Modismo, onda, febre, boom, hype… São muitas as palavras usadas para expressar um tipo de negócio que “está dando o que falar”, fazendo um sucesso extremo, com todo mundo querendo entrar, mesmo sabendo que será temporário e que poucos ou até mesmo ninguém irá sobreviver. É o caso das paletas mexicanas em 2014, com uma paleteria em cada esquina. Ou, quando o assunto é não o produto, mas a localização, um conjunto de bares lotados em uma mesma região, por exemplo, como aconteceu no ano passado em uma galeria comercial no Setor Oeste, em Goiânia. Neste local, só três estabelecimentos sobreviveram ao tsunami. Quando o casal de empresários Cris Fiuza e Artur Velludo decidiram abrir uma cafeteria em Goiânia em 2015, a cidade ainda não vivia a febre dos cafés especiais e gourmetizados. A explosão de estabelecimentos oferecendo grãos diferenciados veio logo depois, inclusive com consumidores querendo eles próprios fazer cursos de barista, durou alguns anos e muitos destes lugares fecharam as portas. A febre por este tipo de produto foi caindo ao longo dos anos, mas o consumo se estabeleceu na capital, e o casal comemora uma década do Café Cariño, no Setor Marista, um exemplo dos locais que resistiram às consequências do fim do modismo.