A inflação oficial no País, medida pelo IPCA, ficou em 1,25% em outubro e atingiu os 8,24% no ano e os 10,67% em 12 meses. Foi a maior alta para um mês de outubro desde 2002, segundo o IBGE. “As pressões sobre os preços continuam praticamente as mesmas, pois os principais itens reajustados não mudaram nos últimos meses”, destaca o superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira. Ele lembra que estas pressões têm origem nas altas de custos por conta da variação cambial, que se refletem nos preços das commodities, e de fatores internacionais, que se refletem no custo do barril de petróleo. Dos nove grupos pesquisados para o cálculo do IPCA de Goiânia, oito apresentaram variações positivas no mês de outubro. A maior alta foi nos itens do grupo de transportes, que subiram 2,59% em média. O único recuo ocorreu nos itens de vestuário. Já o INPC, que calcula a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, registrou alta de 1,42% em outubro na capital, a maior variação positiva do ano, acumulando 7,47% em 2021. Goiânia teve a maior alta do INPC para energia elétrica residencial no País e nenhum dos nove grupos analisados pela pesquisa apresentou variação negativa em outubro. Para o consumidor, o que resta é um verdadeiro malabarismo no orçamento para conseguir fechar o mês. Para a dona de casa Ivana Paula Mendonça, já está difícil escolher entre o que é mais economicamente viável: usar o botijão de gás ou o forno elétrico ou optar entre tirar o carro da garagem ou chamar um carro de transporte por aplicativo. “Tudo subiu demais. Não temos mais para onde correr e os governantes não fazem nada para mudar isso”.