O Ministério da Economia não trabalha com um “plano B” para viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400, apesar da dificuldade na votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) dos Precatórios. A ala política do governo, no entanto, já fala em renovar o auxílio emergencial.“O Ministério da Economia não trabalha com outro plano que não seja o da discussão no Congresso da PEC. É com isso que nós trabalhamos”, afirmou o novo secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, na sua 1ª declaração pública depois de ser nomeado para o cargo, nesta 6ª feira.Colnago disse que está confiante na aprovação da PEC dos Precatórios, apesar de a proposta ser alvo de críticas e de a votação da PEC ter sido adiada pela Câmara dos Deputados. Ele falou que a PEC foi construída com o Congresso e o Judiciário e “ganhou maturidade”.A ala política do governo, no entanto, mostra preocupação com a dificuldade de aprovar a PEC dos precatórios e estuda alternativas caso a proposta não seja aprovada. Uma das possibilidades seria prorrogar o auxílio emergencial, mediante um novo decreto de calamidade pública.A equipe econômica, no entanto, não vê motivos para um novo decreto de calamidade pública. Esteves Colnago disse que, no limite de a PEC dos Precatórios não ser aprovada, o governo pode reajustar os benefícios do Bolsa Família pela inflação e transformá-lo no Auxílio Brasil.Pelos cálculos do secretário, o reajuste seria de aproximadamente 18% e levaria o benefício médio do programa de R$ 189 para algo em torno de R$ 220. Ele falou que o governo ainda teria recursos para zerar a fila de espera do programa. Desta forma, no entanto, o Executivo não atenderia a demanda do presidente Jair Bolsonaro de pagar ao menos R$ 400 para as famílias mais vulneráveis.“O valor médio de R$ 400 dependa da PEC. O que a gente consegue encaminhar é a correção pelo índice de inflação. Pega o valor médio de R$ 189 e consegue caminhar para algo próximo de R$ 220, R$ 222. É isso que conseguimos”, afirmou Colnago.