Moradores de muitos condomínios verticais ou horizontais não precisam mais sair do empreendimento sempre que precisam comprar algum item que falta em casa. Os minimercados de conveniência conquistam cada vez mais espaços em empreendimentos já entregues, em construção e na maioria dos projetos de novos lançamentos.&nbsp;

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Em Goiânia, segundo dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), 54% dos empreendimentos lançados nos últimos 24 meses já contam com minimercados autônomos.

Eles surgiram durante a pandemia, como consequência do isolamento social que dificultou as compras. Além de facilitar a vida de moradores, também já são vistos como um item que resulta numa valorização de até 10% nos preços dos imóveis. A pesquisa de Tendências de Moradia de 2023, feita pelo DataZap, aponta que os minimercados nos condomínios são importantes na decisão de compra ou locação de imóvel para 3 em cada 10 pessoas.&nbsp;

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Estas pequenas lojas de conveniência funcionam de maneira totalmente autônoma, sem a necessidade de caixas, operadores e funcionários, num pequeno espaço cedido pelo condomínio. Os condôminos têm acesso a qualquer hora do dia ou da noite a estas lojas, onde encontram itens de primeira necessidade, como produtos alimentícios, bebidas, produtos de limpeza e higiene e beleza. O pagamento pode ser feito por cartão ou Pix e, em alguns empreendimentos, também é possível pagar pelo aplicativo do condomínio e retirar os produtos no local.

O CEO da SOMOS Desenvolvimento Imobiliário, Fernando Razuk, confirma que a maioria dos novos empreendimentos já prevê um espaço para os minimercados. A empresa já lançou cinco empreendimentos com esta conveniência. Um deles será em Rio Verde, no interior do estado. “Já entregamos com uma estrutura básica, como refrigerador e prateleiras. Quando o prédio fica pronto, o condomínio faz contrato com uma empresa que fará a gestão do espaço”, explica. Alguns condomínios até cobram aluguel para reforçar a receita mensal.

Razuk conta que um estudo da Brain Inteligência de Mercado, feito em São Paulo, revelou que o cliente aceita pagar mais pelo apartamento que tiver a comodidade de um minimercado. “Hoje, um prédio sem isso fica defasado”,comenta.&nbsp;

A Dinâmica Incorporadora lançou o primeiro empreendimento com espaço de minimercado e delivery em 2021, que será entregue no próximo ano. Desde então, todos os projetos contemplam esses espaços. “Fazemos pesquisas com clientes e em outros mercados, que indicaram esta tendência. As formas de consumo mudaram, criando novas necessidades. Já temos seis empreendimentos com minimercados”, informa a head de Desenvolvimento de Produtos da empresa, Isabelle Valois.

O objetivo, segundo ela, é inserir nos projetos ambientes que facilitem a vida dos moradores, que terão sempre à mão produtos de última hora para comprar com praticidade e rapidez. “Isso é uma grande ajuda nas rotinas atuais”, afirma. A iniciativa foi tão bem recebida que a empresa resolveu instalar um minimercado em seu escritório para atender os colaboradores.

<h2>Horizontais</h2>

A grande maioria dos condomínios horizontais já conta com minimercados. A FGR Incorporações já soma 20 condomínios da marca Jardins com mercados internos. Como os espaços foram sucesso entre os condôminos, a empresa desenvolveu, para seus próximos lançamentos, a instalação de padarias com funcionamento 24 horas. A gerente comercial da FGR, Camila Alcântara, lembra que o primeiro projeto foi instalado em 2015, no Jardins Nápoles, na região de Senador Canedo.

“A facilidade de não precisar sair do condomínio e se deslocar muito para comprar alguns itens de última hora, nos fez estender essa comodidade para os demais empreendimentos”, justifica a gerente. Os projetos dos novos condomínios já contam com a previsão deste espaço.&nbsp; 
“Quando fechamos a parceria com a empresa que fará a gestão do mercado, já prevemos que os preços cobrados não podem ser muito acima dos praticados na região”, destaca.

Morador do Jardins Valência, o estudante universitário Pedro Faria elogia a praticidade de não precisar sair do condomínio sempre que precisa comprar algo que precisa. “É muito bom poder ir a mercado a pé para comprar uma batata palha para finalizar um estrogonofe, uma bebida ou uma sobremesa de última hora, por exemplo”, diz o estudante.

Para o superintendente de Comunicação e Marketing da Sousa Andrade Construtora, Guilherme Bellini, ambientes estruturados para facilitar a vida dos moradores, como mercadinhos, favoreceram a valorização dos últimos lançamentos. “Além da localização, o rápido escalonamento da valorização se dá também em função de facilidades como próprio mini market e o espaço delivery. São conveniências que, desde a pandemia, foram incorporadas às demandas do público”, diz.

A EBM Desenvolvimento Imobiliário já tem mais de 27 residenciais, de todos os padrões, com minimercados. O diretor de Incorporação da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Marcos Túlio Campos, acredita que estas lojas passaram de diferenciais para espaços essenciais dentro dos empreendimentos.

A dona de casa Thalita Hávila Evaristo Pires Leão lembra que o minimercado foi uma inovação no condomínio onde mora, o Euroville. Ela lembra que já comprou produtos como arroz, detergente, sabão e palha de aço no local. “É aquele socorro de última hora, muito cômodo, fácil e rápido”, avalia a dona de casa, que é mãe de duas crianças pequenas e nem sempre pode sair. Mas ela diz que como os preços são bem maiores que nos mercados tradicionais, só compra em situações de emergência.&nbsp;

Minimercado já predomina em condomínios de Goiânia

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Conveniência

Com oito empreendimentos recentemente lançados com a previsão de minimercados autônomos, a CMO Construtora destina um espaço amplo e com a possibilidade de vedação com porta, para que seja possível o acesso por biometria ou senha para as lojas. “Se a construtora não pensa nessa área específica previamente, o mercadinho pode ficar em algum local que não seja tão adequado ou o mais prático para os moradores”, alerta o diretor comercial da CMO, Marcelo Moreira.

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Para o presidente da Ademi-GO, Felipe Melazzo, além dos minimercados, a presença de serviços nos condomínios, na chamada “fachada ativa”, eleva em até 50% a valorização e a velocidade de venda dos empreendimentos. Por isso, cada vez mais projetos trazem a previsão deste espaço. “Os minimercados estão sendo instalados tanto em condomínios mais antigos, quanto em novos projetos. Tudo depende da adequação do espaço e de alterações no regimento interno para o uso dele”, explica Melazzo.

Goiânia já conta com empresas que fazem a gestão de minimercados em condomínios. Uma delas é a Modern Market Brazil, que já tem cinco lojas em funcionamento e outras duas em fase de implantação. O gestor da empresa, Cleyton Pedroso, lembra que a primeira foi instalada em março de 2023, quando o prédio em que ele morava recebeu uma destas lojas. Pedroso, que já pensava em abrir um supermercado, viu uma oportunidade neste novo modelo de negócio, que se mostrou mais viável. Cada loja tem até 20 metros quadrados, de acordo com a realidade de cada condomínio. Pedroso conta que os mais antigos têm mais dificuldade para conseguir um espaço apropriado para receber uma unidade do Modern Market e demandam adaptações.

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Cada loja tem cerca de mil produtos, que vão desde artigos da cesta básica até chocolates, sorvetes e bebidas. Alguns condomínios ficam com uma parte do faturamento, mas outros abrem mão disso para que os moradores tenham preços mais baixos. “Temos centro de distribuição, departamento financeiro e de compras, atendimento ao cliente e equipe de reposição”, informa o empresário. O investimento em cada loja varia de R$ 50 mil a R$ 60 mil. As vendas cresceram 10% neste ano e o objetivo da empresa é chegar a oito lojas até o fim de 2024. Os produtos mais vendidos são refrigerantes, bebidas alcoólicas e chocolates. Apesar do monitoramento, o índice de furto ainda é de 5% no sistema de autoatendimento.

Lojas exigem local adequado e até alterações no regimento

O atraso no recolhimento dos resíduos orgânicos em Goiânia afeta especialmente os moradores de condomínios verticais por conta do volume de lixo produzido diariamente nesses locais. O mau cheiro e a grande quantidade de sacos acumulados na entrada dos edifícios produzindo chorume são os principais pontos de reclamação. “Para piorar, os animais de rua passam, mexem nos sacos e espalham todo o lixo”, exemplifica Ulisses Soares, vice-presidente do Sindicato das Imobiliárias e Condomínios do Estado de Goiás (Secovi Goiás).

Soares conta que tem recebido diversas reclamações de síndicos de condomínios espalhados por toda a capital. “Condomínios verticais com muitos moradores sofrem bastante. Alguns eram atendidos duas ou três vezes na semana e agora só estão tendo o lixo recolhido uma vez a cada sete dias. Imagina essa situação em um prédio com 800 apartamentos”, esclarece.

A subsíndica do Condomínio Ilhas de Flamboyant e presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Jardim Goiás, Madalena Santos, conta que tem recebido relatos de outros síndicos desesperados sobre o que fazer com o lixo acumulado. “Os sacos de lixo vão ficando um em cima do outro e o chorume vai escorrendo”, diz. O condomínio no qual ela trabalha conta com 216 apartamentos e chegou a ficar três dias sem receber a coleta de resíduos orgânicos.

A síndica do Residencial Al Mare, Cristiane Bittar, explica que o mau cheiro do lixo acumulado durante quatro dias fez com que ela entrasse em contato com a Comurg de forma insistente na última quinta-feira (12). “Eu moro no oitavo andar e ainda assim sentia. Era insuportável. Na sexta-feira (13), eles vieram e recolheram”, relata. Ao longo deste final de semana, o condomínio, que conta com 104 apartamentos e também fica no Jardim Goiás, voltou a ficar sem o recolhimento de resíduos orgânicos.

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A presidente da Associação Dos Moradores Do Entorno Do Parque Flamboyant (Amepark), Luiza Barbosa, aponta que a região conta com mais de 200 prédios, o que faz com que os resíduos se acumulem rapidamente. “Dá muito lixo. As calçadas ficam cheias de larvas”, destaca. Segundo ela, alguns moradores da região chegaram a cogitar contratar uma empresa privada para fazer a retirada do lixo acumulado nos últimos dias. Entretanto, o serviço pode custar caro. “É um valor não previsto no orçamento do condomínio. Isso pode gerar um aumento da taxa (de condomínio)”, alerta o vice-presidente do Sicovi Goiás.

Grandes geradores 

Pela regulamentação municipal, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) não atende os Grandes Geradores de Resíduos Sólidos (GGRS). Dessa forma, eles devem procurar uma empresa devidamente cadastrada para contratar o serviço. No caso de condomínios de edifícios não residenciais ou de uso misto, horizontais e verticais, são considerados GGRS aqueles cuja soma dos resíduos sólidos gerados pelas unidades autônomas que os compõem, seja em volume médio semanal igual ou superior a sete mil litros ou mil litros diários.

No caso de estabelecimentos como bares e restaurantes, são GGRS aqueles com volume médio semanal igual ou superior a 1,4 mil litros ou 200 litros diários. “É uma quantidade que um bar ou restaurante pequeno, que tem entre 15 ou 20 mesas, consegue gerar. Isso gera um impacto de R$ 600 a R$ 1,2 mil por mês. Em estabelecimentos grandes, com em torno de 100 mesas, o valor pode variar de R$ 3 mil a R$ 4 mil. A maioria dos nossos associados já precisa pagar uma empresa privada para a coleta”, comenta Danillo Ramos, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Goiás.

Comurg 
Em nota, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) informou que “trabalha em uma força-tarefa para deixar a cidade limpa” e que “até o momento, 70% da cidade já está com a coleta de resíduos orgânicos em dia”. Segundo a Comurg, até o próximo domingo (22), o serviço estará completamente normalizado. A companhia comunicou ainda que “em relação aos atrasos nos serviços, o presidente da Comurg, Alisson Borges, esclarece que foram motivados pela quebra dos caminhões compactad

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Condomínios veem lixo se amontoar sem coleta em Goiânia

Cidades

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Sujeira

Condomínios para primeira ou segunda moradia, que se tornaram uma tendência fora dos centros urbanos após a pandemia, também investem numa urbanização sustentável para atrair compradores. O empreendimento Aldeia Santerê Casa e Natureza, que será lançado no final deste mês, no município de Terezópolis, terá 800 mil metros quadrados de área verde, uma média de 744 metros por morador, maior que no condomínio Aldeia do Vale, e quase oito vezes acima da média por habitante em Goiânia.

O Aldeia Santerê será um condomínio horizontal dentro da zona urbanizável permitida pelo atual Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental do João Leite. Além da licença ambiental, o projeto recebeu todas as aprovações legais necessárias do município, Estado e concessionárias de água e energia. O projeto de drenagem foi submetido a sugestões da Saneago e recebeu a Análise de Viabilidade Técnica e Operacional.

Para garantir a segurança ambiental, o projeto terá 110 mil metros de swales - valas de captação com a função de absorver a água da chuva para direcioná-la ao lençol freático -, evitando que escorra para a reserva do João Leite, distante 1,1 mil metros do condomínio. Os swales estarão no fundo de todos os lotes e, junto a eles, haverá um pomar com largura de 15 metros e 3,9 mil metros de extensão, com 50 espécies diferentes.&nbsp;

O arquiteto Artur Basílio, da Tropical Urbanismo, explica que 100% da água da chuva será direcionada para os swales e seguirá para recarga do lençol freático. Com 553 mil metros quadrados de área interna, o projeto terá baixo adensamento: serão apenas 307 lotes, a partir de 600 metros quadrados, que custarão a partir de R$ 650 por metro quadrado.&nbsp;

O empreendimento terá rede de esgoto com emissário interligado ao sistema público da Saneago e terá gestão de resíduos sólidos, com coleta seletiva de recicláveis e compostagem dos orgânicos, que servirão de adubo para a horta e o pomar. Do condomínio, será possível avistar o reservatório do ribeirão João Leite.

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Leandro Daher, diretor da Tropical Urbanismo, ressalta que o grande diferencial do condomínio é ter sido projetado para ser um ícone de sustentabilidade, na região entre Goiânia e Anápolis. “Só a mata preservada no local será maior que o empreendimento”, destaca.&nbsp;

O pomar com os swales, além da função ambiental, fará a divisa entre os lotes. Com isso, os moradores não terão vizinhos de fundos, mas uma trilha natural de frutas, conceituada como Quintal Santerê. “Será um colchão verde nas artérias do condomínio, que trará maior umidade, menor temperatura, atração de pássaros e animais”, afirma Daher.

Outra novidade será um herbário para incentivar o plantio de ervas medicinais, temperos e hortifrutis, e para ações educacionais. O condomínio será entregue junto com 26 mil mudas para a associação de moradores, além de trator e acessórios como roçadeira, pipa agrícola, carretinha e outros equipamentos e insumos. “Um ano antes da entrega, será instalado um berçário de mudas para o plantio de ervas, legumes, frutas e verduras”, ressalta.

Para o professor da PUC Goiás e do IFG, Antônio Pasqualetto, doutor em Engenharia Ambiental, da mesma forma que antigamente se fazia propaganda de cigarro para vender a sensação de independência e liberdade, hoje os imóveis trazem embutido questões de segurança, bem estar da famílias, qualidade de vida e conforto térmico, uma das coisas cada vez mais necessárias no ambiente urbano.&nbsp;

Ele lembra que, para uma cidade como Goiânia, que já teve umidade relativa de 8% e 40 graus de temperatura - e as metrópoles em geral, que são verdadeiras ilhas de calor, com chuvas torrenciais e períodos prolongados de secas e altas temperaturas -, é fundamental ter um ambiente que favoreça um equilíbrio térmico, mitigue os efeitos das mudanças climáticas e dê qualidade de vida para que a população tenha menos problemas de saúde.

Reduzir efeitos

Para isso, se criam espaços para infiltração de água e produção de alimentos orgânicos, por exemplo, de tal modo que as pessoas possam se sentir integradas à natureza. “Todas estas condições ofertadas são agregadas ao valor do imóvel, fazendo com que a incorporadora lucre mais, mas também desempenhe uma função fundamental, que é a mitigação dos efeitos climáticos, além da venda de uma imagem de preservação ambiental”, destaca.

Pasqualetto lembra que as agrovilas, espaços de produção sustentável, desempenham papel muito importante na oferta de oxigênio, manutenção de ambientes onde a fauna irá interagir e na própria produção de alimentos orgânicos. Aquilo que se vende, seja em ambientes de parque, água ou vegetação, tudo contribui para que as pessoas se sintam mais felizes.&nbsp;

“Aí, entra o aspecto psicológico, que reduz os problemas de saúde da população. Quando não se tem um ambiente confortável, se potencializam os problemas com poluição e calor, que acabam por contribuir para maiores índices de morbidade, sobrecarregando o sistema de saúde”, afirma o professor.

Área arborizada em imóveis é cada vez maior

Mercado imobiliário

Arborização em ambientes urbanos

Empreendimentos imobiliários construídos com foco na valorização do meio ambiente, com projetos de urbanização sustentável, ganham cada vez mais espaço nas incorporadoras goianas. São condomínios horizontais e verticais que trazem diferenciais como agroflorestas, hortas orgânicas e pomares, além de grandes projetos paisagísticos e de jardinagem, com o foco na preservação ambiental como instrumento de qualidade de vida para seus moradores e visitantes.

Aumentar a urbanização inclusiva e sustentável é um dos principais objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para serem cumpridos até 2030. A necessidade de conciliar desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente foi tão urgente e evidente.&nbsp;

Neste contexto, modalidades como a agrofloresta ganham cada vez mais adesão dos ambientalistas para recuperação de áreas degradadas, na combinação de espécies arbóreas e frutíferas. A técnica de reflorestamento, escolhida para proteger dois olhos d’água encontrados na área do futuro empreendimento Parqville Figueira, na avenida São Paulo, em Aparecida de Goiânia, garantirá a cobertura vegetal e até uma produção de alimentos para os futuros moradores.&nbsp;

O engenheiro e diretor da Cinq Desenvolvimento Imobiliário, Eduardo Oliveira, afirma que a primeira técnica de reflorestamento da região metropolitana foi incluída no projeto após os projetistas da empresa descobrirem dois olhos d’água até então desconhecidos. “Fomos nós quem informamos aos órgãos ambientais de sua existência”, afirma Oliveira, decisão que resultaria em diminuir a quantidade de lotes a serem vendidos, pois uma nascente precisa de um raio de 100 metros de área de preservação.&nbsp;

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“Uma destas nascentes estava em uma área totalmente degradada no meio do condomínio, mas entendemos seu valor ambiental para todo o ecossistema. As pessoas querem viver mais perto da natureza, mesmo estando dentro da cidade”, ressalta o engenheiro.

Lançado no final do ano passado e com entrega prevista para o final de 2025, o Parqville Figueira terá um parque interno com área de 40 mil metros quadrados. “Trouxemos o conceito de agroflorestal, que existia apenas no meio rural, mas que vem sendo incentivado por vários municípios para o reflorestamento de áreas de preservação permanente”, explica o diretor da Cinq. Serão plantadas 3,3 mil árvores, num misto de espécies de reflorestamento de grande porte nativas com frutíferas, alimentos que beneficiarão a fauna e os futuros moradores.

O plantio vai misturar árvores frutíferas e de grande porte em conjunto com hortaliças, mandioca, pimenta, tomate, banana, alfaces, rúculas, agrião, cenouras, beterrabas, couve-flor, brócolis e couves. Oliveira informa que o Parqville Figueira também terá uma fazenda urbana, com 1,1 mil metros quadrados, inspirada em projetos norte-americanos visitados em uma missão técnica realizada pela Cinq nos estados da Flórida, Geórgia, Alabama e Carolina do Sul, com capacidade de produção de 100 cestas por semana, com 10 itens cada. “Os produtos poderão ser adquiridos a preço de custo para manter a fazenda”, diz o engenheiro. O condomínio terá 295 lotes, com metragens de 370 a 900 metros quadrados e preços a partir de R$ 670 mil.

Ambiente urbano

Pesquisas mostram que a presença de árvores em ambientes urbanos responde diretamente pelo bem-estar emocional e a saúde mental das pessoas. No encontro das avenidas 85 e Mutirão, numa área de 7 mil metros quadrados, com um tráfego muito intenso e sem nenhum sombreamento, será construído o empreendimento Cidade Opus, desenhado para ser um life center completo: para morar, trabalhar e conviver.&nbsp;

O arquiteto e urbanista Frederico Bretones explica que o urbanismo sustentável do projeto é resultado de uma arquitetura que interage com o paisagismo, proporcionando uma arborização que trará bem-estar aos frequentadores. Projetado por um dos nomes mais respeitados do paisagismo brasileiro, o arquiteto Benedito Abbud, o empreendimento contará com um cinturão verde, que atuará no microclima e também como isolamento acústico natural.&nbsp;

O térreo do empreendimento abrigará um boulevard de compras, que será uma quadra aberta, com acesso por vários lados, o que permitirá uma fruição urbana, por onde as pessoas poderão passar e usufruir deste espaço verde. “Isso vai mesclar a área privada com a pública. O terreno será como uma extensão da rua, com arborização intensa, um espaço com muito verde e sombra, que trará mais frescor ao ambiente”, ressalta Bretones.

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A ideia é criar um espaço confortável para moradores, trabalhadores, vizinhos ou qualquer frequentador que passe pelo espaço para ter um momento de respiro e descanso. Segundo o arquiteto e urbanista, este local será uma verdadeira ilha verde no meio de um local tão urbanizado e pavimentado.&nbsp;

Aliás, um dos desafios da gestão pública é estimular que áreas tão urbanizadas assim se transformem em espaços de qualidade de vida para a população. “Essa abertura da área privada para a comunidade irá estimular o hábito de se andar a pé, contemplar vitrines e fazer compras na vizinhança”, completa