.260 mm.

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Medindo 5,46 metros de comprimento, 1,97 m de largura e 1,92 m de altura, a picape é maior que as líderes do segmento de média e conta ainda com 3,26 metros de distância entre os eixos.

<h2>Potência</h2>

Debaixo do capô está um motor 1.5 turbo, que funciona com ajuda de dois motores elétricos, um em cada eixo. Na maior parte do tempo, segundo a BYD, o motor a combustão trabalha como gerador de energia para as baterias.&nbsp;Ele atinge potência máxima de mais de 436 cavalos. Sua aceleração de 0 a 100 quilômetros é de apenas 5.7 segundos.&nbsp;

Como um modelo híbrido plug-in, a BYD Shark utiliza modos de energia dual de combustível e elétrico. Com um tanque de combustível de 60 litros e uma autonomia puramente elétrica de 100 km, ideal para deslocamentos mais curtos. A picape conta com bateria Blade de 29.6 kWh.

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<h3>Design</h3>

O design do veículo se inspira em tubarões, com uma luz de LED que atravessa toda a frente remetendo à boca aberta de um tubarão. As laterais possuem linhas fluidas que refletem o movimento de um tubarão em águas profundas. Na traseira, uma luz inspirada na nadadeira de um tubarão.

Internamente, a picape traz duas telas, uma de 10,25 polegadas para o painel de instrumentos e outra de 12”, já conhecida dos demais modelos da marca.&nbsp;

BYD Shark entra em pré-venda com condições especiais

Sobre Rodas

A BYD superou a marca de 50 mil carros eletrificados comercializados no Brasil. A montadora chinesa chegou a 51.174 veículos vendidos de janeiro a setembro deste ano. O resultado histórico acontece no momento em que a montadora celebra o marco global de 9 milhões de veículos eletrificados.&nbsp;

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&nbsp;“Conquistar esse número expressivo é marcante e significativo para a BYD. Acreditamos no país e os números comprovam que o sentimento é recíproco: os brasileiros confiam na marca”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da companhia

Mantendo o ritmo acelerado, a BYD estabeleceu um novo recorde global de entregas mensais, vendendo, pela primeira vez, mais de 400 mil veículos eletrificados em setembro.&nbsp;

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No Brasil, a greentech colocou 5.961 novos veículos na rua no último mês, mantendo a empresa entre as 10 marcas que mais emplacam no país e a liderança entre os veículos 100% elétricos, com mais de 73% de market share. Ou seja, de cada 10 veículos elétricos comercializados no país, 7 são da BYD.

Entre os modelos mais vendidos da marca estão o&nbsp;BYD Dolphin Mini&nbsp;e a&nbsp;família Song, com o Song Plus, seguido do Song Pro. Outro importante ponto em setembro foi a conquista do primeiro lugar em Criciúma (SC), posição que a BYD também conquistou em Brasília em agosto, sendo a marca mais vendida nessa região incluindo os modelos a combustão.

BYD vende mais de 50 mil carros eletrificados no Brasil

SOBRE RODAS 

Cerca de 500 proprietários de Goiás registraram os carros elétricos e híbridos deles no Distrito Federal (DF) para receberem a isenção do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Os dados da fraude foram apresentados, nesta sexta-feira (16), pela Polícia Civil (PC), em conjunto com a Secretaria de Economia. O prejuízo chega a R$ 10 milhões aos cofres públicos, segundo a PC.

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Ao POPULAR, o delegado à frente do caso, Alexandre Alvim, explicou que a fraude foi descoberta após o Fisco, órgão federal responsável por fiscalizar o pagamento de impostos, descobrir um excesso de transferência desses veículos para o DF, onde é isento o IPVA. Segundo o delegado, os proprietários utilizavam endereços falsos para conseguirem o benefício.&nbsp;

<cite>As investigações apontaram que os carros estão circulando em cidades como Goiânia e Anápolis. As visitas em locais no DF confirmaram que aqueles endereços apresentados não eram de fato o endereço que o carro está.”, disse Alvim.&nbsp;</cite>

<img attr-cid="policy:1.3165006" attr-version="policy:1.3165006:1723837884" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3165006/WhatsApp Image 2024-08-16 at 10.34.37 (1).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Casa onde veículo elétrico de mais de 200 mil está registrado, em Brazlândia, DF, segundo a polícia (Divulgação / Polícia Civil)

Conforme a PC, 285 proprietários foram notificados pelo Fisco para regularizar suas situações, e parte deles assumiram a fraude fiscal. Nos casos em que não houve a confissão, a polícia instaurou inquéritos, o que resultou na intimação de 40 proprietários. Outros mais de 100 casos estão sob análise.&nbsp;

<cite>Foram instaurados os inquéritos e colhidos os depoimentos dessas pessoas. Eles vão responder por crime contra a ordem tributária, com pena de até dois anos de detenção”, disse o delegado.&nbsp;</cite>

Também está sendo investigada a possível participação de despachantes e funcionários de concessionárias nos crimes.&nbsp;

<cite>Durante as oitivas, algumas pessoas apontaram que as próprias concessionárias ou despachantes davam uma dica para fazer essa manobra para fugir do pagamento do IPVA”, contou o investigador.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-do-detran-apreende-carro-com-mais-de-r-300-mil-em-multas-em-goias-1.3163805" target="_blank">Operação do Detran apreende carro com mais de R$ 300 mil em multas, em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/meis-podem-ter-prejuizos-por-causa-do-golpe-do-falso-boleto-1.3159217" target="_blank">MEIs podem ter prejuízos por causa do golpe do falso boleto</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mustang-e-apreendido-com-mais-de-r-30-mil-em-multas-1.3151855" target="_blank">Mustang é apreendido com mais de R$ 30 mil em multas</a></div>

Débitos&nbsp;

Além de responderem pelo crime, os proprietários dos veículos deverão quitar os débitos do IPVA, acrescidos de multas, e os nomes deles poderão ser protestados, conforme a Secretaria de Economia.&nbsp;

De acordo com a pasta, os proprietários de veículos que se apresentarem espontaneamente à Gerência de IPVA para regularizarem a situação antes de serem notificados poderão se isentar da multa. Caso não haja outras irregularidades, não serão alvos de procedimentos policiais.