O projeto de lei que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativo, assinado nesta segunda-feira (4) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não foi bem recebido pela categoria. Para os motoristas, as novas regras da proposta, enviada para o Congresso Nacional, reduzirá a remuneração que já é considerada baixa. Um dos pontos mais criticados é a previsão de pagamento por hora trabalhada, e não por quilômetro rodado, como é hoje. Pela proposta do governo, não haverá vínculo trabalhista entre motoristas e aplicativos, como é previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mas o projeto prevê o pagamento de um “salário mínimo” de R$ 32,09 por hora trabalhada, sendo R$ 8,02 relativos ao trabalho e R$ 24,07 referentes aos custos do motorista. Ele também estabelece uma jornada de 8 horas diárias, que pode chegar a 12 horas, se houver acordo coletivo.