O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez novas críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que o Brasil não recebeu resposta dos americanos desde que tentou contato após o primeiro anúncio de taxação feito pelos EUA.

<cite>Estamos com muita tranquilidade, meu vice-presidente [Geraldo Alckmin] e o Mauro Vieira [ministro das Relações Exteriores] estão negociando há mais de dois meses, desde aquela primeira taxação. Temos uma equipe de negociação", disse Lula durante discurso na abertura do 60º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), na UFG (Universidade Federal de Goiás), em Goiânia.</cite>

<cite>Não recebemos nenhuma resposta", afirmou o presidente. "A resposta que nós recebemos foi a matéria publicada no jornal dele, no zap dele, no portal dele. E a carta é o seguinte: 'Ou dá ou desce. Essa é a lógica da carta."</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/ongs-e-especialistas-pedem-que-lula-vete-pl-do-licenciamento-ambiental-1.3289384" target="_self">ONGs e especialistas pedem que Lula vete PL do licenciamento ambiental</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/em-goiania-lula-aponta-desafios-para-a-direita-1.3289433" target="_self">Em Goiânia, Lula aponta desafios para a direita</a> 
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Desde o anúncio da sobretaxa, tanto o presidente quanto a equipe do governo têm reagido de forma contrária à medida. Em entrevistas, Lula tem confrontado as interferências de Trump, incluindo com ameaças de taxação recíproca.

Segundo integrantes do governo e representantes dos setores da indústria, uma resposta comercial da mesma dimensão daquela imposta por Trump poderia prejudicar ainda mais a economia brasileira.

Além disso, Lula tem criticado diretamente Jair Bolsonaro (PL) -citado na carta do presidente americano como um "perseguido" pela justiça brasileira- e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal e filho do ex-presidente, que tem apoiado as medidas do americano.

Também nesta quinta-feira, Bolsonaro se esquivou de qualquer responsabilidade pela decisão de Trump de sobretaxar o Brasil. O ex-presidente ainda agradeceu a Deus pela eleição do aliado nos EUA e culpou o governo Lula pelo entrave comercial e político com os americanos.

Lula também concedeu entrevista à CNN Internacional, que veiculada nesta quinta. À emissora, Lula afirmou que ainda não considera a ameaça da sobretaxa de 50% como uma "crise" com o país americano e defendeu que é preciso sentar à mesa e negociar com a gestão Trump.

Ele exaltou que sempre manteve bom diálogo com outros presidentes americanos e lembrou a relação de 200 anos entre os dois países, algo que ele tem também repetido nos últimos dias.

Ele disse que Trump foi eleito para ser presidente dos Estados Unidos, "e não imperador do mundo".

O presidente rejeitou que divergências ideológicas entre Trump e ele poderão atrapalhar as negociações e que não há o desejo de romper com o país americano, mas, por outro lado, afirmou que o Brasil não quer ser refém dos Estados Unidos.

Em outro momento, disse que o governo quer negociar, mas não aceitará nenhuma imposição. "O Brasil não aceitará nada que lhe for imposto", disse. Trump, disse ele, precisa respeitar a soberania brasileira.

Lula também mencionou à CNN que o Brics, grupo de países de economia emergente que foi alvo de críticas recentes de Trump, não foi criado para "brigar com nenhum país".

Lula diz que Brasil tenta negociar há meses com EUA, mas não tem resposta

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Tarifas do Trump

Se o tarifaço de Donald Trump se confirmar, enquanto os produtos que deveriam ser exportados para os Estados Unidos não forem realocados para novos mercados, pode haver um excedente no mercado interno que resulte em preços menores ao consumidor brasileiro. É o caso do café, cujo preço já começou a cair por causa da entrada da safra, mas que pode ficar ainda mais barato.Jaques Jamil Silvério, presidente do Sindicato das Indústrias de Torrefação e Moagem de Café em Goiás (Sincafé), informa que o produto produzido no estado é praticamente todo exportado para o mercado europeu, que gosta das características do café goiano. Goiás não deve sentir muitos reflexos da tarifa de Trump, pois exporta muito pouco para os EUA. Já os cafés que vão para os EUA são muito consumidos no mercado brasileiro. Os americanos compraram 8,2 milhões de sacas de café do Brasil em 2024. “O preço já caiu e deve continuar caindo, o que é bom para o consumidor local”, prevê Silvério. Mas, por outro lado, existe uma preocupação com a saúde financeira dos produtores brasileiros, por causa desta queda de preço. “É um café com características próprias. Outros países preferem outros tipos de café e fica mais difícil abrir novos mercados, o que pode levar um ou dois anos”, prevê. Por isso, a importância de uma negociação para colocar o café em uma lista de exceção das tarifas. Para o gerente técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Leonardo Machado, como a maior parte das exportações de produtos goianos vai para a China, os Estados Unidos não são tão importantes quanto outros mercados. Já no caso do açúcar, ele reconhece que a situação é mais complicada. Outra preocupação é com as importações, se o Brasil partir para a reciprocidade. “Neste caso, produtos de alta tecnologia, dos quais somos dependentes, podem ser majorados, impactando preços de máquinas, por exemplo.”Outro ponto de preocupação é com a elevação do dólar, pois o produtor está num momento de compra de insumos para o plantio da safra, como fertilizantes e defensivos. Os frigoríficos goianos também já ficaram fora da compra de animais nos primeiros dias do mês, observando o mercado. Coincidência ou não, o preço da arroba do boi gordo caiu de R$ 297,90 em 23 de junho para R$ 275,90 nesta segunda (21), em plena entressafra. Mas Machado lembra que, de tudo que é abatido, só 30% são exportados e só 20% deste montante vão para o mercado americano, por isso o impacto não deve ser tão grande. “Não prevemos grandes impactos a médio e longo prazo, até porque estamos abrindo outros mercados, como Japão, México ou Chile”, destaca. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol no Estado (Sifaeg) e do Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar (Sifaçucar), André Rocha, desde sua posse, Trump levou a uma insegurança global para vários países com modificações em políticas tarifárias sem fundamentos econômicos. “Olha o que ele está fazendo com o Canadá, Reino Unido ou o Japão. Não vemos critério objetivo e razoável.”Ele lembra que o Brasil é o principal produtor e exportador de açúcar, um produto muito protegido no mundo todo, que já tinha um imposto muito elevado nos EUA. “Temos cotas preferenciais que conseguem exportar sem imposto, mas que são pequenas em relação à produção nacional e exclusivas para o Nordeste”, destaca.Goiás só exporta açúcar orgânico para os americanos, mas com um valor agregado maior. O que preocupa, segundo Rocha, é que há muitos anos o governo americano briga por abertura de mercado brasileiro para o etanol americano, que tem imposto de 18%. “Queremos que eles abram o mercado de açúcar para abrirmos o de etanol, pois a cota é pequena e o imposto é muito mais alto que o produto.” O governo americano anunciou que a Coca-Cola passaria a usar açúcar de cana para prestigiar os produtores locais, e não o xarope de milho. “Trump está preocupado com mercado de açúcar nos EUA, por isso teremos de aguardar as negociações da diplomacia brasileira”, diz o presidente do Sifaçúcar. Os Estados Unidos também anunciaram que vão reduzir importação de açúcares especiais, o que afeta o açúcar orgânico e pode ser um problema que só piora”, alerta Rocha. InsegurançaMas, para ele, ainda é preciso esperar para ver o que será realmente aplicado, pois muita coisa que é falada ainda não se sabe como será na prática. “Já se criou um clima de insegurança porque temos contratos feitos. De repente, se fala em mudar a regra do jogo”, avalia. Para o executivo, o clima de insegurança já é um grande problema, pois ninguém sabe ao certo como ficarão os embarques. “Também tem uma pressão dos americanos, que não querem pagar mais caro, pois terão de repassar isso para os preços de seus produtos”, lembra. É o caso do açúcar e do café, que tende a ser um problema maior para o produtor brasileiro e o consumidor americano.O presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), Edwal Portilho, o Tchequinho, lembra que, em caso de uma política de reciprocidade, uma preocupação é com a importação de peças para máquinas. Segundo ele, os empresários esperam que o governo faça o máximo de esforços para manter as negociações e tente renegociar por setor ou por produto, obtendo um alongamento de prazo para implantação da tarifa, porque o impacto no mercado americano também será grande. “A diferença é que eles têm mais recursos para bancar isso. Mas vejo com bons olhos iniciativas como a do governo estadual, que anunciará condições mais favoráveis para alguns segmentos mais atingidos, principalmente para que não haja perda de empregos”, avalia Tchequinho. Ele lembra que existem acordos sanitários e habilitações necessárias para exportação, por isso mudanças de mercado são muito difíceis e demandam tempo.Para a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), em momentos como este, é fundamental reafirmar o compromisso com o diálogo entre nações e com a construção de pontes comerciais baseadas na confiança mútua, segurança jurídica e cooperação técnica. Para o presidente interino da entidade, Leandro Resende, é nos momentos de tensão que se abrem caminhos para novas parcerias e mercados. “Goiás tem vocação exportadora e uma economia diversificada, com potencial para ocupar espaço em diversas cadeias produtivas globais”, destaca.Por isso, segundo ele, um dos principais projetos da Acieg, alinhado à promoção do diálogo entre países, é a Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex), que reúne empresas, municípios, estados e países para diversas rodadas de negociação. “Assim, são superados obstáculos e construídas novas possibilidades. Confiamos na capacidade de diálogo das autoridades brasileiras e internacionais para restabelecer o equilíbrio”, afirma.

Preços de alguns produtos no Brasil podem ter queda

Tarifaço dos EUA

Bolsonaristas passaram a mirar nas redes sociais o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ao mesmo tempo em que mantêm os ataques ao mininistro Alexandre de Moraes. Além disso, insinuam que a corte e o Brasil podem ser alvos de medidas mais duras do governo de Donald Trump nos próximos dias.

A linha de frente dessa ofensiva é comandada a partir dos Estados Unidos pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e por Paulo Figueiredo, neto do último presidente da ditadura militar, João Figueiredo (1979-1985).

"Glória a Deus pela arrogância de meus adversários, ela liberou o caminho para que nós pudéssemos trabalhar sem obstáculos. Enquanto me adjetivavam de chapeiro para baixo, nós fazíamos o improvável. E anotem: ESTE É SÓ O COMEÇO!", escreveu Eduardo em suas contas nas redes sociais na sexta-feira (18).

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Desde o anúncio da revogação do visto americano de ministros do STF e parentes diretos, ocorrida na sexta, mesmo dia em que a PF realizou operação na casa de Bolsonaro e Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente, Eduardo tem comemorado nas redes, avocando para si a responsabilidade da medida do governo dos EUA.

Em várias postagens, ele lembra as críticas que recebeu quando o então presidente Jair Bolsonaro tentou emplacá-lo como embaixador em Washington, o que desencadeou ironias a partir de entrevista em que ele afirmou que tinha experiência por ter feito intercâmbio nos Estados Unidos e fritado hambúrguer no frio do Maine.

"Quem diria que o fritador de hambúrguer seria recebido [no departamento de Estado dos EUA] e a embaixadora do Brasil não?", escreveu neste sábado (19).

Eduardo também tem repetido que há "ainda há muito por vir". Em outra das postagens deste sábado, escreveu: "Sem sinal de GPS funcionariam as tornozeleiras eletrônicas?". A referência é à afirmação nas redes bolsonaristas de que no pacote de sanções estariam restrições de funcionamento de satélites, que afetam o funcionamento de sistemas GPS.

Na sexta, em entrevista à CNN Brasil, Eduardo reafirmou que o americano poderia tomar medidas ainda mais duras contra o país.

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"Espero que Deus ilumine a cabeça das autoridades brasileiras, principalmente da elite econômica, que tem muito poder, para que façam pressão nas pessoas corretas, notoriamente Alexandre de Moraes, e a gente consiga mudar esse cenário atual. Dos Estados Unidos, não falo em nome de ninguém, mas posso garantir: não haverá recuo. Se tudo der errado, pelo menos, nós estaremos vingados", afirmou.

No mesmo dia, Eduardo repostou texto de um perfil que afirmava que "ao que parece", a filha do Barroso estudava nos Estados Unidos e, que, caso ela tivesse sido atingida pela medida, seria deportada.

A maior parte dos comentários ao post traziam fotos e a defesa de eventual deportação da advogada Luna van Brussel Barroso.

Em nota, a assessoria do STF disse ser "falsa a informação publicada em blogs e redes sociais sobre a filha do ministro presidente do STF, Luís Roberto Barroso, estudar e advogar nos Estados Unidos". "Também é mentira que ela será deportada. A única filha de Barroso mora no Brasil."

Barroso foi aos Estados Unidos neste mês, a Miami, em visita familiar. Nem o ministro nem o STF se manifestaram sobre a decisão do governo dos EUA de revogar vistos de integrantes da corte e seus familiares.

Segundo uma pessoa com acesso à discussão, as autoridades americanas estavam cientes da visita e monitoraram a entrada de Barroso.

As postagens de Paulo Figueiredo, que apareceu em foto ao lado de Eduardo em frente à sede do Departamento de Estado do governo norte-americano, seguem a mesma linha.

"É bastante seguro afirmar que esse é só o começo. As coisas que eu tenho ouvido são assustadoras. Talvez, Magnitsky seja algo que vá deixar saudade. Então, se preparem porque vocês terão semanas eletrizantes pela frente", disse o neto de Figueiredo em um vídeo.

A referência é à Lei Magnitsky, que permite a aplicação unilateral de punições a estrangeiros acusados de corrupção grave ou violações sistemáticas de direitos humanos e que passou a ser apontada por críticos de Moraes como possível base legal contra o ministro.

Figueiredo também fez menção aos ataques de bolsonaristas nas redes contra a filha de Barroso.

"Quero deixar claro aqui que reprovo a postagem de fotos dos filhos do Barroso que moram nos EUA, ou na verdade, de qualquer familiar de ministros, a não ser que tenham vínculos de lavagem de dinheiro com os próprios", escreveu.

"Uma das meninas é uma estudante de Yale, pelo amor de Deus! Eles, infelizmente, terão sim seus vistos cassados, mas não por culpa deles."

Tanto Eduardo como Figueiredo têm feito críticas a políticos de direita pela suposta demora em se solidarizar com Bolsonaro, em criticar o STF ou em se alinhar à tática desenvolvida pela dupla.

Além das críticas ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Eduardo postou ataques ao ex-vice de Bolsoanro e senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Já Figueiredo, criticou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e governadores de direita.

O neto do último presidente da ditadura militar também insinuou que os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também podem entrar na mira de Trump e disse que isso só não ocorreu ainda por intervenção de Eduardo.

"Pelo que sei, foram preservados por enquanto, inclusive a pedido do Eduardo Bolsonaro. Todos terão a oportunidade de fazer a coisa certa e uma última chance de escolher o lado do Brasil ou o lado do Alexandre. Com a escolha, virão as consequências", escreveu.

O Departamento de Estado dos EUA não confirmou o alcance da medida anunciada na sexta, nem mesmo se isso acarretaria deportação de eventuais parentes que os ministros tenham nos EUA. Pessoas que participam das discussões afirmam que a restrição de visto só vai poupar três ministros do Supremo: Kássio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux.

Isso se baseia em relatórios compartilhados pelos bolsonaristas com autoridades americanas.

Nesses relatórios elaborados por bolsonaristas, até mesmo o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi apontado como um ator que deu sustentação a Moraes e, portanto, deveria receber sanções.

Ofensiva de bolsonaristas nos EUA mira presidente do STF e insinua novas sanções de Trump

Política

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REDES SOCIAIS 

Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, e em meio à imposição, pelo governo norte-americano, da tarifa de 50% aos produtos brasileiros a partir de agosto, o governador Ronaldo Caiado (UB), evitou comentar o tema. Ele afirmou, porém, que os últimos acontecimentos envolvendo Brasil e Estados Unidos “mostram sério agravamento na crise com reflexos na vida dos trabalhadores e empresas”, voltando a defender reação “com firmeza e responsabilidade” ante a “falta de ação” do governo federal.Do Japão, onde está em missão oficial, as novas declarações do governador sobre a crise comercial - publicadas em suas redes sociais no sábado (19) - reforçaram a mudança de tom adotada pelo mandatário no impasse do Brasil com os Estados Unidos. Inicialmente, logo após o anúncio de Donald Trump, no dia 9, Caiado atacou o presidente Lula (PT) e o responsabilizou pelas medidas tarifárias norte-americanas.Mas logo em seguida, no dia 10, Caiado passou a defender a moderação e sugeriu que o Congresso Nacional entrasse na negociação promovendo “interlocução” e “entendimento” entre os dois países. Agora, sem citar Lula mas mencionando o “agravamento da crise” com os EUA, o goiano, que é pré-candidato à Presidência da República em 2026, afirmou que, por estar fora do país, não comentaria fatos envolvendo a crise política. “Sigo os ensinamentos de Carlos Lacerda: de que não se comenta estando fora do país. Na terça-feira (22) retorno do Japão, onde estou em missão oficial, e me posicionarei”, disse o governador para se justificar.O POPULAR mostrou no dia 10 que, em meio às críticas, Caiado se posicionou contra a possibilidade de aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, indicada por Lula como uma resposta à taxação em 50% dos produtos brasileiros anunciada por Trump. O dispositivo está em vigor desde abril deste ano e foi aprovado em meio às primeiras sobretaxas do presidente norte-americano ao Brasil.Na postagem de sábado, Caiado acusou o governo federal de “não esboçar ação”, para então anunciar que determinou, como governador de Goiás, a abertura de uma linha de crédito com taxas inferiores à de mercado, e a criação de um grupo de trabalho com representantes do governo e da iniciativa privada para avaliação de medidas adicionais que possam proteger a economia goiana. Economia“O objetivo é não deixar desempregado nenhum trabalhador ou fechar qualquer empresa que possa ser penalizada com as medidas anunciadas pelos Estados Unidos e também construir alternativas para enfrentar e superar a crise econômica que se anuncia. O momento é de pensar nas pessoas, cuidar das famílias e preservar empregos”, afirmou Caiado no vídeo em suas redes sociais.Ao justificar as tarifas de 50% sobre os produtos na carta enviada ao governo brasileiro no dia 9, Trump citou a “caça às bruxas” contra Bolsonaro. A nova operação e as medidas cautelares impostas pelo STF ao ex-presidente na sexta-feira (18) ampliaram a repercussão política do caso. A imposição do uso de tornozeleira e outras restrições a Bolsonaro foram dadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ratificadas pela maioria da primeira turma da corte. A ação foi criticada por outros nomes da direita que buscam se cacifar para a disputa eleitoral, entre eles os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Caiado não comenta ação contra Bolsonaro e adia posicionamento

Caiado anuncia crédito

Lula critica elite

<img attr-cid="policy:1.3278262" attr-version="policy:1.3278262:1753017597" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3278262/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). (Wildes Barbosa / O Popular)

As empresas afetadas pelo tarifaço de Donald Trump deverão garantir os empregos dos funcionários para acessar a <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-anuncia-linha-de-credito-para-ajudar-empresas-afetadas-por-tarifaco-de-trump-1.3290102" target="_self">linha de crédito</a> anunciada pelo governador Ronaldo Caiado (União). Além disso, o Governo de Goiás prevê a criação de um fundo de garantia para pequenos e médios empresários, visando&nbsp;impulsionar a oferta de crédito por parte da iniciativa privada. Os detalhes foram divulgados na tarde desse sábado (19), após o vídeo de Caiado explicando a nova medida.&nbsp;&nbsp;

O financiamento será viabilizado a partir de um fundo de fomento baseado no crédito de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de exportação. Segundo o governo estadual, não haverá aporte direto de recursos públicos e a taxa de juros corresponde a menos de 10% ao ano.&nbsp;

<ul>
	<li>Ouça na CBN Goiânia a análise de especialistas: <a href="https://cbngoiania.com.br/cbn-goiania/cenario-economico/entenda-como-o-tarifaco-de-50-imposto-pelos-eua-ao-brasil-pode-impactar-a-area-da-saude-1.3287121" target="_blank">Entenda como o tarifaço de 50% imposto pelos EUA ao Brasil pode impactar a área da saúde</a></li>
</ul>

O pacote é&nbsp;uma linha de crédito destinada a empresas goianas com alto índice de exportação aos Estados Unidos, especialmente do setor agroindustrial. De acordo com o governo, o grupo será um dos mais afetados pela sobretaxa de 50% sobre itens como soja, carne e derivados do aço.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-anuncia-linha-de-credito-para-ajudar-empresas-afetadas-por-tarifaco-de-trump-1.3290102" target="_self">Caiado anuncia linha de crédito para ajudar empresas afetadas por tarifaço de Trump</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/lula-critica-elite-e-afirma-que-gringo-n-o-vai-dar-ordem-1.3289559" target="_self">Lula critica elite e afirma que "gringo não vai dar ordem"</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/economia/lula-diz-que-brasil-tenta-negociar-ha-meses-com-eua-mas-n-o-tem-resposta-1.3289386" target="_self">Lula diz que Brasil tenta negociar há meses com EUA, mas não tem resposta</a></div>

No anúncio, Caiado explicou que o objetivo das ações é enfrentar a crise econômica, cuidar das famílias e preservar os empregos. "Determinei a abertura de uma linha de crédito com taxas inferiores às de mercado e a criação de um grupo de trabalho com representantes do governo e da iniciativa privada para avaliação de medidas adicionais que possam proteger a economia goiana”, afirmou o governador (assista ao vídeo abaixo).&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3290112" attr-version="policy:1.3290112:1752939883" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3290112" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3290112', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3290112">Caiado anuncia crédito (1.3290112)</a></div>

Entenda o caso

Donald Trump anunciou no dia 9 de julho uma <a href="https://opopular.com.br/mundo/entenda-o-tarifaco-de-trump-sobre-brasil-e-o-que-acontece-a-partir-de-agora-1.3286612" target="_self">tarifa de 50%</a> sobre todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. A implementação está prevista para 1º de agosto. A nova tarifa é separada das tarifas setoriais já existentes, como as de 50% aplicadas ao aço e alumínio. Mercadorias redirecionadas para evitar essa nova taxa também serão sujeitas a ela.

O anúncio gerou grande repercussão entre as autoridades brasileiras. Por exemplo, na última quinta-feira (17), enquanto participava de um congresso estudantil em Goiânia, o presidente Lula reforçou a soberania nacional para contrapor Trump. “<a href="https://opopular.com.br/politica/lula-critica-elite-e-afirma-que-gringo-n-o-vai-dar-ordem-1.3289559" target="_self">Não é um gringo que vai dar ordem</a> a esse presidente da República”, afirmou.&nbsp;&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3289684" attr-version="policy:1.3289684:1752845949" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3289684" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3289684', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3289684">Lula critica elite (1.3289684)</a></div>