Goiânia terá mais uma rede de supermercados. Desta vez, a capital goiana atraiu o Oba Hortifruti, que está em expansão no País. Com a proposta de oferecer uma nova experiência de compra, com o conceito “uma fazenda dentro da cidade”, a primeira unidade da empresa no Estado será aberta no Jardim Goiás e a inauguração está prevista para ocorrer entre o final de março e o começo de abril.Já a segunda unidade deve abrir as portas no final de 2018 e será localizada na Avenida T-63, no Setor Bueno, onde ficava uma loja do McDonald’s, vizinha ao Verdurão da Família e ao Pão de Açúcar. O grupo Oba, que começou no ano de 1979 em Belo Horizonte (MG), possui mais de 30 lojas em São Paulo e no Distrito Federal.Com a chegada da marca na cidade serão gerados cerca de 120 empregos em cada unidade. A escolha por Goiânia, segundo a empresa, é por ser considerada um importante polo industrial e há aposta no conceito (Oba Hortifruti Farm) para “encantar aqueles que apreciam o valor da qualidade de vida e valorizam bons momentos”. Entre os diferenciais para encarar os concorrentes, eles listam conforto, praticidade, frescor dos alimentos, adega e espaço gourmet inspirado no velho oeste.A ideia é também de que o consumidor leve a família ao supermercado. Para as crianças, haverá personagens com os quais poderão interagir. A novidade tem características que são seguidas pelo mercado atual, lojas menores e com produtos e identidade diferenciados. A concorrência é grande, ainda mais com a concentração de opções em alguns bairros.TendênciaO consultor de varejo Geraldo Rocha, da Partner Corporate, afirma que o que existe hoje no mercado de varejo de supermercado é uma grande busca por identidade. “Até as redes convencionais buscam novos formatos e as regiões mais densamente povoadas, como são os setores Bueno, Oeste, Marista e Jardim Goiás, que também estão absorvendo pequenas lojas de conveniência, os nichos.”Ele explica que lojas de mais de 2 mil metros quadrados em que os consumidores perdiam horas e horas nas compras não se encaixam mais. Ocorre também a necessidade de atender a dificuldade de mobilidade e a necessidade de maior praticidade. “As lojas grandes não conseguem mais equacionar a operação com esse novo varejo, que é o da compra rápida, da conveniência. As pessoas não têm mais tempo”, ressalta.Produtos de primeira linha e a preocupação com a beleza das exposições para “comprar com os olhos” são outros pontos atualmente mais observados pelos novos empreendimentos, de acordo com o consultor, nos setores que possuem população com maior poder aquisitivo. “Goiânia é uma metrópole que tem uma posição geográfica interessante e uma população concentrada que não quer só preço, quer serviço e produto bom.”Por outro lado, ele lembra que o setor é muito dinâmico, a forma de atuação muda constantemente e, assim, os empresários têm de ficar atentos às novas tecnologias e a busca de diferenciais. “As grandes redes perderam espaço e agora fazem lojas menores no Brasil todo”, completa o presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Nelson Antonino Alexandrino Lima.O crescimento de diversos atacarejos, que conquistaram uma boa parcela da população, para Nelson também é um desafio para os grandes e pequenos que precisam lidar com as novas preferências dos clientes. “A classe baixa também tem consumo elevado, mas há maior diversificação onde se concentra população com maior renda”, diz. Há novas lojas do Hiper Moreira e também de outras redes previstas para essas regiões.