As altas temperaturas das últimas semanas provocaram uma verdadeira corrida às lojas que comercializam aparelhos de ar-condicionado, climatizadores e ventiladores. De agosto pra cá, as vendas em algumas redes varejistas chegaram a registrar um crescimento de três dígitos em relação ao mesmo período do ano passado e já faltam produtos no mercado porque as indústrias não estão aceitando novos pedidos. A produção na Zona Franca de Manaus, que concentra os fabricantes de ar- condicionado no País, está comprometida por conta da seca no Amazonas. O calor tem feito o Brasil registrar recordes de temperatura e de consumo de energia elétrica. Na última terça-feira, quando quatro capitais registraram temperaturas acima dos 39° C, o consumo de energia elétrica bateu nova marca histórica às 14h20 no horário de Brasília, quando a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 101.475 MW. Com isso, as vendas de ar-condicionado acumulam alta de 38% no segundo semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).